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Quando a doença já se instalou e provocou sequelas, a prevenção terciária possibilita reduzir a inca- pacidade, através da adoção de terapêuticas adequadas à reinserção profissional dos indivíduos com re- dução das habilidades laborativas.

Nas últimas décadas assistimos a um grande incremento das técnicas de análise de risco. É importante assinalar que isto ocorreu ao custo de se ignorar serem os riscos fortemente determinados por processos sociais, sejam eles relacionados aos processos produtivos, sejam eles relacionados aos aspectos ambien- tais. Além do mais, não tem sido levado em consideração o fato dos riscos não se limitarem somente aos danos físicos mensuráveis, sendo constituído por outros mais sutis, tais como danos psicossociais sobre as populações expostas, além de suas implicações nas relações interinstitucionais e sociais estabelecidas. As análises técnicas de riscos ao ignorarem ou subestimarem a dimensão social do processo saúde doença, acabam por deixar de lado uma questão fundamental, ou seja, as condições de risco não po- dem ser analisadas somente enquanto entidades físicas - sistemas tecnológicos nos processos de produ- ção ou substâncias perigosas enquanto matéria prima e produto - que existem independentemente dos seres humanos que os analisam e vivenciam, sendo simultaneamente constituídos por processos sociais que interagem continuamente. Essa interação, que é por vezes bastante sutil e complexa, é frequente- mente assumida pelas ações das instituições públicas como inexistente.

Considerar o produto, a matéria prima, o processo produtivo, os agentes físicos, químicos, os fatores culturais, educacionais e outras CONDIÇÕES DE RISCO, como resultantes de processos sociais, nos con-

duz à formulação de uma nova visão de gerenciamento de riscos, onde são considerados também aque- les que percebem e vivenciam as mesmas condições de risco.

Desta forma, a noção de risco estaria relacionada a uma expressão quantitativa que pode ser expressa através do resultado entre a probabilidade de eventos ou falhas relacionadas com a magnitude das con- seqüências do evento. Os métodos de análise de riscos possuem um caráter preditivo, no sentido de que buscam avaliar os riscos de ocorrência de eventos indesejáveis antes que esses ocorram.

Dentro de uma visão sistêmica, a investigação multiprofissional e interdisciplinar é exigida, favore- cendo a capacidade de se pensar integradamente aspectos quantitativos e qualitativos. Qualquer propos- tas de avanço, ao não considerar esses aspectos, poderá cair na armadilha de representar mais uma so- fisticada perspectiva de legitimação dos interesses vigentes, da exclusão social e do ocultamento dos ine- vitáveis limites e incertezas que caracterizam as análises de situações e eventos de risco.

Se aceitarmos o conceito de risco como pano de fundo para a construção, através da visualização es- pacial do território de abrangência, de um instrumento de ação para as equipes de Vigilância Sanitária, o mesmo deverá considerar as seguintes informações básicas:

4 Informações da área: municípios; extensão territorial urbano/rural (km_); bacia hidrográfica; acidentes geográficos (barreiras naturais); acessibilidade; clima; outras características locais; dados demográficos (distribuição da população por sexo e idade); População Economicamente Ativa; dados epidemiológi- cos; taxas de natalidade; morbidade geral; mortalidade geral e outras informações importantes.

4 Informações para a construção e visualização do instrumento: delimitar áreas de densidade; mapa de uso e ocupação do solo; mapeamento de problemas; situação de saneamento básico; ativida- des econômicas principais.

Considerar o produto, a matéria prima, o processo produtivo, os agentes físicos, químicos, os fatores culturais, educacionais e outras CONDIÇÕES DE RISCO, como resultantes de processos sociais, nos con- duz à formulação de uma nova visão de gerenciamento de riscos, onde são considerados também aque- les que percebem e vivenciam as mesmas condições de risco.

Desta forma, a noção de risco estaria relacionada a uma expressão quantitativa que pode ser expressa através do resultado entre a probabilidade de eventos ou falhas relacionadas com a magnitude das con- seqüências do evento. Os métodos de análise de riscos possuem um caráter preditivo, no sentido de que buscam avaliar os riscos de ocorrência de eventos indesejáveis antes que esses ocorram.

Dentro de uma visão sistêmica, a investigação multiprofissional e interdisciplinar é exigida, favore- cendo a capacidade de se pensar integradamente aspectos quantitativos e qualitativos. Qualquer propos- tas de avanço, ao não considerar esses aspectos, poderá cair na armadilha de representar mais uma so- fisticada perspectiva de legitimação dos interesses vigentes, da exclusão social e do ocultamento dos ine- vitáveis limites e incertezas que caracterizam as análises de situações e eventos de risco.

Se aceitarmos o conceito de risco como pano de fundo para a construção, através da visualização es- pacial do território de abrangência, de um instrumento de ação para as equipes de Vigilância Sanitária, o mesmo deverá considerar as seguintes informações básicas:

4 Informações da área: municípios; extensão territorial urbano/rural (km_); bacia hidrográfica; aci- dentes geográficos (barreiras naturais); acessibilidade; clima; outras características locais; dados de- mográficos (distribuição da população por sexo e idade); População Economicamente Ativa; da- dos epidemiológicos; taxas de natalidade; morbidade geral; mortalidade geral e outras informações importantes.

4 Informações para a construção e visualização do instrumento: delimitar áreas de densidade; mapa de uso e ocupação do solo; mapeamento de problemas; situação de saneamento básico; ativida- des econômicas principais.

Considerando o mapeamento dos temas anteriores, analisar com bom senso, intuição e dados con- cretos: gravidade do problema; população envolvida e frequência de exposição.

Colocadas as idéias de espacialização, entendemos como importante a definição dos principais con- ceitos e termos utilizados em planejamento, que serão trabalhados em aulas específicas do curso refe- rente ao Planejamento em Vigilância Sanitária:

Ação: unidade imediata de desagregação das operações na estrutura modular do plano.

Ator Social: personalidade, organização ou grupos que têm capacidade de acumular força, desenvol- ver interesses e necessidades e atuar produzindo fatos na situação.

Cobertura: proporção da população-alvo que de fato recebe serviços.

Concentração: número de vezes que se repete uma atividade em relação ao mesmo indivíduo, esta- belecimento ou ambiente.

Custo: valor de todos os recursos utilizados na produção e distribuição de bens e serviços.

Demanda: quantidade do bem ou serviço que as pessoas desejam consumir em um período de tempo. Eficácia: grau em que uma ação alcança o resultado final que havia sido proposto. Capacidade dos serviços resolverem problemas de saúde. Relação entre recursos e o resultado. Grau no qual uma intervenção, procedimentos, regime ou serviço produz um efeito benéfico sob condições ideais. Fazer coisas certas; produzir alternativas criativas; maximizar a utilização dos recursos; obter resul- tados e aumentar lucro.

Eficiência: Relação entre os recursos destinados às atividades e o efeito ou resultado produzido. Rela- ção entre os objetivos e os recursos. Relação entre recursos e o produto. Efeitos ou resultados em relação ao esforço realizado, expressas em termos de dinheiro, recursos e tempo. Relação entre re- cursos utilizados e os resultados obtidos em uma determinada atividade. Relação entre custo e efeito. Efetividade: Relação entre objetivos alcançados e os propostos. Grau no qual uma intervenção, pro- cedimento, regime ou serviço específico executa o que foi previsto sob condições reais. Produção de resultados correspondentes ao esperado.

Estratégia: Eleição dos meios a empregar ou métodos a seguir com o fim de cumprir a política fixada para alcançar um objetivo. Uso encadeado do arco da conjuntura no percurso do arco direcional que conduz à situação-objetivo. Arte de explorar as condições favoráveis com o fim de alcançar ob- jetivos específicos. É a proposição para o futuro, enunciado de diretrizes para longo prazo.

Imagem-Objetivo: Situação futura desejada que não está condicionada pela disponibilidade atual de recursos nem por prazo ou tempo determinados. Situação geral escolhida como um objetivo. Impacto: Efeito resultante do desenvolvimento de um programa, projeto, ação ou atividade. Indicadores: Instrumentos elaborados e usados para avaliar o cumprimento dos objetivos e metas. Indicador de Saúde: Medida simples de uma das dimensões do estado de saúde, como por exem-

plo, a taxa de mortalidade infantil. São Instrumentos específicos utilizados para avaliar uma deter- minada situação de saúde, ou alcance dos objetivos e metas estabelecidos nos programas de saúde Índice de Saúde: Medida de estado de saúde, que resume num só valor o conjunto de indicadores

das diversas dimensões da saúde/doença de uma pessoa ou população.

Instrumento: Conjunto de recursos combinados, quantitativa e qualitativamente, segundo critério de eficiência, para produzir uma atividade básica de saúde.

Meta: Quantificação do objetivo em relação ao espaço, tempo e quantidade. Exemplos:

4 reduzir 50% (resultado) dos acidentes de trabalho no setor metalúrgico, no período de 4 anos; 4 imunizar 90% da população (ação) com vacina anti-gripal.

Expressão quantitativa e qualitativa de um objetivo. As metas concretizam o objetivo no tempo e no espaço.

Objetivo: A expressão quantitativa e qualitativa de um fim ou propósito que se pretende alcançar. Enunciado claro de que se pretende alcançar. Exemplo:

4 melhorar as condições de trabalho nas fábricas; 4 melhorar as condições de trabalho nas fábricas; 4 estabelecer rotina de fiscalização nas fábricas.

Descrição da situação a ser alcançada a fim de superar, eliminar ou controlar os problemas identificados Operação: Compromisso de fazer algo para modificar as características de um ou vários problemas. Padrão: É o que estabelece como base ou medida para avaliação ou realização de alguma coisa. Parâmetro: Algo aceito ou estabelecido com autoridade, como um índice, para medir quantidade,

Plano: Instrumento que reúne, de forma coerente e ordenada, todas as ações que se realizam numa organização, com fim de alcançar os objetivos de sua política. Corresponde ao momento técnico de uma atividade, quando condições, objetivos e meios podem ser, determinados precisamente, e quando o ordenamento recíproco dos meios e fins se apoiam em um conhecimento suficiente do campo afetado.

Política: Modo de atuação; arte de estabelecer as normas gerais e a orientação que deve ser seguida por uma organização.

Problema: Discrepância entre o ser e o deve ser (ou possibilidade de ser), e o deve ser, que um ator assume como evitável e inaceitável. Formalização, para um ator, de uma discrepância entre a rea- lidade constatada ou simulada e uma norma de referência que ele aceita ou cria.

Problema Potencial: É o que surge provisoriamente para um ator ao comparar o resultado de um encontro desfavorável de tendências com uma norma de referência.

Programa: Documento que descreve de maneira ordenada, no tempo e no espaço, todas atividades que serão realizadas para cumprir um propósito. Parte fundamental do plano que compreende um conjunto de atividades mais ou menos homogêneas com o fim de alcançar um objetivo comum. Programação: Aplicação de um raciocínio lógico na formulação de um programa, implicando traba-

lho intelectual prévio à ação e arte e técnica que permitam racionalizar as decisões. É uma etapa do processo de planejamento, em que as diretrizes da instituição se traduzem em termos operaci- onais, com base nas necessidades identificadas na comunidade.

Projeto: Atividade ou conjunto de atividades relacionadas que devem ser desenvolvidas de acordo com um plano, de maneira a alcançar um objetivo dentro de um período de tempo determinado o qual termina quando o objetivo é alcançado.

Recursos: Elementos humanos, materiais, financeiros, tecnológicos e o tempo necessário ou dispo- nível para a realização de ações dirigidas ao cumprimento de objetos ou metas específicas. Rendimento: Número de unidades de trabalho que produz um instrumento por unidade de tempo. Exemplo: 4 consultas médicas por hora.

Resultado: Efeito ou impacto resultante do desenvolvimento de um programa de saúde na população. Situação: Explicação da realidade que uma força social realiza em função de sua ação e da luta com outras forças sociais. Realidade explicada por um ator que nela vive e explica em função da sua ação. Tática: “Uso dos recursos escassos na produção de uma mudança situacional imediata”.

Transcendência de um dano: Impacto sobre a comunidade produzido pelas mortes por este dano. O impacto pode ser determinado pelo significado que se dá às mortes correspondentes nas várias idades. Viabilidade: Possibilidade efetiva de operar os indicadores selecionados em função dos recursos dis-

poníveis.

Vulnerabilidade: Possibilidade de atacar o dano em termos de conhecimentos técnicos e recursos. Possibilidade de evitar dano de acordo com a tecnologia atual. Refere-se à maior ou menor pos- sibilidade de se controlar uma doença, em função das próprias características.