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II Governo da Sociedade

Maturidade 1-Jan-04 Máximo Mínimo 31-Dec-04 ∆%

EUR 2y IRS 2,78 3,01 2,23 2,63 -0,16 EUR 5y IRS 3,69 3,89 3,01 3,17 -0,53 EUR 10y IRS 4,41 4,55 3,62 3,76 -0,65

5y-2y 0,91 - - 0,54 -0,37

10y-2y 1,62 - - 1,13 -0,49

10y-5y 0,71 - - 0,59 -0,12

Maturidade 1-Jan-04 Máximo Mínimo 31-Dec-04 ∆%

USD 2y IRS 2,16 3,48 1,79 3,44 1,28 USD 5y IRS 3,65 4,52 2,99 4,03 0,39 USD 10y IRS 4,66 5,37 4,03 4,65 -0,01

5y-2y 1,48 - - 0,59 -0,89

10y-2y 2,50 - - 1,21 -1,29

10y-5y 1,01 - - 0,61 -0,40

Tendo sido contratadas com a finalidade de protecção contra subidas de taxas de juro, e perante o cenário de taxas de juro acima ilustrado, estas operações tiveram um impacto negativo nos juros pagos em 2004 de 112,1 mil euros.

Relativamente à meta inserida no Scorecard Estratégico de cobertura de 75% da dívida com maturidade superior a Dezembro de 2006, e ponderando a evolução das taxas de juro, optou-se por não completar o objectivo em 2004. Face ao montante total de protecção pretendido - 282,5 milhões de euros -, ficam por cobrir 105,0 milhões de euros. Ainda assim, foram contratados oito novos swaps, a juntar aos sete instrumentos de cobertura que vinham de 2003.

Tratando-se de instrumentos contratados a custo zero, o desempenho do portefólio será bastante eficiente desde que as taxas não sofram um desvio superior a 100 pontos base face aos níveis forward implícitos no final do ano. Assumindo deslocações (shifts) paralelas das curvas de taxa de juro a que o Grupo está exposto (EUR, USD e CHF), os impactos nos custos financeiros (em milhões de euros) seriam, em termos comparativos, os seguintes:

Deslocação Com Coberturas Sem Coberturas Diferença -0,25% - 2,9 € - 4,4 € 1,5 € 0,25% 2,9 € 4,5 € - 1,5 € 0,50% 6,1 € 9,0 € - 2,8 € 0,75% 9,0 € 13,4 € - 4,5 € 1,00% 13,2 € 17,9 € - 4,7 € 1,25% 17,5 € 22,2 € - 4,7 € 1,50% 22,3 € 26,6 € - 4,4 €

ii) Risco Cambial

Sempre que possível, procura-se gerir as exposições a risco cambial através de operações de cobertura natural, nomeadamente através da contratação de dívida financeira em moeda local na Polónia. Quando tal não se revela possível são contratadas operações, mais ou menos estruturadas, a custo zero.

Às posições de cobertura do risco de depreciação da moeda polaca, juntou-se em 2004 a contratação de dois swaps cambiais com o propósito de eliminar a exposição ao dólar decorrente da contratação das emissões de dívida denominada nessa moeda. Os referidos swaps funcionam como um espelho perfeito da dívida emitida.

Em relação à exposição ao risco decorrente do investimento na Polónia, o ano de 2004 ficou marcado, a partir do final do primeiro trimestre, por uma recuperação notável da moeda polaca. Do ponto de vista de médio e longo prazos, os níveis de fecho de ano são considerados interessantes, pelo que estão em análise novas operações de cobertura. Ainda assim, os custos a suportar anualmente decorrentes do diferencial de taxas de juro são bastante elevados. Em 2004, os custos com as coberturas contratadas ascenderam a 3.0 milhões de euros. O justo valor das mesmas, registado nas contas, é de 178 mil euros.

Riscos Operacionais

O processo de Gestão de Riscos operacionais considera um modelo de riscos operacionais e um modelo de processos críticos de negócio nas fases de (i) identificação e avaliação de riscos, (ii) implementação de processos de controlo e (iii) monitorização do processo de Gestão de Risco.

A utilização destes dois instrumentos visa assegurar uma abordagem estruturada e o mais ampla possível dos riscos que podem condicionar a realização dos objectivos por parte das Companhias do Grupo.

• Modelo de Riscos Operacionais

Neste modelo, são consideradas as classes de riscos de processo, riscos de recursos humanos, riscos de sistemas de informação e riscos de informação para a tomada de decisão.

A classe de riscos de processo inclui os riscos relacionados com sourcing,

supply chain, transportes, quebras de existências, obsolescência, rupturas,

nível de serviço, satisfação dos clientes, preço, recolha de fundos, investimentos, salvaguarda de activos, eficiência, higiene e segurança, qualidade, ambiente, interrupção do negócio e fraude. Entre os riscos de recursos humanos, são considerados neste modelo os riscos associados a processamento de salários, níveis de autorização, comunicação e formação, ética, acidentes de trabalho e legislação laboral.

Nos riscos de sistemas de informação consideramos os riscos de acesso, comunicações, integridade da informação, infra-estrutura e de disaster

recovery.

Nos riscos de informação para a tomada de decisão são considerados os riscos de natureza contabilística, fiscal e legal.

• Modelo de processos críticos de negócio

Este modelo de processos críticos de negócio encontra-se adaptado para cada Companhia do Grupo e permite a visualização dos fluxos de informação e respectivos sistemas de suporte, estando estruturado em quatro áreas principais que agrupam os processos críticos relacionados com (i) suporte do negócio; (ii) sourcing e gestão de supply chain; (iii) operações e (iv) vendas e gestão da oferta.

A actividade do Departamento de Auditoria Interna visou, em 2004, avaliar a medida em que o sistema de controlo interno das Companhias do Grupo cobre o efeito dos riscos identificados, quer em termos da sua probabilidade de ocorrência, quer em termos do impacto para as operações. Esta avaliação dos processos de controlo (que visam a redução dos efeitos dos riscos) permitiu a actualização de uma base de dados de riscos que afectam ou poderão afectar as Companhias do Grupo.

De acordo com o estabelecido no plano de actividades, e também à luz da actualização dos modelos de riscos operacionais e de processos críticos de negócio aplicáveis a cada Companhia do Grupo, resultou a realização de auditorias a processos relacionados com os riscos de quebras e obsolescência de stocks, recolha de fundos, supply chain e nível de serviço, transportes, investimentos e salvaguarda de activos. Na área de Recursos Humanos, foram auditados os riscos relacionados com o processamento de salários e gestão de acidentes de trabalho. A avaliação dos procedimentos que visam reduzir os riscos relacionados com a Qualidade é conduzida pelos Departamentos de Controlo de Qualidade das Companhias cuja actividade é detalhada no ponto 4 do capítulo relativo à Responsabilidade Social.

Na área de sistemas de informação, realizaram-se auditorias de avaliação dos riscos de acessos, comunicações e integridade da informação, bem como a actualização das conclusões apuradas no ano anterior quanto aos controlos gerais de sistemas de informação, em especial no tópico de disaster recovery. Entre os riscos de informação para a tomada de decisão, foi realizado um conjunto de auditorias de natureza contabilística, de modo a aferir o cumprimento dos princípios contabilísticos, e efectuado o acompanhamento

das contingências de natureza legal e fiscal, cujo detalhe é apresentado no Anexo às Contas Consolidadas.

1.4. Evolução da Cotação das Acções

O principal índice bolsista português PSI-20 apresentou uma valorização anual de cerca de 12%, que corresponde a uma recuperação de quase cinco mil milhões de euros no valor de mercado das sociedades que integram o índice nacional. Este desempenho foi superior aos ganhos dos índices das principais bolsas europeias e de Nova Iorque, e ultrapassou também as subidas de cerca de 10%da generalidade dos índices pan-europeus, como o Stoxx 50 e o Next 100. Apenas ficou aquém das subidas, na ordem dos 17%, da Bolsa de Madrid, da praça de Milão ou das bolsas escandinavas, com valorizações na fasquia dos 30%.

Durante o ano de 2004, as bolsas a nível mundial foram influenciadas por factores como os atentados terroristas de Madrid, a instabilidade político-militar no Iraque, os recordes do preço do petróleo em Londres e nos EUA, a evolução do euro face ao dólar, entre outros que, de certa forma, condicionaram os seus desempenhos ao longo do ano.

Em particular, a bolsa portuguesa foi marcada por aumentos de capital, nomeadamente da EDP e de Jerónimo Martins, pela estreia com sucesso da Media Capital em bolsa e pela OPA da Semapa sobre a Portucel, que contribuíram para um ano positivo, caracterizado também pelo aumento significativo da capitalização bolsista dos principais títulos nacionais.

Após um início de ano relativamente tímido, o desempenho da Bolsa de Lisboa, em 2004, ficou, essencialmente, marcado por dois períodos distintos:

• De Março a Maio, com vários títulos a capitalizarem a atenção provocada pelo Euro 2004, o índice PSI-20 atingiu o máximo anual muito perto dos 8.000 pontos - o seu valor mais alto em dois anos – e um volume médio de negócios como já não se via desde o ano 2000.

• No final do ano, em que se assistiu à renovação de máximos anuais em vários títulos, sendo que muitos traduzem o regresso aos níveis que apresentavam no Verão de 2002 e, nalguns casos, em 2001. Curiosamente, estes comportamentos aconteceram numa altura dominada pela instabilidade governamental, em que muitas políticas que afectam directamente algumas sociedades cotadas continuam dependentes das eleições de Fevereiro 2005.

1.4.1. Comportamento da Acção Jerónimo Martins