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Caracterização dos Títulos JM

RECOMENDAÇÕES DE ANALISTAS

4. DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR PORTUGAL

4.5. Direcções Funcionais da Operação

A Gestiretalho é a Companhia do Grupo que agrega as direcções de serviço partilhado da operação de Distribuição em Portugal, as quais trabalham transversalmente para as várias Insígnias da Distribuição Alimentar em Portugal. As Direcções Funcionais que integram a Gestiretalho são o Sourcing, a Logística, o Controlo da Qualidade e Ambiente, a Área Financeira e os Sistemas de Informação. A sua missão é maximizar as sinergias de Grupo através da partilha de recursos e know-how nos mercados relevantes, de forma a optimizar a eficiência da Organização e a escala do Grupo.

Descrição do papel das Direcções Funcionais e da sua actividade durante o ano de 2004

4.5.1. Sourcing

Missão

Gerar valor para o Grupo e para as suas Divisões Operacionais: (1) criando know-

how nas áreas-chave de diferenciação competitiva – Frescos e Marcas Próprias;

(2) alavancando a capacidade negocial do Grupo pelo estabelecimento de acordos com os principais fabricantes; e (3) desenvolvendo um programa de sinergias comerciais com parceiros seleccionados.

A determinação da opção estratégica de desenvolvimento das Marcas Próprias em Jerónimo Martins marcou claramente o ano de 2004 na Direcção Funcional de

Sourcing.

O lançamento das primeiras marcas transversais detidas por Jerónimo Martins nas Insígnias de retalho, apoiado por uma permanente busca de ganhos de escala (em que se enquadra o impacto crescente das iniciativas de sourcing de âmbito europeu), permitiu o reforço sustentado da competitividade destas marcas, que registaram uma apreciável subida de vendas e de quota de mercado.

O número de novas referências introduzidas no canal de retalho e de Food

Service (cerca de 350) reflecte bem a intenção de posicionar as Marcas Próprias

como uma alternativa credível e de futuro para consumidores e clientes.

Outra área de foco da Direcção Funcional de Sourcing foi a de produtos perecíveis, continuando-se os programas de compra na origem. Foi privilegiada, igualmente, e sempre que possível, a opção por produtores portugueses, alguns dos quais passaram a ter os seus produtos comercializados também na cadeia polaca do Grupo Jerónimo Martins.

Dando resposta às novas tendências de consumo – marcadas por uma crescente preocupação com a qualidade e a confiança –, desenvolveram-se iniciativas, nalguns casos pioneiras, como foi o caso do lançamento no mercado de aves embaladas a vácuo, bem como de produtos horto-frutícolas e cárnicos de produção biológica.

4.5.2. Logística

Missão

Suportar as actividades de compra, transporte e armazenamento das Insígnias do Grupo, respeitando cada formato de negócio e as suas decisões comerciais. A Gestiretalho, como empresa logística, opera com baixos custos, segundo o padrão e o nível de serviço que lhe forem exigidos, observando os princípios de disciplina operacional e de respeito pela pessoa humana.

A Direcção suporta a sua actividade na seguinte plataforma física: Área (m2) Descrição

Centro de Distribuição

da Azambuja 48.000

Produtos não perecíveis, frutas e vegetais, carne, produtos lácteos e peixe. Centro de Distribuição

de Guardeiras 12.500 Produtos não perecíveis.

Centro de Distribuição

de Modivas - Vila do Conde 18.000 Frutas e vegetais, congelados e peixe. Centro de Distribuição de

Modivas - Vila do Conde 2.900 Produtos frescos, carne e produtos lácteos.

Armazém de Bazar Pesado 2.000 Produtos de bazar pesado.

Em 2004, a Gestiretalho, na vertente de operador logístico do Grupo deu continuidade aos planos, metas e objectivos estabelecidos para esta Direcção Funcional, quer em termos da eficiência, quer da qualidade do serviço prestado. Manter a competitividade da operação logística é preocupação permanente da Direcção que, no ano em análise, registou um aumento de 12% da produtividade operacional.

Os custos por unidade expedida registaram uma redução de 5,9% em relação ao ano 2003. Apesar da forte tendência para a alta de preços de alguns factores (em especial dos combustíveis), conseguiu-se manter os custos em níveis bastante aceitáveis, através de regras muito apertadas de controlo, do aumento da produtividade e da simplificação de processos logísticos.

No capítulo da Qualidade, desenvolveu-se um importante esforço preparatório, documental e de análise, que permitiu iniciar a implementação das normas obrigatórias para a obtenção, durante o ano de 2005, do Certificado de Operador de Qualidade, respeitador de todos os requisitos relativos às áreas da Segurança Alimentar (Norma DS 3027E) e Ambiente (Norma NP EN ISO14001).

A entrada em operação de um novo Armazém de Produtos Frescos, Carne e Produtos Lácteos, em Vila do Conde, veio proporcionar uma garantia adicional da qualidade dos produtos manuseados.

Numa óptica de integração dos processos de negócio, através da troca automatizada de informações com os fornecedores, deu-se início à sistematização e utilização do Portal JM Direct, desenvolvido com essa finalidade, chegando-se ao final do ano com 72 fornecedores aderentes a esta nova ferramenta tecnológica. A continuada utilização e a crescente adesão ao portal irão permitir, no curto prazo, uma simplificação crescente da comunicação e dos processos da cadeia de fornecimento.

A linha de orientação que tem vindo a ser seguida na actividade de logística será mantida no ano de 2005. A obtenção da Certificação Ambiental e Segurança Alimentar e o seu respeito contínuo, a aposta no Portal JM Direct, o aumento da produtividade operacional, o aumento dos níveis de serviço e o rigoroso controlo dos custos serão, certamente, algumas das linhas de preocupação diária das actividades da Direcção Funcional de Logística.

4.5.3. Controlo da Qualidade e Ambiente

Missão

Garantir a Qualidade e a Segurança Alimentar dos produtos comercializados nas lojas do Grupo e dos processos operativos associados, por forma a satisfazer as necessidades e as expectativas dos clientes, no integral respeito pelas regras de protecção ambiental.

Em 2004, visando elevar o nível global de Segurança Alimentar e protecção do Ambiente, o Grupo Jerónimo Martins reforçou, como prioridade na actuação diária dos colaboradores, a vertente ‘Qualidade, Segurança Alimentar e Gestão Ambiental’.

Neste âmbito, desenvolveram-se trabalhos de preparação da certificação das lojas Recheio (HACCP segundo o Codex Alimentarius), dos Centros de Distribuição (HACCP segundo DS 3027 e Gestão Ambiental ISO 14001) e da Certificação de serviço das plataformas de Food Service.

Focalizado neste propósito, o Controlo da Qualidade e Ambiente, com a colaboração das outras áreas das Companhias, actuou de forma preventiva sobre as cadeias de produção e de distribuição, desde a origem das matérias-primas até à entrega ao Cliente.

Assim, visando Qualidade, Segurança Alimentar e protecção ambiental das Companhias do Grupo da área da Distribuição, o Controlo da Qualidade esteve presente desde a selecção dos fornecedores, passando pela verificação do produto à entrada nos Centros de Distribuição, até à exposição e venda em loja. Concorrendo também para este fim, foram desenvolvidos esforços no sentido de zelar para que as instalações e equipamentos (de conservação e transporte) existentes, ou a instalar, sejam os adequados. Procura-se também assegurar que as políticas e procedimentos instituídos sejam avaliados, revistos, implementados e divulgados junto dos colaboradores, através de formação contínua, permitindo uma mais-valia na defesa do meio ambiente e no cumprimento das boas práticas da Distribuição Alimentar, de modo a proteger a saúde dos consumidores, e consolidando a posição das marcas do Grupo no mercado português.

No Capítulo IV, relativo à Responsabilidade Social, encontra-se desenvolvida a actividade do ano da Direcção de Controlo da Qualidade e Ambiente.

4.5.4. Área Financeira

Missão

Assegurar e efectuar o correcto e eficiente registo contabilístico das transacções de todas as Companhias operacionais de JMR, de acordo com os princípios

contabilísticos e de reporte financeiro definidos para o Grupo Jerónimo Martins e também de acordo com as regras fiscais e estatutárias (POC) aplicáveis em Portugal.

A Direcção Financeira da Gestiretalho (DAF) é constituída pelas áreas de Controlo Operacional, Contabilidade, Reporting, Fiscalidade e Contencioso. A DAF controla e monitoriza, diariamente, todas as transacções e operações ao nível de margem total, receitas das lojas versus vendas, margem bruta e revalorizações, quebra e

stocks.

A Direcção Financeira é responsável pela produção de todos os documentos de prestação de contas das Companhias operacionais de JMR, reportados numa base mensal e consolidada para ambos os accionistas – Jerónimo Martins e Ahold. A informação financeira de gestão produzida pela DAF é também vital para as Divisões Operacionais, constituindo a principal fonte de informação para a tomada de decisões pelos responsáveis das respectivas Insígnias.

Durante o terceiro trimestre de 2004, foi concluído o processo de centralização das Tesourarias da Distribuição Portugal. Assim, a Tesouraria da Gestiretalho - responsável pelo pagamento aos fornecedores, pessoal e outras entidades e pelo planeamento e controlo diário de tesouraria das Divisões Operacionais de JMR - foi integrada funcionalmente na Direcção de Operações Financeiras da Holding.

4.5.5. Sistemas de Informação

Missão

Desenvolver e prestar serviços de processamento de informação às Divisões Operacionais, de acordo com os seus objectivos de negócio, utilizando a tecnologia mais segura e eficiente, e contribuindo para a sua melhoria operacional.

O ano de 2004 caracterizou-se por uma concentração dos recursos nas soluções prioritárias iniciadas, com o objectivo de explorar o seu máximo potencial e de desenvolver as competências internas. Dedicou-se, ainda, um esforço continuado à promoção da melhor utilização dos sistemas de informação por parte dos utilizadores.

Foi implementado um novo sistema de suporte a todo o processo de manutenção e serviço técnico das lojas Pingo Doce, com base no módulo SAP Plaint

Maintenance, o que permitiu melhorar o nível de serviço às lojas e o controlo de

custos. No âmbito do Projecto de Simplificação de Processos Internos, foram desenvolvidos os novos processos de cash sheet, de compras directas e de centralização das tesourarias.

No aumento da eficiência operacional e na redução de custos, merece referência o projecto de alinhamento tecnológico e funcional das operações da Madeira (que passou pela integração na plataforma central de rádio-frequência e no novo Sistema de Gestão de Armazéns).

Para 2005, a Direcção tem como objectivos principais assegurar o arranque do processo de upgrade do sistema SAP R/3 e concretizar a decisão, tomada no final do ano, de estabelecer um programa de outsourcing da infra-estrutura de sistemas de informação.

5.1. Biedronka

Pedro Silva – Director Geral

"O ano de 2004 fecha um ciclo, iniciado em 2000, de profundas alterações e ajustamentos ao modelo de negócio da Biedronka, que nos permite encarar o futuro com confiança, sustentado numa cultura de sucesso e numa estrutura sólida em permanente desenvolvimento na busca constante dos mais elevados níveis de excelência .

Toda a estrutura está consciente da responsabilidade, mas acima de tudo, da vontade de consolidar a posição de liderança num dos mercados mais competitivos a nível mundial."

Missão

Oferecer um sortido limitado, de produtos cuidadosamente seleccionados, de grande qualidade, satisfazendo as necessidades diárias dos seus clientes, a um preço baixo todos os dias. Todos os colaboradores devem garantir que a empresa opera com grande eficiência e custos baixos.

O ano de 2004 foi marcado por novos desafios e oportunidades para a Biedronka, quer na perspectiva da permanente adaptação à evolução dinâmica do mercado polaco, quer relativos à consolidação da estrutura organizacional da Companhia, por forma a incrementar as suas vantagens competitivas através da geração de eficiências operacionais e da racionalização dos custos.

O mercado manteve o dinamismo de uma economia que apresentou um dos mais acelerados níveis de crescimento da Europa e ficou marcado, no ano em análise, por factores de ordem diversa, como a adesão da Polónia à União Europeia e o incremento de competitividade no Retalho Alimentar, em resultado do significativo número de aberturas de novas superfícies comerciais de vários formatos.

A Biedronka reagiu a este contexto económico reforçando o seu posicionamento estratégico de forte liderança de preços, consistente com o seu compromisso de “Qualidade a preços baixos todos os dias”. Adicionalmente, focou-se na inovação de sortido, através do desenvolvimento de embalagens mais atractivas e do incremento da qualidade dos seus produtos de marca exclusiva. A introdução de 98 novos produtos e o relançamento de 147 referências são o reflexo do acompanhamento permanente das expectativas dos clientes.

Simultaneamente, a Insígnia apostou na animação de loja, desenvolvendo o sortido Não Alimentar e melhorando a exposição de Perecíveis.

Atenta ao dinamismo concorrencial, a Biedronka acelerou o ritmo de crescimento orgânico, com a abertura de 55 novas lojas. Paralelamente, manteve o programa