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CAPÍTULO I A Avaliação do Desempenho Docente

1.5. A Avaliação do Desempenho Docente em Portugal

1.5.4. Segundo Ciclo da Avaliação Docente 2009/2011

Com o inicio do ano letivo 2009-2010 e em matéria de ADD mantinha-se o consignado no Decreto-Lei n.º 270/2009, de 30 de setembro, que estabelecia, na alínea b) do n.º 6 do artigo 7.º, uma regra transitória em matéria de progressão na carreira para os docentes que, no ano civil de 2010, perfizessem o tempo de serviço necessário para progredirem ao escalão seguinte e que tivessem obtido na avaliação do desempenho do ciclo de avaliação de 2007-2009 a menção qualitativa mínima de Bom. De acordo com aquela norma, a progressão dos docentes dependia da obtenção de uma menção qualitativa igual ou superior a Bom, numa apreciação intercalar do desempenho, realizada a requerimento dos interessados.

Em setembro de 2009, após eleições legislativas, novas negociações foram realizadas, com o objetivo de se alterar o ECDno seguimento, do acordo estabelecido no Memorando de Entendimento47. Também a Assembleia da República, local onde este assunto foi amplamente debatido, recomenda através da publicação da Resolução n.º 108/2009, de 17 de dezembro, que “no âmbito do processo negocial em curso e no prazo de 30 dias, seja revogada a divisão da carreira docente nas categorias hierarquizadas de Professor e Professor titular e seja concretizado um novo regime de avaliação do desempenho dos docentes”. A Assembleia da República recomenda que, no prazo de 30 dias o Governo:

a) Elabore as normas do Estatuto da Carreira Docente e legislação complementar, designadamente, extinguindo a divisão da carreira docente entre as categorias hierarquizadas de “Professor” e “Professor titular”;

b) Estabeleça um novo modelo de Avaliação do Desempenho Docente que seja justo, exequível, que premeie o mérito e a excelência e que contenha uma componente de avaliação orientada para o desenvolvimento profissional e melhoria do desempenho dos docentes, e que contribua para o aprofundamento da autonomia das escolas;

c) Crie as condições para que do 1.º ciclo de avaliação não resultem penalizações aos professores, designadamente para efeitos de progressão na carreira, derivadas de interpretações contraditórias da sua aplicação (Resolução da Assembleia da República n.º 108/2009).

Em janeiro de 2010, já com o XVIII Governo Constitucional48 em exercício, é celebrado o Acordo de Princípios49 entre o Ministério da Educação e as organizações

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Este memorando foi celebrado a 12 de abril de 2008, entre o Ministério da Educação e as estruturas sindicais representativas dos docentes que constituem a Plataforma Sindical de Professores, “onde se acorda a composição de uma comissão paritária com a administração educativa, tendo a mesma acesso a todos os documentos que viriam a ser produzidos pelas diferentes escolas e pelo CCAP” (Cardoso, 2012, p. 159). 48

O XVIII Governo Constitucional, entrou em funções a 26 de outubro de 2009; apresentou a sua demissão em 23 de março de 2011, mantendo-se em funções como Governo de Gestão, até 21 de junho de 2011, data da tomada de posse do XIX Governo Constitucional.

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Foi oficialmente publicado em 8 de janeiro de 2010, o documento emanado do Gabinete do Secretário de Estado e Adjunto da Educação, denominado por “Acordo de princípios para a revisão do Estatuto da Carreira Docente e do modelo de avaliação de desempenho dos professores dos ensinos básico e secundário e educadores de infância”. Também em janeiro de 2010 foi publicado um segundo documento que se referia aos “Princípios da revisão do Estatuto da Carreira Docente e da sua articulação com a avaliação de desempenho”. Este documento, na generalidade, limitava-se a garantir a ligação e respetivas consequências da avaliação do desempenho na progressão na carreira docente.

sindicais representativas do pessoal docente, para que a revisão do ECD fosse realizada, bem como a revisão do modelo de avaliação dos professores. Mas, tendo em conta a natureza complexa da questão “avaliação”, designadamente da avaliação de professores, “cedo se percebeu que o prazo estabelecido pela Assembleia da República dificilmente seria cumprido” (Cardoso, 2012, p. 166), o que efetivamente só viria a ocorrer em junho desse ano.

Todos as negociações que foram decorrendo, conducentes à revisão do ECD, levaram a que, durante o ano letivo 2009/2010, fossem adotados procedimentos de ADD simplificados, a aplicar apenas aos docentes contratados, a docentes que necessitassem de realizar a apreciação intercalar por razões de progressão na carreira e a docentes que no 1.º ciclo de avaliação obtiveram as menções qualitativas de Regular ou Insuficiente. Os procedimentos a adotar na apreciação intercalar foram inicialmente comunicados às escolas por nota informativa das Direções Regionais de Educação e posteriormente fixados pelo Despacho n.º 4913-B/2010, de 18 de março (CCAP, 2011)

Neste contexto e havendo necessidade de dar continuidade ao processo de ADD, fixaram-se procedimentos a adotar no âmbito da apreciação intercalar prevista na alínea b) do n.º 6 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 270/2009, de 30 de setembro, pelo que surge o Despacho n.º 4913-B/2010, de 18 de março, que determinava o seguinte:

a) Para o efeito da progressão ao escalão seguinte da carreira, no ano civil de 2010, dos docentes que nesse ano perfizessem o requisito de tempo de serviço para progressão, aplicava-se cumulativamente as seguintes regras: a) ter obtido na avaliação do desempenho referente ao ciclo de avaliação de 2007 -2009 a menção qualitativa mínima de Bom; e b) ter obtido na apreciação intercalar do seu desempenho menção qualitativa igual ou superior a Bom.

b) A apreciação intercalar do desempenho devia ser solicitada pelo interessado através de requerimento, acompanhado do documento de autoavaliação, que não era sujeito a qualquer regra formal de elaboração mas onde deveria constar o seguinte: a) breve descrição da atividade profissional no período em apreciação, incluindo uma reflexão pessoal sobre as atividades letivas e não letivas desenvolvidas; e b) a identificação da formação realizada.

c) O período abrangido pela apreciação intercalar decorria desde o início do ano letivo de 2009-2010 até ao último dia do mês anterior àquele em que o docente completasse o requisito de tempo de serviço necessário à progressão.

d) A CCAD procedia à apreciação do documento entregue pelo docente, ponderando o respetivo conteúdo no sentido de uma apreciação objetiva e rigorosa do seu desempenho, atribuindo-lhe uma menção qualitativa dentro do elenco: Insuficiente, Bom e Muito bom.

e) Após a atribuição da menção qualitativa pela Comissão de Coordenação da Avaliação do Desempenho, o diretor do agrupamento de escolas ou escola não agrupada procedia à respetiva homologação.

f) A apreciação intercalar do desempenho prevista neste despacho não substituía a avaliação do desempenho do ciclo de avaliação de 2009 -2011 (cf. Despacho n.º 4913-B/2010, de 18 março de 2010).

Já o ano letivo estava quase no seu termo, quando surge o novo ECD, com a publicação do Decreto-Lei n.º 75/2010, de 23 de junho, que introduziu alterações no sistema de ADD, com consequências no acesso à progressão na carreira. Neste normativo é reforçado o papel da avaliação na melhoria da qualidade da escola pública e do serviço educativo e na valorização do trabalho e da profissão docente:

a) Reforça-se a articulação entre a avaliação do desempenho, agora com procedimentos mais simplificados, e a progressão na carreira;

b) Quanto à diferenciação dos desempenhos, manteve-se a adequada articulação com o modelo de avaliação do desempenho da generalidade dos trabalhadores da Administração Pública (SIADAP)50, ao continuar vigente a regra da fixação de uma percentagem máxima para as menções qualitativas de Muito Bom e de Excelente;

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A Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro, institui o Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP), aplicando-se ao desempenho dos serviços públicos, dos respetivos dirigentes e demais trabalhadores, numa conceção integrada dos sistemas de gestão e avaliação, permitindo alinhar, de uma forma coerente, os desempenhos dos serviços e dos que neles trabalham. O sistema integra três componentes: (i) O Subsistema de Avaliação do Desempenho dos Serviços da Administração Pública (SIADAP 1); (ii) O Subsistema de Avaliação do Desempenho dos Dirigentes da Administração Pública (SIADAP 2) e; (iii) O Subsistema de Avaliação do Desempenho dos Trabalhadores da Administração Pública (SIADAP 3).

c) Instituem-se modalidades de supervisão da prática docente, como forma de garantir a qualidade do serviço educativo prestado e a progressão na carreira, designadamente nos escalões onde é fixada contingentação através de vagas; d) Valoriza -se a senioridade na profissão, ao propiciar -se a docentes situados nos

últimos escalões da carreira a sua dedicação a diversas funções especializadas; e) A carreira docente passa a estruturar-se numa única categoria, terminando a

distinção entre professores e professores titulares, mantendo-se como mecanismos de seleção, para ingresso numa profissão cada vez mais exigente, a prova pública e o período probatório;

f) Mantém-se igualmente uma estrutura de carreira que valoriza e premeia o mérito e o resultado da avaliação de desempenho, sendo fixada contingentação, através de vagas em dois momentos ao longo da carreira, na progressão para o 5º e 7º escalão para o qual é obrigatória a “observação de aulas” (cf. Preâmbulo do Decreto-Lei n.º 75/2010, de 23 de junho).

O supracitado Decreto-Lei refere que a avaliação de desempenho docente tem por objetivo “a melhoria da qualidade do serviço educativo e das aprendizagens dos alunos e proporcionar orientações para o desenvolvimento pessoal e profissional no quadro de um sistema de reconhecimento do mérito e da excelência” (n.º 2 do art.º 40.º). No número 3 do mesmo artigo são referidos os novos objetivos específicos no âmbito da, ADD, entre eles: (i) contribuir para a valorização do trabalho e da profissão docente; (ii) identificar as necessidades de formação do pessoal docente; (iii) diferenciar e premiar os melhores profissionais no âmbito do sistema de progressão da carreira docente; (iv) promover o trabalho de cooperação entre os docentes; (v) promover um processo de acompanhamento e supervisão da prática docente; (vi) e promover a responsabilização do docente quanto ao exercício da sua atividade profissional (n.º 3 do art.º 40.º).

Neste ciclo avaliativo, o desempenho de funções de “coordenação, orientação, supervisão pedagógica e avaliação do desempenho” são atribuídas aos docentes posicionados no 4.º escalão ou superior. Em situações excecionais e devidamente fundamentadas, podem desempenhar estas funções os docentes posicionados no 3.º escalão detentores de formação especializada (art.º 35.º).

Para aceder aos 3.º e 5.º escalões, a observação de aulas é requisito obrigatório. A progressão aos 5.º e 7.º escalões dependem da obtenção de vaga (art.º 37.º), com exceção dos docentes que obtenham, na avaliação de desempenho imediatamente anterior à progressão, a menção de Muito Bom ou Excelente (art.º 48.º).

Os intervenientes no processo de avaliação passam a ser “o avaliado”, o “júri de avaliação” e a “comissão de coordenação da avaliação do desempenho” (art.º 43.º).

De acordo com o art.º48 do supracitado Decreto-Lei, os docentes com avaliação de Muito Bom ou Excelente são premiados com uma progressão mais rápida na carreira. Os docentes podem progredir até aos 5.º e 7.ºescalões sem dependência de vaga, desde que na avaliação imediatamente anterior à progressão obtenham uma das referidas menções. Podem ainda usufruir da bonificação de um ano para aceder ao escalão seguinte os docentes que obtenham duas menções de Excelente ou duas menções de Excelente e Muito Bom. Podem ainda ter uma bonificação de 6 meses a usufruir no escalão seguinte os docentes que obtenham duas menções consecutivas de Muito Bom.

No sentido de regulamentar e desenvolver os princípios do sistema de ADD estabelecidos pelo Decreto-Lei supramencionado, é então publicado o Decreto Regulamentar n.º 2/2010, de 23 de junho. O Governo promoveu algumas alterações ao sistema de ADD para “clarificar a sua articulação com a progressão na carreira e o desenvolvimento profissional, valorizar a dimensão formativa da avaliação, centrar num órgão colegial a decisão sobre o desempenho do avaliado e envolver mais os docentes no processo e nos resultados da avaliação” (Preâmbulo do Decreto Regulamentar n.º 2/2010) (cf. Quadro 7, página seguinte).

Quadro 7

Procedimentos a Observar na Avaliação do Desempenho Docente Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de janeiro Decreto Regulamentar n.º 2/2010, de 23 de junho Dimensões da avaliação

Vertente profissional social e ética

Desenvolvimento do ensino e da aprendizagem

Participação na escola e relação com a comunidade escolar Desenvolvimento e formação pessoal ao longo da vida

Periodicidade 2 anos Intervenientes no processo Avaliado CCAD Avaliadores: coordenador de departamento curricular ou professor titular da área disciplinar do avaliado; e o diretor da escola;

Ocasionalmente poderia ser requerida a apreciação dos pais e encarregados de educação.

Avaliado CCAD

Avaliadores: relator (professor da mesma área disciplinar com posicionamento e grau académico superior ao avaliado e ser detentor de formação especializada em avaliação do desempenho, sempre que possível); e júri de avaliação.

Elementos de referência da

avaliação

Objetivos e metas definidas nos Projeto Educativo e Plano Anual de Atividades da Escola; Indicadores de medida, estabelecidos pela escola, relativos aos resultados dos alunos e abandono escolar; objetivos fixados no Projeto Curricular de Turma (opcional).

Padrões de Desempenho Docente estabelecidos a nível nacional (Despacho n.º 16034/2010, de 22 de outubro);

Objetivos e metas definidas nos Projetos Educativos e Plano Anual de Atividades da Escola;

Objetivos individuais, quando apresentados (opcional).

Objetivos individuais

Apresentação obrigatória Apresentação facultativa

Observação de aulas

Obrigatória para todos os professores;

Três aulas em cada ano do ciclo de avaliação.

Obrigatória apenas para os professores que se encontram na transição para o 3º e 5º escalão da carreira docente;

Duas aulas em cada ano do ciclo de avaliação;

Condição necessária para ascender às menções de muito bom e excelente.

Instrumentos de registo

Elaborados e aprovados pelo Conselho Pedagógico tendo em conta as recomendações do Conselho Científico para a Avaliação de Professores (órgão nacional).

Elaborados pela CCAD e aprovados pelo Conselho Pedagógico, tendo em conta os Padrões de Desempenho Docente e as recomendações do Conselho Científico para a Avaliação de Professores (órgão nacional).

Autoavaliação

Obrigatória. Deve explicitar o contributo do docente para o cumprimento dos objetivos individuais fixados.

Obrigatória. Deve realizar-se de acordo com as regras e padrões de uniformização definidos pelo Ministério da Educação.

Entrevista Individual

Obrigatória. Tem por objetivo dar conhecimento da proposta de avaliação e proporcionar oportunidade para a sua apreciação conjunta, bem como a análise da ficha de autoavaliação.

Facultativa. Deve ser requerida pelo avaliado após ter conhecimento da proposta de avaliação e tem por objetivo a apreciação conjunta dos elementos do processo de avaliação

Resultados do processo de

avaliação

Expressos através de 5 menções qualitativas: Excelente; Muito Bom; Bom; Regular e Insuficiente. As duas menções superiores estão sujeitas a percentagens máximas na sua atribuição.

A avaliação do desempenho, “mantendo critérios de exigência e valorização do mérito, passa agora a realizar-se através de procedimentos simplificados, sendo o seu elemento essencial a auto-avaliação efetuada por cada docente, numa perspetiva de desenvolvimento profissional” (Preâmbulo Decreto Regulamentar n.º 2/2010), pelo que há uma fixação facultativa dos Objetivos Individuais, no início de cada ciclo de avaliação, que podem ser redefinidos em função do plano de atividades.

À semelhança do que acontecia no ciclo avaliativo anterior, a avaliação incide sobre quatro dimensões do desempenho: a vertente profissional, social e ética; o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem; a participação na escola e relação com a comunidade educativa; o desenvolvimento e formação profissional ao longo da vida (Decreto Regulamentar n.º 2/2010, art.º 4º).

Neste ciclo avaliativo, a ADD passa a ter por referência os padrões de desempenho docente estabelecidos a nível nacional (que decorrem da proposta do CCAP)51, os objetivos e metas fixados no projeto educativo e no plano anual de atividades de cada escola /agrupamento e os objetivos individuais, que passam a ter caráter facultativo (art.º 7.º).

Os padrões de desempenho docente, referidos no Decreto Regulamentar n.º 2/2010, foram dados a conhecer através de Despacho n.º 16034/2010, de 22 de outubro, que, no preâmbulo, diz que os padrões de desempenho docente “constituem um elemento de referência da avaliação de desempenho e visam providenciar um contexto para o julgamento profissional levado a cabo pelos docentes no decurso da sua actividade”. Estes padrões devem ser considerados como: “um modelo de referência que permite (re)orientar a prática docente num quadro de crescente complexidade e permanente mutação social, em que as escolas e os profissionais de ensino são confrontados com a necessidade de responderem às exigências colocadas por essas transformações e, em muitas situações, anteverem e gerirem com qualidade e eficácia as respostas necessárias” (Preâmbulo do Despacho n.º 16034/2010).

Assim, enquanto elemento de referência nacional, o documento dos padrões de desempenho deve ser lido em contexto, i.e., de acordo com o projeto educativo e características e contextos de cada escola e com as especificidades da comunidade em que

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se insere e “constituir um documento orientador para a afirmação de um dispositivo de avaliação justo, confiável e que contribua efectivamente para o desenvolvimento profissional de todos os docentes envolvidos” (Preâmbulo do Decreto Regulamentar n.º 2/2010).

Quadro 8

Dimensão, Domínios e Descritores da Avaliação de Desempenho (Despacho n.º 16034/2010 de 22 de outubro)

DIMENSÃO VERTENTE PROFISSIONAL, SOCIAL E ÉTICA

DOMÍNIOS

Compromisso com a construção e o uso do conhecimento profissional;

Compromisso com a promoção da aprendizagem e do desenvolvimento pessoal e cívico dos alunos;

Compromisso com o grupo de pares e com a escola.

DESCRITORES

(Relativos à menção de Excelente)

O docente demonstra claramente que reflete e se envolve consistentemente na construção do conhecimento profissional e no seu uso na melhoria das práticas; Revela um profundo comprometimento na promoção do desenvolvimento integral do aluno e investe na qualidade das suas aprendizagens;

Atua como figura de referência na promoção do trabalho colaborativo e apoio aos colegas, bem como no desenvolvimento de projetos da escola e com a comunidade.

DIMENSÃO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM

DOMÍNIOS

Preparação, organização e realização das atividades letivas; Relação pedagógica com os alunos;

Processo de avaliação das aprendizagens dos alunos.

DESCRITORES

(Relativos à Menção de Excelente)

O docente evidencia elevado conhecimento científico, pedagógico e didático inerente à disciplina/área curricular;

Planifica com rigor, integrando de forma coerente e inovadora propostas de atividades, meios, recursos e tipos de avaliação das aprendizagens;

Promove consistentemente articulação com outras disciplinas e áreas curriculares e a planificação conjunta com os pares;

Concebe e aplica estratégias de ensino adequadas às necessidades dos alunos e comunica com rigor e elevada eficácia;

Promove ambientes de aprendizagem em que predomina o respeito mútuo e a interação;

Concebe e implementa estratégias de avaliação diversificadas e rigorosas, monitoriza o desenvolvimento das aprendizagens, reflete sobre os resultados dos alunos e informa-os regularmente sobre os progressos e as necessidades de melhoria;

Utiliza sistematicamente processos de monitorização do seu desempenho e reorienta as suas estratégias de ensino em conformidade;

Constitui uma referência para o desempenho dos colegas com quem trabalha.

DIMENSÃO PARTICIPAÇÃO NA ESCOLA E RELAÇÃO COM A COMUNIDADE

EDUCATIVA

DOMÍNIOS

Contributo para a realização dos objetivos e metas do PEA e dos planos anual e plurianual de atividades;

Participação nas estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica e nos órgãos de administração e gestão;

Dinamização de projetos de investigação, desenvolvimento e inovação educativa e sua correspondente avaliação.

DESCRITORES

(Relativos à Menção de Excelente)

O docente envolve-se ativamente na conceção, desenvolvimento e avaliação dos documentos institucionais e orientadores da vida da escola;

Apresenta sugestões que contribuem para a melhoria da qualidade da escola, trabalhando de forma continuada com os diferentes órgãos e estruturas educativas, constituindo uma referência na organização;

Quadro 8 (cont.)

Dimensão, Domínios e Descritores da Avaliação de Desempenho (Despacho n.º 16034/2010 de 22 de outubro)

Promove a criação e o desenvolvimento de projetos de intervenção, formação e/ou investigação, orientados para a melhoria da qualidade da escola e favorecedores da inovação;

Mostra iniciativa no desenvolvimento de atividades que visam atingir os objetivos institucionais da escola e investe, sistematicamente, no maior envolvimento de pais e EE e/ou outras entidades da comunidade.

DIMENSÃO

DESENVOLVIMENTO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL AO LONGO DA VIDA

DOMÍNIOS Formação contínua e desenvolvimento profissional

DESCRITORES

(Relativos à Menção de Excelente)

O docente toma a iniciativa de desenvolver, de forma sistemática, processos de aquisição e atualização do conhecimento profissional;

Reflete consistentemente sobre as suas práticas e mobiliza o conhecimento adquirido na melhoria do seu desempenho;

Promove sistematicamente o trabalho colaborativo como forma de partilha de conhecimento, desenvolvimento profissional e desenvolvimento organizacional da escola

Fonte: Aguiar (2011, p. 54-55)

Em relação à periodicidade, por comparação com o ciclo avaliativo anterior, a avaliação de desempenho dos docentes integrados na carreira, não sofreu alterações, continuando a ser efetuada no final de cada ciclo de “dois anos letivos e reporta-se ao serviço prestado durante esse período”( art.º 5º, do Decreto Regulamentar 2/2010).

A apresentação dos Objetivos Individuais, neste ciclo avaliativo passou a ser “facultativa”, ao contrário do ciclo avaliativo anterior. A sua elaboração visava “melhor aferir o respetivo contributo para a concretização dos objetivos e metas fixadas no PEA e nos planos de atividades ou para áreas relevantes do seu desenvolvimento profissional”, devendo ser realizada pelos docentes interessados, no início de cada ciclo de avaliação. Estes objetivos podem ser redefinidos em função do Projeto educativo da Escola ou do Plano de Anual e Plurianual de Atividades (art.º 8º).

A observação de aulas também é “facultativa, só tendo lugar a requerimento dos interessados”, sendo “condição necessária” para a obtenção das menções qualitativas de