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CAPÍTULO 4 – O PROGRAMA CAPES-COFECUB: DO ESTABELECIMENTO AOS

4.3 A fase inicial

Após a assinatura do acordo, ainda em 1978, houve a realização de uma segunda missão de professores franceses ao Brasil para o planejamento das atividades que se iniciariam no ano seguinte. Três acadêmicos fizeram parte desse grupo que visitou a Universidade Federal da Paraíba e de Pernambuco entre o final de novembro e início de

14 A gestão financeira do programa passou a ser feita pelo Egide a partir de 2000, com a transferência do

escritório do Cofecub para Aix-Marseille.

15 O Campus France é um serviço oficial de informações sobre os estudos superiores na França, ligado aos

Ministérios franceses da Educação e das Relações Exteriores. O Egide (Centre français pour l’accueil et les échanges internationaux) é uma organização sem fins lucrativos cuja função é gerir programas de mobilidade internacional do governo francês. A partir de 2012, o Egide passou a fazer parte do Campus France.

Informações disponíveis em: <http://www.campusfrance.org/fr>;

dezembro daquele ano. O reitor do Instituto Nacional Politécnico de Toulouse realizou missão entre os dias 27 de novembro e 2 de dezembro na UFPB. Já na UFPE, três professores franceses se reuniram com dirigentes e professores no período de 26 de novembro a 9 de dezembro: professores Max Marty, Fernand Sabon e Dupuy (CAPES, 1982). Esses eventos reforçam a percepção acerca do grande envolvimento francês com o programa.

Essa fase inicial do Capes-Cofecub foi caracterizada pela cooperação vertical e marcada pela capacitação de professores para os quadros das IES do Nordeste, dentro de uma meta de atendimento de interesses institucionais. Nesse período, somente o lado brasileiro propunha projetos. Assim, introduziu-se com o programa a demanda orientada, ou seja, com objetivos de pesquisa mais definidos, em termos institucionais.

Nesse primeiro momento, seis eram os tipos de missões possíveis:

 estágio de pesquisa de professores brasileiros para especialização (curta duração – 3 meses);

 identificação/avaliação para professores franceses (coordenadores);  identificação/avaliação para professores brasileiros (coordenadores);  ensino e pesquisa para professores franceses (curta duração);

 ensino e pesquisa para professores franceses (longa duração);  doutorado.

Os primeiros anos do acordo foram marcados pela assistência e conhecimento dos grupos, possibilitados principalmente por meio das missões de identificação ocorridas nos dois sentidos. As missões de identificação eram de curta duração, realizadas por um período de 15 dias para o estabelecimento de contatos entre os dois coordenadores e para a discussão de um possível projeto, a elaboração de seus objetivos e de seu programa e o planejamento de um calendário conjunto. Ainda em 1978, foram realizadas as primeiras missões de franceses no Brasil para identificação de grupos para cooperação.

Feitos os contatos iniciais e assinado o acordo interuniversitário, eram efetuadas as primeiras missões. Buscou-se, então, a vinda de muitos professores franceses para o Brasil para ministrarem cursos. Se, por um lado, precisava-se desses professores em missões de longa duração, a fim de substituir professores brasileiros em treinamento na França, por outro, era necessária sua presença para a própria formação in loco e o estabelecimento dos programas de pós-graduação.

Dois foram os principais tipos de missões no sentido França-Brasil: missão para apoio pedagógico e científico, com duração de 2 semana a 6 meses, e missões técnicas e de jovens

pesquisadores por meio do Serviço Militar Ativo (VSNA – Volontaire du Service National Actif), por um período de 12 a 16 meses. Nessa fase inicial do programa, a figura do VSNA foi bastante difundida e teve papel de relevo na cooperação (CAPES, 1980, 1982, 1990; COFECUB, 1980; NAVAUX, 1989; SILVA, 1994; MARTINIÈRE, 1999).

O Brasil buscava, assim, apoio para formação de recursos humanos de alto nível e também para a implantação ou consolidação de programas de pós-graduação. Os primeiros projetos financiados pelo programa apresentavam temáticas amplas, pouco definidas, mas que possibilitaram resultados mais diversificados em termos de formação, grande enfoque dessa etapa. Nesse primeiro ano, 20 projetos foram financiados nas áreas de engenharias, ciências sociais aplicadas, ciências da saúde, ciências exatas e da terra, ciências humanas e agrárias nas seis IES nordestinas já mencionadas, assim distribuídos: seis projetos na UFPB, cinco na UFPE; quatro na UFC, três na UFRN, um na UFAL e um na UFBA. Foram realizadas 12 missões de professores franceses ao Brasil, todas de curta duração, e enviados 37 bolsistas para a França. Para todos os bolsistas, o lado francês financiou, desde o início, o estágio linguístico. Esses bolsistas apresentavam vínculo institucional com as IES brasileiras, buscavam estabelecer vínculos com os grupos e laboratórios franceses e, quando do retorno de seu doutorado, mantinham essa parceria e iniciavam novas colaborações, em um círculo virtuoso (CAPES, 1980, 1982; COFECUB, 1980).

Um ano após o início das atividades do programa, começou a ser observada uma pressão dos estados do sul e sudeste do Brasil no sentido de expandir o edital para essas regiões. Com essa alteração, já a partir de 1980, o programa ganhou caráter nacional e houve, consequentemente, o aumento das instituições participantes. Nesse ano, foram aprovados 28 novos projetos, sendo nove do estado de São Paulo (sete da USP, um da Unesp e um da IFT), cinco do Rio de Janeiro (dois da UFRJ, dois da Uerj e um da UFF), seis do Rio Grande do Sul (quatro da UFRGS e dois da UFSM), dois do Ceará (UFC), um da Bahia (UFBA), um de Santa Catarina (Ufsc), um do Alagoas (UFAL), um de Minas Gerais (UFMG), um da Paraíba (UFPB) e um do Pará (UFPA) (CAPES, 1980, COFECUB, 1980 CAPES, 1982). Segundo Martinière,

a cooperação universitária instaurada institucionalmente a partir de 1978, antes de ser restabelecida de forma significativa, precisou antes aderir à oportunidade de uma ajuda à formação à pesquisa nas Universidades de um Nordeste que aspirava implantar focos de tecnicidade. Assim, esta cooperação concentrou-se simbolicamente nesta região, na qual iria injetar uma ajuda à formação à pesquisa antes de reatar um diálogo mantido com as antigas redes científicas de um Brasil do centro e do sul, já desenvolvido. (1999, p. 11).

A abertura do edital para as IES de todo país levara a uma grande mudança nos rumos do programa. Ainda estavam presentes as universidades do Nordeste, mas o maior número de propostas aprovadas ficaria concentrado nos estados do Sul e Sudeste. O Sudeste sozinho seria responsável, nesse ano, por 54% do total; Sudeste e Sul, somados, teriam cerca de 79% do total, contra 21% da região Nordeste/Norte (CAPES, 1980, 1982; COFECUB, 1980).

Ainda em 1980, foram encerrados sete dos projetos iniciados anteriormente, perfazendo um total, naquele ano, de 41 projetos em andamento e de 50 bolsistas na França, 37 que iniciaram o doutorado em 1979 e 15 que se inseriram no programa em 1980 (CAPES, 1980, 1982; COFECUB, 1980).

Devido a problemas administrativos, não foi lançado certame em 1981, mas, mesmo assim, quatro novos bolsistas iniciaram seus programas de doutoramento nesse ano. A Capes e o Cofecub acordaram iniciar os projetos previstos para 1981 apenas em 1982. Neste ano, 19 projetos foram aprovados e assim distribuídos: quatro projetos da UFMG, dois da Unicamp, dois da USP e dois da UFF, num total de dez projetos na região Sudeste; três da UFRGS, dois da UFPR e um da Ufsc, num total de seis projetos na região Sul; dois da Ufma e um da UnB. Desse total, apenas dois projetos eram oriundos do nordeste do país. Esse quadro demonstra, contudo, a diversificação no apoio, haja vista que universidades como Unicamp, Ufma, UnB e UFPR aparecem pela primeira vez no programa. Nesse ano, 11 novos bolsistas foram contemplados com o financiamento (CAPES, 1981, 1982).

No que se refere às instituições do lado francês, não havia uma preocupação em priorizar um grupo específico. Ao contrário, buscavam-se parceiros para apoiarem o Brasil nessa tutela pedagógica. Nesse sentido, podemos observar um grande número de instituições participantes de diferentes regiões. No primeiro ano do acordo, merece destaque a parceria com Toulouse, Paris, Grenoble e Caen. A partir do momento da expansão nacional do programa no lado brasileiro, passou-se a observar uma maior concentração dos projetos na região parisiense. Outras regiões, como Toulouse, Grenoble, Rennes e Montpellier, também continuaram se destacando nessa parceria, e mesmo regiões com menor concentração acadêmica, como Brest e Besançon, se fizeram presentes.

Os anos iniciais do programa foram anos de ajustes. Várias reuniões entre dirigentes e coordenadores dos dois lados foram realizadas visando ao aprimoramento da parceria. Sempre que a proposta inicial se mostrava inoperante, adaptações eram realizadas. Nessa fase, um problema que se pôs foi o da repartição de custos. O assunto foi discutido em diferentes reuniões entre a Capes, o Cofecub e a Embaixada da França no Brasil até chegar ao melhor formato para operacionalização do programa. Ademais, a dificuldade de acompanhamento

dos bolsistas era recorrente. Houve casos em que os doutorandos eram aguardados em uma instituição, mas acabavam se matriculando em outra. Apesar de os bolsistas serem vinculados a universidades no Brasil, eles não necessariamente estavam vinculados diretamente ao projeto e à IES que os encaminhava, o que prejudicava um melhor acompanhamento do lado brasileiro. Do lado francês, também não havia inicialmente uma instituição, além das universidades, que fizesse essa supervisão (CAPES, 1980, 1982; COFECUB, 1980).

Outro problema recorrente desde a ida dos primeiros estudantes para a França refere- se ao reconhecimento do mestrado realizado no Brasil. O presidente do Cofecub justificava a exigência de realização do DEA (diplôme d'études approfondies) haja vista a necessidade de o bolsista brasileiro se integrar ao grupo de pesquisa francês; contudo, para o Brasil isso representava o desconhecimento do mestrado aqui realizado, aditivamente a um aumento dos custos de financiamento, uma vez que o bolsista precisaria ficar um ano a mais no intercâmbio. Como veremos mais adiante, esse problema somente começaria a ser solucionado na década de 90 (CAPES, 1980, 1982; COFECUB, 1980; QUEIROZ, 1989; NAVAUX, 1989).

Outra peculiaridade existente nos três primeiros anos do programa refere-se às candidaturas. Antes de 1983, somente o lado brasileiro submetia candidaturas. Nesse caso, o Cofecub auxiliava na busca por um parceiro francês. Foi somente a partir do quarto ano do programa que o Comitê começou a lançar os Appel d’offres. Vale mencionar, contudo, que não era necessário o estabelecimento de uma parceria prévia. As candidaturas não precisavam ser conjuntas. As coordenações do programa, majoritariamente o lado francês, buscavam auxiliar os contatos. Na ânsia por alcançar maiores resultados nacionais por meio da cooperação, passou-se a incentivar bastante os projetos associados em redes, conhecidos como “pés de galinha”, em que várias instituições brasileiras e/ou francesas eram integradas em torno de um mesmo projeto ou tema de pesquisa (CAPES, 1980, 1982, 1990; COFECUB, 1980; QUEIROZ, 1989; MARTINIÈRE, 1999).

A partir de 1984 e 1985, passou-se a buscar maior simetria nas parcerias. Observava- se, então, uma identidade do programa em torno de atividades de pesquisa e seus primeiros resultados positivos para os grupos, não apenas de formação. A partir desse momento, o programa começou a tomar contornos de cooperação horizontal (preeminência da excelência científica). Os projetos começaram a entrar no que Navaux (1989) chama de uma segunda fase de vida, com a evolução natural da cooperação e com o retorno dos primeiros doutorandos (CAPES, 1990; QUEIROZ, 1989; NAVAUX, 1989).

com quatro anos de funcionamento, o Programa apresenta-se melhor estruturado, com mecanismos administrativos mais sólidos e um planejamento de atividades, se não ideal, indicativo das medidas a serem tomadas e das ações a serem desenvolvidas. (CAPES, 1982).

Como já mencionado, o Acordo Capes-Cofecub sofreu contínuos ajustes em seus procedimentos, visando a responder aos problemas operacionais observados e a adequar-se às novas necessidades e à realidade da evolução das pós-graduações brasileira e francesa. A partir de 1985, começa a ser negociado um ajuste do programa para adequá-lo às mudanças já ocorridas em sua condução, como sua expansão nacional, e, portanto, abrangendo grupos de pesquisa heterogêneos e em diferentes estágios de desenvolvimento. Ademais, considerando que o programa estava em fase de consolidação, adaptações e alterações se faziam necessárias para o alcance de melhores resultados.

Mesmo considerando as dificuldades, o Capes-Cofecub era, naquele momento, o único apoio sistemático à pesquisa no Brasil. Em 1986, desde o estabelecimento do acordo, houve o intercâmbio de 160 professores franceses e 113 brasileiros, 177 brasileiros realizaram estágio na França, sendo 83 em nível de especialização e 94 em pós-doutorado, além de 89 doutores formados e 23 em processo de formação (CAPES, 1986, 1988).

Apesar dos avanços, pontos importantes acerca da condução do programa precisavam ser equacionados: seleção dos bolsistas; dispensa do DEA; acompanhamento pedagógico e custos adicionais; integração de bolsista na França com apoio do Cnous; pagamento de taxa de bancada; missão de professores franceses; prorrogação do período da bolsa e retorno eventual ao Brasil durante a elaboração da tese; reintegração dos ex-bolsistas no meio acadêmico; integração dos bolsistas fora do Acordo; envio de bolsistas franceses ao Brasil; publicação de teses dos bolsistas; publicações acadêmicas decorrentes das pesquisas conjuntas, bem como incentivo ao incremento da publicação dos resultados em periódicos de alto impacto; acompanhamento dos projetos em andamento; facilitação para os participantes do programa na obtenção dos vistos de permanência, incluindo família, assim como agilização de documentação, tanto do lado francês quanto do brasileiro; e ampliação do programa para outros níveis (CAPES, 1982, 1986, 1988).

Além disso, problemas administrativos também necessitavam de atenção, como a adequação dos valores para missão de trabalho e a criação de um seguro de saúde para missões França/Brasil e Brasil/França. Os atrasos na liberação dos recursos para professores franceses no Brasil, destinados ao pagamento das bolsas, bem como na emissão das passagens, também eram constantes. Outra dificuldade recorrente referia-se à disponibilização de recursos para a cooperação nacional. O programa incentivava a formação de grupos no

formato “pé-de-galinha”, contudo, não disponibilizava recursos para as missões nacionais, tampouco existia investimento de recursos para aquisição de equipamentos e material de consumo. Uma reivindicação dos coordenadores de projeto era também a rubrica específica para auxiliar no financiamento de publicações em colaboração e, ainda, a criação de revistas científicas conjuntas Brasil/França (CAPES, 1982, 1984, 1986, 1988; COFECUB, 1987).

A burocracia enfrentada na Capes era grande no início do programa. O principal problema constatado referia-se à comunicação entre a Capes e os coordenadores na tramitação dos processos, mas existiam também problemas de comunicação entre a agência e o Cofecub. Nesse aspecto, ressaltava-se a inexistência de um manual de orientações, de um calendário do programa, de critérios de avaliação claros e também de um sistema de acompanhamento das parcerias.

Outro aspecto que prejudicava o andamento dos projetos era a falta de flexibilidade nos prazos para a realização das missões de trabalho, que acabam perdendo a continuidade entre uma e outra. Ainda no que se refere à realização dessas missões, havia a exigência de uma descrição minuciosa das atividades a serem desenvolvidas diariamente no país de destino, o que levava a um trabalho pormenorizado desnecessário, além das dificuldades em se prever detalhadamente as ações a serem desempenhadas no período. O conhecimento prévio da língua francesa também era uma barreira para os avanços da parceria. Aditivamente, devido à falta de recursos nos primeiros meses do ano, as missões a serem realizadas em janeiro e fevereiro sempre ficavam prejudicadas.

Por um lado, não havia obrigatoriedade de vinculação dos projetos à pós-graduação, haja vista que muitas IES não dispunham de programas de mestrado e doutorado e se buscava, com a cooperação, que as instituições identificassem áreas em que o apoio aos planos de desenvolvimento da pós-graduação seria importante e que propusessem projetos nesse sentido. Por outro lado, a rigidez relativa ao intercâmbio de bolsistas era um problema que se colocava desde o início do programa. Nesse sentido, no final da década de 80, mais precisamente em 1986, a Capes passou a autorizar a participação de doutorandos sem vínculo institucional no programa. Contudo, a seleção de quaisquer bolsistas continuava a ser submetida ao mesmo processo seletivo dos bolsistas do programa de demanda social. Essa questão causava bastante desconforto entre os coordenados, que alegavam que a negativa para um estudante do Cofecub entravava o andamento do projeto (CAPES, 1986, 1988, 1989; NAVAUX, 1989; QUEIROZ, 1989; NICOLATO, 1999).

Outra questão que começou a ser levantada no final da década de 80 foi a necessidade de estimular a vinda de estudantes franceses para o Brasil. Muito embora o intercâmbio nesse

sentido não fosse um pré-requisito, entendia-se que a participação dos intercambistas, além de aproximar as equipes e fortalecer a cooperação, traria certa circulação internacional para as instituições nacionais.

O ano de 1988 é um importante marco na evolução do programa. Foi nesse ano que as primeiras demandas oriundas das IES da França foram apresentadas. Apesar de essa abertura ter ocorrido em 1983, somente cinco anos depois o programa começava a reduzir suas assimetrias (CAPES, 1989; NICOLATO, 1999).

Apesar de persistirem dificuldades administrativas e operacionais, o programa havia progredido bastante em dez anos. A disposição das agências e dos ministérios dos dois lados, bem como as constantes viagens de avaliação nas duas direções e as reuniões consultivas e seminários com os coordenadores criaram o ambiente propício para avanços positivos.

No final da década de 80, havia projetos em diferentes estágios. A expansão nacional da cooperação levava, anualmente, à aprovação de novas parcerias e ao seu ingresso na fase inicial, ainda de entrosamento entre os parceiros. Outros projetos, que já vinham sendo financiados há mais tempo, encontravam-se na segunda fase. Vislumbrava-se, então, uma cooperação científica mais efetiva. Navaux (1989) defende que, nessa fase, o recém-doutor titulado na França buscava continuar no Brasil o trabalho inicial naquele país, tentando manter a parceria e o intercâmbio com o grupo francês. Além disso, para o autor, alguns projetos começavam a adentrar uma terceira fase, caracterizada pelo amadurecimento da cooperação científica, com efetivo intercâmbio de pesquisa, trocas simétricas, publicações conjuntas e desenvolvimento de outras ações, tais como colóquios, seminários, workshops e demais atividades de expansão da atuação conjunta. O perfil do intercâmbio também começa a se alterar na terceira fase, com o aumento das missões de trabalho, de doutorados sanduíche e de pós-doutorados e a redução da realização dos doutorados plenos na França. Segundo Navaux,

Após estes 10 anos de cooperação Capes-Cofecub pode-se afirmar que ela é um sucesso, que apesar dos contratempos normais de um programa novo e ambicioso ela chega hoje a um estado, que podemos considerar de maior idade, com ótimos resultados, permitindo aos grupos de pesquisa que usufruem deste acordo um crescimento científico rápido, dificilmente alcançado sem este auxílio. (1989, p. 6).