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6.4. A Observação simples

6.4.1. Observando as aulas

O período em que realizamos as observações das aulas permitiu-nos traçar um perfil das turmas participantes da nossa pesquisa. Em comum, as quatro turmas tiveram momentos de interrupção das aulas pelas professoras, por causa do barulho provocado tanto pelos alunos da sua própria classe quanto por pessoas externas àquele espaço. A professora Cleusa, por exemplo, em algumas situações, seguia o seu planejamento sem se incomodar com os ruídos, o que demonstrava já estar habituada àquela situação. As outras professoras repeliam o barulho interno com reclamações inflamadas. A seguir, destacamos alguns registros constantes no Relatório de observações, onde demonstramos casos em que os ruídos aconteciam:

- Um trio de alunos conversava [...]. Outro grupo também conversava sobre assuntos alheios à aula (Aula da professora Cleusa Regina);

- [...] os alunos provocavam muito barulho, conversando alto demais ou executando outro tipo de atividade (Aula da professora Maria Cecília).

- [...] as conversas se proliferavam. A professora reprimia com broncas os alunos que conversavam, mas não adiantava muito (Aula da professora Hilda).

- A professora reclamava do barulho e pedia silêncio para que a aula pudesse acontecer (Aula da professora Betina).

Os telefones celulares eram outros provocadores de atritos entre os professores e os alunos. Com exceção da professora Betina, em cujas aulas não observamos o uso dos aparelhos pelos alunos, nos demais casos, era constante a sua utilização. A professora Maria Cecília, durante uma aula, nos revelou que enfrentava graves problemas em suas turmas por causa desse costume dos seus alunos. Cabe ressaltar que houve casos em que os estudantes utilizavam o aparelho como suporte, ora para acessar a internet a fim de consultar algum conteúdo desconhecido no momento da aula, ora para fotografar os cadernos de colegas que haviam realizado as atividades, e também para fotografar a lousa onde constavam os assuntos de uma prova, escritos pela professora. Por outro lado, na maioria das vezes, esse “suporte” servia mesmo era para entreter quem o utilizava. A seguir, apresentamos os registros que apontam os usos variados dos telefones celulares durante as aulas:

- [...] alunos usavam aparelho celular. Dentre eles, um aluno fazia fotos, uma aluna conferia a maquiagem e outra ouvia mensagem de voz (Aula da professora Cleusa

Regina);

- [...] outros ouviam músicas e cantavam junto com a música executada, a partir de um aparelho celular (Aula da professora Cleusa Regina);

- Outros dois alunos [...] passavam a dividir um fone de ouvidos conectados a um aparelho celular (Aula da professora Cleusa Regina).

- Uma aluna ouvia músicas a partir de um aparelho celular com fones de ouvido [...]

(Aula da professora Maria Cecília);

- Uma aluna ouvia músicas no celular, sem fone de ouvido (Aula da professora Maria

Cecília);

- Alguns alunos acessavam a internet pelo celular para buscar o significado dos vocábulos por eles desconhecidos; Outros (que não quiseram copiar nos seus próprios cadernos) faziam fotos dos cadernos dos colegas, nas páginas onde se encontrava a atividade passada pelo professor (Aula da professora Hilda);

- Outros alunos faziam selfie (Aula da professora Hilda);

- Um aluno tirou foto do quadro, alegando que não iria copiar aquilo. A professora chamou a atenção desse aluno, alegando que ele deveria copiar no caderno, pois poderia perder o aparelho e perderia, assim, o assunto da prova (Aula da professora

Hilda).

Já dissemos que não houve casos de uso do aparelho celular pelos alunos nas aulas da professora Betina. No entanto, durante uma aula em que observávamos, acessamos o nosso

próprio aparelho por conta de uma situação que envolvia a realização de uma atividade e sua posterior leitura, por uma aluna:

[...] uma aluna apresentou um poema (“Estrelas”) afirmando ser de autoria do escritor Euclides da Cunha. A professora questionou a autoria do poema e pediu cuidado com as pesquisas em sites mentirosos. Eu pedi à aluna o texto que ela portava, li e, como não o conhecia, pedi licença à professora e acessei a internet do meu celular para pesquisar a autoria daquele texto. Para nossa surpresa, a autoria do texto era atribuída a Euclides da Cunha em sites considerados confiáveis como Jornal da poesia. Comuniquei o fato à professora. Ela admitiu não conhecer o lado poeta do autor e também não conhecia aquele poema. Seguiu concluindo a sua explicação a partir de “Os sertões” do mesmo autor. Ao final, pediu que a aluna lesse a sua atividade e em seguida, falasse sobre o poema lido. A aluna, após o episódio, agradeceu-me pela interferência, assim como a professora53.

Também registramos, nas quatro turmas observadas, que era prática constante a interrupção das aulas por pessoas que não faziam parte daquele espaço. Eram alunos de outras turmas que chegavam para chamar algum amigo que ali se encontrava. Além disso, houve um caso em que uma funcionária da secretaria de uma das escolas pediu licença para cobrar documentos que alguns estudantes deviam à instituição. Um caso que merece destaque é o da professora Cleusa, quando um grupo de alunos solicitou que ela adiantasse a aula em sua turma, pois estavam com o horário vago. A professora retirou uma atividade (xerox de um livro didático) da sua bolsa e entregou ao grupo de alunos. Aquela atividade seria a aula de Língua Portuguesa e Literatura daquela turma, naquele dia.

- Os alunos de outra turma adentraram a sala e pediram que a professora passasse uma atividade para a turma deles, pois estavam com aula vaga. A professora retirou uma atividade da bolsa e entregou aos alunos, atendendo àquela solicitação (Aula da

professora Cleusa Regina).

- Uma funcionária da escola entrou na sala, nesse momento, e pediu para que os alunos respondessem a uma chamada específica: os que deviam documentos à instituição deveriam se manifestar e, em seguida, procurar a secretaria da escola para apresentar a documentação devida (Aula da professora Maria Cecília).

- Um aluno da escola, mas não daquela turma, chegou à porta da sala e, sem pedir permissão à professora, chamou outro aluno que se encontrava naquela turma. A professora não permitiu que o seu aluno saísse e reclamou com o outro (Aula da

professora Hilda);

- Uma aluna de outra turma invadiu a sala e foi expulsa pela professora (Aula da

professora Hilda).

- Alguém chamou um aluno do lado de fora. A professora não permitiu a saída do seu aluno e fechou a porta da sala (Aula da professora Betina).

A mudança no roteiro das aulas também foi registrada durante o processo de observação. Em um dia agendado para duas observações na Escola Heurisgleides Ferreira, o pesquisador passou metade da manhã naquele espaço e não conseguiu coletar os dados nas turmas que seriam observadas. No primeiro caso, a professora Cleusa passou um filme para os seus alunos, o que, segundo ela, impossibilitaria o trabalho de observação. Questionamos se o filme teria alguma relação com o conteúdo disposto no seu planejamento e ela respondeu que não, mas não revelou o título do filme e nem o objetivo daquela atividade. No segundo caso, a professora adiantou as aulas e saiu sem que o pesquisador a tivesse encontrado:

Cheguei à escola por volta das 8h10min e fui à procura da professora Cleusa. Ao encontrá-la, ela me disse que mudara o planejamento. Ao invés de aula de literatura passaria um filme e, portanto, eu não poderia realizar a observação. Acrescentou que achava que eu não precisava mais fazer nenhuma observação, pois eu já havia sentindo como é que funcionava a sua aula. Falei-lhe da natureza etnográfica da minha pesquisa e que, portanto, precisava realizar mais observações. Ela me pediu desculpas e me disse que voltasse à escola semana seguinte. Esperei as aulas da outra professora. Como não chegou ao local onde eu me encontrava no horário do intervalo e já estava no horário da sua aula, procurei por ela. Uma secretária me informou que ela adiantara as aulas e fora embora54.

Por fim, mais um fato que destacamos: durante uma das visitas para realizar observação das aulas, o pesquisador e a professora Hilda chegaram à sala onde dar-se-ia a referida observação. Porém, a realização da coleta de dados não foi possível naquele dia, pois a aula não aconteceu:

A professora chegou comigo à sala de aula, cumprimentou os alunos e percebeu que eles estavam reunidos em grupos formados por cinco ou seis pessoas. Perguntou o que estava acontecendo e eles disseram estar realizando uma atividade de geografia. A professora disse que não permitia aquilo, uma vez que não fora acertado nada anteriormente com o docente daquela disciplina e pediu que eles guardassem o material. Eles reclamaram e explicaram que só tinham aquele momento para finalizar a atividade iniciada na aula anterior. A professora, então, concedeu um tempo não determinado para a finalização do trabalho, apesar de protestar. A aula chegou ao final e a professora não pode realizar o que havia proposto, apenas escreveu no quadro o assunto que seria trabalhado naquele dia e passou uma atividade no livro didático para casa. Tanto eu quanto a professora Hilda ficamos na sala durante o período que seria da sua aula55.

Os relatos acima descritos não estão relacionados, diretamente, aos nossos objetivos de pesquisa, mas são cruciais para entendermos como se constroem as práticas docentes e os processos de apropriação por parte dos estudantes. Ao realizarmos as observações, percebemos que eram constantes as interrupções. Pelas reações da professora Cleusa e da professora Maria Cecília e também dos estudantes, percebemos que todos conviviam e estavam habituados àquela situação. Por isso, tivemos, em alguns momentos, a aula expositiva ou descritiva (com a professora escrevendo no quadro), os ruídos internos (conversas paralelas e uso de aparelhos celulares) e o barulho externo (pessoas que interrompiam as aulas por alguma razão) acontecendo ao mesmo tempo.

Esses fatores estão diretamente relacionados ao processo de ensino-aprendizagem praticado pelas professoras observadas. Por essa razão, ampliaram a nossa percepção para além do que buscávamos coletar. E também nos fizeram perceber que o processo de ensino- aprendizagem empenhado pelas docentes, independentemente do valor agregado, recebia “contribuições”, ainda que informalmente, tanto dos seus alunos quanto dos alunos de outras turmas e de pessoas estranhas àquele contexto. Sendo assim, verificamos que todos os ruídos destacados das observações estão contidos na prática pedagógica e, por isso, contribuíram para uma ampla e reflexiva coleta de dados, uma vez que não descartamos os registros que não respondessem, diretamente, aos nossos objetivos específicos. Ao final, concluímos que

não só respondem, por vias indiretas, como amplificam as possibilidades de interpretação daquelas realidades escolares.

A seguir, apresentamos três quadros identificados com as unidades temáticas criadas, a partir do relatório de observações, para analisarmos e interpretarmos os dados deste instrumento de coleta. Para auxiliar a identificação dos dados, nomeamos as referidas unidades temáticas como: “Usos do livro didático”, “Processo de ensino-aprendizagem” e “Visões da literatura”.

Quadro 9 – Usos do livro didático

Docentes Dados Encontrados

Cleusa Regina

1 - A professora entregou aos alunos uma xerox de um livro didático, na qual constava um fragmento do capítulo “Virgília?” (aulas 1 e 2, em 13/10/2014); 2 - A professora entregou uma atividade para os alunos, no formato de Xerox,

de um livro didático (aulas 3 e 4, em 25/11/2014);

3 - Em seguida, explicou o assunto em linhas gerais e passou uma atividade

contida em uma xerox de livro didático (aulas 5 e 6, em 9/12/2014).

Maria Cecília

1 - Apenas um aluno estava com o livro em mãos. A professora pediu para

que alguns alunos fossem buscar os livros didáticos da secretaria da escola

(aulas 3 e 4, em 01/12/2014);

2 - A professora [...] perguntou se os alunos estavam com os seus livros

didáticos. Alguns responderam que não e ela pediu que estes se juntassem aos que haviam levado o referido LD (aulas 5 e 6, em 08/12/2014);

3 - A professora pediu que os alunos abrissem o livro didático no capítulo que

cita o poeta Murilo Mendes e que um deles lesse o que se dizia sobre ele. Um aluno atendeu à solicitação e efetuou a leitura. A professora, então, comentou o texto, em seguida (aulas 5 e 6, em 08/12/2014);

4 - Outro aluno assumia a função de continuar a leitura. Após, outra aluna

passou a ler o texto poético “pré-história”, destacado no livro didático. A professora comentou o texto e o relacionou ao contexto de produção. A aula seguiu com alunos e alunas lendo as questões de interpretação de texto do

livro didático (aulas 5 e 6, em 08/12/2014);

5 - O assunto avançou para Cecília Meireles. Ao voltar-se para o texto do

livro didático, percebeu que o poema “Reinvenção” não se encontrava na íntegra. Pediu que os alunos o procurassem na internet também (aulas 5 e 6,

em 08/12/2014).

Hilda 1 - A professora passou uma atividade no livro didático. Pediu também que

os alunos que estivessem com o livro didático naquele momento se sentassem próximos a alguém que portasse o manual para que pudessem realizar a atividade. Em seguida, organizou a turma de modo que todos os alunos trabalhassem com o LD (aula nº 1, em 3/12/2014);

2 - A professora corrigiu a atividade da aula anterior, utilizando as respostas

fornecidas pelo livro do professor (aulas nº 2 e 3, em 5/12/2014);

3 - Em seguida, passou mais uma atividade constante do livro didático sobre

o Simbolismo no Brasil (aulas 2 e 3, em 5/12/2014);

4 - A professora deu início a uma estudo do poema “nell mezzo del camin” de

Olavo Bilac, constante no livro didático. A professora pediu que os alunos se revezassem na leitura do texto (aulas 5 e 6, em 12/12/2014);

5 - Perguntou quantos alunos portavam o livro didático naquele momento.

Apenas três alunos disseram que estavam com os LD em mãos (aulas 5 e 6,

em 12/12/2014).

Betina 1 - Passou como atividade para casa uma atividade contida no livro didático

na página 16. A seguir, pediu que os alunos abrissem o livro na página em que constava o assunto da aula (aula 1, em 10/06/2015);

2 - A professora fez um apanhado geral sobre os principais autores do início

do século XX, no Brasil. Avisou que as atividades do livro didático seriam sempre às quartas-feiras (aula 2, em 11/06/2015);

3 - A professora explicou passo a passo o que seriam as vanguardas artísticas

europeias, a partir do livro didático [...]. Complementou com outras informações e pediu que os alunos, após a explicação, lessem cada um dos textos constantes no referido LD (aula 6, em 16/07/2015);

A professora Cleusa Regina utilizou os seguintes suportes para apoiar sua prática docente: o livro didático Novas Palavras (FTD), folhas xerografadas de livro didáticos de anos anteriores, lousa e aulas expositivas. Durante as observações, registramos que o livro didático foi utilizado em todas as seis aulas observadas; quando não era o do PNLD vigente, eram folhas xerografadas de outros livros didáticos oriundos de PNLD anteriores.

As aulas da professora Maria Cecília foram totalmente amparadas no livro didático de Língua Portuguesa Novas Palavras (FTD), embora tenha anunciado nas duas últimas aulas observadas que havia preparado um material (não especificou qual seria), e que não ficou pronto a tempo de ser apresentado à turma naquela data. O livro didático, portanto, foi utilizado em todas as seis aulas observadas.

Percebemos que o livro didático é tão essencial nas aulas da professora Maria Cecília, que mesmo quando os alunos não os portavam (alegando que era muito pesado para carregá- lo), ela remediava a situação, solicitando que os estudantes se dirigissem à secretaria da escola para buscar alguns exemplares para que, assim, pudessem trabalhar. Em outro momento, ao perceber que havia uma quantidade considerável de manuais didáticos na turma, pediu que os alunos formassem grupos para que todos tivessem acesso ao referido LD. Percebendo que uma aluna não portava o LD, a professora a repeliu. Ao ouvir da estudante que já estava aprovada e, portanto, não precisava mais trazer o LD para escola, a professora lhe disse que quanto mais pontos aquela aluna fizesse, mais chance teria de ser aprovada no ENEM.

As aulas da professora Hilda também foram apoiadas, exclusivamente, no livro didático de Língua Portuguesa Novas Palavras (FTD). Nas seis aulas observadas, a prática docente foi construída a partir dos fragmentos de textos literários lidos pelos discentes e comentados pela referida professora; atividades de interpretação de textos também foram extraídas do mesmo LD. Assim, o processo de ensino-aprendizagem, nesta turma, foi todo construído a partir do livro didático. Registramos que as contribuições da professora, no tocante aos esclarecimentos quando os alunos apresentavam dúvidas em relação ao conteúdo, foram realizadas a partir de consultas ao manual do professor. A exceção se deu pela explicação de sentido de alguns vocábulos desconhecidos pelos estudantes e uma atividade sobre o poeta Cruz e Souza, em que ela solicitou que os alunos pesquisassem, além dos livros didáticos, também, na internet. Mas não explicou como deveria ser realizada essa pesquisa, apenas disse que se tratava de uma pesquisa sobre o poeta.

Por sua vez, a professora Betina, em suas aulas, utilizou os seguintes suportes: o livro didático do ano de 2015 (Ser Protagonista, da Edições SM), folhas xerografadas contendo

recortes de outros livros didáticos, atividades sobre o conteúdo trabalhado, lousa e aulas expositivas. Pela dinâmica empreendida, entendemos que as aulas dessa docente, embora siga as orientações do livro didático no tocante à sequência temporal dos temas, não são apoiadas exclusivamente no referido suporte. Percebemos que a exposição da professora se baseava, na maioria dos casos, nas leituras prévias que possuía. Como consequência, também percebemos uma considerável participação por parte dos alunos.

O lugar ocupado pelo livro didático nas aulas foi o de orientar a ordem dos assuntos trabalhados pela professora Betina. Assim, cada temática explorada coincidia com a sequência apresentada pelo LD. Também desse suporte foram extraídas imagens, conceitos e atividades. No entanto, a prática docente não se resumiu à utilização dos recursos acima mencionados, conforme registramos.

Quadro 10 – Processo de ensino-aprendizagem

Docentes Dados Encontrados

Cleusa Regina

1 - Após escrever os enunciados da aula no quadro, a professora introduziu

a temática expondo as especificidades da escrita do poeta português. Destacou a heteronímia e apresentou cada um dos heterônimos de Pessoa

(aulas 1 e 2, em 13/10/2014);

2 - Após uma atividade dirigida aos alunos, copiada no quadro, a professora pediu que eles registrassem nos cadernos e, em seguida, deveriam responder

as questões propostas sobre literatura brasileira (aulas 1 e 2, em 13/10/2014);

3 - Os alunos, após copiarem as respostas do quadro, levavam os cadernos

até a professora e ela carimbava cada um dos cadernos (aulas 1 e 2, em

13/10/2014);

4 - [...] solicitei o livro fonte da xerox utilizada na aula. A professora me

respondeu que era de um livro didático, mas que, por usá-la há muito tempo, não se lembrava mais de qual livro era (aulas 1 e 2, em 13/10/2014);

5 – A professora copiou no quadro as respostas da atividade passada em aula

anterior, baseada em um texto extraído da música “Eu sou negão”. Logo após, escreveu o roteiro da aula daquele dia. Literatura: Simbolismo (aulas

6 - A professora seguiu escrevendo no quadro e, ao terminar, passou a

explicar o assunto abordado, a obra de Paul Verlaine. Destacou a relação

afetiva de Verlaine com Rimbaud. Alguns alunos riram, outros não

esboçaram reação mas deram mais atenção ao que era dito pela professora

(aulas 3 e 4, em 25/11/2014);

7 - Enquanto os alunos ainda respondiam a atividade, a professora já copiava

as respostas no quadro. Enquanto copiava, a professora ia explicando as respostas que fornecia às questões da atividade executada (aulas 3 e 4, em

25/11/2014);

8 - Duas alunas conversavam enquanto os demais prestavam atenção ao que

era dito pela professora, inclusive participando com algumas tímidas contribuições (aulas 5 e 6, em 09/12/2014);

9 - A professora [...] escreveu na lousa o título do assunto daquelas aulas:

Simbolismo. Alguns minutos após, passou à correção daquela atividade, o texto “Canções” de Cecília Meirelles e discutiu as respostas oferecidas pela turma. Comentou o significado das palavras apresentadas pelo texto (aulas 5

e 6, em 09/12/2014);

10 - Após a correção, a professora questionou os alunos sobre a participação

deles em uma feira que a escola estaria organizando. Em seguida, a professora explicou novamente as características do movimento simbolista, apresentando-lhes exemplos do movimento artístico em outros textos como a música popular brasileira, por exemplo. Na sequência, nova atividade extraída de livro didático. Dessa vez, a professora permitiu que os alunos tivessem um tempo maior para responder à atividade proposta (aulas 5 e 6,

em 09/12/2014). Maria

Cecília

1 - [...] os alunos deveriam ler e responder questões do livro didático Novas

Palavras (FTD), da página 185 à 189 [...] sobre um fragmento do romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa (aulas 1 e 2, em 24/11/2014);

2 - A professora, a pedido de um grupo de alunos, explicou uma questão do

livro didático (aulas 1 e 2, em 24/11/2014);

abordado na aula anterior, copiando-o no quadro: “Modernismo – 3ª geração” (aulas 3 e 4, em 01/12/2014);

4 – Os alunos reclamavam que a atividade do dia tinha “muita coisa”, mas

não se negaram a executá-la. Uma aluna disse que não havia trazido o livro