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1 — Os rendimentos provenientes da propriedade literária, artística e científica, considerando-se também como tal os rendimentos provenientes da alienação de obras de arte de exemplar único e os rendimentos provenientes das obras de divulgação pedagógica e científica, quando auferidos por autores residentes em território português, desde que sejam o titular originário, são considerados no englobamento para efeitos de IRS apenas por 50 % do seu valor, líquido de outros benefícios. (Redacção dada pela Lei nº 55-B/2004, de 30/12)

2 - Excluem-se do disposto no número anterior os rendimentos provenientes de obras escritas sem carácter literário, artístico ou científico, obras de arquitectura e obras publicitárias.

3 - A importância a excluir do englobamento nos termos do n.º 1 não pode exceder € 27.194. (aditado pela Lei nº 55-B/2004, de 30/12)

4 - Os rendimentos a que se refere o n.º 1 podem ser distribuídos por um período máximo de três anos. (aditado pela Lei nº 55-B/2004, de 30/12)

Quadro 6 ABATIMENTOS

Este quadro destina-se a indicar as deduções ao rendimento líquido total do agregado, quando devidamente comprovadas.

Campo 601

O valor das pensões a inscrever é o valor pago no ano a que respeita a declaração que não poderá exceder o que resultar da respectiva sentença judicial ou acordo homologado, nos termos da lei civil, devendo tal pagamento estar devidamente comprovado (art. 56.º do Código do IRS).

Campos 604 a 611

Os campos 604 a 611, destinam-se à identificação dos beneficiários das pensões de alimentos, uma vez que, face à actual redacção do artigo 56º do Código do IRS, introduzida pela Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro, apenas se permite o abatimento das pensões de alimentos cujo beneficiário não faça parte do mesmo agregado familiar ou para o qual não estejam previstas deduções à colecta.

Nota: A partir de 1-1-2005 só relevam as pensões de alimentos cujo beneficiário não faça parte do mesmo agregado familiar nem relativamente ao qual estejam previstas deduções à colecta.

Artigo 56.º do CIRS

Abatimentos ao rendimento líquido total

Para apuramento do rendimento colectável dos sujeitos passivos residentes em território português, à totalidade dos rendimentos líquidos determinados nos termos das secções anteriores abatem-se as importâncias comprovadamente suportadas e não reembolsadas respeitantes aos encargos com pensões de

alimentos a que o sujeito passivo esteja obrigado por sentença judicial ou por acordo homologado nos

termos da lei civil, salvo nos casos em que o seu beneficiário faça parte do mesmo agregado familiar ou relativamente ao qual estejam previstas deduções no artigo 78.º .(Redacção dada pela Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

IRS – Declaração mod. 3 – anexo H Ofício-Circulado 20058, de 05-02-02-Direcção de Serviços do IRS

IRS - Pensões de alimentos pagas por sujeitos passivos a dependentes que integram o seu agregado familiar, por mútuo acordo e com homologação judicial - Despesas de educação

Para conhecimento dos serviços e uniformidade de procedimentos, comunica-se que, por meu despacho de 2001-11-05, foi determinado que

−as pensões pagas pelos pais a dependentes, que por regra estudam em localidades diferentes da do domicílio fiscal dos sujeitos passivos, por mútuo acordo e com homologação judicial, não são dedutíveis, a esse título de pensão de alimentos, ao abrigo do art. 56º do CIRS;

−uma vez que os dependentes continuam a integrar o agregado familiar dos sujeitos passivos, nos termos do art. 13º/4-b) do CIRS, e, consequentemente, não existe litígio que justifique e legitime a atribuição de pensões para encargos básicos que, assim, decorrem antes do dever de assistência inerente aos efeitos da filiação (art. 1874º do C. Civil);

−por outro lado, e como resulta do art. 36º/4 da LGT, a administração fiscal não está vinculada à qualificação que as partes atribuam aos seus negócios jurídicos;

nesta conformidade, as verbas atribuídas a título de pensão de alimentos, nas situações sub judice, podem ser dedutíveis a título de despesas de educação (art. 83º do CIRS), nos termos gerais, designadamente no que se refere ao limite legal das mesmas e respectiva comprovação.

O Subdirector-Geral, José Rodrigo de Castro

Campo 602 (Só tem aplicação para o ano de 2001)

Se a declaração respeitar ao ano de 2001, indicar neste campo o valor das rendas recebidas, líquido das despesas de manutenção e conservação efectivamente suportadas, resultantes de contratos de arrendamento para habitação permanente do arrendatário, devidamente comprovados, celebrados a partir de 1 de Janeiro de 1997, ao abrigo do Regime de Arrendamento Urbano (RAU), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 321-B/90, de 15 de Outubro, desde que o valor da renda fixada seja igual ou inferior ao valor da renda condicionada, até ao limite global de € 2.493,99 por ano e por agregado familiar.

Campo 603 (Só tem aplicação para o ano de 2001)

Se a declaração respeitar ao ano de 2001, indicar neste campo o valor de aquisição ou montante despendido com a construção de imóveis, situados em território português, quando não tenha havido recurso ao crédito, destinados exclusivamente a habitação própria e permanente do adquirente ou a efectivo e comprovado arrendamento para habitação permanente do arrendatário, desde que o valor anual da renda não exceda 8% do capital investido.

Quadro 7 DEDUÇÕES À COLECTA –BENEFÍCIOS FISCAIS

Este quadro destina-se à inscrição dos benefícios fiscais que operam por dedução à colecta do IRS, previstos no EBF e demais legislação complementar.

As importâncias a declarar deverão ser as efectivamente despendidas ou aplicadas no ano a que respeita a declaração (ver excepção no caso de donativos).

No seu preenchimento, deverá ter-se em atenção que os benefícios são identificados por um «CÓDIGO DE BENEFÍCIO» de acordo com a tabela que segue:

Código do

Benefício Descrição Legislação aplicável Observações

701 (PPR) Planos individuais de poupança-reforma artº 21.º, n.º 2, do EBF não dedutível no ano de 2005

702 (CPH) Contas de depósito poupança-

habitação

artº 18.º do EBF dedutível até 2004

703 (OPV) Aquisição de acções no âmbito de operações de privatização

artº 60.º, n.º 1, do EBF

dedutível até 2002

704 (OPV) Aquisição de acções pelos próprios trabalhadores das empresas objecto de privatização

artº 60.º, n.º 2, do EBF

dedutível até 2002

705 (PPA) Planos de poupança em acções artº 24.º, n.º 2, do EBF

dedutível até 2004

706 Despesas com a educação e reabilitação do sujeito passivo ou dependentes deficientes

artº 16.º, n.º 2, do EBF

707 Prémios de seguros em que figurem como primeiros beneficiários sujeitos passivos ou dependentes deficientes

artº 16.º, n.º 2, do EBF

708 Aquisição de computadores e outros equipamentos informáticos artº 64.º, n.ºs 1 e 2, do EBF dedutível nos anos de 2001 a 2003

709 Entregas feitas a cooperativas de habitação e construção, em resultado de contratos para a aquisição, construção, recuperação ou beneficiação de imóveis para habitação própria e permanente.

artº 17.º, n.º 1, da Lei n.º 85/98, de 16 de Dezembro

710 Entregas feitas pelos cooperadores para a realização do capital social das cooperativas, na parte que exceda o capital legal ou estatutariamente obrigatório, e para subscrição de títulos de investimento por elas emitidos

artº artigo 17.º, n.º 4, da Lei n.º 85/98, de 16 de Dezembro

711 (PPR/E) Planos de poupança-educação e planos de poupança-reforma/educação; e contribuições individuais para fundos de pensões e outros regimes complementares de segurança social. artº 21.º, n.º 2, do EBF artº artigo 14.º do EBF não dedutível no ano de 2005

712 IVA suportado com a aquisição de serviços de alimentação e bebidas, de reparações domésticas e de veículos, nas condições referidas no artigo 66.º do EBF

artº 66.º do EBF dedutível nos anos de 2003 e 2004

713 Donativos ao Estado, Regiões Autónomas, autarquias locais e associações de municípios e de freguesias

artº 5.º, n.º 1, alínea a), do Estatuto do Mecenato

714 Donativos a outras entidades artº 5.º, n.º 1, alínea

b), do Estatuto do Mecenato e arts. 9.º e 11.º, n.º 2, do Estatuto do Mecenato Científico]

715 Donativos a igrejas e a instituições religiosas artº 5.º, n.º 2, do Estatuto do Mecenato 716 Donativos ao abrigo da Lei da Liberdade

Religiosa

n.º 3 do artº 32.º da Lei n.º 16/2001, de 22 de Junho

Havendo mais de um benefício a declarar, deverá a sua inscrição ser feita obrigatoriamente por ordem crescente do número de «CÓDIGO DE BENEFÍCIO» atribuído a cada um deles.

Relativamente a cada benefício, serão utilizadas as linhas necessárias à identificação de cada um dos titulares que fizerem aplicações com direito a dedução.

IRS – Declaração mod. 3 – anexo H

Deve ter-se presente que os códigos 701 (PPR), 703 (OPV), 704 (OPV - próprios trabalhadores das empresas objecto de privatização), 705 (PPA) e 711 (PPR/E) só admitem a titularidade dos sujeitos passivos.

As contribuições individuais para fundos de pensões e outros regimes complementares de segurança social são de declarar com o código 711 nas declarações de rendimentos respeitantes aos anos de 2003 e 2004 (artigo 14.º do EBF).

Notas:

1. Se a declaração respeitar aos anos de 2001 e de 2002, as contribuições para fundos de pensões ou outros regimes complementares de segurança social são incluídas no campo 807 do quadro 8.

2. Na indicação dos donativos deve ser observado o disposto nos artigos 5.º e 5.º-A do Estatuto do Mecenato, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 74/99, de 16 de Março. Assim, as importâncias a declarar serão:

 As dispendidas acrescidas da respectiva majoração relativamente aos seguintes:  Código 713 (Donativos ao Estado, Regiões Autónomas, autarquias locais e

associações de municípios e de freguesias); e  Código 714 (Donativos a outras entidades)

 As dispendidas sem majoração (essa majoração será assumida automaticamente na liquidação do imposto) relativamente aos seguintes:

 Código 715 (Donativos a igrejas e a instituições religiosas); e

 Código 716 (Donativos ao abrigo da Lei da Liberdade Religiosa). Código de Benefício 701 (PPR)

Artigo 21.º do EBF

Fundos de poupança-reforma, poupança-educação e poupança-reforma/educação

1 - ...

2 – (Revogado pelo artº 39º da Lei nº 55-B/2004, de 30/12, com efeitos a partir de 1-1-2005. (...)

Notas:

1. Este benefício fiscal não é dedutível no ano de 2005.

2. O benefício fiscal previsto no nº 2 revogado pela Lei nº 55-B/2004 foi reposto para o ano de 2006 pela Lei nº 60-A/2005, de 30/12, embora sua redacção seja diferente da que existia antes da revogação)

3. Era a seguinte a redacção do nº 2 do artº 21º do EBF, antes da revogação operada pela Lei nº 55- B/2004:

“2 - São dedutíveis à colecta do IRS, nos termos e condições previstos no artigo 78.º do respectivo Código, 25% do valor aplicado no respectivo ano em planos individuais de poupança-reforma (PPR), poupança-educação (PPE) e poupança-reforma/educação (PPR/E), com o limite máximo do menor dos seguintes valores: 5% do rendimento total bruto englobado e € 661,41 por sujeito passivo não casado ou por cada um dos cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens, desde que, excepto em caso de morte do subscritor, não haja lugar a reembolso do montante em causa no prazo mínimo de cinco anos a contar da data dessas entregas”.

Código de Benefício 702 (CPH)

Artigo 18.º do EBF

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