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JMN JPEF

Etapa 1 Texto Original

8 Análise da Configuração Organizacional Administrativa da IPJA à luz do Modelo analítico

8.4 Caracterização do agente organizacional e relacionamentos internos

8.4.4 Sucessão dos dirigentes

O Pastor da Igreja tem mandato de cinco anos. No capítulo seis, já foi mencionado que o mesmo está na IPJA desde o ano de 1990. Sendo que até o ano de 1994, ano em que a referida Instituição Religiosa passa de congregação da IPO para igreja formada, ele é considerado pastor evangelista designado pelo presbitério. A partir de então, o mesmo é eleito para pastor efetivo da igreja para um mandato de cinco anos. O mesmo foi reeleito nos anos de: 1999 e 2004; podendo ainda participar de inúmeros pleitos eleitorais, desde que se sinta ainda chamado por Deus para estar na Igreja, manifeste vontade própria, e ainda que o seu nome seja aprovado pelo Conselho.

Foram notados aspectos de liderança carismática na figura do pastor da Igreja, pois o mesmo além de ser muito afável com as pessoas, também passa uma certa ‘sedução’ para motivar alguém na realização de suas funções na casa de Deus. Outrossim, o mesmo, apesar de ter projetado as principais mudanças que ocorreram na IPJA, prefere manter o status quo da IPB observado na conservação das sociedades internas existentes na igreja (SAF, UPH, UPA e UMP). Ou seja, diferentemente de algumas outras Igrejas Presbiterianas locais (como a de Casa Caiada, que está sob o pastoreio do presidente do PROL) que extinguiram definitivamente as sociedades internas, o Pastor prefere balancear a tradição com a inovação na referida entidade religiosa.

No que se refere à sucessão dos outros agentes da IPJA, no ambiente interno é incentivado que cada ‘irmão’ ore primeiramente para perceber quem Deus deseja que seja eleito ou escolhido, e, ao mesmo tempo, que se coloque à disposição do Senhor para que, se for da vontade Dele, possa vir a ser ‘chamado para a obra’. Além disso, existe uma preocupação em esclarecer ao grupo a importância da função de líder à ‘luz da Bíblia’.

Em alguns casos, a opção pela pessoa que vai exercer algum cargo de direção na IPJA, dá-se pela escolha do Pastor ou do Conselho da mesma. E, desse modo, além de se verificar se ela é ou não uma pessoa consagrada a Deus, apuram-se questões referentes à sua capacitação técnica para a área. Ou seja, as funções exercidas no trabalho secular podem fazer com que seja uma determinante para o convite para o exercício do trabalho na Igreja. Exemplo disso, seriam os professores da Escola Dominical ou do Projeto Igreja Solidária. Se alguém exerce a docência no ambiente externo passa a ser um ponto positivo para utilização de seus talentos na referida entidade religiosa.

Entretanto, no que se refere à formação dos cargos do Conselho da Igreja e da diretoria da Diaconia, a escolha é feita entre os próprios integrantes. Por serem poucos, na verdade,

excluindo o Presidente do Conselho da Igreja que – como já foi falado – tem que ser obrigatoriamente o Pastor da Igreja, os outros membros são nomeados de acordo com o melhor perfil para a função.

Já no caso das sociedades internas, os secretários de causas são escolhidos pelos seus dirigentes, como uma espécie de ‘cargo comissionado’. Em outras palavras, os líderes destas têm certa autonomia nesta nomeação, selecionando aqueles que Deus colocar em seus corações como também os que perceberem que sejam melhores para a função – tanto no que tange à capacitação, como relacionados ao bom convívio.

Os depoimentos a seguir reforçam o que foi dito até o presente momento:

“Entre eles mesmo são trabalhados, são indicados, são orientados também, pois a gente traz uma reflexão rápida sobre líderes, à luz da Bíblia, um exemplo como Josué [...] então a gente vai e conversa, tudinho, o que é ser líder, o que é estar à frente daquele grupo, o que é ser presidente [...] e cada função ali é explicada, e entre eles mesmos, fazem uma votação direta ali e se elege a sua diretoria” (“F”).

“Na mocidade foi eleição, eleição direta de todos os segmentos, a gente não indicou ninguém. Mas foi um trabalho muito bom, porque exatamente assumiu quem queria. No caso do Shekinah e do Foco de Marketing foi indicação. O Foco de Marketing pelo Conselho da igreja, e o Shekinah foi indicação de Nara, que foi a líder formadora do grupo na época e quem indicou as outras líderes do grupo” (“O”).

“Essa escolha é feita através de uma votação, então existe reunião plenária em que todas as sócias vão escolher a presidente através do voto secreto, como também a vice-presidente, como a primeira e a segunda secretárias, como também a tesoureira. Agora as demais secretárias: secretária de espiritualidade, secretária de assistência social, secretária de evangelismo, secretária de estatística [...] elas são escolhidas pela executiva, como se fosse cargo de confiança” (“E”).

“Eu vi a necessidade, eu tinha interesse de ajudar, eu comecei a ajudar e a partir daí eu fiquei junto com as meninas na colaboração de ficar liderando a parte de coordenação do projeto [...] No foco eu fui convidada” (“L”). “Cada um tem a sua singularidade, não é!? Por exemplo: têm áreas da igreja que você assume quando você é eleito, por votação. Foi assim comigo na época da mocidade, como presidente. Mas, tem outras áreas que, por exemplo, a questão do foco não foi uma indicação direta, mas foi um consenso dentro do Conselho, visando onde cada qual poderia se adequar melhor na área da igreja” (“M”).

“Não existe esta coisa a nível de votação, mas a convites de participar, como é o caso do professor, ele é convidado a participar [...] No Projeto Igreja solidária, é mais em cima da preparação quanto a nível secular [...] Então, a escolha está vinculada a minha profissão” (“I”)

“O Departamento (infantil) já é por indicação, então as pessoas são indicadas. Seja pelo Conselho da igreja, seja por alguém que faz parte do Departamento e que acha que aquela pessoa tem condições de estar exercendo a função de líder. Não tem um tempo específico como tem as sociedades que é por ano e depois vai fazer uma eleição. Mas há a necessidade do Conselho da igreja de depois estar conversando com o líder do momento, para saber se ele tem interesse de continuar. Tendo, já não precisa nem de eleição, ele permanece no cargo. E, também, é aquela questão: são sempre avaliadas as outras pessoas que estão trabalhando com aquele grupo também o que elas acham, qual a opinião delas, para não ser uma coisa imposta. No ministério, é um sistema semelhante, se o líder não tem o interesse de sair, e as pessoas que trabalham com ele estão vendo que o trabalho está fluindo, está acontecendo, então não há a necessidade de trocas constantes. Só se quem está na função, por alguma razão, precise sair do cargo, e aí há um novo sistema de indicação também” (“J”).

Por fim, os agentes organizacionais, do nível intermediário da IPJA, na maioria das vezes, são escolhidos com base em critérios muitos vezes subjetivos. Em outras palavras, para referendar o seu nome, o mesmo necessita ser primeiramente escolhido por Deus para ocupar tal função no ‘Corpo de Cristo’. Todavia, outras vezes a escolha se dá através de um convite ao se observar a capacitação técnica que tais indivíduos possuem.