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CAPÍTULO 3 – O PAPEL ESTRATÉGICO DA CAPES NA COOPERAÇÃO

3.2 A cooperação internacional da Capes

3.2.2 Os programas de cooperação internacional

A Coordenação-Geral de Programas de Cooperação Internacional29 (ou Coordenação Geral de Programas), ao ser incorporada à Diretoria de Relações Internacionais, adotou uma

28 As competências da Coordenação Geral de Bolsas estão dispostas no artigo 70 do regimento interno da Capes:

Art. 70 À Coordenação-Geral de Bolsas no Exterior compete:

I - propor e implementar as políticas e diretrizes orientadas à concessão de bolsas no exterior;

II - propor e implementar as políticas e diretrizes orientadas à concessão de auxílios para participação de eventos no exterior;

III - acompanhar a execução das ações das unidades organizacionais sob sua alçada;

IV - coordenar a avaliação das ações executadas, considerando os fins precípuos da concessão de bolsas de estudos e de auxílios no exterior;

V - subsidiar as decisões da Diretoria de Relações Internacionais com base nos resultados alcançados; e VI - elaborar, com as unidades organizacionais sob sua alçada, relatórios gerenciais e de atividades solicitados pelas instâncias superiores.

29 Conforme disposto no artigo 66 do Regimento Interno da Capes, à Coordenação-Geral de Programas de

Cooperação Internacional compete:

I - planejar, coordenar, acompanhar e avaliar, junto à Diretoria de Relações Internacionais, todas as atividades de cooperação internacional de caráter educacional, científico e tecnológico, no âmbito das ações e dos programas de fomento e mobilidade da Capes;

II - coordenar as atividades de desenvolvimento educacional, científico e tecnológico, relacionadas a todas as áreas do conhecimento, por intermédio do fomento à capacitação e mobilidade de recursos humanos;

III - propor e supervisionar a implementação de políticas e acordos relacionados com a cooperação internacional nas áreas educacional, científica e tecnológica, no âmbito da atuação da Capes;

IV - gerir os programas e as iniciativas específicos decorrentes das políticas gerais e acordos firmados pela Capes por meio de missões de docentes, pesquisadores e discentes, e/ou concessões de bolsas e auxílios financeiros previamente recomendados;

V - apoiar a execução permanente de pesquisa educacional, científica e tecnológica, mediante ações, mecanismos e instrumentos de fomento e mobilidade;

divisão de tarefas, mais condizente com a expansão do setor. Foram criadas três coordenações: Coordenação dos Programas Sul-Norte (CSN), responsável pelos programas desenvolvidos com os tradicionais parceiros da Europa e dos Estados Unidos; a Coordenação de Programas Sul-Sul (CSS), que, embora não seja restrita a países situados no Hemisfério Sul, é responsável pelos programas com os países em desenvolvimento, inclusive por convênios com Argentina, Cuba e Uruguai, dentre outros; e a Coordenação de Projetos Especiais (CPRO), responsável por atividades que requerem flexibilização de ações ou novas modalidades de cooperação, tais como a Escola de Altos Estudos,30 programas com países africanos e latino-americanos e programas gerais de cooperação.31

A finalidade da Cooperação Internacional é promover a integração educacional, cultural e científica com países parceiros, visando a atender às políticas de governo, tendo como foco a formação de recursos humanos em todos os níveis de educação, por meio do apoio a projetos e a programas educacionais, acadêmicos e científicos com países e instituições parceiras, com a concessão de bolsas e demais despesas a eles vinculadas.

As atividades de intercâmbio e cooperação internacional constituem importantes instrumentos para a ampliação da competência científico-tecnológica do país. Elas decorrem, em grande medida, de acordos bilaterais firmados pelo Brasil e beneficiam Instituições de Ensino Superior de todas as regiões do país. Os programas têm como seus pilares os princípios da flexibilidade de ações e do mérito científico.

O trabalho da Cooperação Internacional se dá por intermédio da concessão individual de bolsas de estudos no exterior e no país, mediante financiamento de projetos conjuntos de pesquisa, de parcerias universitárias e de programas especiais. Além das bolsas para os estudantes, os coordenadores de projetos e membros de equipe recebem apoio para realizações de missões de trabalho de curta duração. Os programas podem contemplar ainda

VI - promover, quando necessário, missões de prospecção envolvendo autoridades, especialistas nacionais e

estrangeiros;

VII - promover e participar, em articulação com os Ministérios da Ciência e Tecnologia, das Relações Exteriores e outros órgãos da administração direta e indireta, das negociações de acordos, convênios, e intercâmbios internacionais de cooperação educacional, científica e tecnológica; e

VIII - elaborar, com as unidades organizacionais sob sua alçada, relatórios gerenciais e de atividades solicitados pelas instâncias superiores.

30 Instituída pelo Decreto nº 5.801, de 08 de junho de 2006, fomenta a vinda de professores eméritos e laureados

para a realização de cursos monográficos em Instituições de Ensino e Pesquisa no Brasil.

31 Segundo disposto no Relatório de Gestão de 2013 da agência, essa organização interna da CGCI não seria

mais adequada. A divisão CSS, CSN e CPRO é assimétrica e não revela a natureza das Cooperações (CAPES, 2014a). A arrojada reestruturação, prevista a partir do Decreto nº 7.692, não foi completamente implementada, haja vista o estabelecimento do Programa Ciência sem Fronteiras. Contudo, a CGCI/CGPR iniciou um processo de nova organização para melhor distribuição de suas atribuições, com a Coordenação de Europa Ocidental, Coordenação de América do Norte, Europa Oriental e do Norte e Ásia e Coordenação de América Latina, África e Multinacional.

atividades relacionadas à realização de eventos (seminários, workshops científicos, dentre outros), implantação de cursos de pós-graduação brasileiros no exterior e fomento à vinda de renomados pesquisadores estrangeiros para a oferta de cursos monográficos nas Instituições de Ensino Superior brasileiras.

A partir da transformação da Capes em Coordenação, pelo Decreto n° 53.932/64, a instituição ganhou maior autonomia, dinamismo e mais atribuições, uma vez que passou a englobar também a Comissão Supervisora do Plano dos Institutos (Cosupi) e o Programa de Expansão do Ensino Tecnológico (Protec) e, com isso, cresceu o número de bolsas no exterior (CÓRDOVA, 2003).

Catorze anos depois, foi iniciado o primeiro programa de Cooperação Internacional da agência: o Programa Capes-Cofecub, de 1978. O Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária com o Brasil, em parceria com a Capes, tem o objetivo de estimular a formação de doutores e o aperfeiçoamento de docentes em todos os campos disciplinares. No programa, professores/pesquisadores brasileiros e franceses realizam projetos conjuntos de pesquisa científica de alto nível e contribuem para a criação de rede sólida de intercâmbios acadêmicos.

Outro programa de relevante destaque é o Programa de Estudantes Convênio de Pós- graduação (PEC-PG), que visa a incrementar a qualificação de professores universitários, pesquisadores, profissionais e graduados do ensino superior de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém Acordo de Cooperação Cultural e/ou Educacional. O programa prevê a concessão de bolsas de mestrado e doutorado em todas as áreas de conhecimento, desde que os países mantenham programas de pós-graduação que emitam diplomas com validade nacional. Iniciado em 1981, a iniciativa PEC-PG32 é uma parceria entre a Capes, o CNPq e o MRE, envolvendo países de quatro continentes.

Os programas de cooperação internacional sempre tiveram grande relevância na agência. A cooperação com a França, que teve início em 1978, evidencia seu êxito e confirma sua contribuição para a pós-graduação. O mesmo verificou-se com o PEC-PG e também com a cooperação implementada com a Alemanha.

32 Os países participantes do PEC-PG são: África: África do Sul, Angola, Argélia, Benin, Cabo Verde,

Camarões, Costa do Marfim, Egito, Gabão, Gana, Guiné Bissau, Marrocos, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Mali, Quênia, República Democrática do Congo, República do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Togo, Tunísia. América Latina e Caribe: Antígua - Barbuda, Argentina, Barbados, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai, Venezuela. Ásia e Oceania: China, Índia, Líbano, Síria, Tailândia, Timor-Leste.

Os primeiros acordos entre a Capes e a Alemanha foram estabelecidos em 1984 com o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (Daad). Naquele ano, foi lançado o primeiro programa bilateral conjunto: Intercâmbio Científico Brasil-Alemanha de Curta Duração (Missão de Curta Duração). No ano seguinte, teve início o Programa de Doutorado Capes/DAAD/CNPq, para concessão de bolsas de estudos naquele país a cidadãos brasileiros com elevado desempenho e qualificação acadêmica, em todas as áreas do conhecimento. O benefício abrange, inclusive, capacitação no idioma in loco. Em 1994, foi criado o Programa de Projetos Conjuntos de Pesquisadores Brasileiros e Alemães (Probral), cujo objetivo era intensificar a cooperação universitária mediante a mobilidade de docentes, pesquisadores e estudantes de pós-graduação nas modalidades doutorado sanduíche e pós-doutorado. Em 2001, estabeleceu-se o primeiro programa de parcerias universitárias entre a Capes e o Daad – Capes/Unibral. O Capes/Unibral estimula a mobilidade de alunos e professores, focando especialmente o ensino de graduação, o reconhecimento recíproco de créditos, seminários, modernização curricular e propostas de dupla diplomação.

A parceria com a Comissão Fulbright, firmada em 1984, também merece destaque. Pelo acordo, a Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos da América e o Brasil instituíram um programa de cooperação com o fito de apoiar atividades educacionais e de pesquisa, em nível de pós-graduação, envolvendo professores universitários e pesquisadores brasileiros e americanos. A cooperação estabeleceu que as atividades seriam desenvolvidas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, por meio do financiamento de bolsas de pós-doutorado, especialização, bolsas para professores, intercâmbios institucionais, seminários e workshops. Nesses quase 30 anos de cooperação entre as duas instituições, várias foram as modalidades de bolsas e de pesquisas financiadas.

Ao longo dos 65 anos de existência da Capes, os programas de cooperação internacional se mantiveram atuantes e as ações se expandiram.33 As atividades da cooperação internacional da fundação podem ser enquadradas em cinco modalidades: projetos conjuntos de pesquisa, parcerias universitárias, projetos especiais, atividades isoladas e bolsas individuais.

O projeto conjunto de pesquisa é uma atividade científica desenvolvida em uma área de interesse mútuo entre uma equipe brasileira e uma estrangeira, que envolva um curso de pós-graduação em cada país. Seu objetivo é o desenvolvimento científico e a inovação do

33 A cooperação estabelecida com essas contrapartes foi sendo ampliada, estendida a outros parceiros nesses

países e também desenvolvida em outras localidades. A maior parte dessas cooperações mantém-se ativa desde então.

conhecimento em ambos os países, sendo a participação de estudantes requisito fundamental. A Capes, por meio desses programas, financia bolsas de estudos a brasileiros e, eventualmente, a estrangeiros, missões de trabalho de docentes e pesquisadores, além de oferecer recursos para custeio de atividades relacionadas à pesquisa. Os projetos são financiados de maneira simétrica, juntamente com as instituições parceiras no exterior, permitindo, assim, a intensificação do intercâmbio nos dois sentidos.

A parceria universitária é projeto científico desenvolvido por meio de associação em rede de cursos de graduação vinculados a uma universidade brasileira e a uma estrangeira, com o objetivo de viabilizar a aproximação entre as estruturas curriculares, reconhecendo mutuamente os créditos obtidos pelos estudantes. A participação desses estudantes na parceria é um requisito fundamental para o financiamento.

O projeto especial visa à indução de uma parceria científica para atender uma demanda específica/emergencial. Para o financiamento dessa modalidade de apoio, é essencial a manifestação de consultor ah doc por meio de parecer atestando a necessidade e a legitimidade das ações. Os Programas Especiais são atividades que requerem flexibilização de procedimentos ou novas modalidades de cooperação, algumas vezes até de natureza assistencial, em consonância com a política externa brasileira, e destinam-se, principalmente, à Cooperação para o Desenvolvimento Internacional.

Com as atividades isoladas, busca-se apoiar atividades diversas, desde que destinadas ao cumprimento das competências da Cooperação. Nessa modalidade, podem ser acolhidas propostas para a realização de eventos, entrega de prêmios, implantação de cursos de pós- graduação brasileiros no exterior, projetos de diagnóstico, monitoramento e avaliação de programas.

A cooperação também opera com a concessão de bolsas individuais, nesse caso, com a existência de um parceiro externo que participa do fomento. A bolsa individual é um projeto científico desenvolvido por meio do financiamento de estudos no exterior, com o intuito de inserir a graduação e a pós-graduação brasileiras no contexto mundial. As modalidades de concessão são:

 estágio pós-doutoral no exterior;  doutorado pleno;

estágio de doutorando no exterior;  mestrado pleno;

 graduação sanduíche;  missão de curta duração.

Além dessas modalidades de bolsas individuais, merece destaque a concessão de apoio financeiro para cátedras. Nesse caso, contemplam-se notáveis pesquisadores, professores brasileiros sêniores e especialistas na área proposta pela IES de acolhimento para lecionar e pesquisar na instituição de destino, visando a promover maior aproximação e diálogo com o meio universitário local e a possibilitar o aprofundamento no conhecimento mútuo das respectivas sociedades e culturas e a maior divulgação da ciência brasileira. Atualmente, a Capes tem 12 programas de cátedras estabelecidas na Alemanha, Colômbia, EUA, Itália, Reino Unido, França e Portugal, em renomadas instituições como Oxford, Cambridge, Harvard e Sorbonne.

As bolsas individuais no país para a vinda de professores e pesquisadores visitantes também têm importante destaque nas atividades de cooperação internacional da Capes. Além de apoiar o processo de internacionalização das instituições brasileiras e possibilitar o acesso de um maior número de estudantes a cursos, seminários e palestras ministrados pelo convidado, sua atuação pode resultar em contribuições inovadoras para as IES e a pós- graduação brasileira.

Com esse mesmo intuito de trazer visitantes para as instituições brasileiras, foi estabelecida em 2006 a Escola de Altos Estudos. Esse projeto incentiva a vinda ao Brasil de professores e pesquisadores estrangeiros, preferencialmente laureados internacionalmente, buscando enriquecer os cursos de pós-graduação brasileiros e propiciar aos estudantes o contato com professores e pesquisadores estrangeiros de elevado conhecimento científico. Nessa modalidade, há o financiamento de um projeto para a vinda de acadêmico renomado com o aporte de até 150 mil reais para a realização de cursos monográficos, incluindo bolsa de disseminação de estudos para o(s) professor(es) convidado(s), recursos de custeio para a realização das atividades e também recursos de capital para aquisição de acervo bibliográfico. Autoridades de diferentes países e temáticas já participaram desse projeto e, devido ao seu alto impacto, são abertas vagas inclusive para o acompanhamento virtual dos cursos.

Globalmente, a cooperação internacional da Capes tem, hoje, parceria com 22 países34 – Alemanha, Argentina, Bélgica, Canadá, Colômbia, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França,

34 As parcerias e os projetos relativos ao CSF não foram aqui enumerados, uma vez que já foram anteriormente

citados. O número de parceiros no CSF é mais amplo, contudo, na maioria dos casos, os parceiros tradicionais de cooperação internacional são parceiros também no CSF. Todavia, há países como Haiti, Cuba,

Haiti, Holanda, Israel, Itália, Japão, México, Moçambique, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suécia, Timor-Leste e Uruguai. Estão ativos na agência, 95 programas em parcerias bilaterais com esses países ou em iniciativas multilaterais35, como é o caso do programa PEC-PG, já anteriormente mencionado. Desse total, 82 programas são bilaterais e apenas 13, multinacionais.36 Os programas multinacionais são realizados com o Mercosul e países de língua portuguesa; o PEC-PG engloba nações de quatro continentes e há ainda programas abertos a quaisquer países, como é o caso do Programa Geral de Cooperação Internacional (PGCI). Iniciativa bastante relevante no âmbito da cooperação internacional, o PGCI viabiliza a cooperação entre grupos de pesquisa de países com os quais a Capes não possui acordo específico. Os programas37 estão distribuídos conforme disposto no gráfico:

Moçambique e Timor-Leste, nos quais o Brasil atua na cooperação para o desenvolvimento internacional, o

que, portanto, não se enquadra no perfil da cooperação no âmbito do CSF.

35 Os programas desenvolvidos pela cooperação internacional da Capes são: i) Alemanha – 12 programas:

Doutorado Capes/Daad/CNPq; Auxílio de Curta Duração para Doutorandos Brasileiros; Humboldt; Intercâmbio Científico Brasil-Alemanha de Curta Duração; Probral, Unibral, Bragecrim; i-NoPa; Programa de Assistentes de Ensino de Língua Alemã para Projetos Institucionais (GTA), NoPa; Bragfost; Cátedra Brasil da Universidade de Münster –WWU; ii) Argentina – 4 programas: MINCyT; Centros Associados (CAPG); Centros Associados (CAFP); Probitec; iii) Bélgica – 1 programa: WBI; iv) Canadá – 2 programas: Mitacs e DFATD; v) Colômbia – 2 programas: Colciências e Cátedra Brasil – Professor Visitante Sênior na Colômbia; vi) Cuba – 2 programas: MES Docentes e MES Projetos; vii) Espanha – 3 programas: Capes/DGPU; Capes/Salamanca Prouni; MTur/Capes; viii) Estados Unidos – 17 programas: Capes/Fulbright Professor Assistente de Língua Portuguesa nos EUA (FLTA); Capes Fulbright MFA – Master of Fine Arts; Capes Fulbright Estágio de Doutorando; Capes Fulbright Estágio Pós-Doutoral; Capes Fulbright Professor/Pesquisador Visitante; Capes Fulbright Programa Nexus; Capes Fulbright Programa de Assistente de Ensino de Língua Inglesa para projetos Institucionais; Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa nos EUA (PDPI); Programa Capes/NIH; Capes/National Science Foundation – NSF; Programa Capes/Tamu; Capes/UT, Austin, Utep e MDACC; Programa Capes Cwru; Capes/Fipse; Cátedra Capes/Harvard; Cátedra Capes/ Universidade de Brown; Programa Cátedra Ruth Cardoso; ix) França – 6 programas: Brafitec; Capes/Brafagri; Cofecub; Capes/Embrapa/Agrópolis; PLI; Cátedra Capes/Sorbonne; x) Haiti – 1 programa: Pró-Haiti;xi) Holanda – 2 programas: Capes/Nuffic; Capes/BRANETEC; xii) Israel – 1 programa: Capes/Weizmann; xiii) Itália – 1 programas: Cátedra Capes/Universidade de Bolonha; xiv) Japão – 1 programa: Capes/JSPS; xv) México – 1 programa: Capes/SRE; xvi) Moçambique – 1 programa: UAB- Moçambique; xvii) Noruega – 1 programa: Capes/SIU; xviii) Portugal – 7 programas: FCT; Capes/IGC; Capes/INL; Mtur; PDPP, PLI) ; Cátedra Capes/CES de Ciências Sociais e Humanas; xix) Reino Unido – 11 programas (Programa Capes/Universidade de Nottingham Seleção de Projetos Conjuntos de Pesquisa em Drug Discovery; Doutorado Pleno em Cambridge; Programa de Ensino de Inglês como uma Língua Estrangeira; Programa Capes/Universidade de Dundee; Nottingham/Birmingham; Edital MTur/Capes; Programa Newton Fund – Institutional Links; Cátedra Anísio Teixeira; Cátedra Rio Branco/King’s College; Cátedra Rio Branco/Oxford; Cátedra Capes/Universidade de Cambridge; xx) Suécia – 1 programa: Capes/Stint; xxi) Timor-Leste – 1 programa: Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa no Timor- Leste – PQLP; xxii) Uruguai – 2 programas: Capes/Udelar Projetos; Capes/Udelar Docentes; xxiii) Programas Multinacionais – 15 programas: Math-Amsud; Stic-Amsud; PEC-PG, Programa Leitorado, PVE, Pro- mobilidade AULP (Países de Língua Portuguesa), PGCI, MERCOSUL (4 programas), Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, Escola de Altos Estudos, Capes-PIFC (Angola, Moçambique e Cabo Verde), Programa Estágio Pós-Doutoral PCTI 2014 – Parques Tecnológicos. Informações disponíveis em <www.capes.gov.br>. Acesso em: 23 maio 2015.

36 Dados disponíveis em: <www.capes.gov.br>. Acesso em: 27 maio 2015.

37 A existência de um maior número de programas não se reflete em número de projetos, parcerias ou bolsistas.

Há programas em que são lançados editais para apenas uma vaga como no caso das cátedras. Outros, como no caso do Master of Fine Arts nos EUA, são selecionados apenas dois bolsistas. Assim, a quantidade de programas por país não está diretamente relacionada ao montante de bolsistas ou projetos financiados, haja

Fonte: Microdados da Capes. Gráfico elaborado pela autora

Trinta e três dentre esses programas são referentes a projetos conjuntos de pesquisa. Como mencionado anteriormente, estavam vigentes, em 2014, 692 projetos conjuntos de pesquisa, merecendo destaque os seguintes programas: Capes-Cofecub (França), com 111 projetos ativos, Capes-FCT (Portugal), com 65 projetos, Capes-Myncit (Argentina), com 65 projetos, Capes-Udelar (Uruguai), com 49 projetos, Capes-Nuffic (Holanda), com 46 projetos, e Capes-Probral (Alemanha), com 45. Em 2014, os projetos conjuntos de pesquisa ativos estavam distribuídos da seguinte forma:

Tabela 2: Distribuição dos projetos conjuntos de pesquisa e das bolsas por país em 2014 País Projetos Bolsistas

Alemanha 77 130 Argentina 139 83 Bélgica 9 10 Canadá 6 5 Colômbia 9 6 vista que, como mencionado, há programas em que é concedida apenas uma bolsa e outros em que são

concedidas 8 bolsas dentro de um único projeto. No caso das parecerias universitárias, por exemplo, são selecionados em média, anualmente, 7 bolsistas por projeto, sendo que se aprovados 30 projetos em um certame, há o financiamento de mais de 800 bolsistas em um mesmo edital.

Espanha 27 69 Estados Unidos 7 14 França 121 211 Holanda 46 64 Israel 2 1 Japão 6 5 Multinacional 84 73 Noruega 8 9 Portugal 75 116 Reino Unido 7 - Suécia 20 12 Uruguai 49 32

Fonte de dados: Capes. Tabela elaborada pela autora

Em uma linha mais institucionalizada, a Capes, a partir de 2001, passou a atuar em parcerias universitárias que envolvem alunos de pós-graduação e de graduação. As parcerias seguem os mesmos princípios básicos dos projetos conjuntos de pesquisa, podendo ser consideradas uma etapa seguinte a estes, pois constroem interações mais permanentes entre as instituições participantes. Diferentemente dos projetos conjuntos, cujo enfoque é a pesquisa e a mobilidade de doutorandos e pós-doutorados, as parcerias são mais voltadas para a