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10 CESSAÇÃO DA APLICAÇÃO DO REGIME SIMPLIFICADO O regime simplificado cessa quando:

a) For ultrapassado o valor total de vendas (30 000 000$) ou o valor ilíquido dos restantes rendimentos (20 000 000$), durante dois períodos de tributação consecutivos; ou

b) Num único período, qualquer dos limites supra mencionados forem ultrapassados em montante superior a 25% (ou seja, total das vendas superior a 37 500 000$ ou total dos outros rendimentos superior a 25 000 000$).

Nestes termos, a tributação pelo regime de contabilidade organizada terá início a partir do período de tributação seguinte ao da verificação de qualquer desses factos.

[...]

Circular 7, de 14/03/2001 - Direcção de Serviços do IRS Categoria B do IRS. - Rendimentos acessórios.

Código do IRS - Artigos 31º, 33º e 33º-A Razão das Instruções

Através da Lei nº 30-G/2000, de 29 de Dezembro, foi instituído em sede de IRS um regime simplificado de determinação do rendimento colectável da categoria B (rendimentos empresariais e profissionais) aplicável aos contribuintes que, não tendo optado pelo regime da contabilidade organizada, no período de tributação imediatamente anterior não tenham atingido um volume de vendas superior a 30 000 000$, ou um valor ilíquido dos restantes rendimentos da categoria B superior a 20 000 000$.

Tendo por base a disciplina jurídica que o Código do IRS consagrou para os actos isolados, é claro estarem os mesmos excluídos do regime simplificado de tributação. Ora, as razões que, ponderada a ratio legis dos artigos 31º e 33º-A, levaram a considerar os actos isolados excluídos daquele regime, estão igualmente presentes nos rendimentos com natureza acessória derivados de actos praticados por sujeitos passivos da categoria B.

Contudo, faz sentido que esta equiparação não se estenda aos rendimentos derivados destes actos que, no seu conjunto, representem mais de 50% do valor dos restantes rendimentos brutos que concorrem para o englobamento.

Deste modo, deve ser observado o seguinte entendimento: Regime dos rendimentos acessórios

1. Aos rendimentos da categoria B resultantes de actos praticados por quem obtenha rendimentos de outras categorias objecto de englobamento, que não ultrapassem 50% do valor dos restantes rendimentos brutos englobados do próprio ou do agregado, são aplicáveis as regras de tributação dos actos isolados desde que, no respectivo ano, não ultrapassem qualquer dos seguintes limites:

a) O valor do salário mínimo nacional mais elevado, tratando-se de vendas;

b) Metade do valor anual do salário mínimo nacional mais elevado, tratando-se dos rendimentos previstos nas alíneas b) e c) do nº 1 do artigo 3º do C.I.R.S. ou outros rendimentos referidos nas alíneas a) a g) do nº 2 do referido artº 3º, tais como, rendimentos prediais, de capitais, mais-valias, subsídios, indemnizações e de cessão de exploração;

c) O valor anual do salário mínimo nacional mais elevado, no conjunto dos rendimentos referidos nas alíneas anteriores.

2. Tal entendimento resulta da natureza acessória daqueles rendimentos, em relação aos restantes, não se lhes aplicando, portanto, o limite mínimo previsto no nº 2 do artigo 33º-A do Código do IRS, sendo englobados pelo rendimento líquido resultante das deduções dos custos efectivamente suportados para obtenção dos rendimentos, com as limitações previstas nas alíneas a) a c) do nº 1 do artigo 33º-C do Código do IRS. O DIRECTOR-GERAL

(António Nunes dos Reis)

Ofício-Circulado 20052, de 17/09/2001 - Direcção de Serviços do IRS Categoria B - Regras a aplicar aos "rendimentos acessórios"

Tendo sido suscitadas dúvidas acerca das regras de determinação do rendimento líquido aplicáveis aos rendimentos da categoria B previstos no nº 6 do artigo 31º do Código do IRS, designados por rendimentos acessórios, pela Circular nº 7/2001, esclarece-se o seguinte:

1. Conforme se alcança da respectiva inserção sistemática deste artigo, sob a epígrafe Regime Simplificado, os rendimentos acessórios encontram-se abrangidos por este regime de determinação dos rendimentos empresariais e profissionais.

2. Todavia, atendendo à sua natureza acessória, no cômputo dos restantes rendimentos englobados auferidos pelo agregado familiar, o legislador entendeu subtraí-los a algumas das regras próprias daquele regime, designadamente, no que concerne à aplicação dos coeficientes e do montante mínimo de rendimento apurado a que se refere o nº 2 do artigo 31º, embora sem prejuízo da observância do período mínimo de permanência no regime simplificado, nos termos do nº 5 do artigo 28º.

3. Neste contexto, através da Circular nº 7/2001, de 14 de Março, já fora divulgado o entendimento de que os designados "rendimentos acessórios" eram aplicáveis as regras de tributação dos actos isolados previstos no artigo 30º, podendo, portanto, ao seu valor ilíquido ser deduzidas as despesas necessárias à sua obtenção devidamente comprovadas, com as limitações decorrentes do artigo 33º.

4. Tal entendimento veio a ter consagração expressa no nº 6 do Art.º 31º com a revisão dos Códigos efectuada através do Decreto-Lei nº 198/2001, de 3 de Junho de 2001, abrangendo quaisquer rendimentos da categoria B, incluindo os derivados da propriedade intelectual, que não ultrapassando 50% do valor dos restantes rendimentos brutos englobados do próprio ou do agregado, não excedam ainda qualquer dos seguintes limites:

a) Metade do valor anual do salário mínimo nacional mais elevado tratando-se dos rendimentos previstos nas alíneas b) e c) do nº 1 do artigo 3º e outros rendimentos referidos nas alíneas a) a g) do mesmo artigo; b) O valor anual do salário mínimo nacional mais elevado, tratando-se de vendas, isoladamente ou em conjunto com os rendimentos referidos na alínea anterior.

5. O entendimento explicitado nos pontos anteriores é aplicável a quaisquer rendimentos da categoria B que, para o efeito, são considerados pelo seu valor ilíquido de eventuais benefícios fiscais.

O SUBDIRECTOR-GERAL José Rodrigo de Castro

Enquadramento em sede de IRS, relativamente aos abonos de transportes dos peritos avaliadores (Instruções da Direcção de Serviços de Avaliações de 2005-09-28)

a) Os rendimentos auferidos pelos peritos avaliadores estão sujeitos a tributação por enquadramento na alínea b) do n.º 1 do artº 3.º do CIRS, em virtude de resultarem do exercício por conta própria, de uma actividade de prestação de serviços, na noção que é dada pelo artº 1.155.º do C.C.

b) Os abonos para transportes configuram, igualmente rendimentos da mesma categoria, não podendo por isso, ser-lhes aplicável o regime da alínea d) do n.º 3 do artº 2º do CIRS;

c) Os rendimentos auferidos pelos peritos avaliadores, funcionários da DSA por inerência de funções, encontram-se sujeitos a tributação nos termos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artº 2.º do CIRS; d) Os rendimentos, da categoria B, estão sujeitos a retenção na fonte, nos termos do disposto no artº 101.º

do CIRS, conjugado com o artº 8.º do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de Janeiro, podendo aproveitar da dispensa de retenção nos termos e condições constantes do artº 9.º do mesmo diploma.

e) O artº 9.º do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de Janeiro, estabelece a dispensa de retenção, nas situações previstas nas alíneas a) e b), ou seja, respectivamente:

- Quando o respectivo titular preveja auferir um montante anual inferior ao fixado no n.º 1 do artº 53.º do CIVA – a faculdade de dispensa de retenção, não pode ser exercida por titulares, que no ano anterior, tenham auferido rendimentos de montante igual ou superior ao limite ali estabelecido, e cessa no mês seguinte àquele em que tiver sido atingido o limite fixado no n.º 1 do artº 53.º do CIVA (alíneas a) e b) do n.º 3 do artº 9.º);

- Quando os rendimentos da categoria B respeitem a reembolso de despesas efectuadas em nome e por conta do cliente, ou, a reembolso de despesas de deslocação e estada, devidamente documentadas, correspondentes a serviços prestados por terceiros, que sejam, de forma inequívoca, directa e totalmente imputáveis a um cliente determinado.

IRS – Declaração mod. 3 – anexo B

Quadro 3 Identificação do(s) sujeitos(s) passivo(s)

A identificação dos sujeitos passivos (campos 06 e 07) deve respeitar a posição assumida para cada um no quadro 3A do rosto da declaração modelo 3.

Quadro 3A: Identificação do Titular do Rendimento

Campo 08 - Destina-se à identificação fiscal do titular dos rendimentos declarados (sujeito passivo

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