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A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO: erro do profissional da medicina a serviço do Sistema Único de Saúde no Brasil

2- Erro médico

Configura-se o erro médico, pela inobservância técnica no qual causa inadequada conduta lesiva do médico, apto a provocar dano à saúde ou até mesmo causar uma fatalidade contra a vida do paciente sem intento de praticar o ato.

Como bem elucida Gomes (2001, p. 91) “Erro médico é o dano, o agravo à saúde do paciente provocado pela ação ou inação do médico no exercício da profissão e sem a intenção de cometê-lo”. O ordenamento jurídico brasileiro conceitua a relação do profissional liberal

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(médico), como acordo bilateral atribuído por um contrato de meio e não de fim, o médico se obriga a tratar o paciente e não curá-lo.

Entretanto, deve procurar usar conhecimento técnico-científico da melhor forma para almejar resultados favoráveis ao paciente. Há três probabilidades de constatar o erro médico classificada em imperícia, imprudência ou negligência.

Contudo, ressalta Júlio Cezar Meirelles Gomes e Genival Veloso França em sua obra Erro Médico (1999, p. 25) “Erro Médico é a conduta profissional inadequada que supõe uma inobservância técnica, capaz de produzir um dano à vida ou à saúde de outrem, caracterizada por imperícia, imprudência ou negligência”. O Direito pátrio estabelece que para configurar o erro médico caiba ao paciente provar a culpa do profissional, visto que a responsabilidade civil do médico é subjetiva.

O erro médico para Manual de Orientação Ética Disciplinar do Conselho Federal de Medicina (2000, p. 66) relata que:

A falha do médico no exercício da profissão. É o mau resultado ou resultado adverso decorrente da ação ou da omissão do médico, por inobservância de conduta técnica, estando o profissional no pleno exercício de suas faculdades mentais. Excluem-se as limitações impostas pela própria natureza da doença, bem como as lesões produzidas deliberadamente pelo médico para tratar um mal maior. Observa-se que todos os casos de erro médico julgados nos Conselhos de Medicina ou na Justiça, em que o médico foi condenado, o foi por erro culposo.

Assim entendemos que o erro médico condiciona através de conduta de inação ou de ação, contra o paciente classificado em imperícia, negligência ou imprudência, mas não por dolo.

Neste viés, compreenderemos estas nomenclaturas que define o erro médico. A imperícia se configura por falta de qualificação prática, teórica e técnica necessária para atuação profissional. Atribuem como negligência as atitudes que deveria ser tomada e por descuido, inobservância de um dever ou omissão não foi executada. E por último a imprudência caracteriza por ação sem cautela, isto é, precipitada.

Vale ressaltar a didática explanação de Medeiros (2010, p. 203) sobre a configuração do erro médico:

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O erro médico pode se verificar por três vias principais. A primeira delas é o caminho da imperícia decorrente da "falta de observação das normas técnicas", "por despreparo prático" ou "insuficiência de conhecimento" como aponta o autor Genival Veloso de França. É mais frequente na iniciativa privada por motivação mercantilista. O segundo caminho é o da imprudência e daí nasce o erro quando o médico por ação ou omissão assume procedimentos de risco para o paciente sem respaldo científico ou, sobretudo, sem esclarecimentos à parte interessada. O terceiro caminho é o da negligência, a forma mais frequente de erro médico no serviço público, quando o profissional negligencia, trata com descaso ou pouco interesse os deveres e compromissos éticos com o paciente e até com a instituição. O erro médico pode também se realizar por vias esconsas quando decorre do resultado adverso da ação médica, do conjunto de ações coletivas de planejamento para prevenção ou combate às doenças.

O erro médico distingue do resultado incontrolável e do acidente imprevisível. O primeiro determina pelas as três vias principais mencionadas acima. Já o segundo advém pelo resultado das condições desfavoráveis contemporânea da ciência, quando a evolução ainda não oferece condição de solução. Por último o dano é causado por força maior, caso fortuito ou integridade psíquica ou física do paciente.

Como assevera França (2014, p. 292):

O resultado incontrolável seria aquele decorrente de uma situação grave e de curso inexorável. No acidente imprevisível há um resultado lesivo, supostamente oriundo de caso fortuito ou força maior, à integridade física ou psíquica do paciente durante o ato médico ou em face dele, porém incapaz de ser previsto e evitado, não só pelo autor, mas por outro qualquer em seu lugar. A medicina estabelece uma incumbência de meio aos médicos, com exceção na medicina estética, pois esta responde por obrigação de fim. Contudo, o erro médico amedronta, já que a procura desse profissional se faz regado na intenção de convalescer e não de piorar os sintomas da patologia.

Porém, quando há algum imprevisto na relação médico e paciente a maior parte são irreparáveis, uma vez que este profissional liberal trabalha com o bem mais precioso do ser humano à vida.

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Para melhor compreensão do erro médico iremos buscar entender quais os fatores levam o cometimento do ato lesivo. Sobrevém a título ilustrativo, mas com conveniência destacamos fatores que influencia para o mau exercício da medicina.

O ato lesivo provocado pelo profissional da medicina decorre em ordem estrutural ou de ordem pessoal. Bem destaca Genival Veloso de França em sua obra Direito Médico (2014, p. 292):

[...] O erro médico ser procedente de falhas estruturais, quando os meios e as condições de trabalho são insuficientes ou ineficazes para uma resposta satisfatória. É estritamente pessoal quando o ato lesivo se deu, na ação ou na omissão, por despreparo técnico e intelectual, por grosseiro descaso ou por motivos ocasionais referentes às suas condições físicas ou emocionais. Diante deste horizonte, entendemos ordem estrutural advém da condição precária para integral funcionamento da atividade médica, modalizando a falta de equipamentos, utensílios e inclusive o excesso de serviço, dado que há desfalque de profissional na área médica para exaurir a procura por esse atendimento.

Contudo, podemos descrever como ordem pessoal a graduação médico-universitária inconveniente, imprópria, inexata diante de inúmeras faculdades com deficiência em seu sistema de ensino. Também, a falta de interesse do profissional de se aprofundar, qualificar em sua área profissional, no qual se atualiza sempre através da tecnologia avançada existente.

Dessa perspectiva, observa como fator de risco para ocorrência de erro médico o interesse exclusivo financeiro, onde considera o paciente como mero instrumento de conquista de dinheiro, seja empreendido isoladamente pelo o profissional ou através de empresas médicas vinculadas, consorciadas no mundo capitalista.

Nesse sentido, citaremos como fator o faturamento baixo recebido por esses profissionais, principalmente de empresas públicas. Com isso, há um aumento do nível de stress do médico perante atualidade socioeconômica do país.

Em se tratando do sistema único de saúde percebemos a desordem, distorções e deficiência que desencadeia complexas implicações em ordem legal e ética. Aliado a isso, nota- se a falta de responsabilidade ética médica, também, inconsistência de fiscalização na atividade pelos responsáveis, cometendo a instituição pública lapso de exigir leis éticas pré-estabelecidas que governe o ofício da profissão.

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A partir desses levantamentos, cabe-nos a ver na realidade na atividade médica existem vários fatores influenciadores para ocorrência do ato lesivo. No entanto, é importante trasladar o raciocínio do professor titular da medicina legal da Universidade Federal da Paraíba no qual classifica os fatores dominantes no erro médico como não assistenciais e fatores assistenciais aula ministrada em (2005, p. 1-5):

Os fatores não assistenciais: o sistema de saúde, a falta de compromisso do médico, a não participação da sociedade, a não revisão do aparelho formador, a falta do ensino continuado, a precária fiscalização do exercício profissional. Fatores assistenciais: o desgaste da relação médico-paciente, a falta de condições de trabalho, o abuso de poder, a falsa garantia de resultado, a falta do consentimento esclarecido, o preenchimento inadequado de prontuários, a precária documentação dos procedimentos, o abandono de paciente.

Logo, salientamos que sucede diversos outros fatores, mas os supracitados são os mais alarmantes e vistos na contemporaneidade como retilineamente coadunados com casos de erro médico.

3- A responsabilidade civil do estado em relação ao erro do profissional da medicina em paciente atendido pelo sistema único de saúde

A lei 8080/90 conhecida como “lei orgânica da saúde” estabelece os critérios para o funcionamento e organização do sistema único de saúde (SUS). Como bem elucida seu artigo 1º “Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado”.

Entretanto, torna-se imprescindível aclarar quem será responsabilizado nas demandas por erro médico a serviço do sistema único de saúde, ou melhor, qual o ente federativo irá configurar no polo passivo nas ações judiciais impetradas. Segundo o que se desprende o artigo 2º da lei orgânica da saúde:

Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

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Conforme a imagem deste artigo a vítima pode acionar a União, o Estado ou o Município em caso exemplificativo: diante a erro médico cometido em um hospital estadual, isto é, qual o ente federativo será responsabilizado?

Há entendimentos divergentes ao responsabilizar o ente federativo, visto que existem teses em defensa no qual a União responde por demandas de erro médico cometido em hospital público fundamentado na lei 8080/90 ao estabelecer como competência da União a direção nacional do sistema único de saúde, prestar assistência financeira e técnica aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desempenho da atividade do SUS. Como assegura a lei orgânica da saúde em seu artigo16:

Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete: XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional; Vale ressaltar, no entanto, entendimentos que não configura a União como legítima em ações nesses casos, declarando que a união faz a gestão financeira do sistema único de saúde, mas, a execução do serviço não é atribuída para ela.

Coaduna com essa reflexão o artigo 18 da supracitada lei “À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete: I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde”; compreendemos que cabe ao Município executar, organizar e fiscalizar os serviços de saúde.

Dentro do contexto estudado, entendemos que a responsabilização do ente federativo não está pacificada, porém percebe-se uma tendência de exclusão da União em ações dessa natureza.

Em sede de esclarecimento o artigo 16-18 da mencionada lei determina as competências dos entes federativos em cumprimento do artigo 198, l, da Carta Maior no qual descentraliza essas competências estabelecendo um direcionamento único para cada esfera do governo.

Embora, o paciente prejudicado decide impetrar a ação de indenização apenas contra o poder público, caso seja condenado, os órgãos administrativos devem mover ação regressiva contra o agente causador do dano, senão, segundo Mello, (2009, p. 1031) “ao invés de desestimular o mau servidor a agir com dolo, negligência, imprudência ou imperícia, estimula a proceder como bem queira, pois o coloca a salvo das consequências [sic] de seus atos”.

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Portanto, nota-se o dano provido ao poder público a todos ofende, uma vez que quem assumirá as indenizações estabelecidas é a coletividade, visto que o numerário público é patrimônio da população.

Conclusão

É evidente e público que contemporaneamente no país a saúde pública dispõe de

enorme déficit, que a cada dia traz maiores danos e transtornos para a sociedade brasileira, pois muitas vezes o erro médico é fatal e o estado anterior do paciente não é possível ser restabelecido.

No Brasil, a responsabilidade do Estado tem como tese os atos lesivos. Entretanto, a pesquisa ora empreendida oportunizou a compreender a evolução da responsabilidade civil, visto que foi dada ao longo do tempo, alicerçada, fundamentada nas teorias existente no país.

Atualmente, tal responsabilidade do Estado, em regra, é objetiva baseada na teoria do risco administrativo, logo a verificação desta responsabilidade se faz através da comprovação do nexo de causalidade com o dano gerado.

Para evitar o erro médico não existe método autêntico ou mágico, entretanto, devemos procurar mecanismos de solução efetiva ou ao menos diminuição desse grave problema enfrentado pela população.

Uma das precauções é a conscientização do preconceito do paciente de responsabilizar o profissional pelo o resultado atípico antes mesmo de buscar o nascedouro do mau resultado, pois, há casos que o médico é tão vítima quanto o paciente.

Vale ressaltar, a necessidade de união de todos para solucionar o problema, visto que tal propósito não se destina em responsabilizar nas áreas penal, civil e a administrativa, mas sim, progredir as condições de trabalho da atividade médica para satisfazer as perspectivas de vida e de saúde populacional.

Entretanto, a população não está perdendo a vida apenas nas mãos dos profissionais da medicina, mas sim, nas portas dos hospitais por não serem atendidos, em suas casas miseráveis onde vivem por participar de uma desigualdade social incalculável. Em muitos casos, percebe- se a desconsideração da realidade para condenar o médico que muitas vezes são vítimas tanto quanto o paciente.

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Quanto à responsabilidade civil do Estado em relação ao erro médico em paciente atendido pelo SUS, dentro da pesquisa realizada, compreendemos que a responsabilização do ente federativo não está pacificada, porém percebe-se uma tendência de exclusão da União em ações dessa natureza.

Vale ressaltar que além do Estado, o paciente pode acionar o próprio médico desde que comprove a culpa do profissional, pois este está alicerçado no arcabouço da culpa, isto é, teoria subjetiva.

Mas, mesmo comprovado a culpa do médico esse não for demandado, o Estado terá a obrigação de inclui-lo na ação por meio da denunciação da lide, ou após condenado mover ação de regresso. Portanto, observa-se o dano provido ao poder público a todos ofende, uma vez que quem sumirá as indenizações estabelecidas é a coletividade, visto que o numerário público é patrimônio da população.

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O ARTIGO 139, IV, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - CARTA