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Longitude pelo m´etodo telegr´afico

3.4 Os observat´orios portugueses: 1860–1869

3.5.3 Longitude pelo m´etodo telegr´afico

A diferen¸ca de longitude, ∆L, entre duas localiza¸c˜oes, A e B, ´e igual ao menor intervalo de tempo em que uma estrela passa sucessivamente pelos meridianos de A e B. Supondo que

A se localiza a leste de B, um observador localizado em A observa a passagem meridiana

da estrela de referˆencia antes de um observador localizado em B. Se o observador localizado em B souber o instante da passagem da estrela pelo meridiano de A, pode medir no seu rel´ogio o tempo local de B deste evento, tr

BA. Quando a estrela passa pelo meridiano de B o

250

Sandage, Tom: The Victorian Internet. Phoenix. 2003.

251

Br¨unnow, M. F.: Trait´e d’Astronomie Sph´erique et d’astronomie pratique - 1er partie. Gauthier-Villars. 1869.

252

observador a´ı localizado mede o tempo local correspondente, tr

BB⋆. A diferen¸ca de longitude

entre os dois locais ´e dada, para o observador localizado em B, por trBB

⋆= t

r

BA+ ∆L (3.1)

e, para o observador localizado em A, por trAB

⋆= t

r

AA⋆+ ∆L (3.2)

Na pr´atica, v´arios factores afectam o resultado anterior. Em particular a propaga¸c˜ao dos sinais el´ectricos n˜ao ´e instantˆanea, existindo por isso um atraso desconhecido ∆tAB na pro-

paga¸c˜ao do sinal de A para B. Ou seja, o observador localizado em B mede no seu rel´ogio um tempo, tmBA ⋆, superior a t r BA, tmBA ⋆ = t r BA+ ∆tAB

As equa¸c˜oes 3.1 e 3.2 escrevem-se ent˜ao como trBB ⋆ = t m BA⋆− ∆tAB+ ∆L (3.3) tmAB ⋆− ∆tBA= t r AA⋆+ ∆L (3.4)

Visto que o tempo de propaga¸c˜ao dos sinais el´ectricos se pode considerar o mesmo inde- pendentemente do sentido de transmiss˜ao do sinal, isto ´e, ∆tAB = ∆tBA ≡ ∆t, podemos

elimin´a-lo somando as equa¸c˜oes 3.3 e 3.4, trBB

⋆+ t

m

AB= tmBA+ trAA+ 2∆L (3.5)

e determinar a diferen¸ca de longitude ∆L supondo que tr

AA⋆ = t m AA⋆ e t r BB⋆ = t m BB⋆. A

subtrac¸c˜ao das equa¸c˜oes 3.3 e 3.4 permite determinar o tempo de propaga¸c˜ao do sinal entre os dois observadores, ∆t, a partir dos valores medidos

trBB− tmAB+ 2∆t = tmBA− trAA

Consideremos agora que os observadores localizados em A e B, tem tempos de reac¸c˜ao na medi¸c˜ao da passagem meridiana das estrela de trpA e trpB, respectivamente. Note-se que

os tempos de reac¸c˜ao podem tomar valores positivos ou negativos. O observador localizado em B vai medir os tempos, tm

BB⋆ e t

m

BA⋆ que se relacionam com os tempos reais atrav´es das

equa¸c˜oes tmBB ⋆ = t r BB⋆+ trpB, t m BA⋆ = t r BA⋆+ trpA+ ∆t

A inclus˜ao do tempo de reac¸c˜ao do observador A, trpA, nesta ´ultima equa¸c˜ao resulta de tmBA

corresponder ao instante medido em B quando a estrela transita no meridiano A, sendo a indica¸c˜ao do instante do trˆansito definida pelo observador localizado em A. As equa¸c˜oes 3.1 e 3.2 escrevem-se ent˜ao como

tmBB− trpB = trBA− trpA− ∆t + ∆L

tmAB− trpB− ∆t = tmAA− trpA+ ∆L

Somando estas equa¸c˜oes obtemos

Existindo a possibilidade de trocar os observadores entre as duas localiza¸c˜oes temos tmBB+ tmAB− 2trpA= trBA+ tmAA− 2trpB+ 2∆L

Somando estas duas ´ultimas equa¸c˜oes obtemos,

2tmBB+ 2tmAB = 2tmBA+ 2tmAA+ 4∆L

de onde se pode determinar a diferen¸ca da longitude, ∆L, entre as localiza¸c˜oes A e B in- dependentemente dos tempos de reac¸c˜ao dos observadores e do atraso devido `a velocidade de propaga¸c˜ao do sinal el´ectrico. Nesta dedu¸c˜ao estamos a assumir que o tempo de reac¸c˜ao dos observadores ´e constante e independente da sua localiza¸c˜ao geogr´afica, isto ´e, dos ins- trumentos utilizados na medi¸c˜ao. Hip´oteses que n˜ao s˜ao necessariamente verdadeiras. ´E, no entanto, poss´ıvel determinar de forma independente os tempos de reac¸c˜ao dos observadores e utilizar esses valores directamente na equa¸c˜ao 3.6.

As medi¸c˜oes podem ser ainda afectadas por erros instrumentais. Os cron´ometros, por exemplo, atrasam-se ou adiantam-se contudo se o seu passo, P, for constante e conhecido a diferen¸ca entre o tempo medido, tm, e real, tr, ´e dada por

tm− tr = P ∆t

em que ∆t corresponde ao intervalo de tempo decorrido entre a observa¸c˜ao e a ´ultima vez que o rel´ogio foi acertado. Nestas condi¸c˜oes o efeito instrumental dos cron´ometros pode ser eliminado. Por seu lado, os erros instrumentais dos aparelhos meridianos utilizados na medi¸c˜ao do instante da passagem meridiana das estrelas - colima¸c˜ao, erro de n´ıvel e erro azimutal - tˆem de ser corrigidos em cada observat´orio pelos m´etodos cl´assicos.

Foi esta abordagem que se utilizou nas determina¸c˜ao da diferen¸ca de longitudes entre os observat´orios ingleses de Cambridge e Greenwich efectuada em 1853. As medi¸c˜oes foram efectuadas em duas s´eries de 1 dia e tinham a dura¸c˜ao de 1 hora por dia. Esta hora era, por sua vez, dividida em 4 sec¸c˜oes de 15m ao fim de cada uma das quais o sentido de transmiss˜ao dos sinais era invertido. Da primeira para a segunda s´erie os observadores trocaram de Ob- servat´orio com vista a eliminarem a sua equa¸c˜ao pessoal.253 A poupan¸ca de tempo permitida

pelo m´etodo telegr´afico ´e not´oria com a vantagem acrescida deste ser simultaneamente mais preciso do que os m´etodos anteriormente utilizados.

Determina¸c˜ao telegr´afica das longitudes em Portugal

As primeiras experiˆencias de telegrafia el´ectrica em Portugal realizam-se no Porto, em 1853. Dois anos mais tarde o governo portuguˆes, atrav´es de Fontes Pereira de Melo, assina o contrato que atribu´ı ao fabricante francˆes Breguet a constru¸c˜ao das primeiras linhas e esta¸c˜oes telegr´aficas em territ´orio nacional. As primeiras linhas s˜ao inauguradas a 16 de Setembro de 1855. A rede tinha ent˜ao 32km de extens˜ao e ligava quatro esta¸c˜oes: Principal (Terreiro do Pa¸co), Cortes, Necessidades e Sintra. Em 1856 iniciou-se a constru¸c˜ao das linhas telegr´aficas de Lisboa ao Porto, de Lisboa a Elvas e de Lisboa a Santar´em. Inicialmente a utiliza¸c˜ao do servi¸co telegr´afico estava limitada a comunica¸c˜oes oficiais. O acesso de particulares `a rede foi apenas permitido pelo decreto de 20 de Junho de 1857.254 O servi¸co internacional ficou dispon´ıvel quando a linha de Elvas foi ligada `a rede espanhola a 26 de Mar¸co de 1857 embora

253

Airy, George Biddell: On the determination of the longitude of the observatory of Cambridge, by means of galvanic signals. Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, 13 1853b.

254

Alves, Jorge Fernandes e Vilela, Jos´e Lu´ıs: Jos´e Vitorino Dam´asio e a telegrafia el´ectrica em Portugal. Portugal Telecom. 1995.

na altura a linha Elvas-Lisboa ainda estivesse inacabada.255 A partir de 25 de Setembro de

1857 Lisboa fica finalmente ligada `a rede espanhola.256 A expans˜ao da rede prossegue nos anos seguintes. O mapa da figura 3.13 mostra a rede instalada em Junho de 1861 e algumas das linhas projectadas na altura.257 Outra indica¸c˜ao do desenvolvimento da rede telegr´afica nos seus primeiros anos pode ser obtida a partir da figura 3.14 a qual representa o n´umero de quil´ometros de linha telegr´afica existentes entre 1855 e 1870.258

Nas suas visitas europeias, enquanto acompanhante do Infante D. Pedro V, Filippe Folque teve a oportunidade de ver in loco o equipamento utilizado para determinar por via telegr´afica a diferen¸ca de longitude entre dois observat´orios. Relembramos que uma das primeiras de- termina¸c˜oes telegr´aficas de longitude em continente europeu envolveu os observat´orios de Greenwich e Bruxelas, sensivelmente na altura em que ambos s˜ao visitados por Folque em 1854.259 Ap´os a sua visita ao observat´orio de Greenwich, realizada no dia 17 de Junho de 1854, Folque escreve no seu di´ario,

ao lado desta Pendula havia um pequeno mostrador com um ponteiro, que recebe a hora do Observatorio de Paris, e por elle a transmittem de Greenwich para Paris tudo isto se for pelo apparelho electromagnetico; julgo que ha por estes que alem de determinarem as Longitudes Geographicas com uma exactid˜ao espantosa, se deduz tambem a velocidade do fluido ellectrico.260

De regresso a Portugal, Folque tenta, pelo menos desde Mar¸co de 1857, estabelecer uma liga¸c˜ao telegr´afica entre os observat´orios da Marinha e de Coimbra. Inten¸c˜ao que transmite `a Faculdade de Matem´atica da Universidade.261 Esta iniciativa n˜ao surtiu, por´em, qualquer efeito, visto que no relat´orio do estado do Observat´orio da Marinha, publicado em 1866, Folque, queixa-se de que

Estabelecidos pois n’este paiz os telegraphos electricos, nada mais facil que o determinar com pequena despeza as longitudes de todas as esta¸c˜oes telegraphicas; ha muito que temos fallado, e pedido para se levar a effeito este nosso utilissimo empenho; mas infelizmente tem-se-lhe opposto o terrivel embara¸co da falta de meios que ´as vezes sem ras˜ao nos obriga, como n’este caso, a andar na cauda das mais na¸c˜oes, e a sermos talvez os ultimos na adop¸c˜ao d’este importante e pouco despendioso melhoramento. Considerando tambem que as longitudes de quasi todos os observatorios da Europa se acham determinadas pelos processos electricos, resultando a grande vantagem de se tornarem communs as observa¸c˜oes feitas em cada um d’elles, n˜ao podemos portanto deixar de lamentar que, correspondendo-se Lisboa pelo fio electrico directamente e sem interrup¸c˜ao com Madrid, ainda n˜ao tenhamos determinado elec- tricamente a longitude do observatorio da Marinha, em rela¸c˜ao ao observatorio de Madrid, o

255

Roig, Sebasti´an Oliv´e: El Nacimiento de la Telecomunicaci´on en Espa˜na - El Cuerpo de Tel´egrafos (1854- 1868). !URL: www.coit.es/museo/laventan/bibliog/olive/libro1/indice.htm".

256

Alves, Jorge Fernandes e Vilela, Jos´e Lu´ıs: Jos´e Vitorino Dam´asio e a telegrafia el´ectrica em Portugal. Portugal Telecom. 1995.

257

Bettencourt, Emiliano Augusto de: Carta da rede telegraphica de Portugal no fim de Junho de 1861 . Lisboa: Lythographia da Imprensa Nacional. 1861.

258

ao estamos a incluir as linhas com fios duplos. Alves, Jorge Fernandes e Vilela, Jos´e Lu´ıs: Jos´e Vitorino Dam´asio e a telegrafia el´ectrica em Portugal. Portugal Telecom. 1995.

259

As opera¸c˜oes destinadas a esta determina¸c˜ao iniciaram-se em 25 de Novembro de 1853 e Airy encontrava- se a escrever o artigo do Monthly Notices of the Royal Astronomical Society em Agosto de 1854. Mailly, ´

Edouard: Notices biographiques. Annuaire de l’Acad´emie Royale des Sciences, des Lettres et des Beaux- Arts de Belgique, 41 1875; Airy, George Biddell: On the difference of Longitude between the Observatories of Brussels and Greenwich, as determined by Galvanic Signals. Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, 14 1854c.

260

Costa, Maria Clara Pereira da: Filipe Folque - O homem e a obra (1800-1874). Separata do n. 6 da Revista do Instituto Geogr´afico e Cadastral. 1986.

261

Universidade de Coimbra. Faculdade de Matem´atica: Actas da Congrega¸c˜ao da Faculdade de Mathematica, vol. 3 . 1852 - 1857, Acta de 12 de Mar¸co de 1857.

1855 1856 1857 1858 1859 1860 1861 1862 1863 1864 1865 1866 1867 1868 1869 1870 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500

Extensão da linha telegráfica (km)

Ano

Figura 3.14: Varia¸c˜ao da extens˜ao da rede telegr´afica portuguesa entre 1855 e 1870

qual j´a se acha ligado tambem electricamente com o de Paris, e por consequencia com todos os mais observatorios da Europa. Continuaremos pois a ser perseverantes em lembrar e pedir, e a nunca perdermos a esperan¸ca de um dia ocnseguir o que tanto desejˆamos.262

Note-se que Filippe Folque foi nomeado, em 1864, Director-geral dos Trabalhos Geod´esicos , Estat´ısticos, e de Pesos e Medidas pertencendo, portanto, ao Minist´erio das Obras P´ublicas, sob cuja tutela se encontrava a Direc¸c˜ao Geral dos Tel´egrafos.263

A perseveran¸ca de Filippe Folque finalmente deu frutos e, em 1867, o Observat´orio As- tron´omico de Coimbra estava

em communica¸c˜ao telegraphica directa com o observatorio da Marinha em Lisboa: [e] nelle se tem emprehendido uma serie de observa¸c˜oes com o fim de se determinar a differen¸ca da longitude dos dous observatorios.264

Das medi¸c˜oes efectuadas deduziu-se uma diferen¸ca de longitude entre os dois observat´orios igual a

λ= 2m 55, 50s+ z a Eeste do Obs. da Marinha de Lisboa

no qual z corresponderia a uma pequena correc¸c˜ao. Folque comparou o resultado obtido com a determina¸c˜ao geod´esica da diferen¸ca de longitude entre os observat´orios e, segundo afirma Sousa Pinto,

n˜ao achando os nossos resultados parciaes sufficientemente concordes, e numerosos para modifical-a, duvidou admittir a exactid˜ao do final; e por isso resolvemos proceder a novas series d’observac¸˜oes, que, por motivos estranhos ao desejo d’ambos, n˜ao chegaram a fazer-se.265

262

Folque, Fillipe: Relat´orio. Di´ario de Lisboa, 1866, Nr. 195.

263

Alves, Jorge Fernandes e Vilela, Jos´e Lu´ıs: Jos´e Vitorino Dam´asio e a telegrafia el´ectrica em Portugal. Portugal Telecom. 1995.

264

Universidade de Coimbra: Anu´ario da Universidade de Coimbra no Anno Lectivo de 1866 para 1867 . Imprensa da Universidade de Coimbra. 1867, p. 77.

265

Uma poss´ıvel justifica¸c˜ao para a discordˆancia poder´a advir do facto de que

a pouca for¸ca dos instrumentos respectivos exige em n´umero consideravel [de medi¸c˜oes], para a compensa¸c˜ao dos erros das pˆendulas.266

O m´etodo telegr´afico apesar de f´acil execu¸c˜ao te´orica n˜ao deixava, no entanto, de ter na pr´atica, como vimos, as suas complica¸c˜oes. Por exemplo, as tentativas de determinar a diferen¸ca de longitude entre os observat´orios noruegueses de Horten e da Universidade de Oslo

were thwarted by broken lines, noisy signals and other operational difficulties. Repeated tests in 1855 and 1858 revealed variable time delays and changing observation precision.267

A diferen¸ca de longitude entre os dois observat´orios s´o foi determinada ap´os uma nova s´erie observa¸c˜oes executada entre Mar¸co e Julho de 1859.268

E, se em 1867, Sousa Pinto escreve

Melhores observa¸c˜oes, e methodos mais exactos confirmar˜ao ou aperfei¸coar˜ao os resultados que achamos, se este estabelecimento fˆor dotado com um circular meridiano da classe dos que hoje existem nos bons observatorios, como exigem o credito da Universidade; e se os Observatorios de Lisboa e Coimbra, que j´a est˜ao ligados entre si se communicarem com o de Madrid pelo fio electrico269

fazendo eco das palavras de Filippe Folque ser´a, contudo, a ocorrˆencia de um eclipse que, tal como acontecera em Espanha em 1860, vai permitir a primeira determina¸c˜ao telegr´afica de uma diferen¸ca de longitudes efectuada em Portugal. No final de 1870 foi estabelecida uma liga¸c˜ao telegr´afica entre o Observat´orio da Tapada da Ajuda e a esta¸c˜ao de Santo Ant´onio, junto a Tavira, onde estava localizada a comiss˜ao encarregada de observar o eclipse de 22 de Dezembro de 1870 .270 As observa¸c˜oes, compara¸c˜oes e redu¸c˜oes s˜ao, posteriormente, efectua- das embora o resultado nunca tenha sido publicado.271 A primeira determina¸c˜ao internacional

de uma diferen¸ca de longitude envolvendo Portugal s´o acontecer´a anos mais tarde. Em 1878 e 1879 o United States Hydrographic Office estava interessado em determinar a longitude dos portos da costa este da Am´erica do Sul. Aproveitando os cabos telegr´aficos recentemente instalados entre a Europa e a Am´erica do Sul mediram-se tamb´em as diferen¸cas de longitude entre alguns pontos do continente europeu e os portos sul-americanos. Determinou-se, assim, que o Observat´orio da Tapada da Ajuda se localizava a 36m 44, 68s a Oeste de Greenwich.272

266

Pinto, Rodrigo Ribeiro de Sousa: Posi¸c˜ao Geographica do Observatorio Astronomico da Universidade de Coimbra. Imprensa da Universidade de Coimbra. 1867d.

267

Pettersen, B. R.: The Norwegian Naval Observatories. Journal of Astronomical History and Heritage, 10 Julho 2007.

268

Ibidem

269

Pinto, Rodrigo Ribeiro de Sousa: Posi¸c˜ao Geographica do Observatorio Astronomico da Universidade de Coimbra. Imprensa da Universidade de Coimbra. 1867d.

270

Folque, Fillipe: Relatorio dos trabalhos executados n’esta Direc¸c˜ao durante o ano de 1870 / Direc¸c˜ao Geral dos Trabalhos Geod´esicos, Topograficos, Hidrogr´aficos e Geol´ogicos do Reino. Lisboa: Imprensa Nacional. 1872.

271

Ibidem; Folque, Fillipe: Relatorio dos trabalhos executados n’esta Direc¸c˜ao durante o ano de 1871 / Direc¸c˜ao Geral dos Trabalhos Geod´esicos, Topograficos, Hidrogr´aficos e Geol´ogicos do Reino. Lisboa: Imprensa Nacio- nal. 1873

272

Oscar Wilde

4

O eclipse solar de 22 Dezembro de 1870

A faixa de totalidade do eclipse solar de 22 de Dezembro de 1870 intersectou o Sul de Portugal continental (figura 4.1).1 Os cientistas nacionais aproveitaram esta oportunidade para reali- zarem, com patroc´ınio governamental, uma expedi¸c˜ao intra-muros e tomarem, pela primeira vez, contacto com as novas t´ecnicas da fotografia e espectroscopia astron´omica.2

Figura 4.1: Faixa de totalidade do eclipse solar de 22 de Dezembro de 1870 calculado pelo Nautical Almanac Office (Hind, 1870)