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ESPORTE ORIENTAÇÃO E CARTOGRAFIA ESCOLAR: relações possíveis

A forma de exposição dos conteúdos propostos nos PCN pode, em geral, sugerir uma forma de aprendizagem que se assemelha ao modelo de aprendizagem mecânica das noções espaciais e do domínio dos conceitos da Cartografia escolar, como os de localização, escala, projeção, coordenadas geográficas ou legenda e fusos horários. Essa forma de aprendizagem é duplamente inadequada, pois, além de não contribuir para a construção de sentido ou reelaboração de significados dos conteúdos “aprendidos”, também não desperta o desejo ou interesse em lidar com o principal instrumento de comunicação cartográfica que é o mapa.

A forma prescritiva do texto oficial, em que se destaca seu caráter informativo, apresenta os conteúdos selecionados pela geografia escolar, com destaque para a Cartografia escolar, depois de cada unidade estudada no livro. Além disso, há indicações para que o ensino da Cartografia escolar seja avaliado de forma esquemática, por meio de exames ou provas que, geralmente, exigem reproduções de explicações teóricas, ou em exercícios que são reproduzidos dos esquemas apresentados nos livros didáticos. Sob esse ponto de vista, os alunos demonstram que aprendem em função da quantidade de acertos ou erros de questões verificados nas provas. No entanto, as experiências como professor do ensino básico permitiram verificar que ao serem indagados sobre a aplicação destes conceitos no cotidiano ou na construção e leitura de um mapa, muitos dos alunos não conseguem verbalizar ou representar o que, aparentemente foi aprendido, pois não tiveram uma experiência de fato, não vivenciam em seu dia a dia aquilo que estudaram e lhe foi perguntado.

O que o esporte Orientação traz de novo e contribui para o desenvolvimento do universo da Cartografia escolar é o fato de que o participante, quando realiza um percurso, vivencia uma experiência concreta, colocando em prática as noções espaciais, além de recorrer intensamente à linguagem cartográfica por meio do uso de um mapa e uma bússola. Com isso, numa corrida ou caminhada de Orientação cada pessoa, individualmente ou em grupo, tem a oportunidade de experimentar em campo, a operação com as noções espaciais de localização, orientação e escala cartográfica, além da constante comparação dos aspectos simbólicos do mapa representado com os elementos da paisagem.

Durante um percurso são exigidas dos participantes as operações cognitivas da percepção, imaginação e memória, juntamente com as da psicomotricidade, associadas ao domínio da linguagem cartográfica presente no mapa usado para fazer um trajeto, previamente estabelecido. Dessa forma, a prática da Orientação oferece uma situação de

ensino e aprendizagem em que o sujeito, motivado para a resolução de um problema, opera com as noções espaciais aliadas ao domínio de conceitos da Cartografia escolar.

Na realização de um percurso, após encontrar o azimute para o ponto de controle, os professores tiveram que escolher uma rota ou caminho que o levassem até o próximo ponto. Para isso precisaram ler e interpretar o mapa e relacioná-lo com as características da paisagem observável. Nessa atividade de definição do azimute e escolha da rota, o professor exercitou a correlação das noções de proporção e escala com as noções espaciais de localização, direção, distância e tempo de deslocamento. Colocou em movimento um processo cognitivo que é considerado determinante na prática da Orientação, ou seja, a comparação ou correlação do mapa com o espaço real ao seu entorno. Essa correlação configura-se como um dos principais requisitos cognitivos. Trata-se da relação, que Seiler (1988) destaca como a relação mapa- terreno, em que o participante observa constantemente no terreno os objetos representados no mapa, possibilitando a correlação de grandezas entre a distância gráfica do mapa e a distância real observada no terreno. Essa relação permite perceber os aspectos abstratos simbolizados no mapa (plano bidimensional) a partir da associação com os elementos sinalizados no terreno, no espaço real (múltiplas dimensões).

No percurso de Orientação realizado com os professores o problema a ser resolvido era o de passar pelos “pontos de controle”, tendo para isso a necessidade de ler e interpretar o mapa e escolher a melhor rota (caminho) possível. Assim, os conceitos da Cartografia escolar foram colocados em ação de forma lúdica, despertando o desejo em continuar praticando, os quais funcionam como meios necessários para solução do problema colocado.

Ao participar do processo de construção de um mapa, a partir de observações diretas no campo, desenvolveu-se o ato de pensar e perceber o espaço, estabelecer correlações entre as simbologias e o conteúdo a ser representado, além da habilidade para fazer seleção e generalização, que são caminhos importantes para a construção das noções espaciais de forma significativa. Esse processo foi verificado quando, diante da solicitação para fazerem o mapa, alguns questionaram o que iriam colocar nele, qual a escala do mapa, onde seriam colocados os objetos e quantos objetos poderiam ser representados.

Durante a prática do esporte Orientação, a aprendizagem da linguagem cartográfica é facilitada tendo em vista a forma como são apresentados os conceitos relativos à Cartografia. As noções de localização, orientação espacial, escala, curva de nível e legenda são analisadas de forma simultânea, tendo no mapa a sua expressão materializada, em que os conceitos associados à Cartografia são confrontados, entendidos e inter-relacionados em seu conjunto, e

não de forma isolada ou fragmentada, como é indicado em grande parte dos livros didáticos e, geralmente, ocorre tradicionalmente nas práticas de ensino de Geografia na sala de aula.

Nesse caso, uma consideração importante é o reconhecimento de que o mapa é uma unidade, em que os conceitos da linguagem cartográfica se apresentam de forma integrada, e por isso deve ser ensinado e aprendido também de forma integrada. Ao fazer a leitura do mapa, os professores perceberam seus elementos (escala, orientação, coordenadas, simbologia, etc.) de forma instantânea e ao mesmo tempo. Alguns relatos são esclarecedores dessa situação, como a de uma professora ao dizer que:

eu pensava que entendia de escala e sabia me orientar no espaço, mas na verdade só fui verificar que não sabia isso quando tive que desenhar o mapa aqui no campo. Antes eu trabalhava com mapas mais ou menos prontos e só tinha o trabalho de ler o mapa e tentar entender o que ele estava representando e se os elementos estavam indicados corretamente (P3).

Percebi pelos relatos que muitos professores diziam dominar os conceitos e que conseguiam ensinar a seus alunos, mas na verdade o que se verificou durante as atividades foi que há muitas dificuldades em operar com tais conceitos em uma situação real. Outros disseram ainda que:

até entendo as noções de escala, curva de nível, legenda, localização e orientação, mas quando junta tudo e tem que aplicar essas noções na elaboração de um mapa aí fica complicado. A gente entende cada um de forma separada, mas assim, de forma integrada eu ainda não tinha analisado (P7).

Portanto, no processo de ensino-aprendizagem dessa linguagem é importante que se priorizem as atividades que contribuam para o desenvolvimento dessa noção de conjunto e não de forma isolada.

As atividades envolvidas com o esporte Orientação apresentaram-se, portanto, como uma alternativa didática para a formação de conceitos desenvolvidos pela Cartografia escolar, especialmente aqueles que dependem do domínio da linguagem cartográfica. As noções básicas de Cartografia são empregadas durante as atividades de um percurso de Orientação, cuja prática, aliada à motricidade com o uso de um mapa e uma bússola, desenvolve em sua operação o domínio de noções espaciais como o de localização, orientação espacial, curva de nível, escala e simbologia, de forma simultânea e integrada.

A realização de um percurso de Orientação, mesmo que seja para iniciantes como o que foi realizado pelos professores, num nível de dificuldade mínima, em que os pontos de

controle sinalizados pelos prismas são colocados em locais de fácil localização, possibilitou colocar em ação um conjunto de saberes e experiências que são estreitamente vinculados à Cartografia escolar, aproximando essa prática esportiva dos conteúdos escolares.

As noções espaciais de localização e orientação são duas habilidades que estão no centro da prática do esporte Orientação. A localização é o ato de identificar ou indicar no mapa uma posição geográfica do terreno a partir da observação de sua representação. Em um mapa de escala espacial pequena (continental ou global), a identificação de um ponto a partir da observação do mapa exige o conhecimento do sistema de coordenadas usado no mapa. Um exercício comum, que normalmente utilizamos com nossos alunos é aquele de pedir para que identifiquem a localização geográfica dos pontos A, B ou C, indicando suas coordenadas geográficas ou de UTM. Isso pode ser verificado nas atividades desenvolvidas com os professores. Ao realizarem um exercício usando um mapa mundo, eles queriam saber onde olhavam as coordenadas geográficas no mapa, reforçando a ideia de que a localização depende de um sistema de coordenadas como referência, pré-estabelecido. No entanto, num mapa usado para a Orientação, em que o recorte espacial é pequeno e a escala cartografia é grande, entre 1:15.000 a 1:5.000, a localização exige o conhecimento da situação geográfica do praticante em relação a outros pontos ou objetos distribuídos no espaço real e a habilidade para relacioná-los com suas representações equivalentes no mapa. A metáfora de se colocar “dentro do mapa”, exercita a cognição das relações espaciais de lateralidade como de esquerda/direita, frente/atrás, bem como a noção de distância, essenciais para que se possa ter uma localização e orientação mais precisas.

Na realização de uma caminhada ou corrida de Orientação, dois raciocínios são fundamentais e constantes ao longo de um percurso: a orientação do mapa e a orientação pelo mapa. No primeiro, o processo se caracteriza por fazer coincidir as representações do mapa com os objetos e referências no espaço real onde se encontra. Isto exige um conjunto de conhecimentos que permite ao praticante posicionar o mapa de modo que uma determinada direção mostrada no mapa coincida com uma direção correspondente na paisagem. A partir de um mapa orientado é possível definir o azimute de um ponto de controle ao outro ponto de controle e a partir dessa definição a concentração do participante recai sobre o traçado do percurso desenhado sobre o mapa que será percorrido. Nesse caso, ocorre a orientação pelo mapa, ou seja, o ato de encontrar uma direção ou rumo, a partir dos referenciais simbólicos representados no mapa.

Essas habilidades foram desenvolvidas durante todo o processo de construção do mapa e posteriormente na realização de um percurso, possibilitando aos professores vivenciarem a aplicação dos conceitos de localização e orientação.

O uso dos conceitos de localização e orientação espacial, aplicados ao mapa durante a sua construção, foi esclarecedor quanto à importância do método de trabalharmos esses conceitos em seu contexto real. Diferentemente do que acontece quando os trabalhamos de forma isolada, estes, passam a fazer sentido e despertam o desejo de aprender para poder aplicá-los na construção do mapa. Se não houvesse a motivação para construção do mapa e para seus usos posteriores, qual seria a razão para o aprendizado? Aprender, porque é importante, é um clichê que não tem demonstrado eficácia no processo de ensino- aprendizagem dessas noções.

Durante a caminhada com o mapa e a bússola na mão foram desenvolvidas, inicialmente, duas habilidades consideradas elementares e necessárias no cotidiano, que são as capacidades de identificar a nossa localização e de se orientar corretamente no espaço real a partir de algum referencial. Em se tratando do percurso realizado pelos professores, essas habilidades foram exercitadas a todo instante a partir da representação simbólica presente no mapa.

Os professores experimentaram, por meio dos exercícios práticos, o processo de identificação do local onde estávamos apontando no mapa e orientando-o para estabelecer uma direção que deveríamos seguir. Mostraram um conhecimento que já possuíam, pois sabiam operar com a rosa dos ventos, mas não tinham ainda o conceito de azimute. “Olha aqui professor, já orientei o mapa” (P1), fazendo coincidir o norte indicado no mapa com o norte percebido pelo sol ou pela indicação da bússola. Perceberam que o conhecimento dos referenciais indicados pela rosa dos ventos, baseado nos pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste) não era suficiente para indicar com precisão uma direção. A bússola seria, portanto, um importante instrumento de orientação.

Essas habilidades requerem um movimento cognitivo capaz de deslocar-se de um plano esquemático e abstrato representado no mapa, para outro, o real, visto e percebido no terreno ao seu redor naquele momento. Nessa ação, as relações espaciais topológicas, projetivas e euclidianas, descritas por Piaget e Inhelder (1973) são demonstradas em vários momentos da realização de um percurso. Desde as relações de proximidade, ordem, conexão, separação, continuidade, que são desenvolvidas na leitura e interpretação da linha que indica o percurso, até as relações de distância e pontos de vistas diferentes, quando se compara a distância a ser percorrida dependendo da rota escolhida. Ao deslocarem-se no terreno usando

o mapa como referência os professores desenvolveram a percepção, sob diferentes pontos de vista, assim como exercitaram a habilidade para ler uma representação cartográfica elaborada por eles próprios ou por outros.

No processo de orientação do mapa a partir do norte magnético, realizado com o auxílio de uma bússola ou por meios naturais como a observação do movimento aparente do sol, a sombra do corpo ou dos objetos próximos projetados no chão, o participante deve fazer coincidir a representação gráfica com seus referenciais na realidade. Esse processo relaciona o mapa (carta) com o terreno, ou seja, a relação carta-terreno, que exige do leitor do mapa a necessidade de conhecer a sua linguagem gráfica e associá-la a uma aplicação efetiva. Ação semelhante acontece no momento de encontrar a localização espacial dos pontos de controle, sinalizados no terreno com um prisma e representados no mapa por um círculo do percurso. O participante usa os conhecimentos das relações espaçais topológicas, projetivas e euclidianas, operando com as noções de sistema de coordenadas, escala cartográfica, distância, curva de nível. Portanto, colocam-se em prática as noções de lateralidade como esquerda, direita, em frente e atrás, em cima e embaixo, perto e longe, assim como as de norte e sul, leste e oeste.

Outra habilidade desenvolvida ocorre quando da necessidade de compreensão da simbologia presente na legenda dos mapas e seus significados no terreno. Há, portanto, um desafio em se deslocar de um ponto de controle ao outro, em que o participante mantém a concentração e operacionaliza com essas noções espaciais e relaciona-os com os objetos representados no mapa.

Há, portanto, um desafio em se deslocar de um ponto de controle ao outro, em que o participante mantém a concentração e operacionaliza com essas habilidades mencionadas, sobretudo as noções de localização e orientação espacial em relação aos objetos representados no mapa.

Para colocarmos em prática é necessário que nós, professores de Geografia, dominemos os conceitos relacionados à percepção e representação espacial e conheçamos a linguagem dos mapas usados nessa prática esportiva. Essa necessidade reflete nossas dificuldades em trabalhar os conteúdos da linguagem cartográfica, tendo em vista que, na maioria das vezes, não aprendemos em nossos cursos de formação inicial, ou foram negligenciados em nossa prática escolar cotidiana. Esses conhecimentos devem ser experimentados não apenas pela leitura e interpretação dos mapas, mas por meio da atividade de construção, em que se exercita, sobre uma folha de papel em branco, a representação do espaço real observado ou percebido, sob um determinado ponto de vista e amparado por teorias e técnicas, próprias da Cartografia Escolar.

Nesse sentido, alguns conceitos, noções espaciais e habilidades puderam ser percebidos e potencializados dentro das práticas desenvolvidas com os professores. Os conceitos de escala cartográfica e geográfica, orientação do mapa e pelo, localização espacial, coordenadas, assim como as noções espaciais de distância, redução foram trabalhados e desenvolvidas com nas atividades próprias do esporte Orientação e que se aproximam da Cartografia Escolar. Além disso, algumas habilidades como a capacidade de ler, interpretar e usar o mapa em seus deslocamentos, usar uma bússola como recurso auxiliar de orientação e estabelecer relações da carta com o terreno foram também potencializadas no curso com os professores.

No entanto, alguns conceitos e saberes importantes, associados ao ensino de Cartografia não puderam ser discutidos durante as atividades. Isso aconteceu pela falta de tempo para realização das atividades e por coerência às propostas e características do esporte Orientação.

Um dos elementos que poderia ser mais bem explorado diz respeito ao sistema de coordenadas. Porém, por tratar de atividades com mapas em escala grande o sistema de coordenadas não tem tanta relevância em suas leitura e interpretação.

Outro aspecto não discutido e/ou realizado durante as atividades práticas para o seu desenvolvimento foi o sistema de projeção cartográfica. A distorção provocada pelas projeções cartografias são imperceptíveis no mapa de Orientação, tendo em vista o pequeno tamanho da área real representada e a escala do desenho, normalmente maior que 1:15.000, tornando a diferenciação dos tipos de projeções desnecessárias. O mapa de Orientação representa apenas um pequeno recorte espacial de um território, onde não é possível perceber a esfericidade da Terra. Trata-se de uma representação que abrange o contexto espacial local e a sensação é de que se trata de um terreno representado de cima para baixo em uma superfície plana da folha de papel. É possível perceber apenas as rugosidades do relevo representadas pelas curvas de nível.

Além disso, outros conceitos relacionados a movimentos da Terra e os seus efeitos na vida cotidiana em termos de fuso horário e as relações com as diferentes estações do ano, são temas que precisam ser complementados com outras atividades específicas para seus aprendizados.

Nas atividades que desenvolvemos durante o curso, ficou evidente a importância e a preocupação dos professores em conhecer e ter contatos com novos procedimentos por meio de atividades práticas, ao invés de apenas ler ou consultar textos e materiais didáticos disponíveis. Como relata uma professora ao dizer “a gente lê os textos e apostilas, mas eles

estão muito distantes da realidade. O que precisamos é saber como fazer o que está escrito nos livros” (P5). As atividades práticas mostraram ser mais importantes no desenvolvimento e domínio conceitual, como pode ser deduzido da fala de um professor ao dizer que “a aprendizagem e a apreensão dos conceitos é que dá confiança para podermos aplicar em sala de aula. E a confiança para fazer isso na sala, a gente só consegue fazendo primeiro aqui na prática” (P3). Embora se percebesse também o reconhecimento e a importância dos referenciais teóricos, foi observado que durante a sequência de ações realizadas, os textos lidos dos autores sugeridos foram citados algumas vezes, ajudando a esclarecer os temas e induzindo a reflexão sobre os conceitos trabalhados.

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa procurou-se compreender de que forma o domínio e a prática do esporte Orientação, que se baseia fundamentalmente no uso de um mapa e uma bússola, pode revelar-se contribuinte ao processo de ensino-aprendizagem da Cartografia Escolar. Para isso, fez-se uma experiência, a partir de um curso de formação continuada, no sentido de identificar o potencial desse esporte no desenvolvimento de conceitos associados à linguagem cartográfica e às noções espaciais de localização, orientação e escala. Buscou-se um percurso teórico sobre a concepção da Cartografia como uma linguagem espacial, e como esta tem sido desenvolvida em sala de aula por um grupo de professores da rede municipal de ensino de Uberaba-MG, refletindo sobre seus saberes e práticas em trabalhar os conteúdos da Cartografia. Para apresentar o esporte Orientação foi buscado referencial teórico, por meio de uma produção científica disponível sobre as particularidades desse esporte, associado aos princípios da aprendizagem significativa estabelecidos nas proposições de Ausubel (1980) e por fim, uma reflexão sobre sua potencialidade como instrumento para mediar o processo de ensino-aprendizagem da linguagem cartográfica e das noções espaciais.