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2.2 POR DENTRO

2.3.1 A trama dos donos

A respeito da vida dos fundadores d’O Malho, Luiz Bartolomeu de Souza e Silva e Antônio Azeredo, pode-se avaliar algumas perspectivas que ajudarão a elucidar posições tomadas na editora no período em que esteve sob as respectivas organizações. Suas trajetórias eram parecidas, como se pode observar abaixo nos verbetes bibliográficos do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil:

Luís Bartolomeu de Sousa e Silva nasceu em Rio Preto (MG) no dia 3 de outubro de 1864. Cursou a Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro e participou do Batalhão de Jovens Republicanos, sendo promovido a alferes e transferido para o Paraná logo após a proclamação da República. Nos primeiros anos de 1900 afastou-se das forças armadas e retornou ao Rio de Janeiro. Na então capital federal desenvolveu intensa atividade na imprensa, trabalhando na redação do jornal O País e atuando como diretor de O Malho, Ilustração Brasileira e O Tempo. Em outubro de 1905 lançou a revista Tico Tico, primeiro periódico brasileiro em quadrinhos dedicado ao público infanto-juvenil. No ano seguinte fundou o Almanaque do Tico Tico. Exerceu um único mandato político, como deputado federal pelo Paraná, entre os anos de 1918 e 1920.82

81 Importante salientar que a assinatura de ambas celebridades do mundo da moda e da maquiagem hollywoodiana decerto seriam artigos reproduzidos com o aval da editora Alba de Mello, e, possivelmente, poderiam ter intuito propagandístico, em que assinalando-os como autoridade no mundo da beleza davam crédito aos produtos da marca que começaram aparecer por volta de 1941, no Anuário.

82 PINHEIRO, Luciana. Silva, Bartolomeu Sousa e (verbete biográfico), In: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - CPDOC.

Antônio Francisco de Azeredo nasceu em Cuiabá no dia 22 de agosto de 1861, filho de Ozeias Francisco de Azeredo e de Blandina de Figueiredo Azeredo. Oriundo de família sem posses, ainda jovem colaborou em jornais de Cuiabá. Iniciou os estudos no Liceu da capital mato-grossense e posteriormente seguiu para o Rio de Janeiro, onde ingressou na Escola Militar. Abandonou, porém, a formação militar, ingressou na Escola Politécnica, e a partir de então vinculou-se definitivamente ao jornalismo.

Era republicano e abolicionista. O início de sua trajetória política coincidiu com a instalação da República.83

Quando jovens os dois ingressaram na carreira militar, passaram a se dedicar ao jornalismo e à imprensa, e ocuparam também cargos políticos. A trajetória da revista e editora O Malho e os aspectos particulares da vida deles coincidem, ou mesmo tornam-se mais visíveis, quando se observa a postura tomada frente aos movimentos políticos, como na eleição de 1910, quando usaram suas empresas a favor do militar Hermes da Fonseca e contra Ruy Barbosa, candidato civil. 84

Passados alguns anos, O Malho também teve um período ríspido com relação às críticas lançadas, que perdeu um pouco a força quando a revista enfrentou o período de fechamento temporário promovido pela vitória da Aliança Liberal, antes duramente criticada pelo periódico.85

Rememorando o que foi visto nos dois primeiros tópicos desta seção, observou-se que a empresa O Malho havia sofrido pesados prejuízos durante a crise da imprensa, na década de 1930, com as acusações de José Fabrino ter participação ativa no governo de Washington Luís e que por isso a O Malho teria desenvolvido as condições de ponta.86 Se os dados anteriormente levantados estiverem corretos, pode-se dizer que as críticas feitas pelo grupo O Malho à Aliança Liberal, anteriores a revolução de 1930, coincide com o período de exercício de J. Fabrino nos cargos na editora, mais especificamente 1927.87

A princípio, José Fabrino de Oliveira Bayão era citado nas suas missões de cônsul do Brasil, bem como era apontado como “colega de imprensa” em alguns periódicos.88 Em meados da década de 1920 e de 1930, J. Fabrino passou a ser relacionado à revista O Malho, aparecendo

83 FANAIA, João Edson. Azeredo, Antônio (verbete biográfico), In: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - CPDOC

84 Ver: MALHO, O. (verbete temático). In: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil- CPDOC.

85 O pressuposto aqui lançado trata-se de uma conjectura tendo em vista os dados da revista e algumas notas acerca dela e da vida dos seus fundadores lançadas pelo verbete temático do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil- CPDOC, não desconsiderando outras motivações e posicionamentos que possa ter sido abordado em outros estudos ainda não explorados aqui.

86 O QUE se precisa ver. Diário Carioca, Rio de Janeiro, 7 de nov. de 1930, ano III, nº 725, p. 1.

87 A publicidade menciona José Fabrino como diretor da O Malho. Ver: O MALHO. A Manhã, Rio de Janeiro, 10 de jul. de 1927, ano III, nº 481, p. 10.

88 Ver: CONFERÊNCIAS. A Rua: semanário illustrado, Rio de Janeiro, 30 de jul. de 1918, ano V, nº 207, p. 5;

NASCIMENTOS. O Tico-Tico, Rio de Janeiro, 21 de abril de 1920, ano XV, nº 759, p. 6.

em eventos sociais e em festividades de pessoas da empresa junto ao dono majoritário Pimenta de Mello e outros membros, como os sobrinhos de José Bartolomeu Souza e Silva.89

No decorrer do ano de 1930, as notícias de seu apoio à figura de Júlio Prestes, as críticas de sua permanência no governo revolucionário e as notas de seu banimento, juntamente com Mello Vianna, Washington Luis e Júlio Prestes, passaram a circular sequencialmente na imprensa.90 Em uma suposta associação de que o “banido” J. Fabrino seria diretor da empresa Pimenta de Mello, a empresa divulga nota respondendo que “o dr. José Fabrino, era o presidente da soc. Anonyma ‘O Malho’ e nunca fez parte da firma Pimenta de Mello & Cia”.91 Não se sabe se essa foi uma forma da empresa Pimenta de Mello cortar ligações com José Fabrino. O que se soube foi que meses mais tarde veio à mídia aquilo que seria mais um respaldo a sua expulsão: J. Fabrino foi colocado nos jornais da época como uma das pessoas que receberam dinheiro de cofres públicos do PRP, partido de oposição ao de Getúlio Vargas, em prol do apoio à candidatura de Júlio Prestes.92

Anos mais tarde, José Fabrino passou a ser associado a correntes fascistas, sendo citado como mentor da Ação Social Brasileira e aspirante a líder do Partido Nacional Fascista no Brasil93:

Movimento político de tipo fascista, organizado por J. Fabrino no Rio Grande do Sul no início da década de 1930, e que se propôs, sem êxito, a fundar o Partido Nacional Fascista (PNF). Foi extinto pouco depois de sua criação. Em 1935, dom João Becker, arcebispo de Porto Alegre, tentou reorganizá-lo, não obtendo grande êxito.94

Correspondendo essa a uma aproximação do governo de Getúlio Vargas ou não, o fato foi que, ao retornar ao Brasil, em 1931, ainda citado como diretor d’O Malho, em 1934 a

89 Ver: O MALHO. A Manhã, Rio de Janeiro, 10 de jul. de 1927, ano III, nº 481, p. 10; ACONTECIMENTO social de hoje. A Manhã, Rio de Janeiro, 17 de ago. de 1927, ano III, nº 513, p. 2; ENLACE Gloria Garay - Andres Guevara. A Manhã, Rio de Janeiro, 18 de ago. de 1927, ano III, nº 514, p. 2; MOTIVOS de elegância. Crítica, Rio de Janeiro, 8 de ago. de 1930, ano II, nº 544, p. 2; ALMOÇO á Armando Gonzaga. A Esquerda, Rio de Janeiro, 6 de out. de 1930, ano IV, nº 857, p. 2.

90 EM TREM especial, regressou, hontem, à noite, a São Paulo, o Presidente eleito da República. O Paiz, Rio de Janeiro, 6 de ago. de 1930, ano XLVI, nº 16.725, p. 1.; FARIAS, Pe. Vassoura Neles. Diário Carioca, Rio de janeiro, 11 de nov. de 1930, ano III, nº 728, p. 2.; OUTROS políticos... A Esquerda, Rio de Janeiro, 11 de novembro de 1930, ano IV, nº 873, p. 1.

91 OS BANIDOS. Diário da Noite, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 21 de nov. de 1930, ano II, nº 350, ed. últimas notícias, p. 8; O SR. José Fabrino e a firma Pimenta de Mello & C. Diário da Noite, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 22 de nov. de 1930, ano II, nº 351, p. 1.

92 A GRANDE feira de consciências do perrepismo. Diário Carioca, Rio de Janeiro, 18 de dez. de 1930, ano III, nº 759, p. 1; AS COMIDAS uma nova lista da generosidade do P.R.P. A Esquerda, 19 de dez. de 1930, ano IV, nº 905, p. 2;

93 Ver: HISTÓRIA de Camisas, Diretrizes, Rio de Janeiro, junho de 1938, ano 1, nº 3, p. 18-19.

94 TRINDADE, Hélgio. Ação Social Brasileira - ASB. (Verbete temático). In: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil- CPDOC.

imprensa divulga “a readmissão do consul de 2ª classe J. Fabrino, demitido nos primeiros dias da revolução victoriosa de outubro de 1930”95, acrescentando que “o presidente da República que naquela época assignou a demissão, reparou a injustiça mandando reconduzil-o no seu cargo de consul de 2ª classe”96. A partir de então, algumas notícias expressas na mídia mostravam o contato usual de José Fabrino com Vargas, como no caso de comparecimento de sua esposa ao chá da primeira dama, além das visitas ao Palácio do Catete antes de suas viagens consulares.97

Todas essas circunstâncias mostram como J. Fabrino e, consequentemente a revista e a editora O Malho, passaram de oposição à situação ao lado de Getúlio Vargas e do Estado Novo.

Esse elo viria a ser reforçado com a entrada dos sobrinhos de Luiz Bartolomeu de Souza e Silva, Antônio, Oswaldo e Luiz de Sousa e Silva.

Sob o governo do Estado Novo, a revista O Malho sofreu esse abrandamento em suas tiragens devido a censura, fator que pode ser percebido em suas páginas quando o governo era citado sempre por uma boa ótica. Uma outra possível razão para isso seria o elo de Luiz de Sousa e Silva com o poderio militar do governo. O sobrinho de Luiz Bartolomeu, então diretor-presidente da S.A O Malho, em 1944, enquanto diretor de uma empresa de materiais bélicos, S.A. Marvin, fornecia equipamentos por via do convênio com militares do Estado Novo.98

No tocante a trajetória das outras figuras que passaram a compor a S. A. O Malho, pode-se obpode-servar alguns aspectos acerca da participação da empresa Pimenta de Mello. José Pimenta de Mello foi o fundador da empresa, tendo Florentina Eulália Pereira Braga como sócia comanditária e José Pimenta de Mello Junior como sócio posterior, que passou a dirigir a empresa junto de seu pai, em 1905:

José Pimenta de Mello (1840-1918), nascido em Coimbra, apareceu pela primeira vez no registro de gráficas cariocas em 1890, como diretor-tesoureiro da Cia. Typogaphica commercial, nome grandiloquente que se dera a Typografhia do commercio, então de Pereira Braga. Em 1901-1902 os participantes de Pereira Braga & Cia eram José Pimenta Pereira Braga (nome que o coimbrão adotou durante certo tempo) e a comanditária Florentina Eulália Pereira Braga. Com essa composição (tendo, porém, o titular voltado ao seu nome de família) a nova identidade foi pela primeira vez inserida no Almanak Laemmert em 1903. Em 1905, já era dirigida por Pimenta de

95 MANIFESTAÇÕES. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 25 de nov. de 1934, ano 59, nº 54, p. 14.

96 MANIFESTAÇÕES. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 25 de nov. de 1934, ano 59, nº 54, p. 14; SOARES, José Carlos de Macedo. Consules de segunda classe. Relatório do Ministério das Relações Exteriores, Rio de janeiro, 20 de nov. de 1934, 1º vol., 67, p. 67.

97 PATRONATO Operario da Gavea. Revista da Semana, Rio de Janeiro, 31 de out. de 1936, ano XXXVII, nº 47, p. 21; ACTOS do Presidente da República. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 20 de mar. de 1935, ano 60, n° 65, p. 2;

98 Ver: A S.A. MARVIN e seu apreciável esforço de guerra. O Malho, Rio de Janeiro, fev. de 1944, ano XLII, nº 49, p. 45; LUIZ de Souza e Silva. O Malho, Rio de Janeiro, dez. de 1944, ano XLII, nº 59, p. 47.

Mello pai e José Pimenta de Mello Junior (1887-1940), o homem que elevou a empresa a altura jamais atingida. Fizera-se também editora. 99

De acordo com Orlando da Costa Ferreira, para chegar a composição Pimenta de Mello o grupo empresarial passou por várias etapas e sociedades diferentes, iniciando pela primeira vez com a participação de José Pimenta de Mello como tesoureiro da empresa Companhia Typographica Commercial, posteriormente passando a líder e logo depois a sócio majoritário do grupo Pereira Braga & Cia, junto da comanditária Florentina Eulália Pereira Braga que correspondia aos interesses da segunda parte envolvida na empresa.100 Ainda de acordo com Ferreira, esse cenário pode ser constatado abaixo:

Em 1890, com a tentação do encilhamento, a oficina que modestamente se chamava, Typographia do Commercio, dividiu-se em duas entidades, com títulos ambiciosos de Companhia Editora Fluminense e Companhia Typographica Commercial. Bento era o presidente, o secretario era Gaspar Cesar Ferreira de Souza, o tesoureiro, José Pimenta de Mello, o gerente, Augusto Henrique da Cunha, e o diretor-técnico, Alberto Steinbach, “artista”. Sob a rubrica “livrarias” figuravam Pereira Braga & Cia, “em liquidação”. O português José Pimenta de Mello é o novo líder da empresa. Os sonhos encilhamento se desvanecem, Mello adota o nome de José Pimenta Pereira Braga e logo depois é o sócio principal de Pereira Braga & Cia, tendo como comanditária D.

Florentina Eulália Pereira Braga, que representava, naturalmente, os interesses de Bento, por sua vez retirado de negócios ou falecido. Voltara o nome de Typographia do Commercio. Em 1903 a firma passará a ser Pimenta de Mello & Cia, que dará início a outra história, adiante retomada. 101

A trajetória da empresa Pimenta de Mello remonta um pouco da estrutura que dispunha a editora S. A. O Malho para editoração das suas revistas. Pressupõe-se que o Anuário das Senhoras, por se tratar de um periódico do grupo, compartilhava das mesmas condições de produção das revistas mais famosas dessa editora, como a revista O Malho que originou o nome da editora, a revista Tico-Tico e Ilustração Brasileira. Tratando dessa última, Aline Ferreira de Vasconcelos remonta, a partir dos estudos Mário Camargo sobre as indústrias gráficas, um pouco das condições de fabricação que dispunha a editora em 1924102:

99 FERREIRA, Orlando da Costa. Imagem e letra: introdução à bibliografia brasileira: a imagem gravada. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2ªed, 1994, p. 414.

100 Os dados à respeito da posse da Pereira Braga & Cia por José Pimenta de Mello e a comanditária Florentina Eulália Pereira Braga, e a respeito da sociedade entre pai e filho na Pimenta de Mello &Cia, podem pode ser reafirmados respectivamente em nota dos jornais: A PRAÇA, Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 20 de jul.

de 1901, ano 81, nº 200, p. 6.; A PRAÇA, Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 2 de abril de 1905, ano V, nº 1.361, p. 4.

101 FERREIRA, Orlando da Costa. Imagem e letra: introdução à bibliografia brasileira: a imagem gravada. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2ªed, 1994, p. 299.

102 Não se conseguiu acesso irrestrito a obra de imediato. Ver: CAMARGO, Mário. Indústria Gráfica: arte e indústria no Brasil – 180 anos de história, 2 ed., São Paulo: Bandeirantes Gráfica, 2003.

A redação e a oficina gráfica da Pimenta de Mello e Cia funcionavam no mesmo endereço, situada na rua Visconde de Itaúna, nº 419. Já o escritório administrativo estava localizado à rua do Ouvidor, nº 6455, região central no Rio de Janeiro, local que concentrava importantes comércios, cafés e sedes administrativa de jornais do período. Além das revistas, a empresa imprimia livros, mapas e bilhetes para a Loteria Federal. Mário Camargo descreve que em 1924, a empresa contava com uma estrutura impressionante: “... duas impressoras litográficas planas, uma off-set, quinze impressoras tipográficas, sendo treze plano cilíndricas e duas rotativas, uma destas a cinco cores. Além disso, possuía catorze linotipos, uma monotipo e oito câmeras de reprografia. 103

A força produtiva que a empresa detinha em 1924 já representava um avanço e um sistema excelente para época. O que se poderia dizer sobre essa estrutura dez anos depois, quanto a editora continua a investir no lançamento e sustentação de mais periódicos como o Anuário das Senhoras e Cinearte? Certamente, se não ampliou, manteve-se com essa qualidade por algum período, chegando pelo menos a lançar o primeiro exemplar do Anuário em capa dura.104 É interessante salientar, noutro aspecto citado, que as informações de funcionamento da redação e oficina gráfica da Pimenta de Mello e Cia, bem como do escritório administrativo, correspondem aos endereços destacados no Anuário das Senhoras, como pode-se ver abaixo105:

Anuário das Senhoras, propriedade da S.A. O Malho que edita: O Malho, Cinearte, O Tico-Tico, Arte de Bordar, Moda e Bordado, Illustração Brasileira, Almanack d’o Tico-Tico. Direção e administração: travessa do ouvidor, 34. Redacção e officinas Rua Visconde Itaúna, 419. Tels. –23-4422 – 22-8073. Caixa Postal 880 – Rio. 106

Essa referência exibida na revista vai só até meados de 1943. A partir de 1944 a revista permanece sob propriedade da editora O Malho, contudo, o local de referência se altera, passando a se localizar na “Rua Senador Dantas, 15 - 5º andar, Rio de Janeiro, Brasil”. Essa alteração pode ser percebida também na publicidade de outras revistas da editora, como o Almanaque de Tiquinho e Arte de Bordar 107, bem como na revista O Malho. 108 Todavia, nos dados desta última, em 1943 os escritórios da revista mudaram para Rua Senador Dantas, mas

103 CAMARGO, Mario. apud VASCONCELOS, Aline Ferreira de. Entre o traço e o texto: as ilustrações de J.

Carlos na revista Ilustração Brasileira. Monografia (Graduação em História) INHIS-UFU, Uberlândia, 2014 (orientador Luciene Lehmkuhl), p. 28.

104 Essa informação provém do acesso pessoal, em agosto de 2018, ao material impresso disponível na Biblioteca Nacional no acervo das revistas Anuário das Senhoras.

105 Esse dado também pode ser reafirmado na publicação lançada que localiza a empresa Pimenta de Mello:

HONRANDO o trabalho. O Malho, Rio de Janeiro, set. de 1923, ano XXII, nº 1.094, p. 26.

106 ANUÁRIO das Senhoras. Anuário das Senhoras, Rio de Janeiro: Sociedade anônima “O Malho”, ano VI, 1939, p. 2.

107 Não se sabe ao certo o motivo da mudança, mas supõe-se uma nova sede que poderia incluir as correspondências de redação, administração e oficinas juntas. As publicidades podem ser encontradas no Anuário das Senhoras de ano XX, 1953, p. 237; e no Anuário das Senhoras de ano XII, 1945, p.3, respectivamente.

108 Ver: O MALHO mensário ilustrado. O Malho, Rio de Janeiro, abril de 1943, ano XLI, nº 39, p. 220.

as oficinas permaneceram na Visconde Itaúna, mudando apenas a partir de 1945, quando em suas referências aparece apenas a Rua Senador Dantas.109