VARIÁVEIS
7.1 CONSIDERAÇÔES FINAIS
Dados observacionais sustentam a relação entre os níveis de vitamina D e doenças cardiovasculares e, portanto, a deficiência de vitamina D pode ser considerada um marcador de risco cardiovascular. Grandes estudos aleatórios controlados são necessários para a criação de protocolos para estabelecer quais níveis ótimos de 25-Hidroxivitamina D são recomendáveis para manter um perfil saudável em pacientes com doença cardiovascular. Esta manutenção de um nível sérico ideal de vitamina D é de fundamental importância, não apenas pela regulação do equilíbrio do cálcio, mas também para diminuir o risco cardiovascular, no controle da pressão arterial sistêmica, inibindo a progressão da aterosclerose e consequentemente prevenção da doença arterial coronariana e doença arterial periférica, como agente neuroprotetor na prevenção de AVC, demência e depressão e controlando os elementos constituintes da síndrome metabólica.
As evidências apresentadas no presente estudo, respaldadas na literatura, podem ser relevantes para a atenção primária à saúde, considerando a alta prevalência de deficiência de vitamina D, na população idosa, como também sendo uma condição tratável com a suplementação de baixo custo. A suplementação com a vitamina D pode ser combinada com anti-hipertensivos ou antidiabéticos, como um simples agente profilático de morbidades cardiovasculares, especialmente no idoso, onde mesmo pequenos ganhos em prevenção são importantes do ponto de vista de saúde pública.
Estas ações podem ser muito importantes na orientação de políticas de saúde pública, considerando a alta prevalência de deficiência de vitamina D e envelhecimento da população. Os benefícios desta abordagem em termos de saúde pública quanto à avaliação e tratamento com a vitamina D podem refletir provavelmente na redução da morbidade e mortalidade cardiovasculares.
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