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O Projeto Barão e o resgate dos despojos literários

Décimo pacote

Anos 90: O Projeto Barão e o resgate dos despojos literários

O Projeto Barão: cronologia e evolução

Out/1988 - José Mendes André e Sergio Papi, com a parceria distante de André

Luiz Papi, resolvem reeditar o Almanhaque 1955 1º semestre como forma de home- nagear Aparício Torelly e pincá-lo da história como exercício de memória e, em certa medida, criar um parâmetro para seus próprios trabalhos editoriais. Não havia ainda nenhuma intenção de penetrar nos aspectos obra e autor, senão que realizar apenas essa reedição.

Jan/1989 - Primeiro contato com Ary e Helena Torelly (familiares vivos do Ba-

rão, sem contar noras e netos, sobrinhos e parentes distantes). Realização das auto- rizações para publicação da obra, assim como o primeiro contrato (provisório) de cessão de direitos.

Fev/1989 - Começa o trabalho editorial com tecnologia fotomecânica: fotografia

negativa do miolo e capas originais, já ampliado para o formato revista (21 x 28,5 cm). Esse jogo de fotolitos negativos foi o suporte para a restauração básica (sem nenhuma interferência na plástica original) e foi realizado a pincel e caneta por Ser- gio Papi e José Mendes André durante os quatro meses seguintes. A editora res- ponsável seria a Editora Letra & Imagem de André Papi, que passaria a ser um dos parceiros do grupo editorial.

Mai/1989 - Início da negociação com Pietro Maria Bardi para realização do even-

to de lançamento no MASP, em outubro. A notícia vaza e é publicada pela coluna social da Folha de S.Paulo (que era escrita por Joice Pascowitch naquela época) em 15 de maio de 1989 (Folha Ilustrada, pg. E-2). Uma semana depois, em 24 de maio, Bardi confirma o evento de lançamento no MASP e cede o Museu de 25 de outubro a 5 de novembro.

Ago/1989 - Devido ao trabalho preparatório de marketing e assessoria de im-

prensa realizado por Isis e André Papi, Ipojuca Pontes escreve uma matéria de pági- na inteira para a Tribuna da Imprensa (30 de agosto de 1989, Tribuna Bis, pg.2) do Rio, falando do Barão e de sua obra. Neste mês o grupo recebe como parceiros e co- editores a Editora Busca Vida (de Marília Andrade e Luis Fabri), que entrariam com a impressão do livro. Conseguiu-se também apoio para a iniciativa junto à Cia. Suzano de Papéis através de um grande desconto na compra do papel e também a Linha d’Água (isenção de impostos para publicação de livros). O grupo editor ficou com o ônus do acabamento de luxo (capa dura em percalux com aplicação de hot stampping, sobrecapa colorida platificada com orelhas, e miolo costurado à mão) para pagar depois do lançamento (Encadernações Capato, uma das melhores e mais tradicio- nais do país).

Set/1989 - Além do apoio do MASP, neste mês foi conseguida a parceria do

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de S.Paulo (gestão Robson Moreira) e do Clube de Criação (entidade de profissionais de publicidade e propaganda, que, na época [salvo engano], era dirigido por Washington Olivetto). O jornal Unidade, órgão oficial do Sindicato dos Jornalistas, faz uma matéria de 4 páginas sobre o Barão (Nº 110, setembro de 1989), contendo uma entrevista com Manuel Antonio Mendes André (na época com 79 anos), velho amigo de Aporelly.

Out/1989 - José Mendes André e Sergio Papi resolvem fundar a editora Studio-

ma, a qual completa os co-editores da iniciativa. Lançamento, em S.Paulo, do Alma- nhaque no MASP em 26/10/1989 com grande evento, onde participaram mais de 100 artistas de todas as áreas, com duração de 10 dias. Os contatos com os velhos cartunistas do Barão e com a nova geração foram bastante frutíferos e o resultado destes encontros geraram trabalhos que são o núcleo do acervo de homenagens que, em 2000, foi doado ao IEB-USP (e cuja listagem completa está no tópico ante- rior). Deste mês até o final do ano (e também nos primeiros meses de 1990) houve- ram diversas publicações anunciando os lançamentos e falando sobre o Barão, algu- mas das quais listamos abaixo:

— Divulgação do lançamento no MURAL, Boletim do Sindicato dos Jornalistas. — Anúncio na Gazeta de Pinheiros: Caderno A, pg. 8, 15/10/1989

— O Pasquim, Dicas, 19/10/1989.

— Folha de S.Paulo, Caderno Letras, pg. G-2 (Resenha), 21/10/1989.

— Folha de S.Paulo, Ilustrada, pg. F-2 — Ilustrada (Joice Pascowitch), 26/10/1989. — Gazeta de Pinheiros, Caderno Z, Leitura, 26/10/1989.

— Jornal da Tarde, Divirta-se, pg. 20, 26/10/1989. — Folha da Tarde, FT Show, pg.17, 26/10/1989.

— Hora do Povo, capa e matéria na seção de cultura, 26/10/1989. — VEJA S.Paulo, Estréias, pg. 129, 25/10/1989.

— O Estado de S.Paulo, Caderno 2, pg. 9, 27/10/1989. — VEJA, Livros, pgs. 126 e 127, 1º/11/1989.

— Leia, pgs. 20 a 23, matéria assinada por Marcos Barreto, novembro de 1989. — VEJA S.Paulo, Exposições, pg. 101, 1º/11/1989.

— Jornal do Brasil, Idéias/livros, capa do caderno, 4/11/1989.

— Lançamento, no Rio, do Almanhaque na Livraria Dazibao-Ipanema, com as pre- senças de Nássara, Mendes, Augusto Rodrigues, Jaguar, Fortuna, Amorim, Fausto Wolf, Técio Lins e Silva, Mário Rodrigues (na época Presidente de Portugal), Hélio Sabóia, e outras personalidades públicas do Rio, 6/11/1989.

— O Globo, matéria assinada por Maria Helena Malta, 5/11/1989. — Jornal do Brasil, matéria assinada por Cleusa Maria, 6/11/1989. — Jornal do Brasil, revista Programa, 6/11/1989.

— Folha de S.Paulo, 1º Cad., pg 2, mat. assinada por Osvaldo Peralva, 11/1989. — Lançamento, em Curitiba, do Almanhaque no Solar do Barão do Cerro Azul, com exposição de desenhos e artes plásticas e workshops, de 7/12 a 7/01/1990. Acom- panhou José Mendes André nesta empreitada o cartunista Bertrand Costilhes (neto de Roquete Pinto), com apoio local da Prefeitura de Curitiba, do Restaurante Brass Rail, da Vinícola Vale do Cactus e da Fundação Cultural do Paraná.

— Gazeta do Povo (PR), 5/12/1989. — Folha de Londrina, 6/12/1989.

— O Estado do Paraná, 6/12/1989. — Jornal do Estado (PR), 6/12/1989. — Gazeta do Povo (PR), 6/12/1989. — Curitiba Hoje, 6/12/1989. — Gazeta do Povo (PR), 7/12/1989. — Gazeta do Povo (PR), 12/12/1989. — O Estado do Paraná, 13/12/1989.

— Revista Cláudia, pg. 32, fevereiro de 1990.

Fev a nov/1990 - A primeira edição esgotou-se

em fevereiro e a Studioma ficou sozinha no projeto de fazer novas tiragens. Decidiu-se, então, incre- mentar o esforço e relançar também os outros Al- manhaques, criando a coleção dos Almanhaques do Barão em edição fac-similar ampliada, assim como

resgatar os despojos literários oferecidos por Ary Torelly, para já ir criando um acer- vo: 10 caixinhas arquivos com toda documentação pessoal de Aporelly, correspon- dência, escritos inéditos, textos científicos, etc, etc (que estavam na casa de Ary, no Rio), mais infindáveis sacos depositados num sítio de amigos em Vassouras-RJ, os quais seriam resgatados no ano seguinte (1991). Aproveitando a sensibilidade de Fernando Morais para o tema, Secretário Estadual da Cultura de S.Paulo naquele momento, conseguiu-se estabelecer uma parceria na base de co-edição para lançar o Almanhaque para 1949 e fazer a segunda edição do Almanhaque 1955-1º semes- tre, através o Arquivo do Estado (gestão Carlos Dória). Ali contou com a preciosa colaboração de Pedro Paulo de Senna Madureira, chefe de Gabinete de Morais e um dos mais conceituados editores do Brasil. Nessa parceria, o Governo de S.Paulo arcou com o custo industrial das edições e rece- beu o mesmo valor em livros, a preço de custo, para distribuir para todas as bibliotecas estaduais: entendeu-se que era um ótimo acordo, já que não haveria condição de fazer muitas doações para as entidades públicas demandantes, bibliotecas, e outros centros de estudo e pesquisa; constatou- se que uma parte do objetivo estava cumprido, ou seja, o Barão estaria em todo Estado de S.Paulo à disposição do público cliente.

No grupo editor, sentiu a saída de André Papi, mas cooptou-se a parceria de Beto Borges e da Kraft Comunicação, o que deu maior estabilidade ao projeto, estabelecendo um escritório conjunto na Vila Madalena (R. Harmonia, 366), antes do bairro virar moda e ponto de encontro povoado por bares e casas noturnas de toda sorte.

Nestas edições de 1990, que foram a público em 1991, também contou-se com o apoio da Cia. Suzano de Papéis e da Livraria Cultura do Conjunto Nacional para o lançamento.

Dez/1990 - A convite de Ricardo Ohtake, en-

tão diretor do MIS S.Paulo, realizou-se uma ex- posição, a terceira, do projeto Gráficos Brasilei- ros, cedendo material e fazendo a curadoria da exposição chamada Gráficos Brasileiros interpre- tam o Barão de Itararé, com materiais das expo- sições do MASP e de Curitiba. Isso rendeu mais algumas matérias na imprensa (o clipping com- pleto encontra-se no MIS S.Paulo), entre elas: — Revista do Diário Popular, pg.3, 13/12/1990. — Folha de S.Paulo, Ilustrada, pg. E-10, 13/12/ 1990.

— Jornal da Tarde, Divirta-se, pg. 29, 13/12/1990.

24/06/1990 - Lançamento do Almanhaque

para 1949 e da segunda edição fac-similar am- pliada do Almanhaque 1955 1º semestre na Li- vraria Cultura do Conjunto Nacional em S.Paulo, com direito a um link ao vivo no Jornal da Re- cord e ao famoso e temperado telegrama de Carlito Maia, elogiando e pedindo a reserva do seu exemplar. Ali também realizou-se uma pe- quena exposição que tomou toda a vitrine exter- na da livraria por uma semana. Este lançamento também gerou uma série de matérias na grande imprensa, algumas listadas abaixo:

— Folha de S.Paulo, Caderno Letras, pg. 2 (Re- senha), 22/06/1990.

— O Estado de S.Paulo, Caderno 2, pg. 9, maté- ria assinada por Lina de Albuquerque, 23/06/ 1990.

— Folha de S.Paulo, Folhateen, pg. 7-2, matéria assinada por Marcelo Rubens Paiva, 24/06/1990.

— Folha de S.Paulo, capa da Ilustrada e matéria assinada por Sergio Augusto na pg. 3, 24/06/1990.

— Jornal da Tarde, Divirta-se, 24/06/1990.

— Shopping News, City News, Jornal da Semana, DCI - 23 a 25/06/1990. — Folha da Tarde, Vida, pg.18, 24/06/1990.

Nov/1990 a Mar/1991 - Resgate do restante do material doado pela família no

Sítio de Vassouras-RJ em companhia de Ângela Marques da Costa (Arquivo do Esta- do, Cia. das Letrinhas, USP, rede Globo), Maria Regina Davidoff (Arquivo Municipal, Sala Cinemateca, MIS S.Paulo e Centro Cultural S.Paulo) e Ary Torelly, e início dos trabalhos de identificação e organização deste material; que durou até o final de 1992, quando o trabalho foi paralisado em virtude dos atrasos no pagamento, por parte do Governo do Estado de S.Paulo, das edições do ano anterior, quase provo- cando a falência da editora Studioma.

1991 - Durante todo ano e nos seguintes, continuaram a sair matérias sobre o

Barão e os Almanhaques, algumas das quais listamos abaixo:

— Revista Imprensa, setembro de 1991, em matéria assinada por Paulo Caruso. — Folha de S.Paulo, Ilustrada, pg.5, matéria assinada por José Simão, 30/07/1991. — Folha de S.Paulo, Revista D’, 30/06/1991.

— Folha de Londrina, 27/11/1991. — O Tempo (de Jundiaí), 23/11/1991.

— Folha da Região, Araçatuba-SP, 2º caderno, 29/11/91.

— Revista Cláudia, outubro de 91, matéria assinada por Isabel Vieira, pg. 42. — Revista Visão, pg. 65, 3/06/1992.

— Brasil Agora, agosto de 1992, em matéria assinada por Mouzar Benedito.

1992/1994 - A Studioma esque-

ceu um pouco o Barão neste período para publicar o Fortuna (Diz, logotipo!) e Aldemir Martins ilustrando Castro Alves (Navio Negreiro), mas, no se- gundo semestre de 1994, retomou todas as atividades, agora já como

Projeto Barão, e realizou, também

em parceria com o Arquivo do Esta- do, a edição do terceiro e último Al- manhaque, o Almanhaque 1955 - 2º semestre, o qual foi lançado na data de aniversário de Aporelly, quando este completaria o seu centenário, em 29 de janeiro de 1995, na Livraria da Vila, em S.Paulo. Este lançamento também foi bastante prestigiado e a grande imprensa publicou uma série de matérias elogiosas, algumas das quais listamos abaixo:

— Isto é nº 1323, 08/02/1995, pgs.96 e 97.

— VEJA, pg. 103, 08/02/1995. — Folha de S.Paulo, Ilustrada, pg.6, 28/02/1995.

— VEJA S.Paulo, lançamen- tos, pg. 51, 1/02/1995.

— Folha do Estado (Cuiabá- MT), capa e capa da Folha 3 (página inteira), 29/01/1995.

Abr/1995 - Estabeleceu-se uma parceria com a

ArtPrinter Gráficos Editores e realizou-se uma parte do Projeto de uma antologia do A Manha, começado

por Fortuna e Jaguar nos anos 50, mas refeito e fina- lizado por Fortuna sozinho. Este meticuloso trabalho de Fortuna teve várias reelaborações e contou com as modestas sugestões do grupo editor. Um ano an- tes, meses antes de Fortuna falecer, este nos cha- mou em sua casa e entregou o material final: Está ai, póde publicar; mas, infelizmente não houve tempo para ele ver o material publicado. De acordo com as pretensões do co-editor, reciclou-se e readequou-se a seleção de Fortuna (que era para ser um livro), para o formato Gibi (17X 21 cm), para ser lançado em fas- cículos para bancas de jornal, a preços módicos. As- sim, José Mendes An-

dré e Papi, releram toda A Manha, de 1926 a 1931,

para poder editar o material, excluindo os inadequa- dos ao público de banca e acrescentando alguns no- vos para suprir as exclusões. Mas a coleção não vin- gou por falta de publicidade e vendeu apenas 10.000 exemplares de cada um dos dois números publica- dos, parando por ai (esperava-se uma venda média de 30 mil exemplares em duas rodadas de distribuição nas bancas).

Neste ano do centenário de nascimento do hilário fidalgo, ocorreram diversas homenagens e eventos, muitos deles com a participação do Projeto Barão. O

melhor do primeiro semestre foi realizado pela F. Me- mória Brasil para o BNDES, onde uma grande exposi- ção (Itararé, o Barão do Humor), com materiais cedi-

dos pelo projeto, com curadoria e participação de Sergio Papi, ocupou todo o térreo da sede do BNDES no centro do Rio, e encantou seus visitantes pelo alto nível alcançado pela equipe produ- tora. Aproveitou-se a ocasião para lançar as Antolo- gias d’A Manha no Rio, e isso também rendeu uma série de matérias sobre o terceiro Alma- nhaque e as Antologias d’A Manha, algumas

das quais listamos abaixo:

— Jornal do Brasil, Caderno B, pg. 2, matéria assinada por Simone Cândi- da, 24/04/1995.

— O Globo, Segundo Caderno, matéria assinada por Daniela Name, 24/04/1995. — Ele Ela - maio de 1995, matéria de 6 páginas assinada por Luis Pimentel.

— Jornal do Brasil, Internas, pg. 12, matéria assinada por Moacir Werneck de Castro, 27/05/1995.

— Jornal do Brasil, Lance Livre, pg. 6, 30/05/1995. — Jornal do Brasil, Caderno B, pg. 8, 30/05/1995. — Jornal do Brasil, Registro, pg. 23, 31/05/1995. — Diário Pirata, Campinas-SP, capa, 4/05/1995. — Revista Principal, pg. 19, matéria assinada por Renato Modernell, agosto de 1995.

— O Noticiário (Teresópolis-RJ), pg. 8, 24/06/1995. — Folha da Câmara (de Vereadores do Rio de Janei- ro), pgs. 6 e 7, julho/agosto de 1995.

— O Jornal (Catanduva-SP), seção assinada por Alcy Gigliotti, 20/08/1995.

— Jornal do Brasil, Caderno B, pg. 2, 02/09/1995.

30/04/1995 - Segundo lançamento do Alma-

nhaque 1955 - 2º semestre em S.Paulo, durante o 7º HQMix - Festival Internacional de Humor e Quadri- nhos de S.Paulo (Sesc Pompéia).

24/08 a 24/09/1995 - Inaugura-

ção do Museu Prudente de Morais, durante a abertura do Salão Interna- cional de Humor de Piracicaba de 1995, com a exposição “Centenário do Barão de Itararé”, criada pela pro- dução do Salão com materiais cedi- dos pelo Projeto Barão. O salão co-

memorou naquele ano o recebimen- to em doação da casa de Prudente de Morais no centro de Piracicaba, a qual tornou-se um museu e centro de estudos e pesquisa, assim como local de exposições e workshops sobre humor, desenho e quadrinhos.

12/09 a 01/10/1995 - O MIS

S.Paulo realiza uma exposição mul- timídia em homenagem ao centená- rio de nascimento de Aparício Tore- lly, com curadoria de Jorge Padilha.

31/10 a 19/11 - Realizou-se no MIS S.Paulo, a grande

exposição de centenário de nascimento de Aparício Torelly, batizada de Nas Pegadas do Barão. Esta foi a primeira vez que abriu-se o acervo reunido desde 1989 para o público e, com grande colaboração do pessoal do MIS S.Paulo, conseguiu-se fazer um trabalho de altíssimo nível; o qual ocupou os três pisos do museu com exposições diferentes, a saber:

Térreo

Exposição de trabalhos de 70 cartunistas em homenagem ao Barão no saguão de entrada e no corredor de acesso ao auditório.

No auditório: Na abertura, show do atual Conjunto Nacional, composto por Paulo Caruso, Chico Caruso, Luis Fernando Verissimo e Aroeira, com apresentação e pia- das do Barão contadas por Paulo Caruso e José Mendes André (Chico Caruso e Aroeira vieram do Rio especialmente para o evento, e Luis Fernando Verissimo e esposa de Porto Alegre).

Primeiro andar

Exposição de fotos originais e reproduções de grande parte do acervo de fotos do Barão; reproduções estas feitas no laboratório do MIS S.Paulo por Rodrigo Maculan com materiais cedidos pela Fotótica.

Segundo andar

Exposição de originais do acervo: exemplares do A Manha, materiais da reda-

ção do A Manha (timbrados, diagramas de páginas, correspondência comercial,

etc, etc), correspondência pessoal, livros, coleção de desenhos originais publicados

no A Manha e nos Almanhaques, coleção de artes plásticas do Barão (exceto as

telas à óleo), etc, etc.

Na Sala Sony: exibição contínua do média metragem biográfico “Entre sem Ba- ter” de Luis Carlos Lacerda (Bigode) com Buza Ferraz no papel do Barão de Itararé (patrocinado pelo Banco Nacional), mais o evento de lançamento do primeiro Alma- nhaque fac-similar no MASP em 1989 (com as performances gravadas ao vivo da atriz Carminda André e do pintor Téo Castilho) com os artistas (mais de 100) falando

de seus trabalhos.

Esta exposição teve grande repercussão na grande imprensa, acentuadamente na mídia televisiva e radiofô- nica, destacando-se entre as matérias, pela excelência, a de Maurício Kubrusly para o Jornal da Globo e a de Renata Ceribeli para o VídeoShow, ambas para a TV Glo- bo. O clipping completo do evento está arquivado no De- partamento de Assessoria de Imprensa do MIS S.Paulo e está à disposição dos interessados. Este evento con- tou com o apoio do MIS S.Paulo, da Editora Studioma, da Secretaria de Estado da Cultura de S.Paulo, do Gover- no do Estado de S.Paulo, da Fotótica, da Agência APPM, da ArtPrinter Gráficos Editores, da Cia. Suzano de Papel e Celulose, do grupo de hotéis S.Paulo Center, da viníco- la Ca’Botticelli e da Rio-Sul Serviços Aéreos Regionais.

1996 - Passou-se este ano lutando para emplacar as Antologias d’A Manha, que,

entre idas e vindas para as bancas, não conseguia atingir a meta de vendas. Entre- tanto, no meio do ano, José Mendes André e Sergio Papi receberam o prêmio de melhor revista independente do Brasil em 95 com as Antologias d’A Manha, durante o 8º HQMix - Festival Internacional de Quadrinhos e Humor de S.Paulo, com direito à um troféu criado por Paulo Sayeg.

1997 a 1999 - A esta altura, estava chegada a hora de entregar ao público o

acervo que o Projeto Barão juntara desde 1989, e engrossar as fontes documentais

sobre o autor e sua obra. Este trabalho de prospecção de uma instituição adequada, na verdade, já vinha sendo feito há algum tempo e já tinha-se recusado a Biblioteca Nacional, a Fundação Pedro Doyle, o MIS S.Paulo e o Arquivo do Estado de S.Paulo, por não apresentarem as condições que julgavam-se ser as ideais. Por indicação de Heloisa Pontes (Dra. das Faculdades de Antropologia da USP e da UNICAMP) e de Júlio Artigas (ex-aluno da FAU-USP e filho de Vilanova Artigas) procurou-se o IEB- USP em 1999 e tiveram uma grande surpresa, com sabor de um merecido presen- te. Nesse período a grande imprensa continuou a publicar matérias, algumas das quais listamos abaixo, pela sua qualidade:

— O Estado de S.Paulo, Cidades/ Crônica, pg.2, matéria assinada por Matthew Shirts (O velho oeste e o Barão de Itararé), 18/04/1998.

— Folha de S.Paulo, Esportes, pg.10, matéria assinada por José Roberto Torero (A visita do velho Senhor), 15/09/1998.

— Folha de S.Paulo, Ilustrada, pg.3, matéria assinada por Carlos Heitor Cony (Barão de Itararé: o humorismo não é engraçado), 23/10/1998.

2000/2001- Estabelecido o primeiro contato com o IEB-USP (gestão Dr. Murillo

Marx), encaminhou-se a demanda ao Conselho daquela instituição da Universidade de S.Paulo, que aprovou o recebimento em doação do acervo. Participaram desde trâmite as seguintes pesquisadoras do IEB: Mayra Laudano, Ana Paula e Bianca (Artes Plásticas) e, Lucia Thomé e Cecilinha (Documentação Histórica). Assim que houve a aprovação burocrática da doação, encaminhou-se à Edusp uma proposta de realização de uma co-edição do Almanhaques, já que o acervo, agora, pertence à Universidade. Na visão do Projeto Barão, mais uma vez este foi agraciado com a

sorte e a sensibilidade do Conselho da Edusp e, especialmente, do Dr. Plínio Martins (Presidente da Edusp/Prof. do Depto. de Editoração da ECA-USP) e de seu assisten- te editorial (Dr. João Bandeira/Letras-USP, atualmente no Centro Cultural Maria An- tonia), e negociou-se os jogos de fotolitos dos Almanhaques para realizar novas edições dos mesmos, agora em edição mais simples (sem capa dura e sobrecapa) e acessível ao público universitário (como José Mendes André e Sergio Papi queriam a muito tempo, para concretizar a difusão destas obras de referência junto ao públi- co em processo de formação acadêmica). A Edusp, por sua vez, cooptou a parceria da Imprensa Oficial do Estado, e, no ano seguinte, os Almanhaques voltaram às livrarias, pela quinta vez em 12 anos.

Também houve um trabalho exaustivo de inventário do acervo, o qual foi entre- gue ainda em 2001 ao IEB-USP, cuja listagem está na seção anterior (Fontes Primá- rias).

2002/2003 - Logo no começo de 2002 foi lançado o Almanhaque para 1949

durante a Bienal do Livro de S.Paulo e, no segundo semestre, o Almanhaque 1955 - 1º semestre, ambos já esgotados no verão de 2003 (a tiragem foi de 2.000 exempla- res cada). O terceiro Almanhaque (o do 2º semestre de 1955) está no prelo e deverá vir a público ainda no primeiro semestre de 2004.

Conforme o contrato de doação com o IEB — que é considerado pelo Projeto Barão como mais um parceiro e o guardião dos originais do hilário fidalgo-de-araque

—, ficou facultada a possibilidade de intervir no andamento da organização, restau- ração e sistematização do acervo (não no sentido técnico, mas em relação à fila de