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DIAGNÓSTICO DO EXERCÍCIO DE DIREITO DE PRIORIDADE EXERCIDO PELOS IDOSOS NOS ANOS DE 2014 A 2015 ATENDIDOS PELO EXÉRCITO

CONTROLADOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO

1 A FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS CONTROLADOS PELO EXÉRCITO BRASILEIRO

3 DIAGNÓSTICO DO EXERCÍCIO DE DIREITO DE PRIORIDADE EXERCIDO PELOS IDOSOS NOS ANOS DE 2014 A 2015 ATENDIDOS PELO EXÉRCITO

BRASILEIRO

Os Processos Administrativos de Fiscalização de Produtos Controlados pelo Exército iniciam-se no momento em que as Pessoas Físicas (PF) ou Pessoas Jurídicas (PJ), cometem infrações, irregularidades contra as normas norteadoras, quais sejam: Decreto nº 3665, de 20 de novembro de 2000, e suas normas complementares (serão submetidas ao Processo Administrativo, para apuração e aplicação de penalidades), Lei 9.784, de 29 de janeiro de 1999 (regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal), apropriando-se dos princípios constitucionais implícitos e explícitos e Lei 9783, de 23 de novembro de 1999(estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela Administração Pública Federal, direta e indireta).

Os processos administrativos de um modo geral têm origem nas Regiões Militares (RM), sendo que estes obedecem às formas e aos requisitos previstos na Lei 9.784/99, e também, em especial os artigos 254 e 255, do Decreto 3.665/00.

Contudo o Art. 254 foca nos Processos Administrativos decorrentes de infrações, determinando os procedimentos a serem seguidos após a abertura dos processos, e a lavratura dos atos de infração e notificação. Sendo o Art. 255 responsável por apresentar os procedimentos voltados a fiscalização e controle de produtos controlados, conforme a seguir:

Art. 255. Os órgãos das redes regionais de fiscalização de produtos controlados, ao realizar inspeções e vistorias ou ter conhecimento de irregularidades, deverão proceder aos atos preliminares de apuração da infração cometida, verificando se a ocorrência é infração a este Regulamento, para instauração do Processo Administrativo, devendo:

I - lavrar o Auto de Infração, Anexo XXXIX, no caso de constatar "in loco" a irregularidade;

II - lavrar a Notificação, Anexo XL, no caso de tomar conhecimento da irregularidade; e

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§ 1º O autuado ou notificado, aporá o "ciente" no Auto de Infração ou na Notificação recebida e, no caso de recusa, o agente fiscalizador registrará o fato no próprio documento, na presença de duas testemunhas.

§ 2º O autuado ou notificado terá o prazo de quinze dias, contado da data do recebimento do Auto de Infração ou Notificação, para, querendo, apresentar defesa escrita.

§ 3o Decorrido o prazo de quinze dias, o encarregado do Processo

Administrativo, tendo recebido ou não as razões de defesa, elaborará o relatório final, contendo a especificação dos fatos atribuídos ao acusado, a tipificação da infração, com as respectivas provas e a correspondente penalidade, a aceitação ou não das razões de defesa, submetendo o processo ao Comandante da RM.

§ 4o Recebido e examinado o Processo Administrativo, o Comandante da

RM aplicará a advertência, quanto for o caso, ou o encaminhará, com seu parecer, à autoridade competente, para a aplicação das demais sanções, de acordo com o disposto nos arts. 250, 251 e 252 deste Regulamento, que terá o prazo de trinta dias para decidir, salvo prorrogação, por igual período, expressamente motivada.

§ 5o No caso das infrações serem cometidas por pessoas físicas ou jurídicas

que não estejam registradas no Exército, após lavratura do Auto de Infração ou da Notificação será instaurado o Processo Administrativo para as providências cabíveis na esfera de sua competência e lavrada ocorrência junto à Polícia Civil, para a instauração da ação penal.

§ 6o A proibição de pessoa física ou jurídica de exercer atividades com

produtos controlados, por falta de revalidação do TR ou do CR, será precedida da instauração do Processo Administrativo.

O trâmite para abertura do Processo Administrativo para idosos, no atendimento realizado pelo Exército Brasileiro, até o momento têm sido os mesmos oferecidos as pessoas comuns, ou seja, pessoas que não atingiram os 60 anos de idade, e por este motivo, os idoso, não estão recebendo o direito de atendimento prioritário para apreciação dos seus processos.

De certa forma, entende-se que não há interesse da Administração em atender os idosos conforme previsto na legislação, Estatuto do idoso e Lei de atendimento prioritário ao idoso, isso ocorre devido ao fato do idoso ter que comprovar sua condição por meio da apresentação de documentação específica, provocando assim, a abertura de processo de atendimento especial.

Ao realizar uma análise dos processos em andamento no setor Administrativo do Exército notou-se que existem poucos processos com o requerimento de solicitação de prioridade, e assim seguem o trâmite comum. Sendo a Região Militar de origem responsável pela análise desses processos com prioridade, em caso de recursos, seria responsável a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, verificar e dar andamento aos processos de atendimento especial ao idoso.

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Apesar disso, verifica-se que a administração poderia agir de Ofício, inserindo em suas normas prioridades o atendimento requerido por pessoas idosas, já que não existe norma específica na Fiscalização de Produtos Controlados pelo Exército e que estão em constantes transformações, buscando sempre a melhoria e atender a sociedade de um modo geral.

O prazo para análise dos processos depende da forma como está sendo feita a instrução, sendo assim, pode-se dizer que existe uma variável na análise dessa fase processual por motivo do modus operandi, portanto observa-se o art. 49, da Lei 9784/03, inverbis:

(...)Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

Trata-se de um prazo geral utilizado para a contemplação de todos os Processos Administrativos, existentes nas RM, inclusive para a fase recursal, conforme o art. 258, parágrafo único, do Decreto 3665/00:

(...)

Parágrafo único. O prazo para interposição de recurso administrativo é de dez dias, contados da data da ciência ou da publicação oficial da decisão recorrida, devendo a autoridade decidir, no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos.

O recurso por sua vez, é analisado com autoridade competência Superior, qual seja a DFPC. Devido à grande quantidade de processos abertos nas Regiões Militares, não se consegue analisar o tempo estabelecido nas legislações, alguns processos levam um tempo consideravelmente extenso, para serem analisados, sendo assim, o Exército busca viabilizar, para redução e normalização dos mesmos alguns mutirões para análise desses processos, ou seja, são solicitados outros militares que também trabalham com isso a Fiscalização, ou que tenham conhecimentos para se engajarem na missão.

Logo, com o que se expõe os idosos que tem processos com requerimentos judiciais ou não, ficam prejudicados, pois de qualquer forma o prazo estabelecido na lei não se pode ser alcançado.

Os processos não são de acesso público, não podendo ser visto por nenhuma pessoa que não faça parte do setor responsável por tal, salvo com a devida autorização concedida a um representante legal.

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É importante ressaltar que não há um Sistema com banco de dados específicos, do Exército, para acompanhamento dos processos, porém quando a cada ato da administração é manipulado e feito um registro denominado como cientificado.

Após tomada decisão do processo pela RM, o processo em andamento é encaminhado para as Circunscrição Judiciária Militar (CJM), que em razão do contido na Resolução CNJ nº 65 de 16/12/2008, foi instituída, a partir do dia 01/01/2010, a numeração única em todo o Poder Judiciário, ocasionando a renumeração de todos os feitos em trâmite, assim, todos os acompanhamentos são feitos por meio do Site do Superior Tribunal Militar (STM).

4 ANALOGIA ENTRE O ATENDIMENTO PRIORITÁRIO REALIZADO PELO