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O artigo 59º. do Código de Procedimento e de Processo Tributário, na redacção que lhe foi dada pela Lei nº 15/2001, de 5 de Junho, passou a permitir que o procedimento de liquidação se inicie também com as declarações de substituição entregues até ao termo do prazo legal de reclamação graciosa ou impugnação judicial do acto de liquidação de declarações de substituição, importa ultrapassar esse inconveniente mediante a adopção de mecanismos transitórios que permitam obter os resultados que o legislador pretendeu atingir.

Assim, até que as aplicações informáticas de liquidação do IRS sejam adaptadas à nova realidade, deverão ser adoptados os seguintes procedimentos:

1. As declarações de substituição apresentadas nos termos do nº. 3 do artigo 59º. do CPPT serão loteadas e recolhidas informaticamente de acordo com as instruções em vigor, sendo objecto de liquidação, nos moldes actuais, as que se enquadrem nas subalíneas I e III da alínea b) do mesmo artigo.

2. Relativamente às declarações que fiquem na situação de "Não liquidável" por da sua liquidação resultar imposto inferior ao anteriormente liquidado, continuará a ser emitida, por cada processamento, a "Lista das declarações de substituição entregues fora do prazo sem tratamento de liquidação" (LIQIRS - R09).

3. Com base nessas listas, as Direcções de Finanças deverão promover que os Serviços de Finanças da área do domicílio fiscal dos sujeitos passivos verifiquem se a declaração "não liquidável" se enquadra na subalínea II da alínea b) do nº 3. do artigo 59º. do CPPT.

4. Em caso afirmativo, e se se verificarem as condições previstas no nº.5 do referido artigo 59º será a declaração de substituição convolada em reclamação graciosa ou, não sendo o caso, será preenchida e

recolhida uma declaração oficiosa, tipo 6, com os mesmos elementos da declaração de substituição, na qual se deve ter em atenção que no quadro 15 deverá ser indicado que não são devidos juros a favor do sujeito passivo (campo 3) e que são devidos juros a favor do Estado (campos 7e 8).

5. As declarações de substituição entregues via Internet terão o tratamento previsto nos anteriores nºs 2 a 4, considerando-se, para o efeito, como apresentadas no serviço local da área do domicílio fiscal do sujeito passivo.

Ofício-Circulado nº 60034/2003, de 3 de Dezembro - DSJT

(Rectificado pelo ofício-circulado nº 60035/2003, de 10 de Dezembro)

Responsabilidade contra-ordenacional- Substituição das declarações de rendimentos já apresentadas ao abrigo do n° 3 do art. 59º do C.P.P. T., por estas conterem erros de facto ou de direito

Para os devidos efeitos e conhecimento dos serviços comunica-se que, por despacho do Sr. Director-Geral de 25.10.03, foi decidido instruir os serviços no sentido de que, como se prevê no art. 32º do RGIT, nomeadamente no seu n° 2, as coimas a que se refere o n° 3, alínea b) do art. 59º do C.P.P. T. no que respeita à apresentação da declaração de substituição punível nos termos do art. 119º daquele Regime Geral desde que, da apresentação desta nova declaração, resulte imposto superior ou reembolso inferior ao anteriormente apurado, podem ser especialmente atenuadas nos ternos daquele normativo conjugado com os artºs 17º e 18ºdo Regime Geral das Contra-Ordenações, aprovado pelo Dec.Lei n° 433/82, de 11/9, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Dec.Lei n° 244/95, de 14/9, se reunidos os requisitos para o efeito. Com os melhores cumprimentos.

O Subdirector-Geral,

(Alberto Augusto Pimenta Pedroso)

Ofício-Circulado nº 60037/2004, de 18 de Outubro - DSJT

Declarações de substituição mod. 3 de IRS apresentadas nos termos do n.3 do artº 59º do CPPT

Tem chegado ao conhecimento desta Direcção de Serviços, através de algumas Direcções de Finanças, que não será uniforme a actuação dos Serviços no que respeita ao assunto acima referenciado, quanto à aplicação em concreto das coimas por apresentação de declarações de substituição mod. 3 de IRS nos termos do n.º 3 do artº 59º do CPPT, nomeadamente da alínea b) e subalíneas I, II e III, foi, por despacho de 2004.09.10, do Senhor Director – Geral dos Impostos, decidido tendo em conta a necessidade de uniformização de procedimentos sobre esta matéria o seguinte:

Referindo-se na alínea b) do n.º 3 do artº 59º do CPPT que apenas estão sujeitas ao procedimento por contra - ordenação as declarações apresentadas pelos sujeitos passivos quando delas resulte imposto superior ou reembolso inferior ao anteriormente apurado, não haverá lugar à aplicação de qualquer coima para as declarações de substituição apresentadas nos termos e prazos previstos nas subalíneas I e II do referido normativo legal sempre que das mesmas resulte uma liquidação de imposto inferior ou um reembolso superior ao anteriormente apurado, para o que se deverá efectuar a respectiva simulação de liquidação no acto da recepção das referidas declarações, se necessário.

Com os melhores cumprimentos O SUBDIRECTOR – GERAL, (Alberto Augusto Pimenta Pedroso)

Ofício-Circulado nº 60050/2005, de 21 de Novembro – DSJT

Instruções transmitidas pelo Ofício Circulado nº 4664, de 13/10/95. Sua eventual aplicação ao RGIT.

. Face às dúvidas suscitadas por diversos serviços, sobre se com a entrada em vigor do RGIT, e das instruções transmitidas através dos Ofícios Circulados nºs 60.034 e 60.037, respectivamente de 3/12/2003 e 18/10/2004, se eram ou não de continuar a aplicar as orientações vertidas no Ofício Circulado nº 4664, de 13/10/1995, nomeadamente quando fossem detectadas omissões ou inexactidões nas declarações apresentadas nos termos dos códigos do IRC e IRS, ou nos documentos que as devam acompanhar, comunico a V.Ex.ª., para os devidos efeitos, que, por despacho de 5/11/2005, do senhor Subdirector Geral, Dr. João R. E. Durão, substituto legal do senhor Director Geral dos Impostos, foi sancionado o entendimento de que, com a revogação do RJIFNA, ficam também revogadas as orientações vertidas no referido Ofício Circulado nº 4664, desta Direcção de Serviços, por ser incompatível com as novas disposições legais e nomeadamente com o preceituado no art.º 59º do CPPT e o art.º 32º do RGIT.

No entanto, esta revogação é sem prejuízo de se continuar a aplicar o RJIFNA e o ofício-circulado a factos anteriores à entrada em vigor do RGIT, salvo se deste resultar regime globalmente mais favorável ao infractor.

Com os melhores cumprimentos. O Subdirector Geral,

IRS – Declaração mod. 3 – anexo A

O anexo A destina-se a declarar os rendimentos de trabalho dependente, ainda que sujeitos a tributação autónoma, e de pensões, tal como são definidos, respectivamente, nos artigos 2.º e 11.º determinados de acordo com as regras previstas nos artºs 23º, 24º e 54º, todos do Código do IRS. Os rendimentos obtidos fora do território português por sujeitos passivos residentes e os respectivos descontos para a segurança social, bem como o imposto pago no estrangeiro, devem ser declarados apenas no anexo J.

Os rendimentos isentos que devam ser englobados para efeitos da determinação de taxa devem ser declarados, apenas, no quadro 4 do Anexo H (Benefícios Fiscais e Deduções).

Categoria A - Trabalho dependente:

A tributação nesta categoria de rendimentos é fundamentalmente baseada na existência de uma remuneração proveniente do trabalho por conta de outrem, embora compreenda outras realidades, tal como consta expressamente do artº 2º do CIRS.

A classificação como trabalho dependente e a consequente tributação na categoria A pressupõe a existência de rendimentos reais e efectivos (pagos ou postos à disposição) emergentes duma situação de trabalho dependente.

Categoria H - Pensões:

Estão enquadradas nesta categoria os rendimentos de pensões, considerando-se como tal todas as situações elencadas no artº 11º do CIRS.

Não são declarados neste anexo:

− Os rendimentos de trabalho dependente e/ou pensões isentos que devam ser englobados para efeitos de determinação da taxa, uma vez que serão declarados no anexo H; e

− Os rendimentos de trabalho dependente e/ou pensões auferidos fora do território nacional, os quais deverão ser declarados exclusivamente no anexo J.

Contudo, são declarados neste anexo:

− Os rendimentos resultantes de remunerações públicas pagas pelo Estado Português, ainda que respeitantes a trabalho prestado fora do território.

− Os rendimentos isentos parcialmente, auferidos por deficientes com grau de invalidez permanente igual ou superior a 60%, os quais deverão ser declarados na sua totalidade neste quadro, sendo a percentagem de rendimento isenta assumida automaticamente na liquidação.

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