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5 UBUNTU: “QUEM SOMOS”?

5.5 O PRESENTE QUE DURA

Tentar definir o propósito das três obras: Por uma dimensão da consciência histórica moçambicana, Filosofia Africana – das independências às liberdades e Terceira Questão: que leitura se pode fazer das recentes eleições presidenciais e legislativas? pode parecer uma tarefa simples. Ngoenha é muito específico quanto ao seu objetivo na introdução e no prefácio das obras.

Nessas partes de suas obras, pode-se encontrar a afirmação de escopo preciso e sem equívocos. Mas comentar claramente a problemática de “o presente dura” como diz Compte- Sponville; e o grande sempre- outra-vez, refere Bloch. Essa tarefa ainda não foi realizada em sentido muito filosófico. Há uma escassez em comentar o fito de Ngoenha assente no curso da

427NGOENHA, Severino Elias. Por uma dimensão moçambicana da consciência histórica. Porto: Edições Salesianas, 1992, p. 73. Para o homem moçambicano lhe interessa o destino comum, o futuro comum, a decisão firme de construirmos, inventar juntos um amanhã e construir a Moçambicanidade.

sua argumentação em suas obras, uma escassez que prejudica debates engajados na vida política moçambicana.

É possível interpretar Ngoenha como quase colidindo com a introdução de Por uma dimensão moçambicana da consciência histórica e da Filosofia Africana – das independências às liberdades com o prefácio da Terceira Questão: que leitura se pode fazer das recentes eleições presidenciais e legislativas, e a resposta à questão do que dura no tempo da independência de Moçambique. A natureza das duas introduções das primeiras obras de Ngoenha e do prefácio da sua última obra ilumina a importância dos tópicos específicos que ele discute nos livros e consegue colocar a filosofia africana num pé radicalmente novo.

Em geral, o problema encontrado neste estudo das obras de Ngoenha é que poucos são os estudiosos que levam a sério que “o presente dura”. Dada a firmeza com que Ngoenha aborda a questão do futuro, as interpretações são algo fácil de encontrar428, mas a frequência com que ocorrem torna necessária uma compreensão clara da posição de Ngoenha sobre essa problemática fundamental de relação entre “o presente dura” e o ‘missão-futuro’.

O melhor lugar para iniciar a tentativa de explicar o pensamento de Ngoenha é as introduções dos seus primeiros livros publicados em 1992 e 1993, onde Ngoenha define os propósitos de suas obras: “impõe-se-nos questionar a trágica situação em que nos encontramos a viver”429; “o centro de nosso interesse é o futuro”430. Em sua Filosofia Africana, ele afirma que à nossa geração cabe a tarefa de “participar na elaboração de um futuro diferente do presente, que nos é dado e viver, observar”431 Na sua introdução à segunda edição, Filosofia

Africana (2014) explicita ainda mais: “De qualquer maneira, a nossa missão é o futuro”432. Essas passagens oferecem uma declaração clara do que Ngoenha está e não está a tentar fazer nos seus livros. Ele reivindica o que as ciências humanas (a história e a filosofia) são verdadeiramente. Afirma, assim, que “fazer emergir a questão do sentido total e dinâmico da

428 Muitas pessoas consideram Ngoenha como filósofo do futuro, com isso, a sua utopia é abstrata e a sua filosofia não é prática, mas teorética e contemplativa.

429NGOENHA, Severino Elias. Por uma dimensão moçambicana da consciência histórica. Porto: Edições Salesianas, 1992, p. 5.

430NGOENHA, Severino Elias. Por uma dimensão moçambicana da consciência histórica. Porto: Edições Salesianas, 1992, p. 25.

431NGOENHA, Severino Elias. Filosofia Africana - das independências as liberdades. Porto Velho: Paulinas Editora, 2014, p. 5.

432NGOENHA, Severino Elias. Filosofia Africana - das independências as liberdades. Porto Velho: Paulinas Editora, 2014, p. 6.

situação em que lhe cabe viver”433 pode encontrar-se nas outras ciências humanas, por exemplo, na fenomenologia social, na política, na psicologia e na cultura. Em geral, estas ciências servem para informar a mentalidade hodierna nacional e internacional.

A questão do futuro, para Ngoenha, é complexa, com isso, hoje, ele defende a observância de condições em relação ao estudo do devir. Hoje, não se pode estudar o amanhã apenas através da filosofia. É importante incluir nessa questão outras disciplinas e condições de estudo. Tomemos, como exemplo, a história, que é o caminho adequado, na medida em que ela permite-nos entender a racionalidade do mundo vivido, pois, como afirma explicitamente Ngoenha, no seu primeiro capítulo dedicado A história vista da periferia do mundo, o privilégio é acordado a importância da História. Ele assinala: “se quisermos construir um futuro saudável temos de ter coragem de nos debruçar sobre o nosso grande doente: a História434. Nós podemos dizer que a função da História consiste em permitir ao homem tomar consciência das dificuldades da vida. Portanto, a importância da História, como disciplina indispensável na construção do futuro melhor, está na possibilidade de dar ao homem a consciência de que “a última palavra ainda não foi dita”435.

Então, importa saber como jovens do Moçambique atual e agentes sociais que atuam no campo científico, veem a pertinência da pesquisa em História, consumando-se ao apontar os múltiplos problemas que assolam Moçambique, bem como anunciar possíveis tendências de questionar a trágica situação em que nos encontramos a viver, a partir de momento em que o sujeito adota um “conhecimento crítico”436 da sua história.

A esse respeito, seria necessário mostrar como trágica situação repete-se e os esforços consagrados a um futuro melhor sempre resultam em fracasso na ordem política, que as independências africanas não levaram à solução das tragédias, mas a repetição delas sob condições de guerras.

Enfim, é o presente como continuação do passado que encarna a figura mais elevada dessas estruturas de ajustamento estrutural no tempo pós-colonial, que designamos, aqui,

433NGOENHA, Severino Elias. Filosofia Africana - das independências as liberdades. Porto Velho: Paulinas Editora, 2014, p. 5.

434NGOENHA, Severino Elias. Por uma dimensão moçambicana da consciência histórica. Porto: Edições Salesianas, 1992, p. 24. “A História é importante, mas com referência ao conjunto do passado humano que se desenrolou em Moçambique, enquanto marcha coletiva em direção ao melhor”.

435NGOENHA, Severino Elias. Por uma dimensão moçambicana da consciência histórica. Porto: Edições Salesianas, 1992, p. 24.

436NGOENHA, Severino Elias. Por uma dimensão moçambicana da consciência histórica. Porto: Edições Salesianas, 1992, p. 7.

seguindo Bloch, a “grande sempre-outra-vez”. Bloch destaca o pensamento, o mundo da fatalidade ao dizer: “Consequentemente, este mundo, onde ele é compreendido historicamente, é um mundo de repetição ou grande sempre-outra-vez, é um palácio de fatalidades, como Leibniz o denominou sem romper com ele. O evento torna-se história; o conhecimento, rememoração; a festividade, comemoração do que já ocorreu”437. Quero dizer que é ele, em última instância, que dá sentido às nossas vidas hoje.

E na “introdução” à Filosofia Africana – das independências às liberdades, Ngoenha concebe a relação entre os dois tempos: o nosso passado próximo (tempo colonial) e o nosso presente atual (o da independência nacional). Na verdade, o que Ngoenha interpreta como um acontecimento por detrás da dimensão da consciência, que se dá à consciência histórica moçambicana, sem saber o que lhe ocorre, é o processo da repetição em três momentos.

Em primeiro lugar, em 1928, com o despontar do ‘Estado Novo’ em Portugal, a realização dos grandes projetos implicava o deslocamento de pessoas de Gaza para Maputo ou para a África do Sul, os militares estavam lá para executar as ordens. Em segundo lugar, em 1974, no período da independência moçambicana, “uma vez mais a nenhum moçambicano lhe foi perguntado qual o tipo de futuro que sonhava para si e para os seus filhos; uma vez mais pretendia-se que nós, os moçambicanos, fôssemos rápidos a responder com as suas energias, planos e projetos, na construção de um futuro, na elaboração do qual não tínhamos participado.

Em terceiro lugar, em 1994, no período da jovem democracia moçambicana, uma vez mais, os militares estavam em Moçambique para obrigar a traduzir em atos os planos futurísticos daqueles que tinham o privilégio divino de saber o que era bom para todos. Nós fizemos a história, mas, uma vez mais, como instrumentos da vontade alheia438.

Temos, aqui, os primeiros lampejos de relação de unidade e continuidade entre os três tempos: passado, presente e futuro, que virá a dominar a obra. Se a questão do futuro vai para além da questão da profecia, mas inclui a da utopia, segue, portanto, que o próprio futuro, como possibilidade de previsão e projeção, deve estar imerso no presente, mas aberto à futurologia, isto é, aberto ao futuro da liberdade.

O presente é em si mesmo passado no momento em que se realiza; e o passado, ainda que ofereça dados para o futuro, não pode ser alterado. Por sua vez, partindo dos dados do

437BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança. Volume 1. Tradução. Nélio Schneider. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005, p.16.

438NGOENHA, Severino Elias. Filosofia Africana - das independências as liberdades. Porto velho: Paulinas Editora, 2014, p. 9.

passado e do presente, podemos influenciar o futuro, que constitui o único domínio (espaço) temporal que o homem pode sujeitar as suas decisões ou mesmo mudar439

Nessas situações, vale a pena ainda ter um discurso utópico? Esse contexto de grande desilusão e de desafio histórico do socialismo em Moçambique, os projetos de sociedade utópica em Ngoenha significam uma contracorrente e um desafio ao pensamento do único. Eles significam também uma marginalização quase total do sistema de aparatocracia e do partido armado em Moçambique. Nessas situações difíceis em que o país atravessa, é necessária uma coragem, por essa razão Bloch apela “rêver-en-avant”, sonhar para frente e Ngoenha propõe a realização da ‘missão-futuro’. O sonhar para frente e a missão-futuro são portadores de “projetos alternativos que as nossas sociedades em mutação permanente não têm êxito realmente a asfixiar totalmente”440.

Em outras palavras, o “rever-en-avant” em Bloch e expressão de Ngoenha: “uma vez mais não nos foi perguntado qual o tipo de futuro que sonhávamos para nós e para os nossos filhos”, mostram que em ambos os filósofos, a relação entre a utopia e o sonho é indestrutível e constitutiva, não apenas como um sonho social de uma classe, mas como uma função utópica de consciência antecipadora441. A utopisação do mundo é obra do sonho para frente, isto é, um esforço de transformar os sonhos diurnos (negligenciados por Freud) em trabalhos construtivos sobre o estaleiro da realização do possível (ou possível), no âmbito de uma verdadeira dinâmica, exteriorizando e concretizando as potencialidades criadoras do homem adormecido e contidas “na consciência antecipante” dos indivíduos.

A nossa geração precisa ter muita coragem para tornar possível e melhor a vida do homem de hoje: “Banalidade de tudo, exceto do pior. Fastio de tudo, exceto de melhor”442. Nas palavras de Ngoenha:

Desde há meio século (50 anos depois das independências africanas) vivemos quase o escândalo da fome, da ignorância, da mortalidade infantil, da má nutrição, de um nível de vida que não para de degradar-se, de fosso cada vez maior entre ricos e pobres que não cessa de

439 NGOENHA, Severino Elias. Filosofia Africana - das independências as liberdades. Porto Velho: Paulinas Editora, 2014, p. 192.

440 MÜNSTER, Arno. Espérance, rêve, utopie dans la pensée d’Ernest Bloch. Paris: L’Harmattan, 2015, p. 171. 441MÜNSTER, Arno. Espérance, rêve, utopiedans la penséed’Ernest Bloch. Paris: L’Harmattan, 2015, p. 171. 442 COMTE-SPONVILLE, André. A vida humana. Desenhos SylvieThybert. Tradução de Claudia Berliner. São Paulo: WMF Martinho Fontes, 2007, p. 86.

aumentar. Todos os homens que até aqui consagraram as suas vidas a um devir melhor, vêm os seus esforços reduzidos a nada443.

Essas frases foram escritas, evidentemente, por Severino Ngoenha, em 1993, no momento do fim da guerra civil dos dezesseis anos em Moçambique. Há a vida que continua, o combate à pobreza que continua. Trata-se, portanto, de uma utopia de reivindicações democráticas concretas contra as ideologias utópicas (democracia popular) dos chefes do Estado nascente ligado ao Estado Novo moribundo em Portugal. Isso não impede que os filhos cresçam e os jovens façam filhos. Há as causas para defender, a liberdade, a paz e a democracia. Mas também há escândalos para enfrentar sem deixar de viver, de sonhar e de amar os filhos ou de não ser infeliz. As independências africanas não impedem o homem de existir e continuar a sonhar. Mas também elas não impedem o sofrimento de durar e de perdurar.

Há algo mais importante no presente. Agora é o período pós-colonial que interessa a Ngoenha, que ele gostaria de compreender, que gostaria de celebrar, pois ele bem que o merece também, apesar de tanto sofrimento, tantos insucessos, tanta humilhação. Ficar independente sem ser livre, seria melhor pensar o presente ou o futuro?

Melhor pensar antecipadamente o futuro diferente do presente, em vez de envelhecer na independência de Moçambique sem liberdades. Seria encarnar-se no colonialismo ou no “liberalismo económico”444 de Friedrich August Von Hayek (1899-1992), principal fonte de desigualdades sociais. Nele, a política é escrava da economia: causa principal da crise das democracias ocidentais e fonte acentuada da contradição entre liberdade e igualdade. Em suma, há sofrimento, insucesso e decepção na medida em que o tempo das independências africanas passa 50 anos e acelera-se, o peso das responsabilidades, das profissões aumenta para os jovens da geração do Moçambique atual.

Há algo mais urgente: “Tomar consciência de uma identidade própria não podia consistir simplesmente em reatar uma continuidade histórica interrompida por forças externas, mas parecia necessário criar tudo de novo, condição necessária para o nascimento de um Moçambique independente e moderno”445. Na era da independência de Moçambique, “há o real

443 NGOENHA, Filosofia Africana - das independências as liberdades. Porto velho: Paulinas Editora, 2014, p. 5. 444 NGOENHA, Severino Elias. Terceira Questão – que leituras se pode fazer das recentes eleições presidenciais e legislativas? UDM, Maputo, Moçambique, 2015, P.20.

445NGOENHA, Severino Elias. Por uma dimensão moçambicana da consciência histórica. Porto: Edições Salesianas, 1992, p. 60.

que real que resiste, sua beleza e sua fragilidade”446. As instituições estatais são fracas, funcionam de maneira deficitária. A independência ficou para trás de nós definitivamente, por causa da falta de liberdades. Um papel de objetos dos eventos temporais? Certamente, mas é o nosso – o único digno de “instrumentos mecânicos modernos”447, como dizia Ngoenha.

A sua utopia concreta é recuperada por um marxismo entendido como filosofia da prática da utopia concreta, quer dizer, como um conjunto de projetos e diretivas de ação definidas ao mesmo tempo como antecipação448.Há uma passagem do texto que mexe comigo, uma das mais profundas, das mais decisivas: “Todos os homens que até aqui consagraram as suas vidas a um devir melhor, vêm os seus esforços reduzidos a nada”. Trata do homem de 50 anos de vida, da era da idade da independência de Moçambique, da sua independência, da sua liberdade que o objetivo mais almejado por aquele homem, depois de meio século de vida, nunca desceu até a felicidade. Isso significa que, a meio século, “ninguém é feliz”.

Sobre todo o resto, o homem de meio século dispõe-se a duvidar ou discutir programas de ajustamento estrutural, mas não sobre a razão dos insucessos. Com isso, a felicidade, a liberdades próprias do sabor de países independentes, com que se sonhava, não passa de um sonho, porque, quando se quer estar feliz, se está apenas em um intervalo muito curto entre duas guerras, e mais conflitos do que paz.

Esse texto não é para esquecer. Ele esclarece sobre o que é Moçambique. É uma terra que o homem nascido no Moçambique independente renunciou à felicidade, em todo o caso aquela que os libertadores da pátria esperavam ter para si e para os seus filhos, mas que não podem impedir aos seus filhos de sonhar para eles, de esperar para eles, louca e desesperadamente uma pátria nova, sem condicionamentos ideológicos. É um bom sonho diurno de paz, felicidade e desenvolvimento humano e social.

Os tempos de paz ou de guerra não impedem o homem africano de viver e envelhecer no sofrimento, no escândalo da fome. O homem de 500 anos de colonialismo, o homem de oito anos da República Popular de Moçambique, o homem de 20 de anos de “paz armada” da República de Moçambique. Já sabemos como isso acaba. Mas o que importa não é o fim, faz parte do caminho normativo e da tomada de consciência da situação do Moçambique atual.

446COMTE-SPONVILLE, André. A vida humana. Desenhos SylvieThybert. Tradução de Claudia Berliner. São Paulo: WMF Martinho Fontes, 2007, p. 87.

447NGOENHA, Severino Elias. Por uma dimensão moçambicana da consciência histórica. Porto: Edições Salesianas, 1992, p.7.

O trabalho por fazer: a construção de um futuro diferente do presente. É a educação para dar. É a vida e o desejo que continuam em tempo de paz e de guerra: querermos ter um novo tipo de homem, livre fautor da sua história, por consequência, um novo tipo de sociedade que permite uma participação mais real e fecunda na decisão dos problemas da sociedade. Esse é “O duro desejo de durar”449, dizia Éluard, que o povo africano não quer renunciar.

Durar? “É estar no tempo, mas na continuidade do tempo”450, para avançar em direção ao mesmo objetivo da separação dos poderes e a liberdade individual. “É ter um passado, que cresce na solidariedade, na cooperação e no amor. É ter cada vez menos violência no futuro. É levar a peito o presente, a inserção de cada homem no seio da comunidade. É envelhecer e continuar vivendo com condições políticas e administrativas que dão ao povo moçambicano o papel de sujeito ativo na história. É construir uma democracia baseada no federalismo, lutando para mudar a sociedade. É superar o fosso das desigualdades sociais entre ricos e pobres, para evitar um futuro desastroso.

No entanto, sentimos que há quase 40 anos o essencial já aconteceu - a independência e a unidade do povo de Moçambique- que pensamos que pode continuar. O colonialismo ficou para trás e, ainda assim, está em nós, pois somos incapazes de sermos senhores do nosso destino. Isto significa que ser sujeito passivo ficou em nós como carga, não como passado, mas algo presente que causa o sofrimento e a fome, por isso trata-se de sonhar um de porvir pessoal e coletivo para superar o ancião ou o nada.

449COMTE-SPONVILLE, André. A vida humana. Desenhos SylvieThybert. Tradução de Claudia Berliner. São Paulo: WMF Martinho Fontes, 2007, p. 86.

450COMTE-SPONVILLE, André. A vida humana. Desenhos SylvieThybert. Tradução de Claudia Berliner. São Paulo: WMF Martinho Fontes, 2007, p. 86