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O ENFRENTAMENTO DO DUMPING SOCIAL NA DOUTRINA E

JURISPRUDÊNCIA TRABALHISTAS: SISTEMATIZAÇÃO

A prática da venda de produtos a preços mais baixos do que o de custo pode ser considerada infração da ordem econômica, embora não necessariamente represente dumping social.

198 MASSI, Juliana Machado. VILLATORE, Marco Antônio César. O dumping social e a total possibilidade de tutela das minorias na atividade empresarial. Disponível em: <https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle 1939/ 89994/2015_mas _juliana_dumping_social.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: 27 jan 2018.

199 VIEIRA, Maria Margareth Garcia Vieira. A Globalização e as Relações De Trabalho. Curitiba: Juruá, 2002.

p. 25.“O dumping é a venda de produtos pelo preço de custo ou até mais baixo que seu preço de custo, buscando a ampliação de mercado. Essa prática é vista como desleal porque usa meios ilegais para vencer a concorrência.”

200 DUTRA, Lincoln Zub. Dumping Social do Direito do Trabalho: da Precarização das Relações de Emprego.

Curitiba: Juruá, 2016, p. 84. Para Lincoln Zub Dutra, o termo dumping é utilizado para designar a “concorrência internacional entre Estados, especialmente no que tange as vantagens oriundas de ausência ou carência de regulamentações trabalhistas no âmbito de cada nação.

201 LUCENA FILHO, Humberto Lima de. A Função Concorrencial do Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2017, p. 77. Lucena esclarece : “Multinacionais fecham suas empresas estabelecidas em locais onde os salários são elevados a fim de se restabelecerem em outras regiões, onde a mão de obra seja menos custosa, deixando de observar os direitos mínimos dos trabalhadores com vistas a alcançar superiores patamares de lucro.”

Para ensejar a nova figura jurídica, torna-se preciso que a força de trabalho e sua precarização surjam como elementos relevantes para o barateamento de preços alcançado. Ou seja, que o descumprimento do Direito do Trabalho e do Direito da Seguridade Social seja fator relevante na estratégia empresarial de barateamento artificial e lesivo de preços no mercado econômico.

O cerne do dumping social está na intenção empresarial de baratear, cada vez mais, seu produto com a intenção fraudulenta e arbitrária de diminuir ou mesmo de eliminar sua concorrência. E para tanto, as consequências dessa prática são sentidas pelos trabalhadores, com afronta direta aos seus direitos sociais.

No que tange ao enfrentamento do conceito de dumping social pela doutrina, Jorge Luiz Souto Maior afirma que

O “dumping social” constitui a prática reincidente, reiterada, de descumprimento da legislação trabalhista, como forma de possibilitar a majoração do lucro e de levar vantagem sobre a concorrência. Deve, pois, repercutir juridicamente, pois causa um grave desajuste em todo o modo de produção, com sérios prejuízos para os trabalhadores e para a sociedade em geral.202

Para Leandro Fernandez, o dumping social é considerado uma

[...] modalidade de concorrência desleal, consistente na comercialização de mercadorias ou serviços a preços inferiores àqueles normalmente praticados pelo mercado, obtidos mediante a reiterada utilização em condições inadequadas a padrões laborais mínimos, gerando danos sociais.203

Para concluir a esteira conceitual, o dumping social, portanto, caracteriza-se pela conduta de alguns empregadores que, de forma consciente e reiterada, violam os direitos dos trabalhadores com o objetivo de conseguir vantagens comerciais e financeiras, através do aumento da competitividade desleal no mercado, em razão do baixo custo da produção de bens e prestação de serviços.

Trata-se de tema relativamente novo no país, sem previsão normativa expressa ou previsão sumular pelo TST. Tais omissões geram inúmeros obstáculos tanto para a verificação da reincidência de descumprimento das normas trabalhistas, como para a legitimidade de ajuizamento da ação, como da concessão de indenização pelo Poder Judiciário trabalhista.

202 MAIOR, Jorge Luiz Souto; MENDES, Ranúlio; SEVERO, Valdete Souto. Dumping Social nas Relações de Trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2014, p. 20-21.

203 FERNANDEZ, Leandro. Dumping Social. São Paulo: Saraiva, 2014, p.85

No que concerne à jurisprudência, em 2007, na 1ª Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho, promovida pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), foi editado o Enunciado n. 4, com o escopo de conceituar o dumping social:

“DUMPING SOCIAL”. DANO À SOCIEDADE. INDENIZAÇÃO SUPLEMENTAR. As agressões reincidentes e inescusáveis aos direitos trabalhistas geram um dano à sociedade, pois com tal prática desconsidera-se, propositalmente, a estrutura do Estado social e do próprio modelo capitalista com a obtenção de vantagem indevida perante a concorrência. A prática, portanto, reflete o conhecido “dumping social”, motivando a necessária reação do Judiciário trabalhista para corrigi-la. O dano à sociedade configura ato ilícito, por exercício abusivo do direito, já que extrapola limites econômicos e sociais, nos exatos termos dos arts. 186, 187 e 927 do Código Civil. Encontra-se no art. 404, parágrafo único do Código Civil, o fundamento de ordem positiva para impingir ao agressor contumaz uma indenização suplementar, como, aliás, já previam os artigos 652, “d”, e 832, § 1º, da CLT.

Diante dessa falta de regulamentação, parte da jurisprudência vem se firmando no sentido de condenar as empresas praticantes de dumping social por danos morais sociais.204 O fundamento situa-se na circunstância de esse fenômeno despontar como verdadeira afronta aos direitos sociais e coletivos, instigando que a indenização seja revertida em favor de toda a sociedade. Em contraponto, parte da jurisprudência tem se manifestado contrariamente à aplicação de danos sociais, sob a justificativa de omissão da legislação pátria.

Com efeito, no que concerne à doutrina e à jurisprudência, pode-se destacar a compreensão do jurista Jorge Luiz Souto Maior, para quem o Magistrado deve arbitrar o dano

204DUMPING SOCIALIndenização. O desrespeito deliberado à legislação trabalhista, se valendo o empregador de tal prática para obtenção de vantagem econômica indevida em detrimento dos direitos trabalhistas mínimos garantidos por lei, representa inegável dano à sociedade, conduta que se insere no conceito de dumping social e que não restou evidenciada no caso em comento, mostrando-se indevida a sanção pecuniária imposta pelo Juízo de origem Ou seja, o dumping social se caracteriza quando o empregador se omite em cumprir, reiteradamente, com suas obrigações trabalhistas, como, por exemplo, o pagamento de horas extras, com a finalidade de diminuir seus custos, o que acaba gerando um dano à sociedade. (TRT da 3.ª Região; Processo: 000105 285.2013.5.03.0157 RO; Data de Publicação: 13/03/2015; Disponibilização: 12/03/2015, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 331; Órgão Julgador: Decima Turma; Relator: Convocado Paulo Mauricio R. Pires; Revisor: Deoclecia Amorelli Dias); DUMPING SOCIAL. A doutrina e jurisprudência dominantes definem dumping social como um instituto do direito econômico, traduzido pela conduta comercial desleal, em que é utilizado como método, a venda de produtos a preço inferior ao do mercado, com o escopo de prejudicar e eliminar concorrentes de menor poderio econômico. Tal conceito abarca a existência de preços baixos e a burla à legislação trabalhista ou o descumprimento de direitos mínimos dos empregados. Em tais situações, o dano é causado à coletividade (trabalhadores de modo geral e, enfim, à própria sociedade), em razão da ofensa a direitos individuais homogêneos, coletivos ou difusos. A reparação não se dá no plano individual, como pretendido no caso presente, mas por intermédio da ação civil pública (artigo 21 da LACP). (TRT3, Processo: 000108581.2014.5.03.0176 RO; Data de Publicação: 26/01/2015; Disponibilização: 23/01/2015, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 83; Órgão Julgador: Terceira Turma; Relator: Taisa Maria M. de Lima; Revisor: Luis Felipe Lopes Boson.

social decorrente da prática de dumping social, inclusive, “de ofício”.205 Agregue-se que tal posicionamento é compartilhado por alguns julgadores de primeiro grau.206

Ainda sob o enfoque da visão do citado autor, observa-se que inúmeros acórdãos modificam as sentenças de primeiro grau para excluir a condenação de ofício pela prática do dumping social, sob o argumento de falta de pedido da parte e da falta de legislação específica acerca da matéria. Para o mencionado autor, tais compreensões decorrem do apego ao

“paradigma racionalista que atribui ao juiz uma função passiva e irresponsável perante a realidade social.”207

Já para o posicionamento dominante do TST, a indenização somente pode ser deferida quando pleiteada, uma vez que a concessão de ofício fere os princípios da ampla defesa e do contraditório. Isso porque, ao condenar a empresa em dumping social ex officio, o tema é julgado sem ter sido submetido a uma análise processual prévia, conduta vedada por princípios processuais constitucionais do Direito Brasileiro (contraditório e ampla defesa e devido processo legal).208

205 MAIOR, Jorge Luiz Souto; MENDES, Ranúlio; SEVERO, Valdete Souto. Dumping Social nas Relações de Trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2014, p.54. O autor esclarece: “O que se questiona, em última análise, é o papel do juiz na atual conjuntura de Estado Nacional. Evidencia-se uma crise em nossas instituições, traduzida pelo hiato entre a vontade popular e a atuação do legislador, pela inércia e cumplicidade do administrador com o desrespeito contumaz a direitos sociais, bem como a exigência de que o juiz fique alheio a tudo isso.”

206Nesse sentido, leia-se o seguinte julgado: DANO SOCIAL. AGRESSÕES REITERADAS E SISTEMÁTICAS AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES. REPERCUSSÃO NA SOCIEDADE.

CORREÇÃO DA POSTURA PELO JUDICIÁRIO. INDENIZAÇÃO SUPLEMENTAR INDEPENDENTE DE PEDIDO. CONDENAÇÃO EX OFFICIO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO EXTRA PETITA. A constatação, em reclamação individual, de agressões reiteradas às normas trabalhistas atinge não apenas o reclamante, mas outros trabalhadores e mesmo empresas concorrentes, o que deixa firme que a questão abarca realidade bem maior, em claro e notório dano social, com repercussão em toda a sociedade, obrigando a que o Judiciário atue no intuito de correção de prática tão danosa, por meio de condenação do respectivo empregador ao pagamento de indenização suplementar, de ofício, tendo como destinatária entidade reconhecidamente idônea e de atuação reconhecida e irrepreensível em prol da coletividade, o que não configura decisão “extra petita”, e encontra guarida de ordem positiva no art. 404, parágrafo único, do Código Civil, bem como em caros princípios do ordenamento jurídico pátrio, em especial o da dignidade da pessoa humana, a par de conferir concretude aos valores sociais do trabalho e a justiça social. (TRT 15, Processo n. 0002269-83.2013.5.15.0011 RO, Juíza Sentenciante: Daniela Renata Rezende Ferreira Borges, Terceira Turma, Sexta Câmara)

207MAIOR, Jorge Luiz Souto; MENDES, Ranúlio; SEVERO, Valdete Souto. Dumping Social nas Relações de Trabalho. 2 ed. São Paulo: LTr, 2014. p. 117.

208 Ilustrativamente, citam-se: 1)RECURSO DE REVISTA. INDENIZAÇÃO POR DUMPING SOCIAL.

DEFERIMENTO DE OFÍCIO. JULGAMENTO EXTRA PETITA. Ainda que tenha por finalidade reprimir práticas abusivas do empregador, com fundamento nos princípios da dignidade da pessoa humana, do valor social do trabalho e da justiça social, impróprio é o deferimento, de ofício, da indenização por dumping social, seja por não encontrar previsão na legislação processual, seja por afrontar os artigos 128 e 460 do CPC e, ainda, por impedir que a empresa exerça o seu direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa, consagrado pelo art. 5º, LIV e LV. Recurso de revista conhecido e provido; 2) HORAS EXTRAORDINÁRIAS. CARTÕES DE PONTO. JORNADA INVARIÁVEL. SÚMULA Nº 338, III, DESTA CORTE. Diante da delimitação do eg.

Tribunal Regional de que os cartões de ponto juntados pela reclamada são imprestáveis como meio de prova, por apresentarem ora jornada invariável ora ínfimas variações, demonstrando a jornada britânica, não há como se afastar a aplicação da Súmula nº 338, III, desta Corte. Recurso de revista não conhecido; 3) VALOR DA

Nessa esteira de posicionamento contrário à concessão do dano social de ofício, mesmo que configurada a prática desleal da empresa, perfila-se Humberto Lima de Lucena Filho:

O ativismo judicial perpetrado por parte da jurisprudência trabalhista revela-se abusivo e, no derevela-sempenho do revela-seu ofício e em nome de proteções sociais, afasta-se da boa técnica interpretativa processual para recair na vala comum da dignidade humana, sem que haja a observância dos limites e das INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. A quantia estabelecida como indenizatória (R$ 15.000,00) guarda pertinência com o dano sofrido pelo empregado, tem o condão de compensar o sofrimento da vítima e de inibir a reiteração da prática pela reclamada, bem como se pautou na capacidade econômica da reclamada. Observados os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, não há justificativa para a intervenção deste Tribunal Superior. Recurso de revista não conhecido. (RR - 1032-98.2012.5.15.0156, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, Data de Julgamento: 09/04/2014, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 15/04/2014); 4) “INDENIZAÇÃO POR 'DUMPING SOCIAL' DEFERIDA DE OFÍCIO – JULGAMENTO 'EXTRA PETITA' - ARTS. 128 E 460 DO CPC. 1. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado, ou conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. Interpretação dos arts. 128 e 460 do CPC. 2. Na hipótese, o Regional condenou a Atento Brasil Reclamada, entre outras verbas, ao pagamento de indenização decorrente de 'dumping social', sem que tal pleito constasse na inicial. 3. Dessa forma, verifica-se que o acórdão guerreado extrapolou os limites em que a lide foi proposta, tendo conhecido de questão não suscitada, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte, o que afrontou os arts. 128 e 460 do CPC. (TST; RR-78200-58.2009.5.04.0005;

Relator: Ministro Ives Gandra Martins Filho; Julgado em 14 de novembro de 2012); 5) RECURSOS DE REVISTA DA DOUX FRANGOSUL S/A AGRO AVÍCOLA INDUSTRIAL E DA JBS AVES LTDA. - MATÉRIAS COMUNS - ANÁLISE CONJUNTA - HORAS IN ITINERE Na hipótese dos autos, o Eg. TRT afirmou que foram satisfeitos os requisitos da Súmula nº 90 do TST. As alegações de que o local de trabalho não era de difícil acesso e de que a Reclamante não logrou demonstrar a inexistência de transporte público regular têm o exame vedado nesta instância extraordinária, à luz da Súmula nº 126. Nos termos da Súmula nº 320 do TST, "o fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas in itinere"; 6) TROCA DE UNIFORME - TEMPO À DISPOSIÇÃO O tempo gasto pelo empregado com troca de uniforme dentro das dependências da empresa considera-se à disposição do empregador. Precedentes; 7) HORAS EXTRAS - ACORDO DE COMPENSAÇÃO INVÁLIDO. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de horas. Súmula nº 85, IV, do TST. 8) INTERVALO INTRAJORNADA - CONCESSÃO PARCIAL - PAGAMENTO TOTAL DO PERÍODO CORRESPONDENTE A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada para repouso e alimentação, após a edição da Lei nº 8.923/94, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas do suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Inteligência da Súmula nº 437, item I. 9) AMBIENTE ARTIFICIALMENTE FRIO - RECUPERAÇÃO TÉRMICA - INTERVALO DO ARTIGO 253, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CLT A jurisprudência desta Eg. Corte orienta ser devido o intervalo previsto no artigo 253 da CLT aos empregados que laboram em ambientes artificialmente frios. Incidência da Súmula nº 438. 10) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Os honorários de assistência judiciária são devidos desde que preenchidos os requisitos dos artigos 14 e 16 da Lei nº 5.584/70, o que não ocorre neste caso, pois a parte não está assistida por sindicato da categoria profissional. Súmulas nos 219 e 329 do TST.11) descumprimento reiterado das normas trabalhistas sem que haja pedido certo e determinado. Precedentes.

Recursos de Revista parcialmente conhecidos e providos. II - RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA JBS AVES LTDA - MATÉRIA REMANESCENTE - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA - SUCESSÃO TRABALHISTA A ocorrência de sucessão trabalhista entre a 1ª e a 2ª Reclamadas, na forma dos artigos 10 e 448 da CLT, justifica a responsabilização exclusiva da sucessora, conforme decidido pelo Eg. Tribunal Regional.

Recurso de Revista não conhecido. (RR - 98394.2012.5.04.0663, Relator Desembargador Convocado: João Pedro Silvestrin, Data de Julgamento: 15/04/2015, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/04/2015)

particularidades interpretativas do direito positivo com nítida fuga às funções constitucionalmente a ele dispensadas.209

Não se pode olvidar que a concessão do dano social em decorrência da prática do dumping social, além de ferir os princípios da ampla defesa e do contraditório da parte, também fere o princípio da congruência ou adstrição.210

Tal tema será amplamente debatido em capítulo próprio.

4.5 A REITERAÇÃO DE PRÁTICAS ABUSIVAS E A CONFIGURAÇÃO DO DUMPING