• Nenhum resultado encontrado

Instalado e a Jóia do Past Master

No documento o Simbolismo Na Maçonaria- Colin Dyer (páginas 172-176)

Sobre o avental de um Irmão que tenha sido instalado na Cadeira da Loja, no lugar das rosetas, estão colocados alguns ornamentos que, por algum motivo, são chamados de "Níveis". J. S. M. Ward, em sua obra Interpretation our Masonic Symbols, diz que não podem ser Níveis, e os vê como três letras "Tau" (19ª letra do alfabeto grego) lembrando a régua- T do Arquiteto. Como o Mestre da Loja está na posição de Arquiteto, ele considera esse ornamento bastante apropriado. Um relance sobre o Livro das Constituições, no qual consta uma descrição do Avental a ser envergado pelos Mestres e Past Masters da Loja, teria esclarecido que aquele ornamento é composto de "linhas perpendiculares sobre linhas horizontais, formando assim três separados conjuntos, cada um com dois ângulos retos". Essa descrição assim permaneceu desde quando foi introduzida em 1814, e parece refletir o costume da época na História maçônica em que se prestava especial reverência à habilidade de levantar uma perpendicular. (A mesma descrição aparece na Constituição da Grande Loja da Escócia, com o seguinte acréscimo: "imitando um rudimentar Nível", que é, sem dúvida, o motivo pelo qual o ornamento é assim chamado). É desse mesmo período que datam os passos regulares e esses, se cuidadosamente executados a partir da posição descrita nos documentos da época, produzem

exatamente o mesmo efeito. Essa habilidade na criação de ângulos retos foi, desde há muito tempo, considerado segredo maçônico e há uma escola de pensamento que acredita que esta habilidade, que requer três medidas separadas, era o segredo perdido com a morte de Riram Abiff e que o desenvolvimento ocorrido no último quarto do século XVIII introduziu as mudanças que perduram até os nossos dias. Com a confusão reinante, sobre o mesmo assunto, sobre o status do Mestre Maçam e o Mestre da Loja - antes havia tanto acerca da Instalação quanto hoje na Inglaterra a reafirmação da habilidade de formar um ângulo reto como Símbolo do status de um Mestre instalado parece bastante apropriado.

No mesmo livro, Ward faz referência ao que dispõe a 47ª Proposição de Euclides que, na Inglaterra, é a Jóia distintiva do Past Master. Esta é peculiar à Constituição Inglesa e a algumas outras Constituições que devem a sua formação à Inglaterra. No entanto, ela não é encontrada em muitas das antigas Obediências. Essa proposta tem também uma especial referência a um ângulo reto, em relação ao triângulo e está entre os mais antigos ornamentos formais ligados à Grande Loja da Inglaterra - ela apareceu no frontispício do Livro de Constituições de 1723, que também comentava, nas páginas 20 e 21: "Mas o seu aluno, o grande Pitágoras, foi o autor da 47ª Proposição de Euclides do primeiro livro que, se cuidadosamente observado, é o Fundamento de toda a Maçonaria, sagrada, civil e militar". A ligação com Pitágoras foi suficiente para tomá-la aceitável como um Emblema maçônico, embora existam diversos exemplos de pessoas preocupadas com as mudanças introduzi das em 1814, e mais tarde, remontando às Constituições de Anderson em busca de inspiração. Em relação a esta questão, assim escreve Ward:

Na época medieval, um dos mais preciosos segredos da construção era como deveria ser diagramada a sua planta baixa, e a chave disso era o uso correto do triângulo reto. Como construir um triângulo reto e, depois, como usá-la, era um segredo ciosamente guardado pelo Mestre construtor e, embora saibamos como fazê-la, por constatar a sua simplicidade, ao artesão mais ignorante aquilo devia constituir um completo e absoluto mistério. Nas Lojas Operativas ainda existentes, os seus integrantes são informados que era este o Segredo que os vilões queriam descobrir e que, naqueles dias, estava oculto no uso das três hastes: uma com três côvados de comprimento, uma com quatro côvados e uma com cinco côvados. Essas hastes eram a Insígnia do Oficio dos três Grão-Mestres e, quando colocadas juntas sob a forma de um triângulo reto no centro de uma área sobre a qual o edifício seria erguido, os três Mestres podiam projetar uma construção.

Aqui também se observa certa confusão entre o que era considerado um trabalho de Mestre Maçam e o ornamento de um Mestre instalado, considerando o posterior desenvolvimento da instalação como um rito completo. Ward também menciona que, na Constituição escocesa, o Past Master traz a letra "G" como parte de sua jóia. Nas antigas Tábuas de Delinear do Terceiro Grau na Inglaterra, também podemos encontrar a letra "G" - e esta tem uma explicação diferente da Tábua de Delinear do Segundo Grau. As antigas preleções nos dizem que se trata de uma referência àqueles artesãos em pedra especialmente capazes, conhecidos no Templo pelo nome de Ghiblim, homens vindos de Gebal ou Ghebal e algumas vezes traduzido por "perfeito pedreiro" ("Excelente Maçam") - aqui, mais uma vez, uma referência à especialidade de ser hábil no trabalho com quadrados .. Esta letra "G" na antiga prática inglesa vem a ser uma parte essencial do Terceiro Grau mas ela desaparece das Tábuas de Delinear do Terceiro Grau após a União de 1813, apesar do fato de que os Ghiblim são mencionados nas Constituições de 1723.

Os Colares (ou Cordões)

J. S. M. Ward também tinha conceitos especulativos acerca dos Colares dos oficiais:

O colar é um tipo de canga como aquela usada nos cavalos e denota "serviço". "Ponha o meu colar sobre vós", poderia muito bem ser dito pelo Mestre da Loja ao investir cada um de seus oficiais. Essencialmente, ele nos ensina a dignidade do serviço e, claramente, mostra ser uma grande honra o privilégio de poder servir os nossos Irmãos... Existem muitas referências à outorga de um "colar de honra" na Bíblia, como também em documentos babilônicos, em outros registros orientais, e praticamente em todos os casos em que esses "colares" eram outorgados por valorosos serviços prestados. Assim, vemos que o colar, histórica e simbolicamente, denota a recompensa por serviço

Os Instrumentos

No documento o Simbolismo Na Maçonaria- Colin Dyer (páginas 172-176)