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2.1.1 MODELO TEÓRICO DAS ACTIVIDADES DE VIDA

O "Modelo de Vida" .surge como a fundamentação teórica para que todos os interessados entendam a teoria da mesma forma pelo que as autoras, deram grade ênfase na definição de conceitos.

Este modelo teórico apresentado por NANCY ROPER surge em 1980, resultado de um projecto de investigação que a autora realizou em 1976, com a finalidade de identificar os cuidados de enfermagem comuns a todos os pacientes, independentemente do seu diagnóstico. Concluiu que as actividades de vida eram o núcleo comum da prática de enfermagem.

ROPER interpretou a enfermagem, segundo a crença de WILSON de que "as

disciplinas são formas de pensamento que têm uma aproximação característica às questões apropriadas, relacionadas com o sujeito" e desenvolveu o seu modelo de

enfermagem baseando-se num modelo de vida, tendo o paciente como sujeito de enfermagem.

Nele se reconhece a influência do trabalho de HENDERSON e a teoria de MASLOW das necessidades humanas, mas enfatizou o elemento activo do seu modelo; todas as actividades foram especificadas em forma de verbos e descritas como manifestações do comportamento das necessidades humanas. Usa o termo actividades e não necessidades, porque estas são observáveis, podem ser explicitamente escritas e objectivamente medidas.

O modelo de actividades de vida inclui o Holismo, comparticipação e saúde, mas a sua essência está na ideia de que todos os indivíduos estão envolvidos em actividades que lhes permitem viver e crescer.

Este modelo centra-se no cliente como sendo um indivíduo ocupado em viver toda a sua vida, transitando da dependência para a independência, de acordo com a idade, as circunstâncias e o ambiente.

O modelo identifica três tipos de actividades, correlacionadas entre si e com as 12 actividades de vida:

- actividades preventivas - estas ocupam-se da prevenção de certas coisas que alteram a vida, tais como: doença, acidentes e infecções;

- actividades de conforto - estas realizam-se para proporcionar bem estar físico, psíquico e social;

- actividades pesquisadoras - estas manifestam-se na aquisição de conhecimentos, experiências e respostas a novos problemas.

Os objectivos de enfermagem referem-se às actividade de vida, e a enfermeira procura que o indivíduo adquira, mantenha ou recupere a máxima independência nas actividade de vida, ou que lhe seja proporcionado saber enfrentar a sua dependência dos outros, quando as circunstância assim o impuserem. Os objectivos de enfermagem são pois facultar ao indivíduo realizar com independência as actividades preventivas, afim de evitar a perda de saúde; aplicar estratégias de bem estar para promover a recuperação e, eventualmente, a independência; administrar tratamentos prescritos pelo médico, em ordem a vencer a doença ou os seus sintomas e levar à recuperação e eventual independência.

A adopção deste modelo vai exigir muitos conhecimentos da enfermagem, mas isso não pode ser considerado um aspecto negativo porque, como diz ROPER, "ajude a

enfermagem a progredir para o profissionalismo mediante o desenvolvimento de habilidades e percepções cognitivas, afirmando que as operações intelectuais diferenciam uma profissão de um oficio''' (1995:17).

Pode dizer-se que um indivíduo se encontra num "continuum'" dependência / independência, para cada uma das actividades de vida, e que oscila num ou noutro sentido, consoante as circunstâncias, isto é a variação de dependências faz-se nas actividades e não no todo, uma pessoa pode ser dependente na alimentação e ser independente na mobilidade.

Cada indivíduo é influenciado por vários factores no desenvolvimento das suas actividades, que podendo estes ser de ordem: física; psicológica; sócio-cultural; ambiental; político-económico.

O desenvolvimento da teoria é apresentado nos postulados, valores e elementos.

Neste modelo os postulados formam o suporte teórico e científico e neles encontramos as bases dos conceitos de homem e saúde.

ROPER (1995) partilha com outros autores que o Homem é um sistema aberto que está em relação com o seu meio, adapta-se, cresce, desenvolve-se e tende para a independência. E caracterizado pelas actividades que desenvolve. Tem como objectivo principal atingir a auto-satisfação e o máximo grau de independência, dentro dos limites que são estabelecidos pelas circunstâncias, pelo que as actividades de vida - são realizadas de forma individualizada, necessitando de ajuda quando não pode realizá-las sozinho.

A saúde por seu lado é considerada como a independência máxima permitindo levar a cabo actividades de vida.

Os valores constituem o porquê da conceptualização, centrando as autoras a atenção nos cuidados de enfermagem e na enfermagem. Sendo os Cuidados de Enfermagem a ajudar à pessoa para progredir no sentido do polo independência máxima, em cada uma das actividades da sua vida quotidiana e ajudar a manter-se aí. A Enfermagem enquanto profissão aprecia o grau de independência, substitui as pessoas nas actividades de vida, ajuda as pessoas na realização das actividades.

Os Elementos são o quê da conceptualização e dão sentido à vida profissional neste sentido as autoras referem a finalidade da profissão, o alvo, o papel, as fontes de dificuldades, a intervenção e o modo de intervenção.

A Profissão, segundo ROPER(1995), tem por finalidade ajudar as pessoas em todos os seus estádios do continuum de vida e a atingir o seu nível " óptimo de saúde ". Pretende ainda ajudar as pessoas a ultrapassar, a ajustar-se, ou a enfrentar os problemas nas actividades de vida.

Pessoas de todas as idades com dificuldades em realizar as actividades de vida; tornam- se o alvo da actividade destes profissionais centrando o seu papel na apreciação do grau de independência em todas as actividades de vida. Julgar a direcção e a intensidade com que o cliente deve ser assistido e qual a ajuda necessária para atingir os objectivos. Para os enfermeiros, neste modo de estar, a fonte de dificuldade são as circunstâncias que podem impedir uma maior independência ou podem levar a maior dependência tendo por origem factores sociais, culturais, fisiopatológicos, ambientais e psicológicos. Podemos afirmar que, o modo de intervir dos enfermeiros é, a apreciação da actividade do cliente e da dependência / independência na execução das actividades de vida, considerando os objectivos de manter a saúde, prevenir a doença; promover o autocuidado.

O modelo de vida inclui questões como o holismo, comparticipação e saúde, mas a sua essência está na ideia de que todos os indivíduos estão envolvidos em actividades que lhes permitem viver e crescer. Este modelo centra-se no cliente como sendo um indivíduo ocupado em viver a sua vida.

As ideias importantes, subjacentes a este modelo, são portanto: a progressão ao longo da vida, o "continuum" de dependência / independência e as actividades de vida.

As actividades de vida são um conjunto de actividades complexas e vitais que contribuem para o processo da vida. Não são mais que manifestações comportamentais

observáveis das necessidades humanas básicas, realizadas pelas pessoas no seu dia a dia. Todas as actividades de vida têm uma dimensão biológica, social e de desenvolvimento.

O modelo encara os indivíduos como empreendedores de 12 actividades básicas, apesar de haver estádios nas etapas de vida em que o indivíduo pode ainda, ou já não, realizar uma ou mais dessas actividades. Circunstâncias especiais podem também restringir a realização de uma ou mais actividades.

As instituições e os enfermeiros centram com frequência a sua organização de assistência neste modelo, por isso seguiremos em parte este modelo como base para o primeiro e ultimo estudo e será um contributo para identificar as áreas em que os enfermeiros permitem a intervenção das famílias. No sentido de construção do suporte aos instrumentos que utilizamos, terá utilidade relembrar o que as autoras que apresentam este modelo dizem sobre cada uma das actividades de vida.

Manter ambiente seguro

Todos os dias, o homem desenvolve actividades com o propósito específico de manter um ambiente seguro em casa, no trabalho, em viagem ou mesmo quando se diverte. Muitas actividades contribuem para manter um ambiente seguro, já que a maior parte são preventivas.

Os acidentes podem ocorrer em qualquer lugar. A prevenção de acidentes pode e deve ser uma preocupação de todos, quer para a sua própria segurança, quer para a dos outros.

A segurança é uma necessidade humana básica de sobrevivência, desenvolvimento, saúde e auto-realização, em cada etapa de vida.

De uma maneira geral, há dependência nas primeiras fases da vida, independência na idade adulta e, provavelmente, uma certa dependência na velhice.

Sem dúvida, os bebés dependem de outros para manterem um ambiente seguro e requerem protecção contra acidentes, incêndios e infecções.

As crianças não possuem desenvolvimento físico e mental que as capacite para realizar as actividades incluídas nesta actividade de vida, pois carecem da capacidade de apreciação real dos perigos do meio, da compreensão dos conceitos de segurança e responsabilidade pessoal. Estes atributos desenvolvem-se durante a adolescência, no entanto, nesta idade ainda necessitam da supervisão dos adultos.

Na velhice, pode existir a vontade de manter a independência nesta actividade de vida, mas as circunstâncias e os efeitos do processo de envelhecimento, como uma deterioração gradual da capacidade física e intelectual, assim como a diminuição sensorial podem levar a pessoa a depender de outros.

Outro grupo de pessoas que tem dificuldades em alcançar a independência total nesta actividade de vida são, por exemplo, pessoas com problemas mentais, físicos, visuais, auditivos ou de perda da sensibilidade.

A mobilidade física é essencial para muitas actividades que tendem a manter a segurança. Quase sempre, as pessoas que nascem com deformidades esqueléticas graves tem uma certa dificuldade em manter um ambiente seguro.

As pessoas inconscientes, ou com doenças graves, que levem à exaustão e à falta de energia, são dependentes por completo nesta actividade de vida. De igual modo, as pessoas que nascem com alguma incapacidade mental, ou que a obtiveram por alguma razão, como uma lesão cerebral, não reconhecem o perigo e não são capazes de levar a cabo as medidas básicas para prevenir incêndios, acidentes ou infecções.

Uma pessoa com perda da sensibilidade não sente o calor, o frio, a dor e a pressão. Muitas vezes esta perda de sensibilidade é acompanhada de perda motora, o que vai complicar o problema para manter um ambiente seguro.

Um tetraplégico dependerá por completo, e de maneira permanente, de outros para manter a sua segurança.

Muitas destas pessoas podem ser independentes nas suas casas, mas podem depender de outros quando estão noutro local.

Apesar de todos os esforços pessoais para manter a segurança, todas as pessoas estão expostas a perigos inerentes ao meio. Assim, quando uma pessoa realiza a actividade de vida de manter um ambiente seguro, muitos sistemas biológicos estão envolvidos.

Para levar a cabo esta actividade, são importantes os 5 sentidos, já que os riscos externos se identificam por meio da visão, da audição, do tacto, do olfacto e do gosto. Portanto, qualquer problema sensorial reduz a capacidade para identificar os perigos ambientais e, em consequência, aumenta a probabilidade de um acidente.

A atitude é também importante no que respeita à prevenção e segurança, pois é conveniente que as pessoas desenvolvam um conceito de segurança e uma consciência da sua responsabilidade pessoal em manter um ambiente seguro para si e para os outros. A personalidade e o temperamento influenciam as atitudes das pessoas e afectam a sua eficácia, na realização das actividades necessárias para esta actividade de vida. As

pessoas deprimidas podem arriscar a sua própria segurança, por cansaço ou perda de motivação, e de confiança em si mesmas, chegando muitas vezes a tentar o suicídio. O stress e a tensão psicológica contribuem muito para o aumento de acidentes. Por exemplo, sabe-se que as crianças de famílias em tensão são mais vulneráveis à ocorrência de acidentes, e à ingestão de produtos tóxicos.

Em muitas sociedades, a falta de recursos básicos, como água potável, e instalações adequadas, produz, um ambiente perigoso, tornando-se difícil, nestas circunstâncias, prevenir e controlar doenças infecciosas.

Dado o avanço tecnológico, outros perigos podem ainda ser considerados, como o ruído excessivo, ou o ar e a água poluídos pelos resíduos industriais.

Se considerarmos o termo ambiente de forma mais ampla, muitos podem ser os factos que influenciam esta actividade de vida, como o clima e a localização geográfica.

Como já mencionámos, muitos são os factores a ter em conta para manter um ambiente seguro, mas muitos podem ser controlados por leis; que assegurem, no possível, a prevenção de acidentes, incêndios, infecções e contaminação.

Os Governos devem responsabilizar-se por aumentar a consciência pública acerca dos riscos e das medidas de segurança através de campanhas publicitárias e de educação.

Comunicar

O Homem, como ser social que é, passa uma grande parte do dia a comunicar de uma ou de outra forma. Portanto, a comunicação faz parte integral do comportamento humano.

Há ocasiões em que é importante verificar o significado de uma palavra em particular, pois pode ter significados distintos, mediante o contexto em que se emprega. A disposição das palavras também afecta o seu significado. Por isso, é necessário usar palavras neutras e objectivas, sobretudo quando se registam dados.

Quando se fala, não é só importante dizer alguma coisa, mas atentar, também, à forma como se diz. A clareza, a velocidade, a inflexão e o tom de voz com que se diz transmite um significado.

A individualidade e muitas das complexidades dos seres humanos reflectem-se quando falam, escutam, lêem e escrevem. Por isso, a comunicação eficaz depende das diversas habilidades que tenham os comunicadores dentro do componente verbal da linguagem, sobretudo as de pensar, falar, escutar, 1er e escrever. Contudo, as habilidades dentro da linguagem corporal (não verbal) assumem também uma importância capital.

A comunicação não verbal tem diversos propósitos; segundo o contexto. Todo o corpo pode transmitir mensagens. O ser humano usa o seu corpo para se expressar. Por exemplo, a forma como caminha, e a postura que adopta podem transmitir ideias diversas como o aborrecimento, o cansaço, a atenção, o interesse, a dor, etc.

A expressão facial é uma fonte de informação acerca do estado emocional do indivíduo. Por meio de gestos faciais, comunicam-se impressões de desaprovação, desgosto, enjoo, irritação, prazer, amor e compreensão.

As mães são também importantes na linguagem corporal: comunicam emoções, dão ênfase a determinada situação ou objecto.

Outros aspectos a considerar na comunicação não verbal são a aparência e a presença física. Ainda que a finalidade principal da roupa seja proteger as pessoas do frio e do calor, também proporciona dados acerca do humor, do estado financeiro, do nível social, da origem étnica, da filiação religiosa e da expressão da sexualidade de quem a usa.

A comunicação é uma actividade individual e quem comunica transmite, na sua fala, as suas actividades, crenças e valores adquiridos pela sua experiência e antecedentes pessoais. Para a maioria das pessoas, a comunicação com outros é essencial para a sobrevivência e qualidade de vida.

O ciclo da vida é muito importante nesta actividade de vida. Durante a etapa pré--natal, o feto comunica o aumento do seu tamanho e nos últimos meses de gravidez, é capaz de se mexer. Todos os que presenciam um parto sentem alívio ao ouvir o primeiro choro do bebé, a primeira comunicação verbal.

De seguida, o lactente começa a pairar e pode sentir o significado das palavras e das frases pronunciadas.

A criança aprende de forma gradual e usa cada vez mais vocabulário, o que vai provocar um estímulo nas pessoas que a rodeiam.

Durante a adolescência, o indivíduo desenvolve significados especiais para certas palavras que só o seu grupo conhece. A par deste canal privado de comunicação, os adolescentes ampliam o seu vocabulário e formas de expressão verbal e não verbal, explorando novos ambientes.

Na velhice, a deterioração sensorial da visão e audição podem diminuir a capacidade de comunicação, assim como a perda gradual de alguns neurónios pode levar à confusão ou ao esquecimento. A artrite nas mãos dificulta a escrita e a fragilidade poderá afectar a postura e os gestos, afectando por consequência a linguagem corporal.

A estrutura física influencia o grau de dependência para comunicar. A integridade dos órgãos, que permitem ver, ouvir, e tocar, assim como a das estruturas que permitem falar e expressar a linguagem não verbal, são básicas para se obter a independência nesta actividade de vida. O funcionamento do sistema nervoso e do sistema endócrino são de grande importância por exemplo, para aprender a falar. A pessoa deve, pelo menos, ouvir bem, ter um sistema de fala nas condições adequadas e ter a oportunidade de escutar as vozes dos outros para as imitar.

A comunicação não verbal depende do funcionamento normal do sistema nervoso e do músculo esquelético.

ROPER sugere que esta actividade de vida se relacione em particular com a laringe, que contém as cordas vocais, a boca, a língua e os lábios com o sistema nervoso central, os órgãos dos sentidos e com o sistema endócrino.

O nível de inteligência afecta a comunicação porque é influenciador da capacidade de aprendizagem. Contudo, uma pessoa inteligente, cujo vocabulário é extenso, pode ter problemas em comunicar com uma pessoa cuja especialidade seja diferente da sua. A ansiedade afecta a comunicação verbal e não verbal. As mãos trémulas, o suor, a cor da face pode indicar um estado de tensão.

A excitação aumenta a velocidade ao falar, muda o tom de voz e pode fazer aumentar os gestos.

De todas as características da doença, a dor é provavelmente a mais frequente. É um fenómeno individual e peculiar. Pela sua natureza subjectiva é difícil medir e só a pessoa que a sente pode comunicar a sua presença e intensidade. Esta é a razão pela qual a dor é incluída nesta actividade de vida. " A dor é o que o cliente diz e existe quando ele o diz".

A palidez, a respiração agitada, o aumento da tensão arterial, a sudação excessiva são sinais que podem acompanhar a dor intensa. Os sinais não verbais, como os gestos faciais podem ajudar a avaliar a dor. A intensidade da dor deve avaliar-se de acordo com a percepção do próprio cliente.

A comunicação tem um duplo sentido, e é óbvio que é importantíssimo o ânimo do receptor para que esta seja eficaz. A perda de confiança e de respeito por si mesmo pode dificultar a comunicação.

O vocabulário especializado de certas profissões constitui uma cultura de linguagem. Para os clientes do sistema de saúde, o vocabulário do pessoal não é inteligível,

compreendendo só algumas partes. Os clientes podem ter interpretações incorrectas que podem levar à angústia destes e de suas famílias.

Um ambiente físico adequado contribui para a eficácia da comunicação. A falta de ventilação, as temperaturas extremas, a luz excessiva e o ruído interferem na concentração e, em consequência, na comunicação.

Os factores políticos, económicos e legais têm também uma enorme influência nesta actividade de vida pois influenciam a disponibilidade de meios de comunicação como jornais, rádio, televisão e telefone.

Respirar

A primeira respiração é de importância crucial no nascimento de todos os indivíduos, e determina se o recém nascido terá ou não uma existência viável como ser humano. Daí em diante, a respiração far-se-á sem esforço e geralmente sem ter consciência da actividade respiratória.

Do ponto de vista fisiológico, chama-se inspiração à entrada de ar e expiração à saída e ao processo completo, respiração. O propósito é transportar oxigénio da atmosfera a cada célula do corpo para que estas possam criar a energia necessária para realizar as suas actividades.

Em termos funcionais amplos, os requisitos para que a respiração seja levada a cabo são:

- oxigénio atmosférico adequado, - sistema respiratório funcional;

- superfície húmida nos pulmões, para que o oxigénio e o sangue se aproximem o suficiente e haja as trocas gasosas;

- estrutura física (caixa torácica) com músculos para que possam realizar a respiração e nervos que controlem os músculos;

- sistema de transporte do sangue;

- hemoglobina como transportador de oxigénio;

- capilares com paredes finas, próximos das células para se puderem fazer as trocas gasosas;

- células sãs, capazes de usar o oxigénio e libertar o dióxido de carbono.

Esta complexa actividade usa-se constantemente para obter o oxigénio da atmosfera, transportá-lo no sangue até às células, recolher o dióxido de carbono destas e levá-lo até

aos pulmões, de onde é libertado para a atmosfera. É evidente que a função do coração e dos vasos sanguíneos é complementar à respiração; por isso, é lógico esperar que uma lesão, em qualquer ponto desta sequência do sistema cardio-pulmonar, afecta a troca de gases e implicitamente a capacidade de respirar.

Embora a maioria das pessoas cumpra esta actividade de vida de forma independente, convém lembrar que há uma relação directa entre a idade, a frequência respiratória, a frequência do pulso e a tensão arterial.

Em condições de saúde, não ocorrem mudanças no estado de dependência/independência quanto a esta actividade de vida. Contudo, os órgãos que compõem o sistema respiratório, quer sejam vasos ou órgãos do sistema circulatório e