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Ao longo da história, a imprensa consolidou-se como um ator fundamental para as democracias contemporâneas e para a garantia dos direitos humanos. De um ponto de vista bastante presente no senso comum, a mídia seria importante por possuir enorme capacidade de influenciar (e muitas vezes manipular) a opinião pública. Os meios de comunicação seriam, assim, vistos como uma fonte direta de poder.

De outro ponto de vista, a ideia de que a cobertura da mídia sobre temas de interesse social é importante se baseia em alguns aspectos, não necessariamente consensuais, que são historicamente vinculados às funções e ao poder da imprensa em regimes democráticos, sendo eles: a capacidade de agendamento dos temas, a provisão de informação contextualizada e a fiscalização (watchdog) das instituições (ANDI, 2007). Juntos, estes aspectos convergem para a função mais relevante da mídia, que é possibilitar a inserção da sociedade no debate público sobre temas de seu interesse.

Embora o Brasil tenha avançado na área de CT&I, a sociedade civil não tem participado de maneira abrangente dos processos de discussão que tratam de políticas de Estado voltadas para o setor. Em geral, o debate sobre o tema tem ficado restrito aos fóruns acadêmicos e esferas governamentais, sem maior aderência dos cidadãos comuns, que não percebem os riscos dessa exclusão. Afinal, são eles, os cidadãos comuns, que sofrerão os efeitos das decisões tomadas por um grupo restrito de pesquisadores, empresários e tecnocratas da máquina governamental.

Em boa medida, esse distanciamento resulta da atuação deficiente da mídia, que não tem cumprido, integralmente, o papel social que lhe cabe na abordagem crítica dos benefícios e falhas presentes no modelo científico e tecnológico em curso. Conforme aponta Caldas

91 (1999), de uma maneira geral, os meios de comunicação de massa têm se restringido a divulgar os resultados da produção científica e tecnológica, sem, contudo, contextualizá-los com a realidade sócio-econômica nacional.

Nota-se, sobretudo, uma lacuna no que diz respeito à cobertura e análise sobre políticas públicas de CT&I, que muito raramente entram na pauta dos veículos de comunicação de massa. Ao adotar essa conduta, a mídia reduz as possibilidades de ampliar o debate sobre temas de interesse social, uma vez que a formação de uma agenda pública tem sido associada de maneira significativa à atuação cotidiana dos meios noticiosos. Conforme McCombs e Shaw (1971), na sociedade moderna os veículos de comunicação tem papel fundamental na definição dos temas que estarão no topo da lista de prioridades da população em geral e, mais especificamente, dos tomadores de decisão.

Em conseqüência da ação dos jornais, da televisão e dos outros meios de informação, o público sabe ou ignora, presta atenção ou escuta, realça ou negligencia elementos específicos dos cenários públicos. As pessoas têm tendência para incluir ou excluir dos seus próprios conhecimentos aquilo que os mass media incluem ou excluem do seu próprio conteúdo. Além disso, o público tende a atribuir àquilo que esse conteúdo inclui uma importância que reflete de perto a ênfase atribuída pelos mass media aos acontecimentos, aos problemas, às pessoas (SHAW, 1972. p.96).

Essa tendência do jornalismo nacional em restringir a cobertura sobres políticas de CT&I foi devidamente confirmada na mais recente pesquisa da área, divulgada em 2009 pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI). Num universo de 62 jornais brasileiros, abrangendo 2.599 textos sobre Ciência e Tecnologia publicados em 2007 e 2008, apenas 15,8% tratavam da discussão sobre políticas públicas para o setor. Os restantes 84,2% abordavam prioritariamente resultados de pesquisas ou avanços tecnológicos específicos, o que corroboara a análise que vem sendo feita por vários estudiosos da área.

O estudo revelou, ainda, que apenas 4% dos textos mencionam alguma estratégia de desenvolvimento; 3,8% estabelecem relação entre Ciência e o crescimento econômico; 0,2% evidenciam a contribuição da Ciência para a erradicação da pobreza; e que 0,9% estabelecem alguma conexão com a melhoria dos indicadores sociais. Em contrapartida, a

92 repercussão de pesquisas científicas específicas foi a pauta principal de 31,5% dos textos analisados, com destaque para a área de saúde, presente em 23% das matérias, que em sua maioria limitaram-se a veicular novas terapias, medicamentos e avanços na área médica.

A tendência do Jornalismo Científico em concentrar sua cobertura nos assuntos relacionados à saúde já havia sido constatada anteriormente por Massarani et all (2007), em pesquisa que analisou 12 jornais de nove países da América Latina. Em alguns casos, como dos jornais La Nacion (Argentina), La Nacion (Costa Rica), La Nacion, El nacional (Venezuela), La Jornada (México) e O Globo (Brasil), os textos relacionados a medicina variam de 29% a 57% do total analisado. Já as matérias que abordavam C&T de um modo geral oscilavam entre 0,9% a 9,4% nos periódicos eexaminados.

Ninguém discute a importância da saúde na lista dos interesses imediatos da população. Entretanto, não se pode relegar a segundo plano outros temas igualmente relevantes, cuja abordagem implica em políticas que geram impacto direto na sociedade. O caso da exploração de petróleo na camada do pré-sal, por exemplo, ilustra bem esse desequilíbrio. Concentrada na divisão dos futuros royalties, a discussão até agora ignorou os desdobramentos de ordem tecnológica e econômica. Como bem lembrou Leite (2008, p.6), o pré-sal virou solução para tudo, mas ignorando-se o custo do investimento, que será diretamente proporcional à complexidade tecnológica da operação. ―De onde vamos tirar os recursos antes de explorar o petróleo que está sob a camada de pré-sal?‖

O mesmo aconteceu em relação à 4ª Conferência Nacional de CT&I, realizada de 26 a 28 de maio de 2010, em Brasília. Destinada a analisar e debater os resultados do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional 2007-2010, que previa investimentos da ordem de R$ 41 bilhões no período, o evento foi ignorado pela grande imprensa. Sua inserção nos grandes jornais limitou-se a um anúncio de página inteira publicado pelo próprio MCT, promotor do evento, o que reduziu as informações a respeito do tema aos pontos de vista de um órgão do Governo.

93 Figura 1: propaganda do MCT sobre a 4ª CNCT&I

Fonte: O Globo, maio de 2010

Pouca gente ficou sabendo da importância do encontro para ampliar a participação da sociedade nas discussões sobre a expansão do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; a promoção da inovação tecnológica nas empresas; as ações visando pesquisa, desenvolvimento e inovação em áreas estratégicas bem como para o desenvolvimento social. Mais do que isso, o evento também destinava-se a formular uma política de Estado de longo prazo para o setor, o que certamente resultará em impactos na sociedade.

Mesmo assim, o caso foi tratado como um assunto menor, não sendo incluído na pauta dos grandes veículos, ficando restrito quase que apenas aos portais das agências financiadoras e nos órgãos públicos de comunicação. Os principais jornais do país preferiram destacar, em suas manchetes, a passagem da seleção brasileira por Brasília, em sua despedida para os jogos da Copa do Mundo. Para Caldas (2010), esse comportamento da mídia revela uma inequívoca falta de compreensão do papel estratégico da área para o país:

94 A sensação de que a mídia é mais percebida como coadjuvante e operacional no processo de popularização da CT&I ficou claro quando não foi chamada, em momento algum, como outras representações sociais, para a elaboração, em parceira com os cientistas, de propostas comuns de divulgação. Não deveria, portanto, causar estranheza a rala cobertura da mídia de uma Conferência que deveria ocupar as primeiras páginas dos jornais, emissoras de rádio, televisão, Internet, revistas. O que se viu, no entanto, da Conferência Nacional foi matéria paga, de página inteira nos principais jornais do país, sem merecer um único editorial. O informe publicitário intitulado "A Ciência brasileira melhora a sua vida e ajuda o Brasil a crescer" precisa ganhar espaço editorial para ser efetivamente apropriado pela sociedade. (CALDAS, 2010, on line)

Por outro lado, a autora destaca que, enquanto a mídia nacional praticamente ignorou a Conferência, a revista Nature, de junho, na seção News dedicou duas páginas à cobertura do evento, 674 e 675, com foto do presidente Lula. A reportagem, assinada por Anna Petherick, intitulada "High hopes for Brazilian science - As President Lula prepares to

leave office, researches expect thar innovation will invigorate the economoy", destaca o

otimismo do momento em relação à CT&I no país. De certa forma, o contraste entre as posturas das mídias nacional e internacional revela o descompasso da imprensa local em relação aos temas relacionados à CT&I.

Figura 2: reportagem publicada em junho de 2010 pela Nature

95 O que se percebe no Brasil é que a cobertura mais aprofundada sobre temas que vão além de uma descoberta científica geralmente está relacionada à emergência de debates públicos motivados por questões polêmicas e pontuais. Um exemplo foi a atenção dada às discussões sobre mudanças climáticas, que em 2007 estiveram entre os principais assuntos focalizados pela mídia em função dos relatórios divulgados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, reunindo dados de mais de 2,5 mil cientistas de diversos países.

Em 2008, foi a vez da biotecnologia ficar sob os holofotes da imprensa a partir do debate em torno da autorização de pesquisas com células tronco embrionárias. Após ampla polêmica, que envolveu inclusive questões religiosas, o Supremo Tribunal Federal, encarregado de julgar o caso, rejeitou uma ação direta de inconstitucionalidade contra o artigo 5º da Lei de Biossegurança, que permite o uso dessas células para fins de pesquisa e terapêuticos.

Passado o impacto inicial, porém, ambos os temas foram descartados pela imprensa, que passou a destacar novos assuntos com maior apelo midiático, repetindo o mesmo comportamento adotado em casos anteriores, como a produção de alimentos transgênicos no Brasil e a clonagem da ovelha Dolly, no Reino Unido. Ou seja: o assunto vale enquanto puder ser sustentado como espetáculo, pouco importando os direitos dos cidadãos, que na maior parte dos casos são tratados como analfabetos científicos sem condições de participar do debate.

Para Tuffani (2010), esse comportamento acrítico, que reduz o jornalista de ciência a mero tradutor da linguagem especializada dos cientistas, mostra que a grande reflexão levada a efeito por diversos autores nas duas últimas décadas (Burkett, 1989; Hernando, 1990; Caldas, 2010; Bueno, 2010) acerca do papel desse profissional de comunicação não ultrapassou o mundo acadêmico, tendo surtido pouquíssimos efeitos no jornalismo praticado pelos veículos de massa. A maioria ainda se enxerga na imagem forjada na década de 1930 por Willian Laurence, do New York Times, segundo a qual o jornalista científico seria uma espécie de Prometeu, pegando o fogo do Olimpo científico (laboratórios e universidades) para trazê-lo até embaixo, onde está o povo.

96 Totalmente ultrapassada nos dias de hoje, essa imagem do jornalista de Ciência, como um simplificador e transmissor da luz do conhecimento científico para o público incapaz de compreender a linguagem científica, predominou até a década de 1980, não apenas entre repórteres do setor, mas também entre os próprios cientistas. Conforme aponta Castelfranchi (2008), trata-se de uma visão ligada ao chamado modelo do déficit, em que:

a) a ciência é pensada (conscientemente ou não) como em certa medida autônoma em relação ao resto da sociedade, e "impermeável";

b) o público é visto como massa homogênea e passiva de pessoas caracterizadas por déficits, falhas, buracos cognitivos e informativos que devem ser preenchidos por uma espécie de transmissão de tipo "inoculador"; e

c) o processo comunicativo é tratado como substancialmente unidirecional, linear, "top-down": do complexo para o simples, de quem sabe para quem ignora, de quem produz conteúdos para quem é uma tabula rasa científica. A comunicação de C&T para o "público leigo" é, então, uma operação de simplificação em que, no caminho entre a ciência e a cabeça das pessoas, muita informação é sacrificada ou perdida, por causa da banalização operada pelo comunicador ou por uma parcial incompreensão devido às falhas culturais do receptor. (CASTELFRANCHI, 2008, p. 10-20)

Com o processo gradual de globalização, em que os fluxos de informação científica se fizeram mais rápidos e volumosos, o modelo do déficit tornou-se verdadeira peça de museu. Conforme observa Castelfranchi (2008), hoje em dia um bom jornalista científico não pode ser apenas um hábil cativador de audiências ou um mero tradutor de temas complexos para a linguagem ―comum‖. Além de relatar fatos, acontecimentos, descobertas e invenções, deve saber contextualizar as hipóteses, teorias, debates e dúvidas. Junto com dados, noções, termos, deve saber lidar com estórias e personagens, e com a história, a filosofia, a sociologia das ciências. Deve saber mostrar, indagar e comentar não só as ideias científicas, mas também os métodos e processos da Ciência.

E, além disso, o jornalista científico não pode abrir mão de sua responsabilidade. Seu papel, como o de qualquer jornalista (Kovach e Rosensteil, 2003), não é apenas entreter, nem apenas informar, nem, ainda, educar. Sua missão é também a de um watchdog: um ―cão de guarda da sociedade‖, capaz de latir para denunciar práticas incorretas e abusos, para ―catalisar‖ um debate informado sobre questões éticas levantadas por práticas científicas ou aplicações tecnológicas, para colocar nas pautas de debate público potenciais desencadeamentos suspeitos e ameaçadores no sistema de C&T ou em suas ligações com o sistema político, o aparato militar ou o mercado (CASTELFRANCHI, 2008, p.12)

97 Apesar dessas reflexões soarem corretas e sinalizarem para um comportamento ideal da prática jornalística, a realidade é que os jornalistas de Ciência no Brasil abriram mão da postura de ―cão de guarda‖ para assumirem sem nenhum constrangimento a condição de meros ―animadores de torcida‖ (EDITORIAL, NATURE, apud TUFFANI, 2010). Conforme analisa França (2005), para muitos jornalistas da área as reportagens de Ciência precisam ser bonitas, agradáveis e principalmente instrutivas, como se esses temas não envolvessem polêmicas.

Enquanto os repórteres de política e economia frequentemente vão além dos releases oficiais para comprovar a veracidade das notícias, os colegas de ciência se contentam com a informação autorizada, os papers (relatórios científicos), entrevistas coletivas e revistas especializadas. Enquanto as notícias de outras áreas são normalmente objeto de crítica, a ciência e a tecnologia são poupadas – até que ocorram acidentes trágicos. Se bons jornalistas são reconhecidos – e temidos – por suas análises críticas, no caso da ciência, a investigação e a crítica costumam passar longe (FRANÇA, 2005, p. 41)

Essa postura passiva e até certo ponto ingênua também é responsável por um dos vícios mais recorrentes no Jornalismo Científico praticado no Brasil, caracterizado pela ausência do contraditório, do contraponto, de uma outra versão para o mesmo fato. Em geral, a aura de verdade que emoldura a prática científica leva os repórteres a aceitarem releases ou

papers como documentos inquestionáveis, como se a Ciência fosse infalível por natureza e

os cientistas não tivessem de dar explicações à sociedade. Sociedade esta que, diga-se de passagem, é quem financia o trabalho da maior parte dos cientistas, uma vez que, no Brasil, ao contrário dos países desenvolvidos, a realização dessa atividade ainda depende, e muito, de verbas públicas.

Não há contraditório na cobertura de ciência. Dispensamos o jornalismo de ciência de cumprir o mandamento que interdita a matéria feita a partir de uma única fonte porque entendemos que não há versões de verdade quando se trata de ciência. Compartilhamos e cultivamos, ao longo da modernidade, a crença de que a ciência não comporta versões, dado ser a ciência justamente o método mais perfeito de desenvolvido pelo homem para a apreensão da verdade sobre tudo no mundo passível de ser tomado como objeto desse método. Não há contraditória na cobertura de ciência porque não há contraditório possível para a ciência (TEIXEIRA, In: MOREIRA; MASSARANI; BRITO, 2002, p.63)

Ainda nesse contexto, Oliveira chama atenção para o oficialismo excessivo das fontes de informação, principalmente das entidades governamentais de pesquisa, que predominam no

98 cenário científico brasileiro. A autora destaca que dirigentes de entidades de pesquisa têm cargos públicos de confiança, e portanto sua opinião quase sempre é condicionada ao posto que ocupam. Mesmo sendo cientistas estão, momentaneamente, na posse de uma posição política.

O bom jornalismo reza que sempre devemos ouvir dois ou mais lados da história, mas acontece que no domínio político da ciência muitas vezes nem sempre existe o outra lado para ouvir. É possível que em alguns casos não haja muito o que fazer, mas o bom jornalista científico, que vive ―antenado‖, tem hoje à disposição inúmeras fontes alternativas de informação nas organizações não-governamentais, associações científicas, universidades e no mundo aberto da internet (OLIVEIRA, 2005, p. 50)

Em meio às críticas feitas ao jornalismo científico, uma das que mais chama atenção foi apresentada pelo jornalista Ben Goldacre (In: LEITE, 2005), que publica a coluna Má Ciência no jornal britânico The Guardian. Começou fazendo a seguinte pergunta: ―por que a ciência nos meios de comunicação é com tanta freqüência sem sentido, simplista, enfadonha ou pura e simplesmente errada?‖. A resposta, dada apor ele mesmo, foi audaciosa: minha hipótese é de que, na sua escolha das reportagens e na maneira como as cobrem, os meios de comunicação criam uma paródia da ciência para uso próprio. Aí eles atacam essa paródia como se estivessem criticando a ciência‖.

Segundo Goldacre, há três famílias de paródias: matérias excêntricas (―wacky‖), matérias de meter medo (―scare‖) e matérias sobre grandes avanços (―breakthroughs‖). No primeiro tipo cabem reportagens como aquelas que apontam o componente genético da infidelidade ou ―o‖ neurônio que reage à imagem de Angelina Jolie. No segundo, a recorrente lenda de que a vacina MMR (sarampo, caxumba e rubéola) causa autismo. No terceiro, mais sutil, entram toneladas de reportagens em que avanços apenas incrementais são apresentados como grandes saltos da Ciência.

Leite (2008), fazendo uma análise do artigo de Goldacre, conclui que o autor britânico tem muita razão. Para fundamentar sua opinião, ele sugere que o leitor faça um exame das reportagens de Ciência que encontra pela frente, sobretudo nas revistas semanais e na TV. Assim como o colunista do Guardian, Leite acredita que tudo decorre da incapacidade de

99 jornalistas entenderem as minúcias dos artigos científicos. E conclui: ―cientistas sabem reconhecer quando um artigo é má ciência. Jornalistas não‖.