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1 - Ficam isentas de IRS as pessoas deslocadas no estrangeiro ao abrigo de acordos de cooperação, relativamente aos rendimentos auferidos no âmbito do respectivo acordo.

2 - Ficam igualmente isentos de IRS os militares e elementos das forças de segurança deslocados no estrangeiro ao abrigo de acordos de cooperação técnico-militar celebrados pelo Estado Português e ao serviço deste, relativamente aos rendimentos auferidos no âmbito do respectivo acordo.

3 - O Ministro das Finanças pode, a requerimento das entidades interessadas, conceder isenção de IRS relativamente aos rendimentos auferidos por pessoas deslocadas no estrangeiro ao serviço daquelas, ao abrigo de contratos celebrados com entidades estrangeiras, desde que sejam demonstradas as vantagens desses contratos para o interesse nacional.

4 - O disposto nos números anteriores não prejudica o englobamento dos rendimentos isentos, para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 22.º do Código do IRS e determinação da taxa aplicável ao restante rendimento colectável.

5 - A isenção a que se refere o n.º 3 é extensível, nas mesmas condições, a rendimentos auferidos por pessoas deslocadas no estrangeiro, desde que exerçam a sua actividade no âmbito das profissões constantes da lista referida no artigo 151.º do Código do IRS, líquidos dos encargos dedutíveis nos termos do mesmo Código.

Ofício-Circulado nº 20107/2005, de 30 de Agosto - DSIRS

Acordos e relações de Cooperação – Artº 37º do Estatuto dos Benefícios Fiscais

O artigo 31º da Lei nº 13/2004, de 14 de Abril, revogou expressamente o Decreto-Lei nº 363/85, de 10 de Setembro, que regulava o Estatuto do Cooperante. Com a entrada em vigor da referida Lei a definição de agente de cooperação passou a constar do seu artigo 2º, abandonando-se, assim, os requisitos formais que constavam do artigo 7º do Decreto-Lei nº 363/85. Tendo presente esta nova realidade jurídica importa divulgar o entendimento sancionado por despacho de 12 de Maio de 2005, proferido pelo substituto legal do Sr. Director-Geral dos Impostos.

1. Artigo 37º, nº 1 do Estatuto dos Benefícios Fiscais

Enquadram-se neste benefício automático os rendimentos auferidos por cidadãos portugueses ou com residência fiscal em território português que, ao abrigo de um contrato escrito, participem na execução de uma acção de cooperação que obedeça a um dos seguintes requisitos:

 Seja financiada pelo Estado Português, promovida ou executada por uma entidade portuguesa de direito público ou por uma entidade de direito privado de fins não lucrativos em países beneficiários;  Seja financiada por um Estado da União Europeia, por uma organização internacional ou por uma agência especializada ou ainda por outra entidade promotora ou executora que suporte a acção com fundos próprios, desde que haja um reconhecimento expresso do estatuto de agente de cooperação por despacho do Ministro dos Negócios Estrangeiros, precedido de parecer do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD);

 Nas demais situações em que a um cidadão português seja concedida a equiparação a agente de cooperação, por despacho do Ministro dos Negócios Estrangeiros, precedido de parecer do IPAD. 2. Artigo 37º, nº 3 do Estatuto dos Benefícios Fiscais

Todas as situações não expressamente previstas no ponto anterior serão objecto de análise casuística e de reconhecimento por despacho ministerial, através de processo a instruir na Direcção de Serviços do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, devendo o respectivo requerimento ser apresentado pelas entidades ao serviço das quais os sujeitos passivos se encontrem deslocados no estrangeiro, com a observância dos seguintes procedimentos:

IRS – Declaração mod. 3 – anexo H

 O pedido deve ser efectuado anualmente relativamente às deslocações ocorridas no ano anterior, identificando os cooperantes envolvidos, respectivos períodos de deslocação e a totalidade das remunerações obtidas;

 A acompanhar o pedido, deverão ser anexados os seguintes elementos:

- Cópia do acordo/contrato firmado entre a entidade requerente e a entidade estrangeira interessada;

- Cópia dos contratos firmados entre os cooperantes e a entidade ao serviço da qual se deslocaram ao estrangeiro;

- Certidão de inexistência de dívidas à Segurança Social da entidade requerente ou dos cooperantes, consoante estes últimos se encontrem na situação de trabalhadores dependentes ou independentes, de acordo o estatuído no artigo 11º-A do EBF.

3. Fica expressamente revogado o entendimento preconizado no ponto 2. do Ofício-Circulado nº 6614/98, de 5 de Fevereiro de 1998.

Com os melhores cumprimentos O Subdirector-Geral,

Manuel Sousa Meireles

Código 407 – Remunerações auferidas no desempenho de funções integradas em missões de carácter militar, efectuadas no estrangeiro, com objectivos humanitários

Beneficiam de isenção os rendimentos de trabalho dependente (categoria A) obtidos por militares e forças de segurança no desempenho, no estrangeiro, de funções integradas em missões de carácter militar, com objectivos humanitários ou destinadas ao estabelecimento, consolidação ou manutenção da paz, ao serviço das Nações Unidas ou de outras organizações internacionais, independentemente da entidade que suporta o encargo.

Artigo 36.ºdo EBF

Isenção do pessoal em missões de salvaguarda de paz

1 - Ficam isentos de IRS os militares e elementos das forças de segurança quanto às remunerações auferidas no desempenho de funções integradas em missões de carácter militar, efectuadas no estrangeiro, com objectivos humanitários ou destinadas ao estabelecimento, consolidação ou manutenção da paz, ao serviço das Nações Unidas ou de outras organizações internacionais, independentemente da entidade que suporta as respectivas importâncias.

2 - O disposto no número anterior não prejudica o englobamento dos rendimentos isentos, para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 22.º do Código do IRS e determinação da taxa aplicável ao restante rendimento colectável.

3 - O reconhecimento relativo ao preenchimento dos requisitos de isenção, quando necessário, é da competência do Ministro das Finanças.

Quadro 5 RENDIMENTOS ISENTOS PARCIALMENTE

Campo 501

Neste campo será inscrita a importância correspondente a 50% dos rendimentos provenientes da propriedade literária, artística (de exemplar único) e científica, quando auferidos por autores residentes em território português, que sejam os titulares originários, nos termos do art. 56.º do EBF, tendo como limite o valor de € 27.194.

Estão incluídos nestas condições os rendimentos provenientes de alienação de obras de arte de exemplar único e das obras de divulgação pedagógica e científica.

Excluem-se os rendimentos provenientes de obras escritas sem carácter literário, artístico ou científico, obras de arquitectura e obras publicitárias.

O titular deficiente cujo grau de invalidez permanente seja igual ou superior a 60% (artigo 16.º do EBF) deve proceder da seguinte forma:

Indicar 50% dos rendimentos previstos no art.º 56.º do EBF, se o rendimento for apurado de acordo com as regras do regime simplificado. Os restantes 50% serão incluídos no campo 404 do subquadro 4A do anexo B (ver exemplos a págs. 62);

Indicar o valor deduzido no campo 431 do quadro 4 do anexo C, determinado de acordo com as instruções desse anexo, se o rendimento for apurado com base na contabilidade organizada

(Ver exemplos a págs. 77).

Artigo 56.º do EBF

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