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(...)

4 - Às contribuições individuais dos participantes e aos reembolsos pagos por fundos de pensões e outros regimes complementares de segurança social que garantam exclusivamente o benefício de reforma, complemento de reforma, invalidez ou sobrevivência são aplicáveis as regras previstas no artigo 21.º, com as necessárias adaptações.

(...)

6 - Os benefícios fiscais previstos no n.º 4 deste artigo e no n.º 2 do artigo 21.º são cumuláveis, não podendo, no seu conjunto, exceder os limites fixados no n.º 2 do artigo 21.º

Circular 17, de 31/05/2002 - Direcção de Serviços dos Benefícios Fiscais Planos Poupança Reforma/Educação

Razão das Instruções

Tendo-se suscitado dúvidas junto dos serviços relativamente à possibilidade de se celebrar um contrato de Seguro PPR/E, em que não haja coincidência entre o tomador do seguro e a pessoa segura, e em que esta última seja um terceiro estranho ao agregado familiar, importa esclarecer e divulgar o seguinte:

1. A ideia subjacente aos PPR/E's demonstra uma evidente correlação entre o esforço financeiro (poupança em condições de especial rigidez) e as vantagens (benefícios fiscais) pelo que não foi intenção do legislador possibilitar a situação nos termos da qual os subscritores do seguro PPR/E instituem um beneficiário, e pretendem aproveitar simultaneamente das vantagens fiscais e da idade avançada do beneficiário para poderem efectuar um mobilização antecipada do seguro PPR/E.

IRS – Declaração mod. 3 – anexo H

2. Os subscritores do seguro PPR/E são simultaneamente os participantes no plano, e é nestes indivíduos que se devem verificar todos os pressupostos objectivos e subjectivos para fruição dos benefícios fiscais, previstos nos DL 205/89, de 27/6, DL 357/99, de 15/9 e no artº 21º do EBF.

Tratamento fiscal

3. As condições fixadas para reembolso dos certificados – os participantes podem exigir o reembolso, nomeadamente, ao atingir os 60 anos e respeitando um período mínimo de imobilização de 5 anos, constante do artº 4º nº 1 alínea e) do DL nº 205/89, de 27/6, ou no caso dos PPR/E's no artº 6º do DL 357/99, de 15/9, apenas para os participantes ou membros do seu agregado familiar – evidenciam que a susceptibilidade de requerer o reembolso apenas se encontra legalmente conferida aos respectivos subscritores/participantes ou respectivos herdeiros.

4. De acordo com Parecer do Instituto de Seguros de Portugal , deve-se concluir que apesar de ser perfeitamente possível a contratação de um seguro PPR/E com um tomador do seguro diverso da pessoa segura, é pressuposto essencial do regime dos PPR/E's, que o tomador não obtenha com isso quaisquer benefícios fiscais.

5. Assim, atento o disposto nos DL 205/89, de 27/6, DL 357/99, de 15/9 e no artº 21º do EBF, sendo o contrato celebrado sob a forma descrita, os subscritores (tomadores/participantes) não poderão beneficiar do disposto no artº 21º do EBF, porque não são os beneficiários (segurado) do plano PPR/E. Para poderem usufruir do benefício fiscal terão que ser simultaneamente participantes/tomadores e beneficiários/segurados, do PPR/E.

O Director-Geral (José João Duarte)

Código de Benefício 712 (IVA suportado...)

Notas:

1. Este benefício só é dedutível nos anos de 2003 e 2004. 2. Era a seguinte a redacção do artº 66º do EBF:

Artigo 66.º do EBF

Dedução à colecta do IRS de IVA suportado

1 - À colecta do IRS devido pelos sujeitos passivos deste imposto é dedutível uma percentagem de 25%, com o limite de € 50, do IVA suportado nas seguintes despesas, realizadas por qualquer membro do agregado familiar enquanto consumidor final:

a) Serviços de alimentação e bebidas;

b) Prestações de serviços de beneficiação, remodelação, renovação, restauro, reparação ou conservação de equipamentos domésticos e de imóveis destinados à habitação dos sujeitos passivos e do seu agregado ou arrendamento para habitação;

c) Prestações de serviços de reparação de veículos, com excepção de embarcações e aeronaves, desde que efectuadas por prestadores de serviços abrangidos pelo regime simplificado de tributação do IRS ou IRC.

2 - O direito à dedução previsto no número anterior não é aplicável às despesas que sejam dedutíveis no âmbito das categorias B e F do Código do IRS.

3 - O disposto no n.º 1 não é aplicável às prestações de serviços adquiridas através da mobilização de saldos das contas poupança-habitação ou com recurso ao crédito, desde que, em qualquer dos casos, o sujeito passivo beneficie da dedução à colecta prevista no artigo 18.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais ou no artigo 85.º do Código do IRS, respectivamente.

4 - As despesas a que se referem as alíneas a), b) e c) do n.º 1 deverão ser comprovadas através de factura ou documento equivalente processado em forma legal.

5 - Para efeitos da dedução prevista na alínea c) do nº 1, os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado do IRS ou do IRC que prestem serviços de reparação de veículos, com excepção de embarcações e aeronaves, devem fazer constar da factura ou documentos equivalente a referência à aplicação do regime.

Códigos de Benefício 713, 714 e 715 (Donativos ao abrigo do EM)

Artigo 5º do Estatuto do Mecenato Deduções em IRS por virtude do mecenato

1 - Os donativos atribuídos pelas pessoas singulares residentes em território nacional, nos termos e condições previstos nos artigos anteriores, são dedutíveis à colecta do ano a que dizem respeito, com as seguintes especificidades:

a) Em valor correspondente a 25 % das importâncias atribuídas, nos casos em que não estejam sujeitos a qualquer limitação;

b) Em valor correspondente a 25 % das importâncias atribuídas, até ao limite de 15 % da colecta, nos restantes casos;

c) São dispensados de reconhecimento prévio desde que o seu valor não seja superior a 100.000$00;

d) As deduções só são efectuadas no caso de não terem sido contabilizadas como custos.

2 - São ainda dedutíveis à colecta, nos termos fixados nas alíneas b) a d) do número anterior, os donativos concedidos a igrejas, instituições religiosas, pessoas colectivas de fins não lucrativos pertencentes a confissões religiosas ou por elas instituídas, sendo a sua importância considerada em 130% do seu quantitativo.

Anotações:

1 – No Estatuto do Mecenato, designadamente nos nºs 2 e 3 do artº 1º do decreto-lei que aprova este diploma, estão estabelecidas as condições exigíveis para que os donativos possam ter relevância fiscal e que são:

 Inexistência de contrapartidas;

 As entidades donatárias devem ser apenas as previstas no Estatuto do Mecenato;  Necessidade de reconhecimento prévio; e

 Benefícios fiscais automáticos reconhecidos a entidades oficiais previstas no Estatuto do Mecenato. 2 - Quanto à exigência do reconhecimento prévio, ele decorre do nº 3 do artº 1º do citado diploma que estabelece que os benefícios fiscais nele previstos dependem de reconhecimento, a efectuar por despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da tutela. Excepcionam-se os casos em que a entidade beneficiária do donativo é uma das referidas no artº 1º do Estatuto do Mecenato (entidade estadual ou para-estadual) ou que tenha o estatuto de utilidade pública e simultaneamente goze de isenção de IRC nos termos do actual artº 10º do código do IRC.

3 - As entidades que prossigam fins de caridade, assistência, beneficência e solidariedade (instituições particulares de solidariedade social, pessoas colectivas de utilidade pública), por serem mais comuns as situações em que recebem donativos, estão obrigadas a desencadear um processo próprio para que tais donativos possam ter relevância fiscal, ou seja, serem considerados na esfera dos doadores:

 Devem solicitar o reconhecimento da isenção de IRC nos termos do actual artº 10º do Código do IRC; ou

 Se tal isenção não lhes for reconhecida, devem desencadear o processo específico de reconhecimento por despacho conjunto.

4 – Quando se tratar de donativos atribuídos por pessoas singulares, este reconhecimento prévio só se torna necessário para donativos de valor superior a 100.000$00 (€ 498,80) – art.º 1º, nº 3 do Dec. Lei nº 74/99, de 16 de Março, na redacção dada pela Lei nº 160/99, de 14 de Setembro conjugado com o art.º 5º, nº 1, alínea c) do Estatuto do Mecenato, na redacção dada pelo Decreto-Lei nº 176-A/99, de 30 de Dezembro.

5 - As entidades que se encontrem isentas de IRC ao abrigo do artº 10º do Código do IRC estão dispensadas de efectuar pedido de reconhecimento dos benefícios previstos no Estatuto do Mecenato salvo se pretenderem beneficiar do disposto no n° 2 do artigo 2º e nos n.ºs 2 e 3 do artigo 3º do Estatuto (reconhecimento do superior interesse das suas actividades, caso em que não se verifica qualquer limite à consideração como custo fiscal do donativo).

6 - Quanto aos donativos abrangidos pelo nº 2 do artº 5º (donativos concedidos a igrejas, instituições religiosas, pessoas colectivas de fins não lucrativos pertencentes a confissões religiosas ou por elas instituídas), ver anotações ao Código de Benefício 716.

Doutrina Administrativa:

- Tratamento Fiscal dos Donativos:

 Circulares nº 12/2002, de 19 de Abril e 2/2004, de 20 de Janeiro). - Aquisição do direito aos benefícios fiscais no âmbito do Estatuto do Mecenato:

 Circular nº 13/2003, de 27 de Setembro).

- Procedimento Administrativo (Estatuto do Mecenato/Obrigações dos mecenas):  Circular nº 9/2005.

Circular nº 9/2005, de 11de Agosto - DSIRC

Decreto-Lei nº 74/99, de 16 de Março - Procedimento Administrativo (Estatuto do Mecenato/ Obrigações dos mecenas)

Razão das instruções

Considerando que a usufruição dos benefícios fiscais previstos no Estatuto do Mecenato depende, na grande maioria das situações, de um procedimento administrativo com vista à produção de um acto de

IRS – Declaração mod. 3 – anexo H

reconhecimento a efectuar por despacho ministerial conjunto, cujas regras de tramitação nem sempre são do conhecimento dos interessados,

Considerando ainda que se têm suscitado dúvidas quanto aos elementos que as entidades mecenas devem dispor para usufruição dos benefícios fiscais previstos no Estatuto do Mecenato,

Foi, pelo despacho n.º 96/2005.XVII, de 20 de Abril, de Sua Exa. o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, determinada a divulgação das seguintes instruções:

Procedimento Administrativo: Requerimento e Instrução

1. A usufruição dos benefícios fiscais previstos no Estatuto do Mecenato depende, antes de mais, do reconhecimento administrativo a solicitar pela entidade beneficiária dos donativos, em requerimento dirigido ao Ministro da sua tutela funcional e ao Ministro de Estado e das Finanças, a apresentar junto do Ministério da respectiva Tutela, a quem incumbirá a instrução e apreciação dos projectos ou entidades em causa, e cujo procedimento deverá ser concluído por um despacho conjunto de Suas Excelências os Senhores Ministros de Estado e das Finanças e da Tutela, conforme artigo 1º, n.º 3 do Decreto-Lei n.º 74/99, de 16 de Março. Mecenas: Obrigações acessórias

2. Para efeitos de usufruição dos benefícios fiscais previstos no Estatuto do Mecenato, as entidades mecenas deverão dispor de:

a) Cópia do despacho conjunto que reconhece a qualidade de entidade beneficiária;

b) Recibo daquela entidade beneficiária ou documento que justifique a atribuição efectiva do donativo àquela entidade e, caso aplicável, com a menção a que fim, acção ou programa se destina o donativo; c) Documento constante do "Dossier Fiscal" (artigo 121º do Código do IRC), onde se evidencie o cálculo

do benefício fiscal (montante do donativo e respectiva majoração), de modo a justificar os valores inscritos no Anexo F da declaração anual.

d) Declaração da entidade beneficiária de que o donativo foi concedido sem contrapartidas, nos termos do artigo 1º, n.º 2 do Decreto-Lei n.º 74/99, de 16 de Março, conforme a interpretação que lhe é dada pela Circular n.º 2/2004, de 20 de Janeiro de 2004, da DGCI.

Direcção-Geral dos Impostos, 11 de Agosto de 2005 O Director-Geral

(Paulo Moita Macedo) Proc.º /IRC n.º 2322/2004

Informações vinculativas: FICHA DOUTRINÁRIA

Diploma: DL74/99, de 16/03 – Estatuto do Mecenato

Lei n.º 56/98, de 18/08- Lei de financiamento dos partidos políticos

Lei n.º 19/2003, 20/06 – Nova lei-quadro de financiamento dos partidos político Assunto : Relevância Fiscal dos donativos a Partidos Políticos e campanhas eleitorais. Proc. N.º 4863/05 com despacho concordante da Senhora Directora de Serviços de 2005-12-02 Conteúdo :

1. A Lei n.º 56/98, de 18/08, relativa ao “Financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais, previa, no nº5 do artigo 4º, que os donativos concedidos a partidos políticos por pessoas colectivas e singulares que não tivessem dívidas fiscais e à segurança social pendentes de execução eram considerados nos termos dos arts. 56º/2 e 40º/3, respectivamente do CIRS e do CIRC (o n.º 3 do art. 16º da mesma Lei alarga tal benefício aos donativos concedidos às campanhas eleitorais).

2. O artigo 2º do Dec-Lei n.º 74/99, de 16/03, que aprovou o Estatuto do Mecenato (E.M.), revogou expressamente as citadas normas do CIRS e do CIRC, e estabeleceu (com a redacção dada pela Lei n.º 160/99, de 14/09) que as remissões da Lei n.º 56/98 para os questionados artigos 56º do CIRS e 40º do CIRC passavam a ser efectuadas para os arts. 5º e 3º do E.M.

3. Uma vez que os partidos políticos e as campanhas eleitorais não estão contemplados no texto desses artigos 5º e 3º do E.M., forçoso é concluir que o conteúdo útil de tal remissão é a fixação de limites atendíveis como dedução fiscal.

4. Assim, a partir de 1 de Janeiro de 1999 (data da entrada em vigor do E.M.) as pessoas singulares que concedessem donativos a partidos políticos tinham direito a uma dedução à colecta, sujeita aos seguintes limites [cf. art. 5º/1-b) do E.M.]: 25% das importâncias atribuídas, até ao limite de 15% da colecta. 5. Com a alteração introduzida na Lei n.º 56/98, pela Lei n.º 23/2000, de 23/08 (em vigor a partir de 01-01-

2001), o art. 5º passou a determinar que os partidos políticos «não podem receber donativos de pessoas colectivas», pelo que, foi alterada em consonância a redacção do n.º 5 do artigo 4º do mesmo diploma legal, sendo eliminada a referência aos donativos feitos por pessoas colectivas.

6. Os donativos concedidos, ao abrigo da Lei n.º 56/98, por pessoas singulares são dedutíveis ao abrigo da alínea b) do n.º 1 do art. 5º do E.M.

7. A Lei n.º 19/2003, nova lei-quadro do financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais, que entrou em vigor a 01-01-2005, revogando a citada Lei n.º 56/98, não contempla nenhum regime fiscal especial relativamente aos donativos concedidos por pessoas singulares (continuando proibidos os donativos concedidos por pessoas colectivas) quer aos partidos políticos quer às campanhas eleitorais. 8. Ora, se esta lei não atribui expressamente nenhum benefício fiscal a tais donativos, ao contrário do que

fazia a lei anterior, e, ao mesmo tempo, os partidos políticos e as campanhas eleitorais nunca integraram o elenco das entidades previstas na Parte I do E.M., forçoso é concluir que, a partir de 2005, os donativos concedidos por pessoas singulares a partidos políticos e a campanhas eleitorais não gozam mais do benefício fiscal do art. 5º do E.M.

Em síntese:

Os donativos concedidos por pessoas singulares a partidos políticos e campanhas eleitorais, desde 01 de Janeiro de 1999 até 31 de Dezembro de 2004, são fiscalmente relevantes nos termos da alínea b) do n.º 1 do art. 5º do Estatuto do Mecenato.

A partir de 01 de Janeiro de 2005 (data da entrada em vigor da Lei n.º 19/2003) os mesmos donativos deixam de ser dedutíveis em sede do IRS porque o anterior benefício fiscal não foi salvaguardado pelo novo regime de financiamento de partidos políticos e campanhas eleitorais.

Código de Benefício 716 (Donativos ao abrigo da LLR – Lei da Liberdade Religiosa)

Artigo 32.º da Lei nº 16/2001, de 22 de Junho

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