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3. O MEGAEVENTO COPA DO MUNDO FIFA BRASIL 2014

3.3. O processo de escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo FIFA 2014

3.5.3. Os impactos sociais

A opção política do Brasil de sediar a Copa do Mundo FIFA 2014 trouxe inúmeros impactos também no âmbito social, seja em decorrência das mudanças implementadas na legislação brasileira, ou devido às diversas obras de intervenções urbanas nas 12 (doze) cidades-

85 FIFA ganha isenção de R$ 559 milhões para realizar a Copa do Mundo no Brasil. O Tempo, Belo Horizonte, 14

de setembro de 2012. Disponível em: <http://www.otempo.com.br/capa/economia/fifa-ganha-isen%C3%A7%C3%A 3o-de-r-559-milh%C3%B5es-para-realizar-copa-do-mundo-no-brasil-1.392270>. Acesso em: 18 de novembro de 2013.

sede, ou ainda na priorização do megaevento em detrimento da implementação de políticas públicas em diversas áreas da sociedade, percebemos que a sociedade brasileira sofreu de inúmeros modos, direta ou indiretamente, os impactos da Copa do Mundo FIFA 2014.

Assim, os impactos que ocorreram foram sentidos nas mais diversas áreas, como no direito à moradia adequada, nas relações de trabalho, na participação popular, na educação de crianças e adolescentes, no direito de ir e vir, nos direitos do consumidor, nas relações de livre concorrência comercial, no direito à livre obtenção de informações, entre diversas outras áreas impactadas com o fato de o Brasil ser sede do maior evento do futebol mundial.

Inicialmente, destacamos as diversas violações ao direito fundamental à moradia adequada que ocorreram em decorrência das obras destinadas a adaptar a infraestrutura das cidades-sede brasileiras. A ONG Anistia Internacional relatou a ocorrência de vários processos de remoções forçadas no Brasil em decorrência de obras ligadas à Copa do Mundo de 2014, com ações que violam de sobremaneira o direito à moradia adequada de milhares de cidadãos brasileiros, sobretudo a população mais pobre dos grandes centros urbanos nacionais. Segundo a organização:

Em 2012, projetos de infraestrutura urbana, muitos deles em preparação para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, resultaram na remoção forçada de diversas comunidades em todo o Brasil. As remoções foram realizadas sem que os moradores fossem informados de modo completo e oportuno sobre as propostas governamentais que afetariam suas comunidades. As autoridades tampouco estabeleceram um processo genuíno de negociação com as comunidades para estudar alternativas à remoção e, quando necessário, para oferecer a devida indenização compensatória ou moradias alternativas adequadas na mesma área. Em vez disso, as famílias foram levadas para áreas distantes em moradias inadequadas, geralmente com limitação de acesso a serviços básicos, em locais com graves problemas de segurança (ANISTIA INTERNACIONAL, 2013, p.55) 86.

No Capítulo anterior, ao dispor sobre os impactos sociais de megaeventos esportivos seus países-sede, destacamos o excludentes fenômenos da higienização social e da privatização dos espaços urbanos que foi destacado por Henri Lefrebvre (2001). Tais impactos são sofridos especialmente pelas famílias de baixa renda que residem em áreas que passam a ser apropriadas para a realização de tais eventos, e resulta na expulsão dessa população socialmente vulnerável para áreas mais afastadas das grandes cidades.

86 ANISTIA INTERNACIONAL. Informe 2013 – Anistia Internacional, O Estado dos Direitos Humanos no Mundo, 2103. Disponível em: <http://files.amnesty.org/air13/AmnestyInternational_AnnualReport2013_complete_

Se podemos dizer que tal fenômeno ocorre internacionalmente nas sedes de eventos como as Olimpíadas ou a Copa do Mundo FIFA, no Brasil ocorreria da mesma forma.

Em 04 de março de 2013, durante a 22ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, foi apresentada à entidade uma queixa formal pela Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP),87 em parceria com as ONGs Conectas, Rede Jubileu Sul e

Wittness, com relação às inúmeras violações ao direito à moradia no Brasil relacionadas às intervenções urbanas realizadas pelo governo com o objetivo de adequar a infraestrutura nacional para a Copa do Mundo de 201488.

Em cada uma das localidades-sede brasileiras, as diversas obras de infraestrutura, especialmente os projetos de mobilidade urbana, em posturas arbitrárias e higienistas, buscam remover comunidades inteiras que estão localizadas em áreas centrais desses centros urbanos, e enviá-las para a periferia distante que não conta com muitos dos serviços públicos aos quais elas têm acesso.

No documento apresentado à ONU89 pelas aludidas organizações, consta que em

Fortaleza, mais de 3.500 (três mil e quinhentas) famílias serão afetadas com a ampliação da Via Expressa e da construção do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) Parangaba/Mucuripe, obra a ser construída situadas ao longo da via férrea cargueira já existente na cidade e que percorre 22 (vinte e dois) bairros e várias comunidades da capital, incluindo as comunidades Trilha do Senhor, Dom Oscar Romero, São Vicente, Rio Pardo, Canos, Jangadeiros, João XXIII e Aldaci Barbosa.

O documento apresenta também os impactos em outras cidades-sede, como Natal, onde a construção do novo aeroporto internacional, pode remover cerca de 345 (trezentas e quarenta e cinco) famílias da comunidade Padre João Maria; São Paulo, onde estima-se que serão desalojadas mais de 50.000 (cinquenta mil) famílias com as obras de mobilidade urbana; Porto Alegre, onde cerca de 10.000 (dez mil) grupos familiares podem ser atingidos pelas obras de

87 A ANCOP reúne comitês de cada uma das 12 (doze) cidades-sede da Copa do Mundo FIFA 2014. Cada um desses

comitês agrega acadêmicos, membros de movimentos sociais e de entidades da sociedade civil que lutam contra as violação de direitos humanos decorrentes das obras de preparação para o megaevento de 2014. PORTAL POPULAR DA COPA. Articulação Nacional. Disponível em: <http://www.portalpopulardacopa.org.br/index.php? option=com_content&view=article&id=366&Itemid=279>. Acesso em: 19 de novembro de 2013.

88COPA pode provocar despejo de 250 mil pessoas, afirmam ONGs. BBC Brasil, Genebra, 04 de março de 2013. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/06/130614_futebol_despejos_cm_bg.shtml>. Acesso em: 19 de novembro de 2013.

89 Disponível em: <http://www.abong.org.br/final/download/dossiemegaeventos.pdf>. Acesso em: 19 de novembro

ampliação do aeroporto Salgado Filho, da duplicação da Avenida Tronco e demais intervenções urbanas; Curitiba, cidade-sede na qual a implantação dos corredores de ônibus (BRTs), pode desapropriar de cerca de 250 (duzentas e cinquenta) casas, somando em torno de 1.000 (mil) pessoas afetadas; Belo Horizonte, cidade em que somente as obras do entorno do Anel Rodoviário podem remover mais de 3.100 (três mil e cem) famílias de suas casas90.

Além das citadas, inúmeras outras obras de infraestrutura que foram ou estão sendo implementadas pelo governo têm profundos impactos na vida de milhares de famílias brasileiras que vivem nessas áreas ameaçadas de remoção.

Nesse contexto, no dossiê apresentado nas Nações Unidas, estima-se que de 170.000 (cento e setenta mil) a 250.000 (duzentas e cinquenta mil) pessoas seriam afetadas pelas remoções ligadas às obras da Copa do Mundo FIFA 2014. No evento foi apresentado o Relatório Anual91 feito pela Relatora Especial Raquel Rolnik, no qual a professora solicitou ao Banco

Mundial que em suas políticas evitasse o seu envolvimento com projetos que pudessem violar o direito à moradia adequada das comunidades periféricas espalhadas pelo mundo. Na ocasião também foi feito um interessante discurso por representantes das ONGs que apresentaram o relatório. Dele destacamos um trecho:

[...] Isto não é novo para este Conselho. A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa, já submeteu denúncias para a Relatoria especial e o UPR. Estas denúncias serviram de bases para:

a) Resolução 13/2010 sobre Megaeventos e direito a Moradia;

b) Duas cartas sobre o tema (em 2011 e 2012) da Relatoria Especial para o Governo do Brasileiro, sem que este respondesse satisfatoriamente;

c) Recomendações específicas deste conselho ao governo do Brasil durante seu encontro de maio de 2012.

Dado o silêncio do Governo Brasileiro, com a iminência da Copa das Confederações e a quase um ano da Copa do Mundo, tememos que os abusos aos direitos humanos possam se agravar no Brasil, enquanto aumenta a violência das remoções forçadas.

Excelências,

Nós imploramos a este conselho que diga ao Governo Brasileiro que PARE

IMEDIATAMENTE as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetas,

90 PORTAL POPULAR DA COPA. Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil. Disponível em: <http://www.portalpopulardacopa.org.br/index.php?option=com_k2&view=item&task=download&id=28>. Acesso em: 19 de novembro de 2013.

91 UNITED NATIONS. General Assembly – Human Rights Council. 2013 Report of the Special Rapporteur on adequate housing as a component of the right to an adequate standard of living, and on the right to non- discrimination in this context, Raquel Rolnik. (NAÇÕES UNIDAS, Assembleia Geral – Conselho de Direitos Humanos. Informe da Relatora Especial sobre moradia adequada como elemento integrante do direito a um nível de vida adequado e sobre o direito de não discriminação a esse respeito, Sra. Raquel Rolnik, tradução livre). Disponível em: < http://daccess-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/N13/421/84/PDF/N1342184.pdf?OpenElement >. Acesso em: 19 de novembro de 2013.

crie um Plano Nacional de Reparações às remoções forçadas e um protocolo que garante os direitos humanos em caso de remoções causadas por projetos ligados a Mega Projetos, e à Copa do Mundo e Olimpíadas. (ONU, 2013) (Grifos nossos)

Como podemos perceber, apesar das iniciativas oficiais de organismos do porte das Nações Unidas, tais projetos avançam e podem acarretar os mais nefastos impactos na vidas de cada uma das famílias que foram, estão sendo ou serão atingidas por essas obras. Ocorre que, para além de iniciativas oficiais como estas, o importante processo de resistência popular contra a violação dos direitos humanos decorrentes desses projetos urbanos ocorre com a atuação das próprias comunidades, que se organizam, lutam e resistem contra esses opressores processos de remoção.

Neste ponto, destacamos a importância do Movimento de Luta e Defesa por Moradia (MLDM), movimento junto ao qual militamos como membros do Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária. O MLDM é um movimento através do qual os moradores de diversas comunidades da cidade-sede Fortaleza resistem aos impactos decorrentes das obras de mobilidade urbana na cidade. O importante processo de resistência feito pelo referido movimento permitiu a mitigação de vários dos impactos sociais causados pelas obras do VLT na cidade, tendo sido um importante papel na resistência popular e na organização do povo pela luta pela efetivação de seus direitos. Interessante foi a análise feita por Marcos Araújo (2013) sobre o tema92.

Além do direito à moradia, diversos outros impactos sociais estão envolvidos no fato de o Brasil ser sede da Copa do Mundo FIFA 2014. A Lei nº 12.663, conhecida popularmente por “Lei Geral da Copa”, ao conferir a mencionada proteção econômica às empresas parceiras da FIFA na realização do evento, estabeleceu o raio de 2 km (dois quilômetros) a partir dos locais oficiais de competição, limite dentro do qual não seria possível a concorrência com as marcas patrocinadoras do evento.

Tal fato viola as regras da livre concorrência, que é um princípio que rege as atividades econômicas no Brasil, de modo que durante a ocorrência do megaevento FIFA no país haja, no interior de um determinado limite, a exclusividade do fornecimento dos produtos das empresas que patrocinam a Copa do Mundo. Isso garante para essas poderosas empresas a certeza de que

92 ARAÚJO, Marcos Felipe de Freitas. A experiência de resistência do Movimento de Luta e Defesa da Moradia

(MLDM). O processo de participação popular na luta contra a remoção forçada em massa. Em: Daqui não saio, daqui ninguém me tira: direito à cidade e direito à moradia no contexto da copa do mundo de 2014 da FIFA em Fortaleza e o Movimento de Luta em Defesa da Moradia (MLDM). UFC, 2013. Disponível em: <http://www.repositoriobib.ufc.br/00000F/00000F60.pdf>. Acesso em: 19 de novembro de 2013.

naquele “perímetro FIFA” ocorra a eliminação da concorrência em seu favor. Além disso, a FIFA estabelece que nos estádios que passam a seu controle durante os jogos do Mundial, bem como nos locais reservados aos FIFA Fan Fests93, a comercialização exclusiva de seus produtos e de

seus parceiros comerciais.

Os privilégios comerciais conferidos à FIFA, além de repercutirem no comércio que se desenvolve no referido perímetro, afeta o trabalho de muitos brasileiros que vivem do comércio informal nas grandes metrópoles brasileiras. Essas repercussões atingem até mesmo o âmbito da cultura local, com o citado caso da venda do acarajé na cidade-sede de Salvador94, onde as

tradicionais baianas foram inicialmente impedidas de comercializar livremente o produto pelo fato de tal conduta violar os direitos comerciais do McDonald’s, empresa detentora dos direitos de comercialização de alimentos no perímetro-FIFA.

As razões que levaram a FIFA ao determinar ao Brasil que assegurasse a exclusividade da comercialização de produtos no Mundial de 2014 estão diretamente relacionadas aos altos valores a ela fornecidos pelas empresas patrocinadoras do evento, atitude que confere à FIFA a obtenção de lucros cada vez maiores a cada edição do evento. Explicitando os motivos pelos quais impôs que o governo brasileiro essas garantias de proteção comercial, a FIFA dispõe95:

Além de comprometer a integridade da Copa do Mundo da FIFA e do respectivo programa de marketing, o uso não autorizado das Marcas Oficiais põe em risco os interesses da comunidade do futebol mundial. Os Parceiros Comerciais da FIFA só investirão na Copa do Mundo da FIFA 2014 se tiverem a exclusividade de uso das Marcas Oficiais e de associação comercial à Competição. Se fosse possível a qualquer pessoa utilizar as Marcas Oficiais gratuitamente e/ou criar uma associação com a Copa do Mundo FIFA 2014, não haveria motivos para se tornar um Parceiro Comercial. Isso

93 Os FIFA Fan Fests são estruturas montadas nas cidades-sede com o objetivo de reunir espectadores para assistir os

jogos oficiais dos eventos FIFA. Segundo organização, os Fan Fests serão realizados, financiados e organizados conjuntamente pela FIFA, o COL e cada uma das Sedes, com o apoio da TV Globo, a empresa de mídia oficial da FIFA na Copa do Mundo da FIFA 2014. FIFA. Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 – FIFA Fan Fest – Manual de

Evento. Disponível em: <http://www.sebrae2014.com.br/Sebrae../Sebrae%202014/manual_operacional_fifa _fan_fest.pdf>. Acesso em: 18 de novembro de 2013.

94 Em outubro de 2012, a FIFA proibiu a venda de acarajé no perímetro de proteção comercial a ela garantido no

entorno do Estádio Fonte Nova, em Salvador (BA). No entanto, após intensa pressão popular, após a organização perceber os prejuízos e o desgaste que poderiam advir com a manutenção de tal postura, em junho de 2013, às vésperas da Copa das Confederações FIFA 2013, a entidade permitiu a venda em quiosques nos arredores do estádio. A “POLÊMICA do acarajé” e as prerrogativas da FIFA. Portal 2014. 07 de novembro de 2012. Disponível em: <http://www.portal2014.org.br/noticias/11008/A+POLEMICA+DO+ACARAJE+E+AS+PRERROGATIVAS+ DA+FIFA.html>. Acesso em: 18 de novembro de 2013.

95 FIFA. Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. Diretrizes Públicas – Marcas Oficiais da FIFA. Disponível em:

<http://pt.fifa.com/mm/document/affederation/marketing/01/37/85/97/2014_fifapublicguidelines_por_04102013_por tuguese.pdf>. Acesso em: 18 de novembro de 2013.

significaria que a FIFA não poderia indicar Parceiros Comerciais e, consequentemente, não conseguiria garantir o financiamento da Copa do Mundo da FIFA. (FIFA, 2013).

As diversas restrições comerciais também tiveram repercussões em diversas outras áreas da sociedade brasileira, na medida que os trabalhadores que têm sua fonte de renda assegurada no comércio informal passam a ser impedidos de comercializar livremente produtos como camisetas, bonés, chaveiros ou bolas de futebol ou quaisquer outros que contivessem qualquer marca ou símbolo que os relacionasse ao evento FIFA, o que, na prática, também representou a seletividade do consumo da marca “Copa do Mundo FIFA”, na medida que somente poderiam legalmente usar os produtos com a aludida marca aqueles que pudessem pagar os elevados valores exigidos pelos produtos oficiais, muitas vezes inacessíveis à maioria dos brasileiros, corroborando mais uma vez o aspecto elitista do evento.

Outros impactos no âmbito social da realização em solo brasileiro da Copa do Mundo FIFA se referem aos ajustes que tiveram que ser implementados nos calendários letivos de milhões de estudantes brasileiros, de modo que, no período do megaevento já estivessem no período de férias. Dessa forma, o evento FIFA passou a interferir até mesmo nos processos de aprendizagem de crianças e adolescentes brasileiros, que passaram a ter que adaptar sua rotina escolar para se tornarem potenciais consumidores do megaevento FIFA e dos inúmero produtos a ele vinculados.

Assim, percebemos o quanto o maior evento do futebol mundial pode ser prejudicial à população brasileira que vive em cada um dos “palcos” desse espetáculo espalhados por todo o país, que o revelam, em cada um desses inúmeros impactos, como um acontecimento bastante antidemocrático, excludente e segregador.

Nos propomos a aprofundar outras interferências do megaevento Copa do Mundo FIFA 2014 na soberania, no direito, e na sociedade brasileira no próximo Capítulo, no qual analisaremos os principais efeitos que a Lei Geral da Copa, ao buscar legitimar a ocorrência de um verdadeiro estado de exceção, repercutiu das mais diferentes formas na independência nacional, com sérias consequências na política, no ordenamento jurídico e na vida cotidiana do povo brasileiro.

4. A LEI GERAL DA COPA E SEUS IMPACTOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO E

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