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Tema: Contributo das ferramentas Web 2.0 nas aprendizagens – a construção de comunidades de

aprendizagem no MMEdu

Data da entrevista: 19 de Outubro de 2007

Entrevistado: Carlos Santos, docente de Tecnologias da Comunicação em Educação – Mestrado em

Multimédia em Educação

Local: Departamento de Comunicação e Arte, Universidade de Aveiro

Software utilizado para edição do ficheiro: Direct Wave Mp3Splitter (demo disponível em http://www.pistonsoft.com/) e WavePad Sound Editor 3.05 (disponível em http://www.nch.com.au/wavepad/) ………..

Questões / Blocos:

1 – introdução ao tema

2 – as ferramentas web 2.0 no MMEdu 3 – as motivações / as reacções 4 – o sucesso da estratégia adoptada

5 – as comunidades de aprendizagem no MMEdu

………..

Mónica (M) - Bom dia, Carlos. No âmbito dos trabalhos de investigação que estou a desenvolver para o Mestrado em Multimédia em Educação, considerámos importante auscultar a sua percepção e opinião relativamente às ferramentas Web 2.0 implementadas e utilizadas em TCEd. Nesse sentido, perguntava-lhe o seguinte: uma vez que não as utilizou na edição que frequentei (2004/2005) porque é que decidiu usar estas ferramentas no Mestrado?

Carlos (CS) - Há dois anos não usei porque não, ainda não tinha muita consciência da importância que podiam ter as ferramentas. A primeira vez que utilizei não foi nesta edição do mestrado, foi na edição que ocorreu em Cabo Verde, que começou uns meses antes da edição daqui, e tinha muito a ver com aquela questão de que muitas vezes os fóruns não permitem transmitir uma versão mais pessoal do que é que está a acontecer ao longo do trabalho. Achei que as ferramentas da web 2.0 podiam trazer alguma ajuda desse ponto de vista para, como professor, perceber qual está a ser o sentimento da pessoas por detrás do trabalho que estão a desenvolver.

Para além disso - e já tem a ver agora com cada ferramenta em específico - a web 2.0 pode ter muitas faces diferentes, muitas funcionalidades diferentes, e eu defendo que não se deve utilizar obviamente tudo só por utilizar, deve-se utilizar o que achamos que faz sentido em determinados contextos. Para mim, o que fez sentido, o que fazia sentido naquele momento no contexto do mestrado, era fazer um aglomerado de ferramentas. Continuava com o Blackboard porque continuo a achar que há questões que devem ser essencialmente privadas, dentro daquele grupo devem ser privadas, tal como antes achava que deve existir o e-mail porque há questões que não têm que ser públicas, têm que ficar entre o professor e o aluno. Achava antes que há uma parte da comunicação dos grupos que deve ser privada e que essa comunicação privada devia acontecer dentro dos fóruns de discussão do grupo, privados do grupo, algo que eu ao longo do tempo vim a constatar que não funciona. A minha experiência diz-me que em sete grupos em dois funciona, nos outros não seguem essa estratégia, sentem-na como algo que é imposto pelo professor e que fazem um pouco, talvez, de… por semana, por exemplo, só para…

M – Estatística…

CS – Só para estatística, exactamente. Ou seja, a comunicação entre os grupos ocorre em ferramentas

externas àquelas que o professor dá, é algo que é natural acontecer e que não podemos ser nós a forçar que seja de forma diferente.

Por isso… Já tinha decidido que tinha que arranjar maneira de acabar com a questão dos fóruns de grupo, achava que não estavam a resultar, achava que tinha que arranjar uma estratégia diferente de conseguir atingir os objectivos que eu pretendia com os fóruns de grupo que era, basicamente, conseguir acompanhar regularmente o trabalho que os alunos, que o grupo está a produzir, e essa falhava numa percentagem significativa dos casos.

Os fóruns da disciplina tinham uma vertente obviamente de discussão interna da disciplina, e que faz sentido – para mim continua a fazer sentido que exista -, mas muitas das discussões que ocorrem do fórum, que ocorriam do fórum, não têm justificação para serem fechadas para o resto das pessoas, porque essa discussões se calhar têm muito a ganhar se aparecerem intervenções de pessoas de fora

Anexos

do próprio grupo. E isto através do Blackboard estava obviamente limitado. Daí ter passado muitas das discussões que normalmente eram lançadas nos fóruns da disciplina para o meu blog pessoal e, felizmente terem surgido algumas intervenções interessantes de pessoas ou que já tinham feito a disciplina, ou que vinham completamente de fora, outras até que eu tinha convidado para intervirem – isso também faz parte, nós também temos esse papel de agentes provocadores.

Inclusivamente uma experiência interessante foi os alunos terem referido que estavam convencidíssimos de que uma pessoa que apareceu de vez em quando a comentar os posts era eu, que assinava com um outro nome só para provocar a discussão, mas não era verdade: eram mesmo outras pessoas. Portanto é esta vertente que justifica no fundo o aparecimento de, tirar uma parte do movimento dos fóruns para o meu blog para permitir que aparecessem outras pessoas na discussão. A parte dos fóruns de grupo - a parte que me pareceu lógico e que poderia ser uma motivação adicional - era a criação de blogs de grupo, embora exista uma corrente muito grande a que se assiste na web de criticar os blogs de grupo. Há muitos autores que são radicalmente contra blogs de grupo, porque a ideia é que um blog é algo de pessoal, não é do grupo, como blog de grupo não funciona. Há um artigo muito conhecido que se chama James Farmer, tem imensos comentários, tem gerado sempre muita discussão e é interessante.

Eu não concordava… quer dizer, percebo algumas das reticências que ele coloca relativamente a um blog de grupo, mas acho que podem criar-se condições para que os blogs de grupo funcionem. E a minha aposta foi de experimentar e ver se realmente ele tinha razão ou não.

Acho que é possível fazer funcionar blogs de grupo, principalmente quando temos uma escala que tem tanta gente que é impossível seguir. Mesmo com as melhores ferramentas de agregação, não faz sentido seguir quarenta blogs em simultâneo porque é muito complexo dar resposta a toda a gente. Portanto, os fóruns de discussão passaram para blogs de grupo como um elemento de motivação, para as pessoas poderem dar-me a conhecer, de uma forma mais regular, o que é que está a acontecer, de utilizarem os comentários da forma que também utilizavam nos próprios fóruns para gerar alguma discussão dentro dos próprios grupos. E ainda algo que me pareceu muito interessante, que era abrir aquilo que cada grupo estava a fazer. Na primeira disciplina, na disciplina de TCEd, os grupos estão a trabalhar em temáticas completamente diferentes onde, de alguma forma, muitas decisões estão ligadas a decisões de outros grupos, implicam dicas de outros grupos, e desta forma potenciava que todos os grupos pudessem saber o que é que os outros estão a fazer e …

M – E em que ponto é que estavam…

CS – E intervirem muito mais cedo, perceberem. Porque às vezes isso acontecia, ou seja as pessoas não

disponibilizavam informação atempadamente do que é que estavam a fazer no seu grupo, das decisões que estavam a tomar, e assim era uma forma das pessoas poderem acompanhar e em determinado momento intervirem logo no espaço do outro grupo, quando uma decisão podia ter implicações do outro lado. E foi algo que aconteceu, aconteceu regularmente e por isso acho que desse ponto de vista funcionou muito bem. A ideia de acabar com os fóruns e passar para os próprios blogs…

M – Os grupos deixaram até de ser tão fechados, porque estavam muito mais abertos… CS – Claro…

M – À interacção com os outros grupos…

CS – O que é que falta mais… falta a parte do social bookmarking, para já a ideia do conhecimento que se

vai produzindo.

Eu durante várias edições deixava a possibilidade de criar um grupo de discussão nos fóruns, no fórum de discussão, só para partilhar recursos. As pessoas queixavam-se que os recursos iam ficando espalhados pelos fóruns, o que tornava muito complicado depois recuperar essa informação. O primeiro método de organização que tomei, relativamente a essa situação, era em algumas circunstâncias permitir então que houvesse um grupo só para partilhar recursos. Era uma solução intermédia, mais ou menos interessante, mas depois o que acontecia era que a pessoas geravam comentários e/ou criavam estruturas de mensagens em que o título não dizia nada, tornava-se muito complicado na mesma aceder à informação. Daí ter passado para a ferramenta de social bookmarking, que tem uma estrutura muito bem definida e que obriga a todas as pessoas que queiram partilhar informação com os colegas, os recursos que encontraram, tenham que o fazer de uma forma estruturada, perfeitamente acessível a todos. Os mecanismos de pesquisa subjacentes, todas essas questões para mim pareceram-me muito interessantes. Mas as ferramentas de social bookmarking tinham um problema: como é que nós criamos a ideia de um grupo que está a partilhar esses links, na ferramenta? É um conceito que não existe no del.icio.us, que é obviamente a ferramenta de referência, mas que não existe. Existem formas de dar um bocadinho a volta, existe uma forma que eu não gosto, que é criar uma conta e disponibilizar o login e a password a toda a gente mas perde-se a referência de quem publicou o quê, e a avaliação perde-se…

M – Sim, exactamente

CS – Existe outra forma que é criar uma tag específica para o grupo e depois todas as pessoas terem que ter

o cuidado de colocar sempre essa tag e, no fundo, a conta do delicious daquela tag é a conta do próprio grupo. Pode funcionar, temos um risco enorme que é que se as pessoas se esquecem da tag

deixa de funcionar, toda a lógica deixa de funcionar. Depois na altura fiz uma pesquisa mais ou menos intensiva de soluções que existiam de social bookmarking e acabei por optar pelo mag.nolia. Tinha um outro muito interessante, que é o shadows, mas que estava numa fase de o projecto ser descontinuado, e que tinha problemas técnicos graves. O mag.nolia pareceu-me interessante por causa desta questão: ter uma ferramenta de social bookmarking que permitia construir grupos, ou pessoas que tinham perfis dentro desses grupos, e centralizar de uma forma bastante optimizada os bookmarks das pessoas. Tinha até uma ferramenta que eu não tive a mínima intenção de utilizar, que era criar discussões dentro do próprio grupo de social bookmarking, que foi uma coisa que eu vi que existia mas que… achei que tinham os fóruns de discussão, já existiam os blogs, achei que, que era completamente desnecessário…

M – Dispersar…

CS - … mas os alunos não acharam. E foram os próprios alunos que começaram a criar discussões sobre

alguns links que estavam a disponibilizar, dentro do próprio espaço do mag.nolia. Ainda se geraram algumas discussões interessantes, portanto também acho que resultou bastante bem e é das estratégias que eu penso manter em edições futuras. Para terminar falta a Wiki.

M – A Wiki…

CS – A Wiki teve muito a ver com uma questão. No contexto de TCE era muito importante para mim, e que

eu quis sempre que funcionasse e que tenho ideia que não terá funcionado tão bem nas edições anteriores: a perspectiva de grupos estarem a trabalhar em áreas temáticas diferentes, e todo o conhecimento que era produzido por cada um dos grupos, de alguma forma, começando pela apresentação final, podia ser absorvido em parte depois por quem tivesse interesse em continuar a estudá-lo consultando o relatório dos colegas. Erm… a ideia que eu tenho é que como dois dias depois da apresentação já estão a trabalhar noutra disciplina, esta ideia de ir consultar os relatórios dos colegas acaba por ser um bocadinho teoria e pouca prática. Por isso achei que teria muito mais interesse tornar a construção do próprio relatório um processo totalmente transparente para os colegas e que permitisse – até por causa das questões das interacções dos grupos – que em qualquer momento as pessoas pudessem ir ver o que é que os outros estão a escrever sobre determinado assunto. Inclusivamente, que fossem criando referências entre os trabalhos que cada grupo está a fazer ao longo do tempo, pois eu posso, em determinada área do meu relatório saber que há uma parte que vai ligar com o trabalho de outros. Vou ver onde é que esses outros têm essa informação e crio uma referência dentro da própria estrutura, ou seja, os relatórios de alguma forma ligarem-se entre si e estarem articulados devido ao próprio processo de construção dos relatórios individuais ser aberto. E também obviamente a questão da competitividade entre os grupos, acho que nós devemos explorar essa vertente, fazer com que as pessoas possam olhar para o que é que os outros estão a fazer, ver quem é que está a fazer melhor e com isso também se incentivar essas pessoas a fazerem melhor e a conseguirem ter um nível de qualidade mais alto no seu trabalho. Portanto a ideia da Wiki foi muito por isto.

M – E os grupos iam colocando à medida que iam trabalhando? CS – Quase todos.

M – Ou no final é que apresentavam mais ou menos…

CS – Não. Não, depende dos grupos. Essa é uma questão que, cultural… M – Exactamente!

CS - … que é difícil ultrapassar, que é as pessoas acharem que por estarem a divulgar a informação só têm a

perder porque os outros vão copiar e vão fazer igual.

M – E não só. Podem depois querer corrigir, e estão neste momento a apresentar fragilidades que

entretanto são detectadas e é muito melhor entregar um trabalho limpinho no fim.

CS – Erm… pois. Eu acho que o processo do conhecimento, de as pessoas mostrarem o processo de

construção do conhecimento tem todo um interesse. Obviamente que eu não esperava que as pessoas chegassem lá e começassem a meter uma série de coisas erradas, mas pronto, que conforme iam construindo partes do relatório iam introduzindo, e tinham uma versão minimamente estável de uma determinada parte que a disponibilizassem logo no momento. Até porque como os relatórios de progresso também tiveram que ser utilizados na Wiki, obrigou a que as pessoas começassem a ter mais cuidado naquilo que publicavam. Enquanto que nos relatórios de progresso de anos anteriores muitas vezes há uma série de observações que não tinham muito interesse porque aquilo praticamente era para eu ver, não era um elemento de avaliação do ponto de vista de eu ir dar uma nota, podia… levava as pessoas a que às vezes não tivessem muito cuidado nos relatórios de progresso. Esta questão de estar aberto para o mundo, saber que não só o professor, não só os colegas mas toda a gente podia ver o que é que eles estavam a fazer, cria uma responsabilidade diferente e obriga a ter uma abordagem diferente àquilo que se coloca lá. A questão cultural tem a ver, para mim, essencialmente com esta questão que existe muito na nossa sociedade: do copiar, do plágio, e das pessoas se sentirem desconfortáveis de estarem a partilhar o que é que vão encontrando e o que vão produzindo ao longo do tempo, e que os outros vêm e também vão fazer melhor porque viram. Isto é uma abordagem, eu acho que toda a gente tem a ganhar se a qualidade média de todos

Anexos

os trabalhos produzidos for melhor, as pessoas não vão reduzir a qualidade do seu trabalho por os outros aumentarem a deles.

M – Não vão fazer pior que o que estava, vão tentar… CS – Exactamente,

M – Vão tentar fazer melhor.

CS – O que está a acontecer é que estamos a puxar toda a gente para cima e não estamos a puxar uns para

baixo por causa dessa questão. Mas houve realmente grupos em que houve uma intervenção minha forte, por trás, não pública, para que os grupos deixassem de ter esse comportamento de andarem a ver o que é que os outros estão a fazer mas não publicarem nada, ou o que publicavam era… estavam a publicar só para enganar, na realidade não estavam a publicar informação interessante. Aconteceu. E principalmente dois grupos aconteceu, um de uma forma muito marcada, outro menos importante, mas aconteceu, aconteceu esse tipo de situações. Provavelmente vai ter que haver umas penalizações mais fortes previstas no guião para…[risos]

M – Pois. No guião da disciplina diz que os objectivos são “familiarizar os formandos com a terminologia,

organização, funcionamento dos sistemas de comunicação multimédia e a sua aplicação em educação, bem como os principais factores que influenciam o seu desempenho”. Depois a disciplina, pelo que eu sei pelos meus colegas, é… pronto, é familiarizarem-se com tudo isto, mas incidiu quase essencialmente nessas ferramentas 2.0. [pausa]

CS – Erm… mais ou menos

M – Não quer dizer que os objectivos não tenham sido cumpridos, mas…

CS – Sim, sim, … A questão… eu acho que as questões da Web 2.0 são muito interessantes de apresentar.

Mas eu gostava… eu… a minha ideia foi sempre que essas ferramentas iam ser introduzidas numa perspectiva de viver as ferramentas, viver e de as experimentar na prática.

Ou seja: do ponto de vista da teoria, das sessões presenciais, o tempo que eu dediquei a apresentar as ferramentas foi muito reduzido, mas depois provoquei um ambiente onde as pessoas tinham que ser utilizadores intensivos dessas ferramentas. E muito mais do que ser algo que as pessoas iam ouvir na teoria, e que eu acho que o conceito que está por detrás das ferramentas web 2.0 é algo que muito dificilmente passa na teoria, é algo que tem que se viver, tem que se experimentar, tem que se perceber os benefícios de se estar lá, e de partilhar, e de comunicar com as outras pessoas, por isso… eu duvido muito que qualquer tipo de formação na área da web 2.0 que seja muito teórica e que muito pouco prática, criar…

E prática no sentido não é de obrigar as pessoas a utilizar por utilizar, é de criar contexto em que as ferramentas que nós vamos utilizar e que devem ser muito bem escolhidas fazem sentido como uma parte do desenvolvimento real. Por isso um projecto, o projecto que é desenvolvido, para mim tem muito a ver com os objectivos que aí estão, as ferramentas de suporte ao desenvolvimento desse projecto têm muito a ver com a parte da web 2.0. Que no fim pode provocar, em termos de teste teórico, por exemplo, uma reflexão que pode existir muito grande sobre a questão da web 2.0 na educação sem que se tenha perdido muito tempo ao início a explicar os conceitos do que é que é a web 2.0. Porque as pessoas quando chegaram ao fim daquelas semanas eram utilizadores com uma experiência já muito aceitável das próprias ferramentas no contexto educativo, porque eles estavam a desenvolver um trabalho no contexto educativo.

M – Então elas foram apresentadas na disciplina, não houve uma explicação, não houve uma sessão

teórica a explicar o que é um blog, para que é que serve, como é que vocês fazem, como é que devem fazer, o que é uma wiki, para que serve, como se fazem, como é que devem fazer…

CS – Quatro ou cinco slides.

M – Quatro ou cinco slides… Depois agora vejam, e trabalhem… CS – Sim.

M - … e entranhem.

CS – Sim. M – Erm…

CS – Foi uma coisa muito curta, em termos de apresentação, da minha parte durou meia hora a falar destas

questões todas, do que é o web 2.0…

M – Daí quase o choque quando souberam que iam ter que trabalhar com elas… CS – [pausa] Sim, sim, algumas…

M - Bem, mais à frente vamos ver esse bocadinho… Os alunos tinham a consciência… no plano de

avaliação tem 10% para participação nas ferramentas de suporte à comunicação, partilha de informação … os alunos tinham a noção que teriam – como nós na altura tivemos, que teríamos que participar nos fóruns com um mínimo de uma mensagem diária – os alunos sabiam que iam ter que…

CS – Sim.

M - … usar essas ferramentas.

CS – Inclusivamente dei-lhes aquele artigo que eu escrevi para aquela revista, Nova Formação, que falava da metodologia de avaliação que utilizo. Portanto na altura surgia muito essa questão de como é que eram avaliadas e eu forneci-lhes o artigo que falava na questão de fóruns mas que praticamente a ideia é transpor a mesma lógica para os blogs.

M – E agora tem uma próxima edição daqui a quase cerca de dez dias. Já disse que as coisas vão ser um