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de saúde (TCS) terão um papel a desempenhar no CPósN

De acordo com algumas análises recentes, com formação e apoio adequados, os TCS podem:

• Aumentar o número de práticas saudáveis aplicadas ao bebé, como a amamentação exclusiva, a manutenção do calor corporal, (adiando, por exemplo, os banhos e mantendo-o aconchegado em contacto pele-a-pele), e outras práticas higiénicas

• Prestar outros cuidados aos bebés com baixo peso à nascença (BPN)

• Reduzir as mortes dos recém-nascidos por meio de uma identificação precoce e manejo da pneumonia quando não seja possível a referenciação para uma unidade de saúde26

• Prestar informações e serviços à mãe, especialmente no que se refere ao espaçamento dos partos e ao planeamento familiar; administrar vitamina A às mães • Identificar os sinais de perigo, tanto das mães como dos bebés e apoiar a referenciação destes para unidades de saúde onde sejam devidamente tratados em caso de complicações

• Promover a utilização de outros serviços, como o registo do parto e as vacinações

mantêm as mães e os bebés em casa. Outro importante obstáculo é a falta de informações. As mulheres podem não procurar os cuidados de saúde porque não reconhecem as complicações ou porque não sabem que há serviços à sua disposição.7Se existirem

cuidados de saúde disponíveis, elas podem não se aperceber de quaisquer vantagens em se dirigirem aos serviços, embora possam sentir-se satisfeitas com informações acerca de como tratarem do seu novo bebé, de como o amamentarem, de como fazerem planeamento familiar, seja antes de engravidarem, seja durante a gravidez.33As mulheres sentem o parto como um acontecimento

importante, mas agora podem encarar o período pós-natal com menos preocupações.

O envolvimento da comunidade é fundamental para encurtar as demoras na procura de cuidados de saúde após o parto porque os membros da família podem influenciar significativamente os comportamentos. Em muitas áreas onde os maridos trabalham longe de casa, as mulheres podem aguardar que ele regresse para as autorizarem a pagar a consulta. Além disso, muitas sociedades da África Sub-Sahariana reconhecem que as avós desempenham um papel muito influente no apoio às jovens (às suas filhas e noras) durante a gravidez, o parto, e durante a fase de cuidados a prestar ao recém-nascido. (Caixa III.4.3). Por vezes, as práticas prejudiciais são apoiadas pelas avós, mas dado o papel muito variado que elas desempenham, as suas influências e o seu empenho intrínseco em promover o bem-estar das mulheres e das crianças, elas devem ser encaradas como intervenientes fundamentais na prestação de CPósN. A influência de outras entidades importantes na comunidade, como os líderes locais, os assistentes tradicionais aos partos, os TCS e os grupos de apoio, e o seu potencial para canalizarem as informações e para condicionarem os comportamentos proporciona possibilidades, mas também apresenta dificuldades.

Como melhorar a oferta de CPósN

Muitos países têm algum tipo de política pós-natal (mesmo que ela apenas exista como um check-up às seis semanas), mas em geral, a nível nacional, há falta de directrizes, de normas, de protocolos e, o que é mais importante, de recursos humanos para o manejo da mãe e do bebé no início do período pós-natal.34Além disso,

há muitas vezes uma coordenação insuficiente entre os diversos fornecedores de serviços, ligações débeis entre os programas, e utilização inadequada das informações. Em muitos países, a menos que ela decida procurar planeamento familiar, uma mulher pode nunca ser submetida a um check-up até voltar a estar grávida. A maioria dos países não possui um registo pós-natal de eventos, e por isso, mesmo que uma enfermeira faça um check-up às novas mães, não pode registar os seus esforços. Para resolver este problema, o Ministério da Saúde do Quénia concebeu recentemente um registo para três consultas pós-natal: uma consulta dentro de 48 horas, a seguinte no espaço de uma a duas semanas, e a terceira por volta das seis semanas.

A qualidade dos cuidados de saúde por altura do parto irá influenciar os cuidados prestados ao recém-nascido durante o período pós-natal. Onde faltem cuidados especializados, há muito poucos profissionais de saúde treinados na área dos cuidados essenciais aos recém-nascidos ou na dos cuidados aos recém- nascidos doentes e muito poucos cursos para que as enfermeiras e as parteiras alarguem os seus conhecimentos e competências.34

Onde haja assistência especializada, os profissionais estão muitas vezes muito ocupados para pensarem em prestar informações sobre a importância de um check-up pós-natal às novas mães e aos seus bebés.35O período que se segue imediatamente ao parto

é frequentemente um tempo de incertezas para os planeadores

4. CPósN através de ligação entre os serviços de saúde, os serviços de proximidade e os cuidados comunitários

Em vez de uma estratégia baseada apenas nos serviços de saúde ou nos cuidados de saúde comunitários, talvez seja possível criar um esquema de ligações com uma combinação de competências na equipa. Isto é especialmente verdade nos países ou locais onde o acesso aos serviços de nível básico é bom e as ligações para referenciação de utentes entre unidades de saúde são funcionais. Por exemplo: a mulher pode dar à luz nos serviços de saúde, ir para casa, ser visitada por um TCS de proximidade no segundo dia, e depois regressar ao serviço de saúde passada uma semana e seis semanas. Pode criar-se uma folha de referenciação para facilitar estas ligações. Quando existam residências destinadas às grávidas que aguardam a sua admissão na maternidade, as novas mães e os seus filhos poderão talvez lá permanecer também, durante três dias, para garantir que tudo corra bem, antes de percorrerem em viagem as longas distâncias até suas casas. Aquelas ligações, contudo, continuam a ser o ponto mais fraco de muitos programas de cuidados de saúde materna e neonatal.30Um

programa que treinou TCS a emitirem mensagens fundamentais teve êxito relativamente à melhoria dos comportamentos saudáveis em casa e ao aumento do Controlo Pós-Natal entre as mulheres em idade fértil das aldeias numa área remota do Uganda.31

Como alcançar certos grupos específicos para outros CPósN

Quer os partos ocorram num serviço de saúde ou em casa, os profissionais de saúde devem saber identificar os factores de risco específicos nas mulheres e nos recém-nascidos (BPN, partos prematuros, problemas de nutrição, doenças e história de trabalho de parto prolongado e difícil, e mãe seropositiva) e acompanhar o assunto. São necessários cuidados extra especificamente no caso dos bebés com BPN e no dos bebés prematuros. Quando o parto ocorre num serviço de saúde e se identificaram factores de risco específicos, a mãe e o bebé podem ser mantidos nos serviços durante mais tempo para permitir apoio suplementar à alimentação, ao calor corporal, e cuidados especiais para as complicações. Se estiver indicado, podem ensinar-se à mãe as práticas de MMC. Se o parto ocorreu em casa e o TCS ou o trabalhador de uma extensão de saúde estiverem a ser utilizados para consultas de CPósN de rotina, deve ponderar-se a possibili- dade de os bebés com BPN, e outros, necessitarem de consultas adicionais e de cuidados especiais, como é o caso dos bebés das mães seropositivas. Para os programas de PTV, o período pós- natal prevê a possibilidade de apoio adicional, especialmente a alimentação alternativa.32A integração da PTV com os serviços

de SMNI deve melhorar as ligações neste período crucial de transferência da responsabilidade dos cuidados para se melhorarem os cuidados continuados de saúde.

Dificuldades

Há uma lacuna importante nos cuidados continuados de saúde devido à pouca cobertura dos CPósN. Poucas investigações disponíveis existem para identificar as metodologias óptimas de fixação de momentos adequados para prestação dos serviços e, em qualquer caso, estes podem ser específicos para cada situação. Os problemas podem ser encarados em termos de procura e de oferta dos serviços.

Como aumentar a procura de Controlo Pós-Natal

Há muitas demoras na procura de cuidados de saúde, especialmente durante a gravidez, o parto e o período pós-natal. (Secção III capítulo 3). As demoras na procura de cuidados de saúde no período pós-natal ocorrem muitas vezes devido a limitações que

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