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A imunidade jurisdicional de que gozam as missões diplomáticas e consulares não as pode dispensar do cumprimento dos seus deveres legais, mormente das suas obrigações tributárias previstas nas normas

B ENEFÍCIOS F ISCAIS E DEDUÇÕES

5. A imunidade jurisdicional de que gozam as missões diplomáticas e consulares não as pode dispensar do cumprimento dos seus deveres legais, mormente das suas obrigações tributárias previstas nas normas

tributárias portuguesas, razão pela qual, estas entidades deverão colaborar com as autoridades fiscais, adoptando os procedimentos necessários para o cumprimento das seguintes obrigações tributárias:

a) Retenção do imposto no momento do pagamento das remunerações aos seus titulares ou no momento da sua colocação à disposição dos mesmos, nos termos do disposto no artigo 99º do CIRS;

b) Manter e fornecer a informação fiscal específica relevante, nos termos previstos no artigo 119º do CIRS.

O Director-Geral

Armindo de Sousa Ribeiro

Circular nº 1/2004, de 19 de Janeiro

Tributação do pessoal das Missões Diplomáticas e Postos Consulares acreditados em Portugal Razão das instruções

Na sequência da dúvidas suscitadas sobre o enquadramento no art. 35.º do EBF das remunerações auferidas pelo pessoal das missões diplomáticas e consulares acreditados em Portugal, nomeadamente no que respeita

IRS – Declaração mod. 3 – anexo H

ao princípio da reciprocidade ali previsto, foi, por despacho de Sua Ex.ª o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de 6 de Junho do corrente ano, sancionado o seguinte entendimento:

Reciprocidade

1. A isenção prevista no artigo 35º do EBF é aplicável sempre que se verifique uma situação de reciprocidade de facto, sem dependência da existência de qualquer acordo bilateral entre Estados que consagre ou reconheça tal reciprocidade.

Isenções resultantes de uma convenção

2. A reciprocidade terá de ser aferida relativamente ao mesmo tipo de relações jurídico-laborais, não sendo, por isso, de considerar como tal a isenção de tributação imposta por uma convenção para evitar a dupla tributação.

Ónus da prova

3. Não compete à administração tributária a realização das diligências tendentes à confirmação da situação de reciprocidade de facto junto de outras administrações tributárias, pois é ao interessado que compete fazer a prova da verificação dos pressupostos da isenção.

Forma de prova da reciprocidade

4. A prova da reciprocidade poderá ser feita através de uma declaração das autoridades fiscais do outro Estado, emitida a pedido das respectivas representações diplomáticas ou consulares acreditadas em Portugal ou do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a qual deverá comprovar qual o tratamento fiscal conferido, de facto, ao pessoal que está ao serviço das representações diplomáticas ou consulares de Portugal nesse Estado. Circular 22/2002

5. Mantém-se em vigor a Circular n.º 22/2002, de 30 de Setembro, relativamente à tributação das remunerações do pessoal das missões diplomáticas e postos consulares não abrangidos pela reciprocidade. Direcção Geral dos Impostos, 2004-01-19

O Director Geral

Armindo de Sousa Ribeiro

Circular nº 13/2004, de 24 de Junho

Pensões pagas a funcionários das Comunidades Europeias Razão das Instruções

Por despacho de 12.02.2004 do Exmº Sr. Director -Geral, e tendo em vista o esclarecimento de dúvidas que têm surgido quanto ao regime fiscal das pensões pagas pelas Comunidades Europeias, foi determinada a divulgação do seguinte entendimento:

As pensões de invalidez, aposentação ou sobrevivência pagas em razão de funções exercidas nos órgãos das Comunidades Europeias, estão isentas de IRS ao abrigo do art.º 13º do Protocolo sobre Privilégios e Imunidades das Comunidades Europeias, assinado em 08.04.1965, e do Regulamento n.º 549/69, do Conselho, de 25 de Março de 1969, não se encontrando igualmente sujeitas a englobamento para determinação da taxa a aplicar aos restantes rendimentos.

O regime fiscal destas importâncias é, assim, igual ao que é aplicável às remunerações provenientes do exercício de funções nos organismos comunitários, divulgado pelo Ofício-Circular n.º X-2/90, de 25 de Outubro.

Direcção-Geral dos Impostos, 24 de Junho de 2004. O Director-Geral

(Paulo Moita de Macedo)

Ofício-Circulado 20075, de 03/10/2002 - Direcção de Serviços dos Benefícios Fiscais Regime tributário do pessoal local das missões diplomáticas e consulares

Tendo surgido dúvidas quanto aos procedimentos a adoptar relativamente ao enquadramento jurídico- tributário das remunerações auferidas pelo pessoal local das missões diplomáticas e consulares, bem como relativamente aos processos de reclamação graciosa de liquidações oficiosas efectuadas pela Administração Tributária, foi, por despacho de 2 de Abril último de Sua Ex.ª o Ministro das Finanças, determinado o seguinte:

1. Devem os serviços proceder à revisão oficiosa, nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 78º da Lei Geral Tributária, dos actos de liquidação de IRS que tenha incidido sobre os rendimentos auferidos pelos contribuintes que façam parte do pessoal local das missões diplomáticas e consulares acreditados em Portugal, nessa qualidade, relativos aos anos de 1998 a 2000, corrigindo-os, mediante subtracção daqueles rendimentos à matéria colectável determinada em cada um dos referidos anos, ainda que, sem descurar a aplicação do consignado no actual n.º 3 (anterior n.º 2) do artigo 35º do EBF.

2. Devem os serviços retirar as consequências decorrentes do procedimento determinado no número anterior, em relação aos referidos anos, quer ao nível dos processos de execução fiscal entretanto instaurados, quer da restituição das importâncias já arrecadadas a título de IRS.

3. Os princípios determinados nos números anteriores, abrangem, " todas as liquidações efectuadas pelos serviços da Administração Tributária em desconformidade com as declarações dos referidos contribuintes, encontrando-se, portanto, excluídas todas as situações em que os contribuintes (i) não tenham apresentado declarações, (ii) não tenham declarado aqueles rendimentos, ou (iii) tenham declarado aqueles rendimentos, mencionando-os no modelo oficial da declaração ou em documento diverso do Anexo H que acompanha este modelo".

4. A revisão referida nos números anteriores, inclui os actos de liquidação objecto de decisão judicial transitada em julgado sempre que os fundamentos da decisão não tenham sido coincidentes com os que justificaram a presente determinação da revisão, que não estão abrangidos pela eficácia do caso julgado. 5. As custas do processo são devidas por quem lhe der causa, pelo que, uma vez que os fundamentos da presente revisão são distintos dos que foram invocados pelos sujeitos passivos abrangidos pela presente determinação, no processo judicial, são aquelas custas devidas e, por isso, não devem ser restituídas.

6. Quanto aos rendimentos auferidos em 2001 pelos referidos contribuintes, na indicada qualidade, deverão os mesmos ser também relevados apenas para efeito da aplicação da taxa a aplicar aos restantes rendimentos, nos termos do disposto no actual n.º 3 (anterior n.º 2) do artigo 35º do EBF.

7. Mais foi determinado que, relativamente às situações em que os serviços não disponham dos elementos indispensáveis ao procedimento de revisão referido no número 1, a revisão oficiosa deverá ser efectuada a pedido dos próprios interessados, verificados que sejam os requisitos a que se refere o número 3.

O Subdirector-Geral José Rodrigo de Castro

Código 403 – Empreiteiros ou arrematantes nacionais ou estrangeiros de obras NATO

Serão de incluir neste campo os lucros (rendimentos da categoria B) obtidos por empreiteiros ou arrematantes, nacionais ou estrangeiros, relativamente a obras ou trabalhos de infra-estruturas comuns da NATO.

Artigo 38.º do EBF

Empreiteiros e arrematantes de obras e trabalhos das infra-estruturas comuns NATO

1 - Ficam isentos de IRS os empreiteiros ou arrematantes, nacionais ou estrangeiros, relativamente aos lucros derivados de obras ou trabalhos das infra-estruturas comuns NATO, a realizar em território português, nos termos do Decreto-Lei n.º 41 561, de 17 de Março de 1958.

2 - O disposto no número anterior não prejudica o englobamento dos rendimentos isentos, para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 22.º do Código do IRS e determinação da taxa aplicável ao restante rendimento colectável.

Código 404 – Recebimentos em capital de importâncias despendidas pelas entidades patronais para regimes de segurança social

Beneficiam de isenção (rendimentos da categoria A) as importâncias despendidas pelas entidades patronais, quando constituam direitos adquiridos, que respeitem a contratos que garantam exclusivamente o benefício de reforma, complemento de reforma, invalidez ou sobrevivência, desde que sejam observados os requisitos referidos nas alíneas a), b), d) e f) do nº 4 do artº 40º do Código do IRC, desde que não ultrapassem 15% ou 25% das despesas com pessoal, conforme o trabalhador tenha ou não direito a pensão de segurança social, respectivamente.

Artigo 15.º do EBF

Contribuições das entidades patronais para regimes de segurança social

1 - São isentos de IRS, no ano em que as correspondentes importâncias foram despendidas, os rendimentos a que se refere a primeira parte do n.º 3) da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS, quando respeitem a contratos que garantam exclusivamente o benefício de reforma, complemento de reforma, invalidez ou sobrevivência, desde que sejam observadas cumulativamente as condições previstas nas alíneas a), b), d), e) e f) do n.º 4 do artigo 40.º do Código do IRC, na parte em que não excedam os limites previstos nos n.ºs 2 e 3 do mesmo artigo e sem prejuízo do disposto nos seus n.ºs 5 e 6.

2 - A inobservância de qualquer das condições previstas no número anterior determina:

a) Para o trabalhador ou trabalhadores beneficiados pelo incumprimento, a perda da isenção e o englobamento como rendimento da categoria A de IRS, no ano em que ocorrer o facto extintivo, da totalidade das importâncias que beneficiaram da isenção, acrescidas de 10% por cada ano, ou fracção, decorrido desde a data em que as respectivas contribuições tiverem sido efectuadas

b) Para a empresa, a tributação autónoma à taxa de 40% no exercício do incumprimento das contribuições que no exercício, bem como nos dois exercícios anteriores, beneficiaram do regime de isenção previsto no n.º 1.

IRS – Declaração mod. 3 – anexo H

3 - Verificando-se o disposto na parte final do n.º 3 da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS, beneficia de isenção o montante correspondente a um terço das importâncias pagas ou colocadas à disposição, com o limite de € 11 704,70.

4 - A isenção a que se refere o número anterior não prejudica o englobamento dos rendimentos isentos para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 22.º do Código do IRS, bem como a determinação da taxa aplicável ao restante rendimento colectável.

Do artº 2º do CIRS

3 - Consideram-se ainda rendimentos do trabalho dependente: a) ...

b) As remunerações acessórias, nelas se compreendendo todos os direitos, benefícios ou regalias não incluídos na remuneração principal que sejam auferidos devido à prestação de trabalho ou em conexão com esta e constituam para o respectivo beneficiário uma vantagem económica, designadamente:

(...)

3) As importâncias despendidas, obrigatória ou facultativamente, pela entidade patronal com seguros e operações do ramo «Vida», contribuições para fundos de pensões, fundos de poupança-reforma ou quaisquer regimes complementares de segurança social, desde que constituam direitos adquiridos e individualizados dos respectivos beneficiários, bem como as que, não constituindo direitos adquiridos e individualizados dos respectivos beneficiários, sejam por estes objecto de resgate, adiantamento, remição ou qualquer outra forma de antecipação da correspondente disponibilidade, ou, em qualquer caso, de recebimento em capital, mesmo que estejam reunidos os requisitos exigidos pelos sistemas de segurança social obrigatórios aplicáveis para a passagem à situação de reforma ou esta se tiver verificado;

Artigo 40º do CIRC Realizações de utilidade social

(...)

4 - Aplica-se o disposto nos nºs 2 e 3 desde que se verifiquem, cumulativamente, as seguintes condições, à excepção das alíneas d) e e), quando se trate de seguros de doença, de acidentes pessoais ou de seguros de vida que garantam exclusivamente os riscos de morte ou invalidez:

a) Os benefícios devem ser estabelecidos para a generalidade dos trabalhadores permanentes da empresa ou no âmbito de instrumento de regulamentação colectiva de trabalho para as classes profissionais onde os trabalhadores se inserem;

b) Os benefícios devem ser estabelecidos segundo um critério objectivo e idêntico para todos os trabalhadores ainda que não pertencentes à mesma classe profissional, salvo em cumprimento de instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho;

(...)

d) Sejam efectivamente pagos sob a forma de prestação pecuniária mensal vitalícia pelo menos dois terços dos benefícios em caso de reforma, invalidez ou sobrevivência, sem prejuízo da remição de rendas vitalícias em pagamento que não tenham sido fixadas judicialmente, nos termos e condições estabelecidos em norma regulamentar emitida pela respectiva entidade de supervisão, e desde que seja apresentada prova dos respectivos pressupostos pelo sujeito passivo;

(...)

g) A gestão e disposição das importâncias despendidas não pertençam à própria empresa e os contratos de seguros sejam celebrados com empresas de seguros que possuam sede, direcção efectiva ou estabelecimento estável em território português e os fundos de pensões ou equiparáveis sejam constituídos de acordo com a legislação nacional;

(...)

Código 405 – Tripulantes de navios

Beneficiam de isenção (rendimentos da categoria A) os rendimentos auferidos pelos tripulantes de navios registados no registo internacional de navios nas zonas francas da Madeira e da ilha de Santa Maria.

Artigo 33.º do EBF

Zona Franca da Madeira e Zona Franca da ilha de Santa Maria

(...)

8 - São isentos de IRS os tripulantes dos navios registados no registo internacional de navios, criado e regulamentado no âmbito da zona franca da Madeira, ou no registo internacional de navios, a criar e regulamentar, nos mesmos termos, no âmbito da zona franca da ilha de Santa Maria, relativamente às remunerações auferidas nessa qualidade e enquanto tais registos se mantiverem válidos.

9 - O disposto no número anterior não prejudica o englobamento dos rendimentos isentos, para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 22.º do Código do IRS.

(...)

Código 406 – Remunerações auferidas ao abrigo de acordos de cooperação

Beneficiam de isenção os rendimentos de trabalho dependente (categoria A) ou de actividades profissionais (categoria B) constantes da lista a que se refere o artº 151º do CIRS, auferidos por pessoas deslocadas no estrangeiro, no âmbito de acordos de cooperação.

São também isentos os rendimentos obtidos por militares e elementos das forças de segurança deslocados no estrangeiro auferidos no âmbito de acordos de cooperação técnico-militar celebrados pelo Estado Português e ao serviço deste.

Estas isenções não carecem de ser reconhecidas previamente.

Artigo 37.º do EBF

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