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Os rendimentos obtidos fora do território português são declarados, exclusivamente, neste anexo.

IRS – CRÉDITO DE IMPOSTO POR DUPLA TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL

A Direcção de Serviços do IRS tem vindo a proceder ao cálculo manual do crédito de imposto por dupla tributação internacional a que os sujeitos passivos tenham direito, nos termos do artigo 81º do Código do IRS ou por força das Convenções para evitar a dupla tributação celebradas pelo Estado Português, nas situações em que o programa informático não procede ainda ao seu cálculo automático.

Havendo necessidade de introduzir alguns ajustamentos nos procedimentos que para o efeito vinham sendo adoptados e que foram objecto de anteriores instruções administrativas, deverão V. Exªs, relativamente às declarações do ano de 2004 e seguintes, ter presente o seguinte:

1. Recolha das declarações Mod.3 com anexo J

Sempre que no acto da apresentação das declarações de rendimentos se verifique que as mesmas integram anexos J, incluindo rendimentos obtidos no estrangeiro susceptíveis de beneficiarem das normas internas ou convencionais sobre dupla tributação internacional, devem as mesmas ser recolhidas na respectiva aplicação informática, sem dependência de quaisquer procedimentos especiais.

Na sequência da validação central destas declarações será atribuído o código de análise A21 às que se encontrem sujeitas a apuramento manual do crédito de imposto por dupla tributação internacional.

Nesta conformidade, apenas estas declarações e respectivos documentos comprovativos dos rendimentos declarados e imposto suportado, deverão ser remetidas à Direcção de Serviços do IRS.

No caso destas declarações terem sido entregues via INTERNET, os respectivos documentos a remeter à DSIRS deverão ser capeados com um print do rosto da declaração Mod.3 e do Anexo J.

As declarações com anexo J às quais não seja atribuído o referido código apenas serão de enviar à Direcção de Serviços das Relações Internacionais, caso tal venha a ser solicitado.

2. Documento comprovativo do imposto pago no estrangeiro

No momento da apresentação da declaração deve ser solicitado ao contribuinte o documento comprovativo do montante do rendimento, da sua natureza e do pagamento do imposto, emitido ou autenticado pelas autoridades fiscais do Estado da proveniência dos rendimentos.

Apenas para as declarações com código de análise A21 continuarão os serviços a emitir automaticamente um Ofício-notificação no sentido de alertar os contribuintes que ainda o não tenham feito para a necessidade de apresentar nos respectivos serviços de finanças os documentos comprovativos dos rendimentos acima referidos.

3. Face ao exposto deverá, por conseguinte, considerar-se revogado o Ofício-Circulado nº 20.044, de 4 de Abril de 2001.

Anexa-se cópia do Ofício-notificação a enviar aos sujeitos passivos. Com os melhores cumprimentos

O Subdirector-Geral, Manuel Sousa Meireles

Ofício Saída Geral nº 15664, de 2004.05.05, da Direcção de Serviços do IRS ASSUNTO: IRS – Crédito de Imposto Por Dupla Tributação Internacional

Considerando que os sujeitos passivos que auferem rendimentos no estrangeiro, susceptíveis de beneficiarem das normas internas ou convencionais sobre dupla tributação internacional, nem sempre apresentam juntamente com a declaração de rendimentos o documento comprovativo do montante do rendimento, da sua natureza e do imposto pago no estrangeiro, dando origem a que os serviços locais tenham que os notificar para esse efeito e que as declarações remetidas à Direcção de Serviços do IRS para cálculo manual do crédito de imposto por dupla tributação internacional não possam ser liquidadas dentro dos prazos legais de modo a evitar-se o pagamento de juros indemnizatórios, informo V. Ex.ª que relativamente às declarações do ano de 2003 e anos seguintes deverão ser adoptados os seguintes procedimentos:

1 - Recolha das declarações com anexo J

As declarações de rendimentos que integrem anexos J devem constituir lotes autónomos e ser recolhidas, logo que possível, na respectiva aplicação informática, sem dependência de procedimentos especiais.

IRS – Declaração mod. 3 – anexo J 2 - Documento comprovativo do imposto pago no estrangeiro

2.1. No momento da apresentação da declaração de rendimentos com anexo J, deverá continuar a exigir-se o documento comprovativo do montante do rendimento, da sua natureza e do pagamento imposto, emitido ou autenticado pelas Autoridades Fiscais do Estado da proveniência dos rendimentos;

2.2. Quando as declarações sujeitas ao apuramento manual do crédito de imposto forem validadas centralmente, ser-lhes-á atribuído o código de análise A21 e será emitido automaticamente para os sujeitos passivos um ofício-notificação para que, caso ainda o não tenham feito, apresentem o documento comprovativo no serviço de finanças da sua área fiscal;

2.3. Quando forem validadas centralmente declarações de rendimentos que integrem anexos J com rendimentos e impostos pagos no estrangeiro, cujo crédito de imposto esteja abrangido pelo cálculo automático será também emitido para os sujeitos passivos um ofício-notificação para que, caso ainda o não tenham feito, apresentem o documento comprovativo no serviço de finanças da sua área fiscal;

2.4. O referido documento comprovativo do montante do rendimento, da sua natureza e do imposto pago no estrangeiro, logo que apresentado pelos sujeitos passivos, deve ser analisado pelos serviços e depois de verificada a sua conformidade deverá ser junto à respectiva declaração de rendimentos, só sendo remetido à Direcção de Serviços dos Benefícios Fiscais ou à Direcção de Serviços do IRS, acompanhado da declaração de rendimentos, quando for solicitado por essas unidades orgânicas;

2.5. Nas situações em que tenha sido atribuído o código de análise A21, sempre que se proceda ao levantamento da suspensão ou à actualização dos códigos de situação e de correcção, com base em instruções transmitidas por esta Direcção de Serviços, deve averbar-se no respectivo processo "on-line", no local destinado a "ANOTAÇÕES", o número do processo e o número do ofício, desta Direcção de Serviços, que deu origem ao referido procedimento.

3 - Os procedimentos agora determinados aplicam-se às declarações do ano de 2003 e às declarações dos anos seguintes.

Com os melhores cumprimentos A Directora de Serviços (Irene Antunes Abreu)

Ofício-Circulado 20045, de 04/04/2001 - DSBF

Recepção das Declarações Modelo 3 de IRS quando haja lugar a pedido de crédito de imposto por dupla tributação internacional

Mantendo-se dúvidas quanto à possibilidade de recepção das declarações de IRS que apresentem um pedido de crédito de imposto por dupla tributação internacional.

Considerando que têm sido recebidas algumas queixas de recusa de recepção de declarações pelos serviços locais, informo, para uniformidade de procedimentos e esclarecimento dos serviços o seguinte:

1. As declarações de IRS que apresentem pedido de crédito de imposto por dupla tributação internacional, desde que contenham o Anexo "J" devidamente preenchido, não poderão ser recusadas pelo facto de não estarem acompanhadas dos documentos comprovativos dos rendimentos auferidos no estrangeiro e do imposto ali suportado.

2. Após a recolha das declarações com anexo "J" de acordo com as instruções previstas no ofício-circulado n.º 20044(1) de 04/04/2001 da DSIRS, e consequente liquidação do IRS, procederá a DSBF à análise do crédito de imposto concedido para eliminação da dupla tributação internacional na respectiva liquidação, notificando, para tal, os sujeitos passivos nos termos do disposto no artigo 119º do CIRS para procederem à entrega dos documentos previstos no ofício-circulado n.º 20022, de 19 de Maio.

[...]

Ofício-Circulado 20030, de 18/12/2000 - DSBF

Dupla Tributação Internacional – Crédito de Imposto – Documento comprovativo do montante suportado no estrangeiro

Tendo surgido dúvidas quanto ao conteúdo do n.º 3 do ofício circulado n.º 20.022, de 19.05.2000, nomeadamente quanto à sua conformidade com o n.º 1 da mesma instrução administrativa, informo, para uniformidade de procedimentos e esclarecimento dos serviços, o seguinte:

1.Os documentos referidos no n.º 1 do Ofício Circulado n.º 20.022, de 19 de Maio do corrente ano, para efeitos de crédito de imposto por dupla tributação internacional, têm de ser documentos originariamente emitidos pelas autoridades fiscais do Estado onde o imposto foi pago, ou então fotocópias autenticadas por essas mesmas autoridades fiscais, as quais valerão como se de originais se tratasse

(1)

2.A prova a efectuar pelos sujeitos passivos para efeitos de crédito de imposto, pode ser efectuada pelos documentos referidos no n.º 1, ou então por fotocópias autenticadas dos mesmos, desde que a autenticação tenha sido efectuada na presença do original, conforme o disposto no n.º 2 do artigo 387º do Código Civil. O Subdirector-Geral

José Rodrigo de Castro

Ofício-Circulado 20032, de 31/01/2001 - DSBF

Dupla Tributação Internacional – Artigo 15º da CDT Alemanha

Tendo em conta o facto de terem sido proferidas algumas sentenças de tribunais tributários, assumindo interpretações do artigo 15º da Convenção entre a República Portuguesa e a Alemanha para evitar a Dupla Tributação, consideradas não coincidentes com as defendidas pela Administração Fiscal, torna-se indispensável clarificar a questão, reiterando a interpretação da norma em causa, efectuada pela DGCI de acordo com a Convenção Modelo da OCDE.

Assim:

1. Sempre que ocorram situações em que sujeitos passivos com residência fiscal em Portugal aufiram rendimentos obtidos por empregos exercidos na Alemanha, deverão todos os serviços da Administração Fiscal interpretar o artigo 15º da CDT Portugal-Alemanha nos seguintes termos:

a) Verificando-se, cumulativamente, as condições enumeradas nas três alíneas do n.º 2 do artigo 15º da Convenção – permanência do beneficiário no território do Estado do emprego durante um período ou períodos que não excedam, no total, 183 dias durante o ano civil em causa; pagamento das remunerações por um empregador ou por conta de um empregador que não seja residente no Estado do emprego; pagamento das remunerações que não seja suportado por um estabelecimento estável ou por uma instalação fixa que a entidade patronal possua no território do emprego – a competência tributária será exclusiva de Portugal, Estado da residência, apesar de aqui não se situar a fonte dos rendimentos;

b) Não se verificando alguma das condições previstas no n.º 2 do artigo 15º da CDT, e elencadas na alínea anterior, está-se, de acordo com o n.º 1 do mesmo artigo, perante uma situação de competência tributária cumulativa por parte do Estado da residência, Portugal, e do Estado do exercício do emprego, Alemanha;

c) Neste último caso, caberá ao Estado da residência – Portugal - eliminar a dupla tributação, nos termos do artigo 24º da CDT.

2. Esta interpretação deve ser adoptada relativamente a normas idênticas de todas as outras convenções celebradas por Portugal.

3. Em caso de decisões judiciais que perfilhem teses opostas a esta interpretação deverão os serviços interpor o recurso considerado adequado nas circunstâncias concretas.

O Subdirector-Geral José Rodrigo de Castro

Ofício-Circulado 20010, de 21/05/1999-DSBF

Convenção de Dupla Tributação celebrada com a Alemanha – situação particular dos emigrantes

portugueses

Mantendo-se dúvidas quanto ao regime tributário aplicável aos rendimentos auferidos por trabalhadores de nacionalidade portuguesa em funções na Alemanha, informo, para uniformidade de procedimentos e esclarecimento dos serviços, o seguinte:

1. As Convenções para Evitar a Dupla Tributação (CDT´S) celebradas por Portugal, porque devidamente ratificadas e publicadas, constituem, em termos de hierarquia das normas, direito supra-ordinário, conforme estabelecido no art. 8.º, nº 2 da Constituição da República Portuguesa, pelo que se sobrepõem ao disposto na legislação interna (v.g. CIRS).

2. Nos termos do art. 4.º, n.º 2, alínea a), da CDT celebrada entre Portugal e a Alemanha, os trabalhadores de nacionalidade portuguesa em exercício de funções naquele país, são, na sua grande maioria, considerados residentes em Portugal uma vez que o seu "centro de interesses vitais" se mantém no território português. 3. Assim, nestas situações, deverão ser declarados em Portugal os rendimentos auferidos universalmente, nos termos conjugados:

a) dos artºs. 4.º e 15.º da CDT;

b) bem como dos artºs. 2.º, e 14.º a 16.º do CIRS;

4. Para efeitos da liquidação de imposto a efectivar em Portugal, a consideração do imposto que já tenha sido pago no estrangeiro, só poderá ter lugar quando:

IRS – Declaração mod. 3 – anexo J

a) Tenha sido apresentado documento original, autenticado pelas autoridades fiscais alemãs, no qual se discriminem o total (ou as várias partes) de rendimentos auferidos nesse país, para o ano civil com início em 1 de Janeiro e fim em 31 de Dezembro;

b) bem como se deverá indicar, no mesmo documento, o montante ou montantes de imposto pago e a que título;

c) devendo ainda, para os rendimentos dos anos de 1997 (inclusive) e seguintes, o s.p. apresentar o Anexo J à declaração de rendimentos.

5. Ainda no que toca aos valores a declarar, chama-se a especial atenção para a susceptibilidade de poderem ser deduzidas, na sua totalidade, as contribuições para regimes de protecção social, conforme prevê o n.º 2 do art. 25.º do CIRS, se estas excederem o limite fixado no n.º 1 do mesmo artigo, devendo logicamente ser feita prova dos montantes suportados no estrangeiro.

6. Recorda-se, por último, que as declarações de imposto que venham a dar lugar a crédito de imposto por dupla tributação internacional, deverão ser remetidas aos serviços centrais, nos termos do ofício-circulado n.º 9/91, de 15.04.91.

O SUBDIRECTOR-GERAL, José Rodrigo de Castro

Ofício-Circulado 20022, de 19/05/2000 - DSBF

Dupla Tributação internacional - Dedução do Imposto e dos encargos suportados no Estrangeiro As convenções para evitar a dupla tributação internacional celebradas entre Portugal e outros Estados, estabelecem que determinados rendimentos podem ser tributados nos dois Estados, competindo ao Estado de residência a eliminação da dupla tributação internacional. O mecanismo da eliminação faz-se, através da dedução ao imposto nele liquidado dum quantitativo igual ao do imposto pago no outro Estado, até ao limite da fracção do imposto liquidado no Estado da residência correspondente aos rendimentos auferidos no estrangeiro, calculado antes da dedução.

Outros rendimentos, nos termos das mesmas convenções, são exclusivamente tributados no Estado da fonte, pelo que deve o Estado de residência considerar esses rendimentos apenas para efeitos de englobamento e determinação da taxa a aplicar, sendo os mesmos isentos de tributação nesse Estado.

Outros rendimentos, porém, são exclusivamente tributados no Estado de residência, pelo que, nestes casos, Portugal não é obrigado a deduzir qualquer imposto pago indevidamente no Estado da fonte.

O artigo 80º-D do CIRS prevê, quando um residente de Portugal obtém rendimentos que podem ser tributados no outro Estado Contratante, um crédito de imposto tendente à eliminação da dupla tributação, que em regra consiste na dedução do imposto pago nesse Estado, até ao limite da fracção do imposto português calculado antes da dedução, correspondente ao rendimento tributado no estrangeiro, ficando, no entanto, o recurso a estes mecanismos sujeito às regras das convenções sobre dupla tributação sempre que as mesmas existam.

Com a introdução, em 1997, do anexo J destinado à indicação dos rendimentos auferidos no estrangeiro, a Administração Tributária passou a dispor de informação que lhe possibilita proceder à eliminação da dupla tributação internacional.

Por se tratar de situações especiais, justifica-se que sejam tomadas medidas específicas tendentes a uniformizar os procedimentos. Assim:

1. Sempre que, no acto da apresentação das declarações de rendimentos, os sujeitos passivos juntem o referido anexo J, declarando rendimentos obtidos no estrangeiro, susceptíveis de beneficiarem das normas internas ou convencionais sobre dupla tributação internacional, deverá exigir-se documento comprovativo do montante do rendimento, da sua natureza e do pagamento do imposto, o qual deverá ser emitido ou autenticado pelas Autoridades Fiscais do respectivo Estado de onde são originários os rendimentos;

2. Tratando-se de rendimentos da categoria A obtidos no estrangeiro, chama-se à atenção que os sujeitos passivos podem deduzir, nos termos do artigo 25º do Código do IRS, as contribuições obrigatórias para regimes de protecção social, bem como as restantes deduções previstas quer no Código do IRS, quer no EBF; 3. Os documentos referidos no n.º 1, têm de ser originais, ou fotocópias autenticadas, e, no caso de serem elaborados em inglês, francês ou alemão, não carecem de ser traduzidos, nem convertidos para escudos, devendo, em qualquer caso, acompanhar a declaração de IRS. Caso existam dúvidas sobre tais documentos devem ser enviados à DSBF para tradução.

4. Os rendimentos tributados no estrangeiro serão declarados ilíquidos do imposto aí pago.

5. As declarações nestas condições serão remetidas à Direcção de Serviços do IRS pelas Direcções de Finanças da área onde forem recebidas, a fim de ser efectuada a liquidação com a ponderação do direito à eliminação da dupla tributação internacional.

6. O disposto no presente ofício-circulado aplica-se de igual forma à eliminação da dupla tributação internacional relativamente aos rendimentos obtidos no estrangeiro por sociedades ou agrupamentos sujeitos

ao regime de transparência fiscal previsto no artigo 5º do CIRC, imputável a sócios ou membros pessoas singulares, devendo estes, nos documentos comprovativos, declarar a sua quota-parte do rendimento e imposto pago no outro Estado.

7. Fica revogado o ofício-circulado n.º 9/91, de 15.04.1991. O Subdirector-Geral

José Rodrigo de Castro

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