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(...)

3 - Os titulares de rendimentos respeitantes a unidades de participação em fundos de capital de risco (FCR), quando englobem esses rendimentos, têm direito a deduzir 50% dos rendimentos previstos no artigo 40.º-A do Código do IRS e no n.º 7 do artigo 46.º do Código do IRC que lhe forem distribuídos, nas condições aí descritas.

(Artigo aditado pelo n.º 2 do art.º 38.º da Lei n.º 32-B/2002, de 30/12 - OE 2003. Nos termos do n.º 3 do art.º

38.º da Lei n.º 32-B/2002, de 30/12 - OE 2003, a redacção do artigo 22.º-A do Estatuto dos Benefícios Fiscais é aplicável apenas aos rendimentos obtidos pelos fundos de capital de risco (FCR), após a entrada em vigor da presente lei, aplicando-se o regime de tributação anteriormente previsto no artigo 22.º do mesmo estatuto aos restantes rendimentos).

IRS – Declaração mod. 3 – anexo E

Circular 4, de 08/02/2002 - Direcção de Serviços do IRS e Direcção de Serviços do IRC IRS- Tributação de dividendos

Código do IRS - Artigo 22º n.º 4 - a) e Artigo 101º n.º 1 IRC- Tributação de dividendos

Código do IRC - Artigo 80º nº 2 e Artigo 88º Razão das Instruções

Tendo-se tomado conhecimento de que a interpretação das normas relativas à tributação em IRS e IRC dos dividendos, pagos ou colocados à disposição por sociedades residentes, quer em 2001, quer em 2002, tem sido diversa, importa esclarecer o seguinte:

1. Dividendos colocados à disposição em 2001

1.1 – Nos termos da alínea a) do n.º 4 do artigo 22º do Código do IRS, na redacção dada pela Lei n.º 30- G/2000, de 29 de Dezembro, os dividendos colocados à disposição de pessoas singulares residentes, no ano de 2001, devem ser declarados no Anexo E da declaração modelo 3, a entregar em 2002, para efeitos de determinação da taxa a aplicar aos restantes rendimentos, mesmo quando não se haja optado pelo englobamento.

1.2 – Face ao disposto no n.º 1 do artigo 119º do Código do IRS, as entidades emitentes de acções devem entregar, para efeitos do referido no número anterior, aos respectivos titulares, documento comprovativo dos dividendos colocados à sua disposição em 2001, bem como do imposto retido na fonte.

As mesmas entidades devem, ainda, nos termos do mesmo artigo, declarar no Anexo J da declaração anual a que se refere o artigo 113º do Código do IRC, os dividendos colocados à disposição de quaisquer entidades residentes em território português e na declaração modelo 130 a que se refere o n.º 6 do artigo 119º do Código do IRS, os dividendos que tenham sido colocados à disposição de quaisquer entidades não residentes. 2. Dividendos colocados à disposição em 2002

2.1 – Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 101º do Código do IRS e do artigo 88º do Código do IRC, na redacção dada pela Lei n.º 109-B/2001, de 27 de Dezembro e sem prejuízo do disposto na alínea c) do nº1 do artº 90º deste último Código, os dividendos colocados à disposição no ano de 2002, encontram-se sujeitos a retenção na fonte à taxa de 15% sobre o valor ilíquido, com a natureza de pagamento por conta, quando os titulares sejam entidades residentes em território português.

-A referida taxa de 15% será reduzida a 7,5% apenas nas situações previstas no artigo 59º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, ou seja, quando se trate de dividendos de acções adquiridas na sequência de processo de privatização.

-Quando se trate de quaisquer titulares não residentes, a taxa de retenção é de 25%, nos termos da alínea d) do n.º 2 do artigo 71º do Código do IRS e nos termos do nº 2 do artigo 80º do Código de IRC, sendo reduzida a 12.5% tratando-se de dividendos de acções adquiridas na sequência de processo de privatização

2.2 – Os titulares, pessoas singulares residentes em território português, que aufiram dividendos em 2002, estão legalmente obrigados a declarar aqueles rendimentos no anexo E da declaração modelo 3 de IRS, a entregar em 2003, para efeitos da sua tributação por englobamento, face ao que dispõe o n.º 3 do artigo 22º do Código do IRS, com a redacção dada pela Lei n.º 109-B/2001, de 27 de Dezembro, por nele não serem excluídos.

O englobamento antes referido conta, apenas, em 50% do seu montante, nos termos previstos no artigo 40º-A do Código do IRS, aditado pela lei antes referida, não relevando tal facto para efeitos de retenção na fonte. 2.3 – As entidades emitentes, mencionadas no nº 1 do artigo 119º do Código do IRS devem proceder, nos termos referidos no ponto 1.2, ao cumprimento das respectivas obrigações declarativas previstas no referido artigo 119º do Código do IRS e no artigo 120º do Código do IRC.

O DIRECTOR-GERAL António Nunes dos Reis

Campo 406 - Os rendimentos resultantes de partilha ou amortização de partes sociais sem redução de capital [artigo 5.º, n.º 2, alínea i), do Código do IRS], são considerados em 50 % do seu valor ilíquido de retenção se a entidade que é liquidada tiver a sua sede ou direcção efectiva em território português, for sujeita e não isenta de IRC e os respectivos beneficiários residirem neste território, nos termos do artigo 40.º-A do Código do IRS.

Nos termos do nº 1 do artº 75º do CIRC é de englobar, para efeitos de tributação dos sócios, o valor atribuído a cada um em resultado da partilha, abatido do preço de aquisição das correspondentes partes sociais.

De acordo com o nº 2 do mesmo artigo, essa diferença, quando positiva, constitui:

i. Rendimento de capitais até ao limite da diferença entre o valor que for atribuído e o que, face à contabilidade da sociedade liquidada, corresponde às entradas efectivamente verificadas para a realização do capital; e

Exemplo de aplicação:

A sociedade X, Lda. com capital social de € 10.000 distribuído pelos sócios A e B, o sócio A com uma quota de € 4.000 e o sócio B com uma quota de € 6.000. O sócio A é sócio fundador e o sócio B adquiriu a quota por € 3.000.

Em resultado da partilha da sociedade X, Lda., no valor de € 25.000, coube ao sócio A € 10.000 (40%) e ao sócio B € 15.000 (60%).

Apuramento dos valores sujeitos a IRS:

Sócio A: Valor atribuído 10.000 Valor de aquisição 4.000

Diferença 6.000

A diferença de € 6.000 é rendimento de capitais [artº 5º, nº 2, i) do CIRS] a inscrever no campo 406 do anexo E, mas apenas em 50% do seu valor, ou seja, € 3.000, nos termos do nº 1 do artº 40º-A do CIRS na redacção em vigor em 2005.

Sócio B: Valor atribuído 15.000 15.000 Valor de aquisição 3.000 Valor nominal 6.000 Diferença 12.000 Diferença 9.000

A diferença de € 9.000 é rendimento de capitais [artº 5º, nº 2, i) do CIRS] a inscrever no campo 406 do anexo E, mas apenas em 50% do seu valor, ou seja, € 4.500, nos termos do nº 1 do artº 40º-A do CIRS na redacção em vigor em 2005.

A parte restante da diferença para 12.000, ou seja, de 3.000 é rendimento de mais-valias [artº 10º, nº 1, b) do CIRS] a inscrever no quadro 8 do anexo G.

Artigo 5.º do CIRS Rendimentos da categoria E

1 - Consideram-se rendimentos de capitais os frutos e demais vantagens económicas (…)

2 - Os frutos e vantagens económicas referidas no número anterior compreendem, designadamente: (…)

i) O valor atribuído aos associados em resultado da partilha que, nos Termos do artigo 75.º do Código do IRC, seja considerado rendimento de aplicação de capitais, bem como o valor atribuído aos associados na amortização de partes sociais sem redução de capital; (…)

Artigo 40.º-A

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