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209 — A explicação e a compreensão desta classe dc pronomes exigem perfolto conhecimento d o assunto em português.

I — Relativo é a palavra que. vindo numa oração, se refere a termo de outra. S ão estes os relativos da língua portuguesa:

MASCUUNO FEMININO

SINGULAR P L U R A L SINGULAR PL U R A L

o “ q u a l” os "q u a is” a "q u a l” as "quais”

cujo cujos cuja cujas

2 — Q U A L : fc*.5te relativo, que vem ordinariamente precedido d o artigo o, tem como função pôr em relação (ermos iguais, isto e» unir um termo antcce- dente a outro termo conseqüente idêntico (ontecedcnte = que vem antes; conse- quente — que vem depois), notando*se que o conseqüente quase sempre se omite: “ O homem, o qual (hom em ) eu vi” — “ O s negócios <Jos <?ua« (negó­ cios) queríam os lirar provento” :

O homem o qual (hom em ) eu vi

i ! *

• n tfc rd fD t* ] coiueqüente r tla liv o ( id ê n tic o ; i|u u n

n ip re utni(i<So)

O eonreqüente só se repete quando exigido pela clareza ou para <íar cnfns«· â expressão: . .ap arec e um pronome oblíquo, d a mesma pessoa que o sujeito, »em o qual pronome o verbo não poderá indicar reflexibilidade” .

3 — Poucas vezes sc usa o relativo qual: na maioria das vezes é subs­ tituído. juntam ente com o artigo que o acom panha, por que, palavra esta que irá então exercer a função dc pronome, pois representará, subitituirá o antecedente:

” 0 homem que eu vi” i

pronoiae (MibttiUu Aom«m)

ú to é :

M0 homem o qual homem eu vi” I l

^ a d je tiv o (m o d if ic a o lu b s ta n tiv » h e m t m )

L IÇ A O -tO < E « . 57. 5ft) - RELATIVOS (§ 209) |67

4 — C U JO : Este relativo jamais pode ligar dois termos idênticos; é erro, e dos grandes, d iz er: " O horaem cujo (hom em ) eu vi” . C abe ao relalivo o qual unir Icnnos idcnticos c não ao relativo cujo; portanto. assim 'devc essa oração ser construída: " O hom em que (ou o q m ú? ) c u v j” .

Etimologicamente, o relativo cujo corresponde a o genitivo latino do relalivo çui, c dai a sua função, em português, de adjunto adnom inal restritivo, que vem a ser o adjunto que cspccifica, cjue resírínge a coisa; assim, di/.endo “ livro dc P edro", determinamos ou especificamos o objeto livro, m ediante o adjunto "dc P e d ro " ; o livro poderia ser de Jo ã o , d c A ntônio, de Josc, mas nós, dizendo “ livro de P c d t o e s p e c if ic a m o s , rcslringimos a idéia d e livro. Esse adjunto, que sempre sc com põc d a preposição de, tem função espccr/icúíivu. e, no mais das vezes, indica posse.

Exemplos d e adjuntos adoom iaaís: casa de Jo ã o ]

pena d a caneta indicam posse pintura da p arede 1

casa de tijolo pena dc ouro chave dc seção

N ã o indicam posse; são locuções adjetiva'. 1,1, que indicam q u alidade C2).

Pois bem ; o cujo sempre indtca posse, t pode ser desdobrado em um adjunto adnom inal que também indique posse. Exem plos: "Devem os socorrer João. cuja casa se incendiou" ( a cus« do qu a l) — " A m ala, cuja chave se perdeu, não será usad a" ( a chave da q ual) — " A parede, cuja pintura se estragou, deve ser en feitad a" (o pintura d a q u a l).

Vê-se claram ente que o termo anteccdcntc, isto c. o termo que vem antes d o cujo, é sempre o possuidor, sendo o termo que vem depois d o cujo, ou seja. o termo conscqiienlc, a coisa possuída: d a i a conclusio clara: O relalivo cujo sempre une termos diferentes, conforme já ficou dito.

3 — A breviadam ente, aísim poderemos form ular as condições que o cujo exige para o seu perfeito uío:

1.a) Possuir <infece</cn/< e conscqiien/e diferentes.

2 .a) P o d er converter-se em do qual (ou, conforme o número e o gêr.ero do aiitccedenle, cm da qual, dos quah. das quais).

3.*) Indicar posse.

•foi» — O» c lü iico t empregavam o curo «empre dc acordo com a* regras ícirn», ris», •i vczcj, sen o antecedente txpicaoi "C o/a c n t* çn»a?" *— "N ão *ei cu/o i c»’e livro"’ t* ie emprego é gramalienlmentc certo, perfeitamente de acordo com o latim, dia» boje desusado

(1) § 250 da CrQmàlica MelóJUo /ia /.íngua Portugueia, (2 ) § 692 da CratnóÜCa Metódica ila L ínfuo Pcrluguesa.

IM (§ 209) L lÇ A O 40 ( E x t . 57, » ) — RF.LAT1VOS

6 — C ujo admite — c exige — antes de si preposição quando o verbo que se lh e seguir a exigir; assim, constitui erro redigir: " O homem cuja casa estivemos” , porque “ quem está, está em casa” ; ê isso sinal de que o verbo eslar, no sentido em que nessa oração está em pregado, exige a preposição em; conscguintemente, o cujo deve vir precedido dessa preposição, e a construção correta se rá : " O homem em cuja casa estivemos” . E rra d as estão, portanto, as seguintes construções: " A moça, cuja casa vim” — " A pessoa, cuja casa fui" — “ Nosso chefe, cujas ordens obedecemos*’, que devem ser corrigidas: *'A m oça. 3c cu ja casa vim " — " A pessoa, a cuja casa fu i” — “ Nosso chefe, a cujas ordens obedecemos” .

Somente quando o verbo posposto ao cujo não exigir preposição é que o relativo cu/o deixará de vir antecedido de preposição. Exem plos: “ O homem, cujo filho c o n h e ç o .. — " O papel, cujos bordos dobrei. .

Idênticas são as normas seguidas em latim.

7 — O dem onstrativo o substituí as formas neutras isío, isso e aqailo, q uando seguidas de <?ue: “ O iça o que ( = isfo q u ç) lhe digo" — " N ã o tenho o que ( = isso. essa coisa q u e) me pede” — " N ã o compreendi o que ( = aqui/o q u e) disse o mestre” .

A form a “ o q u e" pode atnda equivaler a "«que/e q u e ", d a mesma ma­ neira que a» formas *'o que“ , "os que” e “ as q u e" equivalem a "aquela qu e". "aqueles que” e "aqueias q u e" (§ 2 0 6 ) .

N a form a o que (c , igualm ente, nas dem ais) entram dois pronomes; um dem onstrativo — o — e outro relativo — que — cujo antecedente é o mesmo dem onstrativo o.

Essa será a análise de o que. quando encaixado num período. N o período: " N ã o sei o que dizes" — o dem onstrativo o pertence ao verbo ser. do qual constituí ob jeto direio, e o relativo que pertence ao verbo dizes, d o qual constitui também objeto direio:

‘N ão Obj. dir. r sei o 1 Liaoi. dir, o b j. d ir. T

que

dizes” i v. m m . dir.

C laro está que se o segundo verbo do período, ou seja. o verbo de que depende o " q u e " , for trans. ind.. o “ q u e" deverá, como todos os complementos de verbos transitivos indiretos, vir antecedido d a preposição exigida pelo verbo:

’N ã o obj dir. í sei o o b j. in d ir. T que de 4 p rrp o s . « l i g i d i peto v . necessitas i V. IfAOi UI li. O utros exemplos: ftbj. dtr. t "Sabem os o obj. indir. t

UÇAO 40 (Ex*. 57. 58) — RF.LAT1VOS (§ 209) 169

'E s te cam inho não c o I* prrdicjlrrtt

por que passam os ontem

1

adj. adv. dt luxar

T ais construções continuarão certas se deslocarm os n preposição que rege o relativo que p a ra ante» do dem onstrativo: “ N ão sei do que se tr a ta " — em vez d c : “ N ã o sei o de que se tr a ta ” .

8 —- QUE: S obre o pronome relativo Que importa observar o seguinte: O pronome relativo que sempre abre uma oração, e funciona ou como su/et/o ou como complemento do verbo dcisa oração:

' 0 homem 'O homem 'A carta que (o qu»! \ Komem) obj. titr. ár ui C U i iuj, dc ci VI

□os conv idou que

(0 qu*! X homem) ]

iuj. <1( eoHL-úleu nbj. dir. dc eoivide» de que depende meu destino

i l

ot>). ind. de drptnÀ· ni|. de dtp/mit t

morreu

saiu

chegou*

9 — QUEM : d ) O relativo quem equivale a dois pronomes: 0 que (ou aquele q u e). Suponhamos a construção: " E u aroo quem me a m a " : c imprescindível, para efeito de análise, a separação do quem nos seus dois prono­ mes equivalentes:

I.* o r l ( * o 2.* oraçio ‘E u amo aquele

1

obj. dir, de amo

que me am a'

1

roj. de «ma

Vê-se d a í a dupla função d o relativo quem; em virtude do antecedente que cm si encerra, ele é objeto direto de amo e, ao mesmo tempo, em virtude do relativo que, funciona como sujeito dc oma.

O latim exige esse desdobram ento, para que se possa trad u zir o quem,

jegundo ficou esclarecido no n.° 7 deste parágrafo.

b ) Q uando o verbo que antecede o quem e o verbo que se lhe segue são diferentes com relação à regcncia. é preciso desdobrar o quem nos seus dois elementos, a fim d c que c a d a elemento funcione de acordo com a regcncia do

respectivo verbo:

'Prem iarem os aquele i

• b j. dit.

a que couber melhor nota'

1

obj. ind. e não: “ Premiaremos quem couber melhor n o ta ".

Nota — O q u t pode, indiicrfntenwo·«. leíerii-»« a penoa ou eofM. ao p a u o que · qurm ió pode refenr-ie n pewoo.

170 (§ 210) U Ç A O 40 ( E m . 57. 58) — RF.LA TIV OS

210 — O aluno que não tiver estudado e com preendido as explicações que ficaram acim a, jamais com preenderá uina frase latina, nem saberá traduzir para o latim uma frase portuguesa, em que h aja relativos ou em que haja corre* lalivos. V ejam os as flexões do relativo latino:

Qui, quæ, qaod = o qual (quem ). a qual (quem) , que

SINGULAR PLURAL

M. F. N . M. r. M.

Nom. qui q a * quod qui quæ quæ

Ge n. cujus cujus cujus quorum quarum quorum

Da t. cuí cui cui quibus quibus quibus

Ab l. quo qua quo quibus quibus quibas

A c. qaem quam quod quos quas quæ

NoU — Com o K d iz mccum. Jecuin. iccum ele (§ 162, o. 8}, diz·»« lambem qwocum,

q u d t u / n e q u j & U K t i n i .

211 — O relativo latino concorda com o antecedente em gênero e número: e o caso? O caso depende da função sintática que exerce na oração a que pertence. A lguns exemplos:

O homem que eu vi morreu gênero — masculino núm ero — singular

caso — acusativo (obj. dir. de vi) O homem que me viu morreu

gênero — masculino núm ero — singular

caso — nominativo (sujeito de viu) Conheço soldados cuja coragem espanta

gênero — masculino núm ero — plural caso — genitivo

A s alunas que premiei estudam muito gênero — feminino

núm ero — plural caso — acusativo

P o r esses exemplos, vê o aluno quanto obriga o latim a pensar. iNcssa obrigação está o proveito do estudo desse idiom a: extraordinário desenvolvimento de concentração de espirito, de atenção, de raciocínio. A prender latim não é aprender arcaísmos, pronúncias desta ou daquela época, mas aprender a pensar.

= Qui

LIÇÂ O 40 (Ex.. 57 . 58) — RF.LA TIV O S (§ 2 1 1 ) 17»

Q U E S T I O N Á R I O

1 — Que A relativo?

2 — Q ue <2>z do cujo porlug\iô>, cm reîaçüo &o antecedente « ao <íonte:jüente? A que caio correiponde em latim ’*

5 — Quando o cujo deve vir antecedido de prefxniçâo)

< — Dè exemplos de craçôei portuguctat nat q iu ii o que »leva cm lalim »er traduzido por:

o) qui (nominativo singular) /»)

fc) quem 0

c) qoic (nom. «insulai) j )

J ) quae (nom. pl. feminino) 0

e) q a« (nom. pl. neutro) ni)

/ ) q a » («cui. plural ; cuidado com o Renero n )

d* palavra latina) ° )

S) quam

quibus (dativo mate.) caja» ((em nino) qaoram (m?sc\itino) cui (masculino) quai

quot

quibui (agente da pa»iva)

E X E R C Í C I O 57

Tradvzir cm porluguéf

V O C A B U L A R I O

ajer. affi — campo dilijo, ère — eitimar ex — § 206 fertilis, e — fértil flo», florii m. — flor ille — S 205

invinio, ire — encontrar ipie, a, utn — § 203 lei, legis — Ici locus, i — lugar

meliora — § 154 non omnii — nem lodo

obtempero, are ( ff. ind.) ·— obedecer odor, ôrii m . — perfume, cheiro, aroin: possideo, ère — possuir

prodòco. ère — produzir rosa. a» — ioia

íaavis, c — agradável, luòve vestigíun, ü n. — vestígio Tiõla, «e — violeta

1 — Flores, quorum odor suavissimus est, sunt ro sa ct v io la 2 — N on omnes agri, quos ille agricola possidet, fertiles sunt.

( I ) Quorum, no masculino, porque floa. fUifi». que i o anteceden!e, è mawulino. Em porluguc«. a forma eu,·« ira concordar em generu e numéro rom o conteqüeote.

Voile ao § 211 e verifique no 3.° exempta o que acabeï de d iîe r: LAn.M;

ftiifi.'o gucirum ViVtui. —■ O grn. e o nûm. sâo os do anleccdsute.

uu »< i ·! . n ia it, p l.

\

_______1

Hontucccs:

toldeàoi tu jo c oragc/ri — O gên, c o nûm. são oi do consequente. <<ih, uoK. (<m. lin«.

ï_______ï

Cuidado, po;i. ao traduzir o geoitivp do relativo, principalmente do portuguci para o latim

172 (§ 211) U Ç A O 40 (Ex». 57. 58) - R E L A T IV O S

3 — M eliora sunt ea (§ 2 0 6 . n. 4 ) quae natura, quam illa qua: ars

humana prodùcil

4 — R ex , cui omnes obtem perant, ipse legibus obtemperat ( V . a nota do

§ 208).

5 — A m am us ea loca in quibus (§ 189, 2 ) eorum, quos diligimus, ve«. tigia invenimus

E X E R C Í C I O 58

T r a d a tir em l a tia

V O C A B U L Á R I O

amedrontar ~ terrée, «ce aqaele — 1«, ea. id cidadão — civi*, if deiejar — dsaidêro, arc e»}imar — diligo, Me felii — felix, ici» (§ 136) inocente — innocent, enti»

in ttru ir — d o c to fr e m o rte — m o n , m o rlii p o iiu ir — po*»idéo, ë»e

le m rlh a n te — j i m i l i » , e (re g e d a t .) to n a —- lo ru n u t. 1

tra b a lb o — opu». èn » n.

1 — F eliz c o rei a quem iodos os cidadãos amam 2 — O s alunos que instruo são bons.

(2 ) A tradução de período» em que hi orações relntivA» ( = oraçôfi iniciada· por pronome relativo) pode obrigar-nos a fuga da ludicional ordem d ir e tA (iuj. — verbo - - complemeoto), mas. em lodo o caso, veja que fie» bem e«ta ordem: E a quae natuta produdi

Auni melioja quam ilia Quae ars humana prot/uci). E a — nom.. porque c tu jeito.

çiiue — acu>at., porque è obj. dir. de producti; plura) neutro. porque 0 antecedente ea.

cotn o qual deve concordar em {en. e núm.> e neulro piural.

naiura — »uj. de produed. verbo que na original e»lã itma tõ vez, porque 0 lahtn nâo

cottuma repelir o verbo.

meliora — predicativo (concorda com 0 »ujeito, que i e«. em R«n., núm. e coto).

quam illa — Poderiamoi ttOCar o qudffi íffa por lífia: Recorde o § 161, telra A cjuae —* O antecedente 0301a * illc ; foi a uso. a anãlite é a metma do I ® quer.

Procor« convencer·»« de qae jamais f%rá prngreito· em lalitn »e nao tovber decl:nar 01

noméi (»nbitantivo e adjetivo) e 01 PRONOMES latino», S< e»tá tendo difiruldadet na análite dei*· írate, i porque nâo tabe direito irc l’nar.

(3 ) Loco — no plural é ntuJto p o rq u e ... § 125.

Verifique que eorum e complemento de vofigía: . . . ín qurftui inverf/nui *0fum quPi dííijfmiti.

N io iei se notou iito: iavc/iíaiuj. com acento no r. e «/iíijioiuj, com o acento recuado. P or quê? Porque no indicativo ptesenle da 4 * conjugação a terminação jVtjuí é longa (§ 257. 3 ).

(4 ) A prepoíiçSo porlugueta 0 em nad» altera a regcncia do verbo Ul.an amo. ore.

L IÇA O 41 (E x.. *V. 60) — IN T E R R O G A T IV O S (§ 213) 173 3 4 5 L I Ç A O 4 1

PRONOMES INTERROGATIVOS

— A morte, a que o sono é muito sem ^hante (§ 1 6 8 c 1 4 9 ) , não am edronta o homem cuja vida foi inocente í5*.

— O homem deseja sempre o que não possui

— O professor estima os alunos cujos trabalhos são bons.

212 — Interrogativos: SSo em português assim cham ados mie. fluem, qual e quanío, quando participantes dc orações interrogativas: " Q u e horas s ã o ? ” — “ Q ue hora é ? " — "Q uem disse?” — ” Q u a í homem isso conseguirá?” — "Quflfiíoi soldados devemos m a n d ar?” — " Q u a n to q ueres?”

V ejam os quais são os interrogativos latinos:

213 — Quis é o principal interrogativo latino, cu ja declinação é quase :dsntica à d o relativo qui. q u n , quod:

Q uis? (o u q u i? ), quie?, quíd? (ou q u o d ? )

SiNClOAR P1A.RAL

M. r N. M. r . M.

qgis [ou qui) qo® quid (ou quod) qui qa* qu»

cajus cujas cujas quorum quararn quoram

caí cai coi qaibot quibus qaibm

quo qua qao quibus qaibus qaibu·

qorm quam quid (ou quod) qaos q o ii qa«a

Nom Gsn.

Dat. Adl. A c.

Notai: l.à — Pronomes substantivos — Pronomes adjetivo·: O s pcix»*ivo». como todos m pronomes. tão pronome* adjetivo» quando acompanham subítantivo; tão pronome» subiUiV.ivo» quar.du faiem as ver.es de subalnnüvo:

De que cor i teu chapéu? — O meu é branco

V V

pronome adjetivo p w n n ic kuUitantivo

lti·» é ;mpoitanle distinguir porque cm cerlos íd;om2S, corro o inçlê». e»ta diferença de

íuftçAo Acorrcla diferença de forma: ''O meu livro*' — "Êsle livro i meu"

y v

niy (pr<in. a d j . ) mine (p ro n . lu b t(an tiv o )

(5) Veja, no Vocabulário, que lírm/i», < exige ddliva; nüo erre, portanto, do cato do relativo.

(6 ) O 4<ie: O o pertence & d cieja; o «jue pertence tt poíiui.

O o traduz-sc por it, ea. id : o que por qui. qtiae. quod,

174 (§ 214) LIÇA O 41 ( E « . W. GO) — IN TF.R R O C A TIV O S

P o is bem . em latim essa diferença d« form a existe no ir.lerrog.MÍvo: Q-jís (nom. sirig. n u c . ) empresA*»e como pronome aubslnnlivo: Q u ü eit iile ) (Q uem ë « r r homem ? ) : qoi »i.)pif5>a-ie como pronome «djelivo: Q u i horr.o est ille ) (ou " Q u i e»l homo i!!e> ) = Que Comera c e>se? ( — qual é teu gênio, »eu c u rite r, sua q u a lid a d e ) ).

2.* — Qoid (nom. ou ae. Jtng. neutro) emprcgn-ie como pronome sibstimlivo: Qu*d eit'' ( = Q u e K í? Que co:»a K á>); emprega-se a forma qood qu.indo v;er c\pr*«56 o tubt- Un*v© neutro. P or outras palavra»: <juid i pronome substantivo interrogativo. e quoê é pto- noirve adjetivo interrogativo: Q uoJ ílximen) { 3 Que tio ? ).

3 * — N ão devem « csquecer-noi da que ficou dito na nota 3 do § 2Ú(>, com relaçio â ne<e**idndr, exigida pela clareza, de ser acrescentada a palavra ic i, rei parn indicar 0 neutro,

quando » forma é uma única para o» 1res gêneros: c:tjvt rei? {r r de quê) de que coi»n}) ;

cm eulra* caso», como 0 abUtivo do singular, é neceslAria a substituição pela fuima feminina:

•juu re? ( r = por que coita ? por que motivo?). Nole*»e que qt/o 'c ap.irece em latim com ot demento» juntos. quore (com acento tónico no <2), quando equivale ao r.owo interrogativo

par quê?

4.* — O ablativo do >ifl|'ulat aparece »ob a forma nrcaica qui. pata indicar como? i t

q u e modo? — Qui / ii f ( r 2 que acontece} que t t passa ) ) . Qur factun a í ) ( = que acoo-

leceu? como aconteceu)). Q u i fil ui icro i-enio.sP (r=: que acontece p a rj que chegue» tarde) como c que ou por que chegai tard e} ). Q ui f>Oi>umJ {2= como posso)).

5.* — Q ualquer da» format dejjc interrogativo pode vir auinciitnda da partícula oan ( r : poi*. portanto), p.irn reforçar a interioj.n,áo: Qunncxn? quem pois?), guüJnom.) ( = qu» poi«)), cu/ujnjrti eit tulpa? ( = d e quem, portanto, « n c u lp a )).

6.* — Q ue difi<íitdade existe? i o me*mo que perguntur: Que de dificuldade exrilcJ — O lalim emprega muito esta segunda forma, dizendoi Qut<? d iffk u lia tii ett? (ao lada da C0ft»lm(ão: Q u* ^i//rcu{tes rjfi>). Q ue novidade li*) ( ~ Q ue hã de n o v o )): Quid

novi est ? (ao lodo da construção: Q uod novum eílP ). l’.ste emprego do genitivo ë muito freqüente com os indefinido».

214 — U ter c outro interrostativo. que se emprega quando se fala de dois indivíduos e *qu;valc a 171/0/ dos dois? — U ter nostram popularis est? = Qual dc nós dois c popular?

U ter? U ira? U tfum ?

SINGULAK PLURAL

M. F. N. M. F. N.

Nom. uter utra utrum utri u tr« utra

Ge n. utríus W □triui utríus utrorum utrarum utrorum

Da t. utri utri utri utris utris utris

Abl. ulro utra utro utris utris utris

Ac. utrum utram utrum utros utras utra

N ota — tln ip rcÿ ii-se 0 p lu ra l, q u a n d o os do»» iere» etlSo r.o p lu r a l: fa la n d o * te d· frcjro} e de penas, a p e rg u n ta é : Utri Vicerunt? (— Q u a i» d o » d o is v e n c e r a m ) ) ,

215 —- Outros interrogativos:

I —* Qualis, e — dcclina*se como /oriis, c — significa qua/P,

de que

espécie?,

dc que natureza?:

Q ua/ís Wc/us? ( = que cspccie dc alimento? qual alim en to ?).

( I ) N a prosa sempre ufrím ; no verso, tnmt^m u iflaj (liberdade poética). O» genitivo» « * Ilii só en» poesu podem tarabem «cr ru>, exceto afíiu. sempre lonjo

LIÇAO 41 ( E » . 59, 60) — IN T E R R O G A T IV O S (§ 215) 175

Nela — Quando o interrogativo vernáculo quaJ equivale ■ quem, tradui-se por quis. H ua : Qu«f <le vó» far« i*to> = Quit Wilru/n he< fúc ie t> — Qual de nõ» (feminino) > — Qu* rmtrum?

2 — Q uantus, a, um — declma-se como fconaj, a . um — significa dc qu: tcmanho? quão grande?'. Q u an ta urbs? ( = dc que tam onho é a c id a d e ) quanto ê grande a c id a d e ? ).

3 — Quotus, a, am ^ segue fconui, a. uni — significa em que núm ero? quar.to?, fazendo-sc a interrogação sempre no singular: Q uo/us orator est?

( = quantos oradores h á ? ) — Q uofa hora c st? ( = que hora é ? quantas horas são?) — Q uola nav/j. . . ? ( = quantos navios. . . ? ) .

4 — Quot — indeclinável — significa quantos? — emprega-se scmpie com valor de plu ral: Q uoí homines sunt? ( s s quantos homens h á ? ) .

Q U E S T I O N Á R I O

1 — Q u a l a d ife re n ç a e n tre p ro n o m e a d je tiv o inierroR-itivo t p ro n o m e su b stan tiv o in te rro g a tiv o ?

2 — 1 ratando-ie de nominativo **ng. mate., quando se emprega quis?, quando qui? 3 — Quando *e emprega quid?, quando quod?

A — Q a ^ n d o i e d e v e a c r e i c c n l a t a o i n t e r r o g a t i v o o « u b s t ^ n t i v o r t » , r e i ? p o r q u ê ? 5 *— “Cuia < eila ca».i?" é construção que hoje não ie vta era português, »endo substituída

pela equivatetrie "D e quem é est« cata?” — Em latim, no enlanlo. eis« construção ê correia e comum. Traduta·*.

6 - Q ue vnm a ser qoiinara, qovnim . quidftao?

^ ~ Decline somente a forma quid, no sing, e no plural, acrescida do lubstantivo R t, rei no» caio» devidos {§ 20Ò. n. 3 ).

0 — Decime, em todas a t forma», o interrogMivo quis.

*) — Dcchne somente o masculino qais, seguido dc nam (qaísnam ?).

10 — Q u a n d o se em p reg a o in te rro g a tiv o o te r?

11 — D e clin e u te r, a t r a . u tra m . O p lu ra l g u a n d o se e m p K g a ?

12 — Qunl o significado dos interrogativos qaalir. qoantus e quotas? D rrline um dclrs, exemplificando o emprego.

13 — Q u e n o m n estu d am o s a té ng n ra. d e g e m liv o e d a tiv o d o s in g u la r ig u a is a o genitivo

e ao (Liivo dc unus, ■, um?

EXERCÍCIO 59

T f i d t f j i r um p o rtu g u ês

V O C A Í 3 U . R I O

«ta», itii — idade

» S c i, a g r i — c a m p o

clarui, a, uqj — ilustre comícus, a, um — cômico

comitum, ü n. — deliberação, parecer fabula, a — fíbuU

gcooi, trii n, — espécie interrogo, are — interrogar laudo, are — louvar «agis (adv.) — mais

nagniflcus, a, um — magni/ico ncndaciua, ií n. — m cnitu no ri, oiorlii — >»or'c

quo do, ure — coroufucu opus, èris m — obra Pb urus, i — Plauto

prouomcn, init n. — pronome pulcher, ebra, chrom — lindo, leio iw u » , », um — feroz

tine — (piep. — abl.) — iem somnus, i — tono

Terentius, □ — Terencio tijris, ídij — tigre lutpi», e — horrendo voco, are — chamur

>76 (§ 215) LIÇAO 41 ( Em. 59. 60) — IN T E R R O G A T IV O S

1 — Q u f c a n i m a l i a sa e v io ra s u m q u a m t i g r i d e s ) *l>,

2 — C ujus mors nuntiatur?

3 — Q uis nostrum est sine vitii?7* (§ 162. n. 3 ) . 4 — Q u id virtute est pulchrius?

5 — Q u o d vitium pueris turpius est quam m endacium?

6 — C ui rei somnus similis est? ( § 2 1 3 , n. 3 ) . 7 — Q uisnam me vocat? (§ 2 1 3 . n. 5 ) .

8 — Q uantus est ager tuus? ( § 2 1 5 , i;. 2 ) . 0 — U tru m interrogabo?

10 — C ujusnam opera magnificentiora sunt quam D ei? ( § K>1. B. n, 4 ) . I 1 — Q u o t suut pronominum genêra? W .

12 — P lau tu s ut T erentius ciati poeta: comici sunt: utrius i abulas magis

l a u d a s ?

13 — Q u a le est i$iorum consilium?

In — Q u id « la tis halies? ( § 2 1 3 , n. 6) . E X E R C Í C I O 60 V O C A B U L Á R I O le r ir — v rrb c ro . a re { e n tr a i " dux. duri* fr e g o ( a d / . ) — g re c u * . a , um h a b ita r — h a b ito , *fe

im agem — imãgo. in ii / . lo u v o r — líiu t, la u d ii / . m a d e ira — lig n u m . i n. recaino — p u e r. cri o u — a n (e m ín le rro jfa ç ó rj) o o v id o — a u n » , i» / . q u e rid o — caru » , a , um rá p id o ~ ra p td u » . a , um r e fiá o — re g io . o n u rio — flu m en , ini* n. R ó d an o — R h o d ãn u * . i

vox — vox. vocii J. i» t.

carvalho — <;urrcut, u* /. célebre — celèber, bri». bre chamar — voco. nre Cicero — Cícero, oni» coowtho — consilium, ii n.

d a r — (cm úlguãn) verbero. are tr. /V« froie 14: do. d»re Dcnóstcne» — DemoJlhfne», ij dever (verfco) — debê«. êre duro — durus, a , um

LIÇÂO 42 (Ex», 61. 62) - IN D E F IN ID O S

(§ 216)

i;?

1 — Q u e m adeira é mais d u ra do que o ca rvalho? W . 2 — Q ue rio é mais rápido do que o R ó d a n o ? 3 — Q u e região habitam os? W .

4 — Q ual ( /o n in m o ) d e vós d a rá ncsle menino? ( § 182, n. 3 e § 2 1 5 . I . n .) — C7>.

5 — Q u e coisa é mais querida d o que um a m ãe? M .

6 — D e que coisa o sono é im agem ? ( § 21 3, n. 3 ) — W . 7 — Q u e voz fere meus ouvidos?

8 — Q u al dos dois foi m aior general, C é sar ou A lexandre? 9 — Q uantos alunos há no segundo ano?

10 — Q u al d e vós dois me cham a?

11 — M orte d e qual c!os dois c com unicada?

12 — A quem devem os homens maior louvor d o que a D eus?

13 — Demóstenes e Cícero foram oradores celebcnim os; aquele era grego, este rom ano; qual dos dois mais te a g ra d a ? <1:).

14 — Q ue conselho me d ás? ( § 2 1 3 . n. 6) .

L I Ç Â O 4 2

No documento Gramatica Latina - Napoleao Mendes de Almeida (páginas 172-183)