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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE ENSINO DE TEÓFILO OTONI: SUCESSOS E INSUCESSOS

4. Escolas a serem analisadas

Tomando como referência os resultados das avaliações externas do Programa de Avaliação da Alfabetização - Proalfa (Língua Portuguesa - 3º ano E.F), verifica-se que, entre os resultados das escolas A e B, há uma evidência de que a implementação do Plano de Intervenção Pedagógica (PIP/ATC) não galga os mesmos degraus nas duas escolas. Ao analisarmos os dados das avaliações externas do Proalfa nas duas escolas objetos de estudo desta pesquisa, en-tre os anos de 2009 a 2012, verificamos que, conforme os dados especificados (Quadros 1 e 2), a Escola A apresenta uma média de proficiência de 594,9, acima da média estadual e da SRE, enquanto a Escola B apresenta uma média de proficiência de 499,6, abaixo da média estadual de 551,6 e da SER de 520,1.

Quadro 1. médias comparadas 2009 - Escola A - Proalfa

REDE ESTADUAL REDE MUNICIPAL REDE PÚBLICA Estado 551,6 514,1 528,1

SRE 520,1 483,0 501,7

Município 507,6 515,4 510,0

Escola 594,9 - 594,9

Fonte: elaboração própria a partir dos dados disponibilizados pela SEE/MG/Diretoria de ensino fundamental. Quadro 2. médias comparadas 2009 - Escola B - Proalfa

REDE ESTADUAL REDE MUNICIPAL REDE PÚBLICA Estado 551,6 514,1 528,1

SRE 520,1 483,0 501,7

Município 507,6 515,4 510,0

Escola 499,6 - 499,6

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados disponibilizados pela SEE/MG/Diretoria de ensino fundamental.

No que se refere aos padrões de desempenho apresentados, entre os anos de 2007 a 2009 (Quadros 3 e 4), obser-vamos uma oscilação entre os resultados das duas escolas. A Escola A, em 2007, contava com 87,9% dos alunos avaliados no 3º ano do ensino fundamental no nível de desempenho recomendado; já em 2008, apresentou-se uma queda em seus resultados, estando 75% desses alunos em nível de desempenho recomendado. Porém, no ano de 2009, passou-se a contar com 84,4% dos alunos avaliados no nível de desempenho recomendado.

Quadro 3. Proalfa - distribuição do percentual de alunos por padrão de desempenho - Escola A

ANO PADRÕES

BAIXO INTERMEDIÁRIO RECOMENDÁVEL

2007 4 (6,1%) 4 (6,1%) 58 (87,9%)

2008 7 (10,1%) 10 (14,5%) 52 (75,4%)

2009 3 (4,7%) 7 (10,9%) 54 (84,4%)

A Escola B (Quadro 4), que em 2007 estava com 69,2% dos alunos avaliados, neste mesmo ano de escolaridade, em nível recomendado, em 2008 apresentou uma evolução, ficando com 86,7% desses alunos no nível de desempenho recomendado. Porém, em 2009, sofreu uma queda em seus padrões de desempenho, ficando com 45,5% dos alunos avaliados no nível de desempenho recomendado.

Quadro 4. Proalfa - distribuição do percentual de alunos por padrão de desempenho - Escola B

ANO PADRÕES

BAIXO INTERMEDIÁRIO RECOMENDÁVEL

2007 2 (15,4%) 2 (15,4%) 9 (69,2%)

2008 1 (6,7%) 1 (6,7%) 13 (86,7%)

2009 3 (27,3%) 3 (27,3%) 5 (45,5%)

Fonte: elaboração própria a partir dos dados disponibilizados pela SEE/MG/Diretoria de ensino fundamental Quadro 5. Proalfa - % padrões de desempenho Escola A – 2008 - 2010

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados disponibilizados pela SEE/MG/Diretoria de ensino fundamental Quadro 6. Proalfa - % padrões de desempenho Escola B - 2008-2010

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados disponibilizados pela SEE/MG/Diretoria de ensino fundamental

No ano de 2010, a Escola A apresentou um quadro de 91,8% dos alunos no nível recomendado, enquanto a Escola B teve apenas 20% dos alunos avaliados no nível de desempenho recomendado (QUADROS 5 e 6.)

Entre os anos de 2011 a 2013, a Escola A revelou uma evolução nos padrões de desempenho, contando com 100% dos alunos avaliados, no 3º ano do ensino fundamental, no nível de desempenho recomendado a partir de 2012 até o

ano de 2013. A Escola B, por sua vez, embora tenha revelado um crescimento entre os anos de 2010 e 2011, a partir de 2012 apresentou uma queda consecutiva em seus padrões de desempenho, contando com apenas 61,9% dos alunos avaliados no nível de desempenho recomendado no ano de 2013 (QUADROS 7 e 8).

Quadro 7. Proalfa - % padrões de desempenho Escola A - 2011-2013

Fonte: Elaboração própria, a partir dos dados disponibilizados peal SEE/MG/ Diretoria de ensino fundamental. Quadro 8. Quadro 8: Proalfa -% padrões de desempenho Escola B - 2011-2013

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados disponibilizados pela SEE/MG/Diretoria de ensino fundamental.

Considerando as finalidades do Proalfa, seus resultados são usados para embasar as intervenções necessárias ao processo de alfabetização e letramento dos alunos a partir dos anos iniciais do ensino fundamental, como estratégia de melhoria dos padrões de desempenho nos anos/séries subsequentes, tanto do ensino fundamental quanto do ensino médio. Partindo desse pressuposto, no decorrer da pesquisa, serão analisados os dados do Proeb das duas escolas mencionadas, em Língua Portuguesa e Matemática.

Diante do que discutimos neste texto, reafirmamos a relevância do Programa de Intervenção Pedagógica Alfabetiza-ção no Tempo Certo e salientamos a necessidade de aprofundarmos os conhecimentos sobre os efeitos do referido programa nos diversos contextos educacionais, em especial nas escolas ligadas à Superintendência Regional de Ensino de Teófilo Otoni. Ainda, buscaremos propor ações efetivas para a disseminação de práticas exitosas que be-neficiem as escolas da respectiva regional.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

BRASIL, Lei nº 10172/2001. Plano Nacional de Educação - PNE. DOU de, p. 1, 2001.

LÜCK, H. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Editora Positivo, 2009.

MINAS GERAIS. Guia de revisão e reorganização do Plano de Intervenção Pedagógica. Belo Horizonte, 2013. p. 22. ____________. Resolução SEE N.º 1812, de 22 de março de 2011. Estabelece critérios e condições para a indicação de candidatos ao cargo de Diretor e à função de Vice-diretor de Escola Estadual de Minas Gerais e trata de outros dispositivos correlatos.

____________. Lei Delegada 180/ 2011. Dispõe sobre a estrutura orgânica da Administração Pública do Poder Execu-tivo do Estado de Minas Gerais e dá outras providências.

____________. Decreto 43.506 de 06 de outubro de 2003. Institui o Ensino Fundamental de nove anos de duração nas escolas da rede estadual de Minas Gerais.

______________. Lei Nº 17.600 de 1 de julho de 2008. Disciplina o Acordo de Resultados e o Prêmio por Produtividade no âmbito do Poder Executivo e dá outras providências.

Eloisa Elena Noé*

* Pedagoga, especialista em Educação Básica (SEEMG) e Mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela UFJF/CAEd/PPGP. E-mail: enoe@caed.ufjf.br/ eloisa_noe@hotmail.com.

O PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA EM

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