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“Se fizermos uma programação de qualidade, de interesse, temos a

capacidade de manter um quadro

de relevância.”

CEO da RTP, Gonçalo Reis em entrevista ao Observador a 2 de Março de 2015.

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conhecimento, empreendedorismo e tecnologia, promovendo a língua e as indústrias criativas no geral. RTP como janela para todo o país e para o mundo dos melhores talentos portugueses e da inovação.”

A respeito da sua organização interna, “Desenvolver um

ambiente interno de grande envolvimento dos quadros, valorizando as competências, incentivando o desempenho, oferecendo carreiras e processos de evolução estimulantes, e assegurando a capacidade da RTP para atrair e reter talentos”, é

uma etapa fundamental.

Como uma empresa sustentável e instituição credível, a RTP pretende promover “uma gestão empresarial de excelência, sistematicamente orientada para o controlo de custos e desenvolvimento de receitas, baseada em processos

organizacionais adequados e na sistematização de boas práticas e caminhando para um modelo económico equilibrado e bem reconhecido pela comunidade financeira” e ainda, “Assegurar o

cumprimento das obrigações estatutárias e de serviço público, assim como as previstas no Contrato de Concessão, nos vários domínios e face a múltiplos “stakeholders” (CGI, outras entidades de regulação e fiscalização e instituições externas junto das quais a RTP assume compromissos), desenvolvendo uma postura de responsabilidade e transparência”.

36 Publicação online do

Projeto Estratégico | www.rtp.pt

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uma aposta diferenciada na produção audiovisual em Portugal e no mundo. É pretensão da mesma, manter o carácter da sua informação de forma independente, isenta e pluralista, da mesma forma reforçar a componente internacional, cultural e económica, assim como reforçar a sua programação direcionada a um público infantil.

Neste novo enquadramento estratégico, a disputa de audiência com uma nova e forte identidade, “um carácter específico

atribuído ao operador de serviço público e aqui residirá o seu DNA, a sua razão de ser.”

Cada um dos serviços de televisão, nomeadamente, a RTP1, RTP2, RTP Informação, RTP Madeira e RTP Açores, RTP Internacional, RTP África e por fim a RTP Memória, deverão manter o seu carácter assim como objetivos e vocação individuais.

Ainda ao nível da produção, para além da sua produção própria, a RTP aposta na produção nacional, privilegiando a “produção independente de stock, original e em português, e posicionar- se como coprodutora ou programadora dessa produção”.

Ainda dentro desta perfectiva de grupo global, é pretensão do grupo, “entender a oferta de rádio como um conjunto de serviços de programas (nacionais e regionais, internacionais e online) na sua complementaridade,”

Como operador de serviço público e com uma constante aposta na inovação e de acordo com o seu posicionamento no Mercado e modelo de negócios, a forte aposta da RTP nos novos media, no digital e novas plataformas, como atitude e política pró-ativa, elevando as valências dos profissionais ao nível do conhecimento e domínio dos novos media e com capacidade de trabalhar “em rede, em parceria com “players” externos e integrada numa comunidade dispersa e não tradicional”. Esta oferta da RTP para além de ir de encontro a novas tendências de consumo dos media, será uma forte contribuição ao nível dos serviços de programas internacionais quer de televisão, quer de rádio que contribuem para uma aproximação das comunidades portuguesas pelo mundo. Ainda dentro do contexto de serviço público, terá em conta obrigações relacionadas a preservação, acesso e divulgação do arquivo histórico sonoro e audiovisual, a gestão e disponibilização de um núcleo museológico na própria RTP. A cooperação e intercâmbios técnicos e humanos junto dos operadores públicos de países de língua oficial portuguesa assim como a colaboração e desenvolvimento de iniciativas com O posicionamento da RTP é como uma clara alternativa aos

serviços de programas privados de sinal aberto, apostando na diversidade e no “entendimento dos espectadores como cidadãos e não como consumidores.”[01]

A RTP deve ser vista como um sistema global de serviços de programas e não como apenas RTP1, com um serviço de programas.

No que diz respeito aos conteúdos, “A RTP tem que se posicionar numa perspetiva de grande produtor, agregador, programador e difusor de conteúdos em múltiplas plataformas e para todos os públicos, interpretando a missão de serviço público no sentido da valorização da qualidade e da diversidade dos conteúdos.”

A aposta para a diversidade e o entendimento do espectador como cidadão é uma das pretensões do grupo. A proximidade do público como cidadão e não como consumidor promove o seu carácter didático e educador da sociedade, que também faz parte do seu intuito como serviço público de televisão, conforme os desígnios e as obrigações no novo Contrato de Concessão do serviço público.

“Sobretudo, veremos cada vez mais uma RTP de bem consigo própria, ciosa da sua independência, mas aberta à diversidade, centrada no seu desígnio de serviço público mas ativa no setor, relevante no mundo das artes e do conhecimento mas capaz de atrair grandes públicos, promotora da indústria audiovisual local mas orientada para a internacionalização, fomentando a qualidade e a inovação mas com contas certas.

Numa época em que tantas referências empresariais nacionais caíram por terra, a RTP tem uma responsabilidade acrescida. Afinal, a Rádio e Televisão de Portugal é um dos últimos ícones de um certo conceito de portugalidade, de uma certa ambição para divulgar a nossa língua, a nossa cultura e os nossos talentos em todo o mundo.” Gonçalo Reis, Presidente do Conselho de Administração da RTP, em entrevista ao Jornal Económico a 24 de Agosto de 2015.

Neste novo plano estratégico a RTP pretende chegar, a um vasto público e cobrir segmentos alargados da população com

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Ainda a considerar dentro deste novo plano estratégico da RTP, as principais linhas de atuação, nomeadamente sobre a política de conteúdos e a eficiência empresarial.

Sobre a política de conteúdos, a definição posicionamento dos serviços de programas de televisão e rádio que definem a qualidade diferenciadora de um serviço público com cobertura adequada a vários públicos, segmentos e tendências. Por outro lado, a utilização de uma política de gestão integrada dos vários serviços de programas, mantendo as identidades próprias de cada um, mas com uma lógica transversal de serviço público chega ao cidadão através de vários meios.

Assegurar uma maior divulgação dos conteúdos e oferta da RTP e contribuir para uma maior eficácia na divulgação de conteúdos e oferta da RTP.

Outro fator importante neste contexto é a política estrutural de produção, que por sua vez pode atrair as “melhores capacidades

criativas nacionais e fomentando a indústria audiovisual

portuguesa” e o estabelecimento de protocolos com entidades

com uma maior valência ao nível do cinema e promoção da língua portuguesa, entre outros. Ao nível dos recursos humanos, o reforço das lideranças, das equipas, das competências internas da RTP para uma lógica de renovação e qualificação da oferta de serviço público. Nas linhas de ação para eficiência empresarial é importante salientar um foco muito preciso ao nível da gestão de recursos humanos. Uma análise e levantamento de uma política de pessoal interno e encargos com serviços externos, de forma a gerir carreiras, garantindo a capacidade efetiva do pessoal e a otimização dos custos e despesas, assim como identificar o grau de utilização e gestão de meios. Uma equipa multidisciplinar é fundamental porque reúne talentos e diferentes competências, vivências , experiências e valores, que desta forma possibilita a criação de produtos consistentes no planeamento estratégico da organização. (Rezende, 2008). Por outro lado e sobre um contexto de evolução setorial e tentativa de afirmação do domínio dos novos media, torna-se fundamental a criação de oportunidades de desenvolvimento de sinergias entre as várias estruturas e áreas funcionais da empresa.

No ambiente atual, o maior desafio é garantir a sobrevivência, desenvolvimento e sucesso da organização perante as

dificuldades no meio envolvente, mas de forma que se adapte a ele. As organizações deparam-se com o desafio perante a cultura, artes, património, cinema, promoção da língua, ensino,

ação social e outros domínios relacionadas com a atividade da RTP, são igualmente uma obrigação iminente do serviço público de televisão. A produção cinematográfica e audiovisual deverá ser um foco de obrigação da RTP, assim como, as obrigações relativas a todas as áreas regionais e minorias.

No âmbito das obrigações e para além dos conteúdos, a RTP, deve ter a responsabilidade exemplar de corresponder a um modelo de organização empresarial de referência,

nomeadamente, uma organização “eficiente e moderna, dotada de fortes competências, orientada à execução e à prestação de serviço, com elevados índices de produtividade, desenvolvendo uma cultura de adaptação aos desafios sectoriais, afirmando-se como instituição credível e respeitada.” (Projeto Estratégico RTP - Janeiro 2015)

No que diz respeito à gestão financeira e sustentabilidade económica, a RTP procura manter um estudo constante de iniciativas que permitam a redução de custos estruturais, nomeadamente de serviços internos como de serviços externos. A RTP deverá funcionar num modelo de equilíbrio definido pelo Plano de Desenvolvimento e de Redimensionamento (PDR) aprovado pelo acionista Estado para a RTP, e sobre os custos operacionais, que se incluem nos gastos em fornecimentos e serviços de terceiros e em custos com pessoal associados a funções administrativas, tentando “salvaguardar os montantes

a disponibilizar para grelha/produção de conteúdos, que são um fator diferenciador e essencial para garantir a relevância da oferta da RTP, bem como assegurando a capacidade para a RTP atrair e reter os recursos humanos adequados nas funções estratégicas, nomeadamente relacionadas com a produção e emissão de conteúdos, entre outras como as áreas dos novos média, tecnologia, distribuição e promoção.”

e as receitas obtidas da sua contribuição audiovisual, perante as receitas comerciais no Mercado, ou seja,

“na gestão da publicidade, obtendo rácios de elevada eficácia de receita gerada por ponto de audiência, bem como nas outras componentes de receitas, nomeadamente distribuição por cabo, novos média, venda de conteúdos e serviços, patrocínios e chamadas de valor acrescentado, sempre respeitando a regulação aplicável.”

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a necessidade de serem constantemente inovadoras. A necessidade de rever como sistema o empresarial pode gerar valor aos clientes, proporciona diferentes formas de atuação de acordo com as necessidades dos clientes.

A aposta da RTP ao nível do plano estratégico, passa acima de tudo pela inovação na estratégia de apresentação de conteúdos diferenciados do setor privado, não só através dos novos media e novas plataformas, como também numa aposta muito direcionada para as exigências do consumidor atual. No presente Projeto Estratégico, “marca-se o destino que se

pretende alcançar e as coordenadas gerais do caminho a seguir pela RTP nos próximos anos para se afirmar como um operador público de referência e com elevado impacto no panorama audiovisual.” (Plano Estratégico RTP, 2015). De salientar que em

relação ao parecer ao Plano de Atividades e Orçamento para 2015, pelo Conselho de Opinião[02], na alínea 5, considera como

pouco ambiciosa a posição da RTP quanto à questão da TDT, no que diz respeito ao alargamento da oferta de serviços de programas televisivos e muito confusa em relação ao canais de rádio.

O documento, refere ainda, no que diz respeito aos serviços de programas da RTP Açores e RTP Madeira, que o modelo organizacional que a RTP propõe implementar não é claro. Considera ainda um que é dado um enfoque demasiado ao lado comercial, sendo que considera que o serviço público de qualidade não deve concorrer com os privados.

[02] Orgão governamental que Omite opiniões sobre os planos estratégicos da empresa.

37 Tópicos no Projeto Estratégico

RTP | Janeiro 2015

Política de conteúdos diferenciada dos operadores privados

Cânones de serviço público, oferta de qualidade e promoção da criatividade nacional

Inovação e aposta nos novos média e novas plataformas, assegurando a relevância num envolvimento de forte mudança sectorial e dos hábitos dos cidadãos Papel mobilizador e compromissos ativos no setor audiovisual

Equilíbrio económico, com custos operacionais ajustados às receitas Iniciativas permanentes de ganho, de eficiência e aumento de produtividade Cultura de desempenho, atração / desenvolvimento de competências e processos adequados Estabilização e credibilização do modelo financeiro Consolidação do novo modelo de governo OPERADORES DE SERVIÇO

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1. 8. O Logótipo – Símbolo, marca cromática e identificadores corporativos.

Desde o ínicio da civilização que as ideias comunicam-se de forma visual. Os egípcios utilizavam símbolos e desenhos alinhados para formar um sentido coerente. Já na Grécia, onde as nossas letras são originárias, os símbolos escritos também eles eram colocados em linhas de forma a criar palavras e comunicar as mensagens. A escolha da tipografia por parte do Designer é feita tendo em conta a mensagem a transmitir, o público ao qual se dirige e em consideração ao suporte a utilizar.

Para Chaves o identificador corporativo, “ou marca gráfica é o

signo visual de qualquer tipo (logotipo, símbolo, monograma, mascote, etc.) cuja função específica é individualizar uma entidade. (...). O identificador serve para indicar emissor (quem fala), propriedade (quem é o dono e o usuário) ou autoria (quem é o produtor daquilo que leva essa marca). Indica, portanto, o protagonismo de um sujeito institucional no discurso, nas atividades, nos bens e lugares.” (Norberto, 2005)

“Escolher adequadamente