O Brasil iniciou sua atuação contra o trabalho escravo através de políticas públicas
em 1995, por meio do Decreto nº 1.538, que criou o Grupo Executivo de Repressão ao
Trabalho Forçado (GERTRAF). Suas competências seriam as seguintes:
Art. 2º Compete ao GERTRAF:
I - elaborar, implementar e supervisionar programa integrado de repressão ao trabalho forçado;
II - coordenar a ação dos órgãos competentes para a repressão ao trabalho forçado, indicando as medidas cabíveis;
III - articular-se com a Organização Internacional do Trabalho - OIT e com os Ministérios Públicos da União e dos Estados, com vistas ao exato cumprimento da legislação pertinente;
IV - propor os atos normativos que se fizerem necessários à implantação do Programa previsto no inciso I.7
Para atingir tais finalidades, foi instituído o Grupo Especial de Fiscalização Móvel
(GEFM), também em 1995, formado por auditores fiscais do trabalho, policiais federais e
procuradores do MPT, além contar em determinadas circunstâncias com procuradores
federais, membros do IBAMA e do INCRA. Embora com estrutura reduzida, entende-se que
sua atuação foi a responsável pelo reconhecimento do Brasil como referência no combate ao
trabalho escravo pela OIT.
8No mesmo sentido, foram lançados pelo governo os Planos Nacionais para a
Erradicação do Trabalho Escravo, em 2003 e 2008, período durante o qual as equipes do
GEFM foram ampliadas.
9De acordo com o próprio MTE, a existência de um comando
centralizado era essencial para o correto diagnóstico do problema, padronizando os
procedimentos, assegurando o sigilo das denúncias e reduzindo as pressões e ameaças feitas
às fiscalizações locais.
10Ressalte-se que a situação é grave, tendo inclusive sido colocada
7 BRASIL. Decreto nº 1.538, de 27 de junho de 1995. Cria o Grupo Executivo de Repressão ao Trabalho Forçado e dá outras providências. Diário Oficial da União, 28 jun. 1995. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D1538.htm>. Acesso em: 7 out. 2015.
8
SENADO FEDERAL. Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) já libertou mais de 40 mil trabalhadores. Em discussão! Revista de audiências públicas do Senado Federal, ano 2, n. 7, maio 2011. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/trabalho-escravo/combate-ao-trabalho- escravo/gefm.aspx>. Acesso em: 7 out. 2015.
9
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. A experiência brasileira no combate ao trabalho escravo
contemporâneo. Disponível em: <http://www.cdes.gov.br/documento/844194/mte-a-experiencia-brasileira-
no-combate-ao-trabalho-escravo-contemporaneo-.html>. Acesso em: 8 out. 2015. 10 Idem, ibidem.
como um dos objetivos do PPA 2016/2019 a iniciativa de proteger os profissionais que lidam
com o trabalho escravo.
11Ao atuar, o Grupo retira os trabalhadores do local em que estão, preenchendo os
autos de infração e dando entrada nos processos administrativos que resultam em pagamento
de verbas rescisórias e acesso a programas governamentais, além de assistências como
alimentação e alojamento enquanto perdurar a fiscalização. Tais medidas estão previstas no
Plano Plurianual 2012-2015 (PPA/12-15),
12do Governo Federal, que traz em seu objetivo
0973 o seguinte:
OBJETIVO: 0973 - Erradicar todas as formas de trabalho análogo a de escravo, por
meio da ampliação, qualificação e articulação de ações e serviços focados no seu enfrentamento e na promoção dos direitos dos trabalhadores submetidos a esta condição.
Órgão Responsável: Secretaria de Direitos Humanos
Metas 2012-2015
Aprovar e implementar a PEC sobre a expropriação de propriedades flagradas com trabalhadores reduzidos à condição análoga a de escravo e disposições afins
Realizar 945 ações fiscais para erradicação do trabalho análogo a de escravo
Iniciativas
0457 - Aprovação da PEC sobre a expropriação de propriedades flagradas com trabalhadores reduzidos à condição análoga a de escravo e disposições afins
0458 - Articulação de ações de prevenção e erradicação do trabalho escravo com o Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda, particularmente seguro- desemprego para trabalhadores resgatados, e intermediação de mão de obra e qualificação social e profissional voltadas para o campo e atividades com ocorrência de trabalho análogo ao de escravo
0459 - Coordenação de ações visando à reinserção socioeconômica dos trabalhadores resgatados em condição análoga à escravidão
045A - Coordenação e monitoramento da implementação do II Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo
045B - Execução de ações fiscais para erradicar o trabalho análogo a de escravo 045C - Fortalecimento da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE) e promoção da articulação federativa para incentivo à criação de Comissões Estaduais de Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAEs)
045D - Organização de ações de prevenção ao aliciamento de trabalhadores · 045E - Prestação de assistência emergencial ao trabalhador resgatado de condição análoga à de escravo
045F - Priorização da inclusão dos trabalhadores resgatados, no Programa Bolsa Família, observados os critérios de elegibilidade do Programa.13
11 Trata-se das iniciativas nº 045H e 045I:
“045H - Articulação para a ampliação em 5 Estados dos programas de proteção a defensores de direitos humanos ameaçados, preferencialmente nos estados das regiões norte, nordeste e centro-oeste.
045I - Articulação para a criação do Sistema Nacional de Proteção a Pessoas Ameaçadas” (BRASIL. Lei nº 12.593, de 18 de janeiro de 2012. Institui o Plano Plurianual da União para o período de 2012 a 2015. Diário
Oficial da União, de 19 jan. 2012, retificado em 23 jan. 2012 e retificado em 8 ago. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Lei/L12593.htm>. Acesso em: 8 out. 2015.) Vide anexo da lei.
12 Idem, ibidem. 13 Idem, ibidem.
No caso do novo Plano Plurianual, que engloba o período de 2016 a 2019, as
previsões são ainda mais extensas:
OBJETIVO: 0974 - Proteger a vida de testemunhas, vítimas, defensores dos
direitos humanos, e crianças e adolescentes ameaçados e prevenir e combater a tortura e o trabalho escravo
Órgão Responsável: Secretaria de Direitos Humanos
Metas 2016-2019
03LR - Articular com os entes federativos a ampliação, manutenção e fortalecimento dos programas de proteção às testemunhas, vítimas, defensores dos direitos humanos, e crianças e adolescentes ameaçados, assim como para suas famílias, preservando seus direitos e sigilo das informações · Órgão responsável: Secretaria de Direitos Humanos
04MR - Apoiar e fomentar Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura nas unidades federativas · Órgão responsável: Secretaria de Direitos Humanos
04MS - Fortalecer a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE) e promover a articulação federativa com o objetivo de criar Comissões Estaduais para a Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAEs) nos 26 Estados e no Distrito Federal · Órgão responsável: Secretaria de Direitos Humanos 04S9 - Desenvolver, em parceria com a Secretaria Nacional da Juventude (SNJ/SG/PR), metodologia de apoio e proteção a jovens de 18 a 29 anos ameaçados de morte e implementar projeto piloto. · Órgão responsável: Secretaria de Direitos Humanos
Iniciativas
045G - Articulação para a ampliação em 3 Estados dos programas de proteção a testemunhas, preferencialmente nos estados das regiões norte, nordeste e centro- oeste ·
045H - Articulação para a ampliação em 5 Estados dos programas de proteção a defensores de direitos humanos ameaçados, preferencialmente nos estados das regiões norte, nordeste e centro-oeste ·
045I - Articulação para a criação do Sistema Nacional de Proteção a Pessoas Ameaçadas ·
061D - Articulação para a ampliação dos serviços de proteção a crianças e adolescentes ameaçados de morte em mais 4 estados (MA, RN, AM e SC) ·
061E - Articulação com os entes federativos para a inclusão de conteúdos sobre defensores de direitos humanos ameaçados, vítimas e testemunhas, pessoas submetidas à tortura e maus tratos, na formação dos profissionais de Segurança Pública, destacando suas especificidades de atendimento ou abordagem. ·
067A - Articulação e promoção de capacitações com vistas a qualificar a atuação de membros de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura ·
067B - Produção de conhecimento, informações e campanhas sobre tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos e degradantes ·
067C - Organização e difusão de procedimento para a incorporação do Protocolo Brasileiro de Perícia Forense no Crime de Tortura ·
068C - Consolidação, atualização e publicização de indicadores e informações sobre violência institucional, prevenção e combate à tortura ·
068D - Apoio e promoção de capacitações sobre prevenção e combate à tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes para agentes das unidades federativas vinculados à segurança pública e ao sistema de justiça. · 068E - Promoção de ações de prevenção ao aliciamento de trabalhadores e reinserção social dos trabalhadores resgatados · ·
068G - Criação de um sistema de informações e indicadores sobre trabalho escravo
068H - Criação de sistema eletrônico de monitoramento das ações do Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo – PNETE ·
068I - Articulação para a inclusão em programa sociais de emprego, trabalho, renda e formação prioritariamente os trabalhadores resgatados, observados seus critérios de elegibilidade por meio de parcerias institucionais com o setor público e/ou com o setor privado ·
068J - Realização de 24 oficinas sobre “Trabalho Decente e a Coletivização do Processo” em parceria com as Escolas da Magistratura do Trabalho ·
068K - Realização de 4 campanhas nacionais para divulgação e sensibilização da sociedade sobre o tema da erradicação do trabalho escravo ·
068L - Realização de 4 encontros nacionais das Comissões Estaduais para a Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAEs). · ·
068M - Articulação para a internalização na esfera jurídica do Protocolo Adicional da Convenção 29 da OIT
06MS - Promoção de ações de formação para sensibilização dos operadores do
Direito (Magistrados, Delegados, Membros do Ministério Público) sobre o trabalho escravo, com vistas ao aprimoramento das denúncias e a efetiva condenação dos acusados dessa prática.14 (grifos nossos)
Ademais, também há previsão para meta específica do Ministério do Trabalho e
Emprego de aumentar em 50% o atendimento ao público, incluindo os trabalhadores
resgatados (Objetivo 0287, PPA 2012-2015
15), bem como para a concessão do seguro-
desemprego.
16A inserção do trabalhador escravizado como público do benefício se mostrou
como verdadeira conquista no caminho para o combate à prática, seguindo os passos das
Convenções nº 102,
17128
18e 157
19da OIT, não obstante as duas últimas nunca terem sido
ratificadas pelo país. Ademais, a rescisão do contrato de trabalho no caso dos empregados
14 CÂMARA DOS DEPUTADOS. Plano Plurianual 2016-2019, Anexo I. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/internet/comissao/index/mista/orca/ppa/PPA_2016_2019/autografos/02-
anexoI.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2016. Ver também: CÂMARA DOS DEPUTADOS. Plano Plurianual 2016-
2019, redação final. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/atividade- legislativa/orcamentobrasil/ppa/ppa-2016-2019/ppa-2016-2019/PPA_2016-2019-Redacao_Final_Autografo>. Acesso em: 19 jan. 2016.
15 BRASIL. Lei nº 12.593, de 18 de janeiro de 2012. Institui o Plano Plurianual da União para o período de 2012 a 2015. Diário Oficial da União, de 19 jan. 2012, retificado em 23 jan. 2012 e retificado em 8 ago. 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Lei/L12593.htm>. Acesso em: 8 out. 2015.
16 BRASIL. Lei nº 10.608, de 20 de dezembro de 2002. Altera a Lei no 7.998, de 11 de janeiro de 1990, para assegurar o pagamento de seguro-desemprego ao trabalhador resgatado da condição análoga à de escravo.
Diário Oficial da União, de 23 dez. 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10608.htm>. Acesso em: 8 out. 2015.
17 ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Convenção nº 102, de 27 de abril de 1955. Normas mínimas de Seguridade Social. Genebra, 27 abr. 1955. Disponível em: <http://www.oit.org.br/node/468>. Acesso em: 17 fev. 2016.
18
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Convenção nº 128, de 11 de novembro de 1969. Prestações de Invalidez, Velhice e Sobreviventes. Genebra, 11 nov. 1969. Disponível em: <http://www.oit.org.br/content/presta%C3%A7%C3%B5es-de-invalidez-velhice-e-sobreviventes>. Acesso em: 17 fev. 2016. (não ratificada pelo Brasil)
19
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Convenção nº 157, de 11 de setembro de 1986. Preservação dos direitos em matéria de Seguridade Social. Genebra, 11 set. 1986. Disponível em: <http://www.oit.org.br/content/preserva%C3%A7%C3%A3o-dos-direitos-em-mat%C3%A9ria-de-seguridade- social>. Acesso em: 17 fev. 2016. (não ratificada pelo Brasil)
resgatados é indireta, razão pela qual estes se enquadram nos requisitos da concessão do
seguro.
20Com relação a esse benefício, o número de deferimentos vem crescendo, sendo que
em 2003 apenas 16% dos libertados o recebiam, passando para 94,5% em 2008.
21Aliás, o
Anexo III da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015
22determina que, dentre as
despesas que não serão objeto de limitação de empenho, nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF),
23dentro das obrigações constitucionais e legais da União
(Seção I), está exatamente o pagamento de seguro-desemprego ao trabalhador resgatado de
condição análoga à de escravo (item 42).
Isso significa que, mesmo se verificado ao fim de qualquer bimestre fiscal que a
realização da receita não comportará o cumprimento das metas de resultado primário, ainda
assim a União não poderá limitar a verba destinada ao seguro-desemprego dos trabalhadores
escravizados. Ressalte-se, infelizmente, o arquivamento de projeto de lei na Câmara dos
Deputados que objetivava ampliar o número de parcelas a que o trabalhador resgatado teria
direito, de 3 para 10 em 2012, em razão do fim da legislatura.
24Desde 2005, esses trabalhadores contam também com o acordo de cooperação
celebrado entre o MTE e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS),
prevendo o acesso prioritário ao programa Bolsa Família (art. 7º, II), cujos requisitos para
habilitação variam entre renda, existência de crianças e/ou adolescentes, dentre outros.
25Porém, a previsão orçamentária para a erradicação ainda não é suficiente para permitir um
20 A rescisão indireta acontece quando há justa causa para o rompimento do contrato de trabalho ocasionada pelo empregador. Seu reconhecimento, em geral, é feito pela Justiça do Trabalho, acarretando ao empregado os mesmos direitos que teria caso fosse dispensado sem justa causa. O seguro-desemprego, como assistência financeira temporária ao trabalhador que fica desempregado sem justa causa, se aplica perfeitamente aos casos de resgate.
21 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. A experiência brasileira no combate ao trabalho escravo
contemporâneo. Disponível em: <http://www.cdes.gov.br/documento/844194/mte-a-experiencia-brasileira-
no-combate-ao-trabalho-escravo-contemporaneo-.html>. Acesso em: 8 out. 2015.
22 BRASIL. Lei nº 13.080, de 2 de janeiro de 2015. Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2015 e dá outras providências. Anexo III - Não serão objeto de limitação de empenho, nos termos do art. 9º, §2º, da LRF. Diário Oficial da União, 2 jan. 2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13080.htm>. Acesso em: 8 out. 2015. 23 BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas
para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Diário Oficial da União, 5 maio 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm >. Acesso em: 8 out. 2015. 24
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei nº 5.188, de 2009. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=433445>. Acesso em: 17 fev. 2016. O arquivamento se deu em razão do art. 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
25 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Portaria GM/MDS nº 341 de 2008. Dispõe sobre procedimentos operacionais necessários ao ingresso de famílias no Programa Bolsa Família. Diário Oficial da União, nº 195, de 8 out. 2008. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/bolsa_familia/_doc/portarias/2008/Portaria_de_Ingresso_de_ Familias_no_PBF_no_341_-com_as_alteracoes_da_Portaria_no_617-_site-1.pdf>. Acesso em: 8 out. 2015.
avanço, seja pelo quadro reduzido de auditores-fiscais do trabalho, seja pela própria previsão
das Leis Orçamentárias (LOAs) Federais.
26Também podem ser consideradas iniciativas de políticas públicas a implantação dos
Planos de Erradicação do Trabalho Escravo, em 2003
27e 2008
28, além da prioridade nas
agendas nacionais do trabalho decente (2006),
29a instituição do Projeto Marco Zero (2008)
30e do Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente (2010),
31dentre outros. Além disso, em
31 de julho de 2003, foi constituída a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho
Escravo (CONATRAE),
32composta pelos mais diversos membros, como juízes,
procuradores, ministros, sindicalistas, advogados da União, defensores públicos, OIT, etc.
33Uma vez que os programas relatados são executados por órgãos e instituições
competentes para fiscalização e repressão ao crime do art. 149 do CP/40, a seguir será
detalhada a movimentação que estes vêm conseguindo fazer, a partir dos instrumentos
governamentais.
26 No detalhamento das ações dos órgãos do Poder Executivo, Presidência e Ministérios (exceto o MEC), o Projeto de Lei Orçamentária de 2015 previu para a Agenda Nacional de Trabalho Decente R$1.000.000,00. (BRASIL. Orçamento anual de 2015. Volume IV, Tomo I – Detalhamento das ações – Órgãos do Poder Executivo, Presidência e Ministérios (exceto o MEC). Disponível em: <http://www12.senado.gov.br/orcamento/documentos/loa/2015/elaboracao/projeto-de-lei/proposta-do-poder- executivo/projeto-de-lei/volume-iv-tomo-i-detalhamento-das-acoes-orgaos-do-poder-executivo-presidencia-da- republica-e-ministerios-exceto-mec/38000-ministerio-do-trabalho-e-emprego/view>. Acesso em: 8 out. 2015.) 27 BRASIL. Presidência da República. Comissão Especial do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa
Humana da Secretaria Especial dos Direitos Humanos; Organização Internacional do Trabalho. Plano
Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. Brasília: OIT, 2003. Disponível em:
<http://www.oit.org.br/sites/all/forced_labour/brasil/iniciativas/plano_nacional.pdf>. Acesso em: 8 out. 2015. 28 BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. II Plano Nacional para Erradicação do Trabalho
Escravo. Brasília: SEDH, 2008. Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/conatrae/direitos-
assegurados/pdfs/pnete-2>. Acesso em: 8 out. 2015. 29
BRASIL; OIT; MTE. Agenda Nacional do Trabalho Decente. Brasília, 2006. Disponível em: <http://www.oit.org.br/sites/default/files/topic/decent_work/doc/agenda_nacional_trabalho_decente_536.pdf>. Acesso em: 8 out. 2015.
30 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Projeto Marco Zero. Julho de 2008. Disponível em: <http://www.cdes.gov.br/documento/2226666/projeto-marco-zero-intermediacao-rural-resumo-executivo-mte- abril-2010-.html>. Acesso em: 8 out. 2015.
31 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente. Brasília,
2010. Disponível em:
<http://www.oit.org.br/sites/default/files/topic/decent_work/pub/plano_nacional_302.pdf>. Acesso em: 8 out. 2015.
32 BRASIL. Decreto de 31 de julho de 2003. Cria a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo - CONATRAE. Diário Oficial da União, 1º ago. 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/dnn/2003/Dnn9943.htm>. Acesso em: 8 out. 2015.
33 Para acessar a composição: BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Direitos Humanos. Composição
da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escrevo (CONATRAE). Disponível em: