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Anexo V – TRANSCRIÇÃO DO FOCUS GROUP

Tema: Contributo das ferramentas Web 2.0 nas aprendizagens – a construção de comunidades de aprendizagem no MMEdu

Objectivo: aferir as motivações subjacentes à utilização das ferramentas Web 2.0 e identificar a percepção dos alunos relativamente à criação de comunidades de aprendizagem no MMEdu. Data da entrevista:

Entrevistados: grupo de cinco alunos do Mestrado em Multimédia em Educação, edição 2006/2007

Local (ou programa utilizado): Skype (modo conferência) ……….. Questões / Blocos:

1 – introdução e apresentação do tema

2 – a introdução das ferramentas Web 2.0 no mestrado

3 – a utilização das ferramentas Web 2.0 no mestrado, pelo grupo 4 – Web 2.0 e LMS’s

5 – comunidades de aprendizagem em MMEdu

6 – sugestões para a utilização das ferramentas em situações futuras ………..

Moderador [M] - Muito boa noite. Em primeiro lugar, muito obrigada por terem disponibilizado o vosso

tempo para estarem a responder a um conjunto de questões. Este focus group pela internet tem como finalidade recolher um bocadinho a vossa opinião e saber como foram as vossas experiências enquanto alunos do Mestrado em Multimédia em Educação, no que diz respeito às tecnologias, às ferramentas que utilizaram, às estratégias e etc.

Primeiro, peço-vos para se reportarem há quase dois anos atrás, para se lembrarem mais ou menos de como as coisas aconteceram e de como não aconteceram. Já lá vai algum tempo. E sim, eu ainda estou a trabalhar nisto. (risos) não é fácil. Portanto, relativamente às ferramentas da Web 2.0, quais são aquelas que vocês utilizam com maior frequência, nos dias de hoje, quer em contexto social, ou profissional ou académico, quais são aquelas que vocês usam com maior frequência hoje em dia?

Participante A [PA] – Olha, eu são os agregadores. Portanto, o netvibes, que nos foi dado a conhecer nas

aulas de mestrado, uso isso diariamente, e depois pronto, também tenho um blog pessoal onde vou escrevendo com alguma regularidade ou não, e pronto, basicamente são essas duas essencialmente. É os feeds e isso.

Participante B [PB] – Eu também utilizava mais os feeds, agora ultimamente nunca mais peguei naquilo mas

pronto, foi só um pormenor, e também tenho um blog pessoal, mas como a E sabe aquilo ficou parado assim durante muito tempo. Mas agora vou retomar. Mas de resto acho que são essas, assim. Das que nós tivemos contacto essas são as que eu mais uso.

Participante C [PC] – Sim, eu também acho. Eu fiquei mais sensibilizada à blogosfera. Portanto, a querer

entrar como uma parte activa, não é, do que também como observadora, porque realmente antigamente não… lia mas não dava assim grande importância. Agora começo… agora perco tempo a ler comentários, que antigamente nem sequer fazia isso. E também tentei criar o meu. Está criado, não está é desenvolvido! (risos)

Participante D [PD] – Pois eu fiz dois blogs desde que comecei o mestrado, e tudo era experiência, um foi

só para explorar mesmo e o outro tenho mantido até hoje, continuo postando, colocando comentários lá, reagindo ao que comentam e os outros espaços de comunicação, tipo o Hi5 brasileiro que é o Orkut, tenho um Hi5 também, e esses meses exploro tudo isso, eu uso pouquinho.

[PA] – No que respeita à Web social realmente também tenho uma conta no Hi5 mas pronto, é quase ter

por ter, a verdade é que não ligo muito àquilo. Mas tenho, mas mantenho.

[PC] – Pois a mim, no meu caso já tinha esse hábito antes, portanto o Mestrado não me veio trazer

novidades nesse aspecto. Ah, foi o MySpace, mas esse também acabei por abandonar.

[M] – Portanto, vocês continuam a usar essas ferramentas. E em termos profissionais, usam…

[M] – Uns são professores, outros são formadores. Vocês usam também essas ferramentas, tipo com os vossos alunos ou na vossa profissão?

[PA] – É assim, eu não dou aulas, portanto com os alunos não uso. Em termos de profissão, como vocês

provavelmente se lembram, o que eu trabalho essencialmente é com o Moodle, portanto, temos um gabinete onde gerimos várias ferramentas relacionadas com o Moodle e com os e-portfolios, também temos e-portfolios digitais e a esse nível sim, funciono com isso.

[PB] – Eu não tenho muito a dizer, porque eu não funciono com nada disso. Por exemplo lá no projecto o

pessoal não é muito ligado a essas coisas e portanto eu só uso isso mesmo a nível pessoal. Assim, a nível de trabalho não utilizo. A única coisa que utilizo é o msn, mas isso já utilizava antes do mestrado, portanto…

[PC] – Pois. Eu no meu caso, porque dou… trabalho num instituto privado, portanto não tem os mesmos

recursos que uma escola pública, mas uso muito o quadro interactivo com recurso à internet. Eu filtro, por exemplo, websites que eu acho que têm… por exemplo, sendo de inglês, acho que são de gramática de grande qualidade e nesse aspecto utilizo isso em sala de aula, para ser uma aula mais interactiva. Estou agora a negociar com o meu patrão para instalar a plataforma do moodle, sendo grátis, não é, e agora tive uma experiência engraçada, que estive a dar aulas… dou aulas de português a estrangeiros e tive uma aluna que teve que ir embora, para a Venezuela, mas ela quer regressar, só que por motivos de burocracia e legalidade teve que regressar. E então enquanto não trata ela diz que não queria perder as aulas de português, e então eu dou em simultâneo às minhas outras alunas que estão cá, presencialmente, e a ela através, no Messenger. Utilizo ainda o Messenger para dar aulas, videoconferência, e tem resultado bastante bem, tanto que as alunas que estão cá presencialmente adoram e a outra colega, portanto, ela levanta-se às seis da manhã, horário da Venezuela, para assistir à aula.

[PA] – Coitada, é preciso mesmo ter gosto…

[PC] – Mas tem sido uma experiência mesmo… e até estou a falar de pessoas, tenho alunas daqui que já

têm 50 e tal anos, e elas estão a adorar, estão a adorar mesmo.

[PD] – Bom, no meu caso vocês sabem que eu estou com bolsa de estudos e não estou trabalhando em

Portugal, e pronto, estou só a nível de estudos. Mas tenho muitos planos de usar no Brasil todas essas ferramentas que aprendi a explorar aqui.

[M] – Muito bem. E então digam-me uma coisa… portanto agora reportem-se há mesmo dois anos atrás. O que é que vocês pensam da forma como as ferramentas da Web 2.0 foram introduzidas na disciplina de TCEd. Foi um percurso fácil, foi difícil, foram bem preparados… Como é que as coisas correram?

[PA] – TCEd era aquela que era dada pelo professor Carlos Santos, não era? [M] – Exactamente

[PC] – Foi a da escola virtual, não foi, do projecto virtual? [M] – Sim, tinha o Centro à Distância, o CAEDA

[PA] – É assim, eu por mim só tenho coisas boas a dizer, acho que foi uma óptima experiência de

tomarmos contacto com coisas que não tínhamos assim muito conhecimento, na altura foi tudo assim novidade, pelo menos para mim: o Netvibes,… os blogs não, mas o Netvibes, e depois era o PageFlakes e eram aquelas novidades todas que foram sendo introduzidas, e eu gostei. Acho que foi um enriquecimento de conhecimento bastante grande.

[PC] – Eu confesso que no início entrei em pânico. Principalmente com aquele questionário inicial, sobre se

tem conhecimento sobre o que é RSS,…

[PA] – Concordo.

[PC] – Eu lembro-me que entrei em pânico, mesmo. Mas depois… aliás, acho que em primeiro a aula, a

disciplina em termos de estrutura estava bastante bem organizada, o professor Carlos Santos nesse aspecto esteve 100%. Mas depois… entrei um bocadinho em pânico porque fomos basicamente auto-didactas. Pelo menos falo por mim.

[PA] – Tivemos que ser um bocado em todas as cadeiras.

[PC] – Exacto, sim, sim, sim. Mas nesta eu lembro-me que nós andávamos mesmo às aranhas,

principalmente quando… no meu grupo calhou a criação do website, e lembro-me que havia também um outro grupo. Só que o outro grupo queria começar de raiz e nós tínhamos que começar por um SMS

[PA] – Ah, vocês usaram o Joomla, não foi?

[PC] – Exactamente. E eu lembro-me que nós andávamos desesperados porque, de facto, foi bastante

complicado nesse aspecto. Agora acho que em termos de relação entre os vários grupos, o facto de estarmos a depender e estarmos todos a trabalhar como equipa, para além desses conhecimentos a nível tecnológico que adquirimos, acho que houve um outro aspecto, mais ao nível humano e social. Em termos de grupo. E nesse aspecto é o que eu mais me recordo, dessa disciplina. Para além do pânico inicial, foi mesmo o trabalho de grupo.

[PB] – Eu também senti isso, e para mim foi mesmo complicado porque foi a primeira disciplina que eu fiz,

porque não fiz DMME. Então, quando cheguei, foi mesmo um choque, não estava preparada para aquilo. Mas, depois, nós ficámos com o trabalho sobre o Moodle e acho que, da forma como o

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fizemos, conhecemos bem a plataforma e eu nunca tinha trabalhado com ela, portanto retirei daí muitas coisas boas, gostei. Além disso, também a dinâmica de grupo também foi interessante, porque na minha licenciatura estava habituada a fazer trabalhos de grupo mas não neste sistema, utilizando estas ferramentas. Portanto, também aí foi uma novidade, e também aprendi muito.

[PD] – Pois no meu caso foi algo bem diferente. Cheguei a comentar com o professor Moreira, agora na

discussão da tese, que na segunda disciplina ainda me estava sentindo atordoada porque ainda estava me adaptando à língua, ainda não entendia muito bem o que as pessoas falavam e, por exemplo, as comunicações nos blogs em relação ao grupo era complicado, porque todos eram portugueses e utilizavam a linguagem calão e pronto. Eu “o que é que é isso?”, tinha que discutir com eles e parava a discussão, porque primeiro queria saber o que era isso para poder participar da discussão. E lembro que quando nós estávamos criando os grupos de discussão do ma.gnolia cheguei a lançar uma discussão sobre a validade da educação a distância e a [PC] disse: “Ora, mas se não houvesse necessidade nós não estávamos aqui” e eu vi que não havia necessidade daquilo e pronto, acabei com a discussão. Mas foi muito interessante, atordoante nesse sentido, mas nos outros aspectos muito bom.

[M] – E digam-me uma coisa: houve apresentação das ferramentas, o professor explicou, vocês tiveram

que fazer mesmo sem saber como é que se fazia… Acham que essa foi a melhor forma de vos por a trabalhar ou deveria ter havido, por exemplo, uma sessão presencial só a explicar-vos cada uma das ferramentas, como é que se faz, como é que não se faz…?

[PA] – É assim: eu acho que não há propriamente muita necessidade disso. O que ele fez inicialmente foi

dar uma visão geral de como é que as coisas funcionam e depois cada um de nós, melhor ou pior, acabou por aprender, isso é um facto. E também acho que quando já se está neste nível de ensino não tem que haver tantos paninhos quentes, tanta ajuda, nós também temos que lutar pelo conhecimento, e a verdade é que todos aprendemos a funcionar com aquelas coisas que nos foram introduzidas assim um bocado rapidamente mas que todos acabamos por interiorizar mais dia, menos dia, portanto a verdade é essa.

[PD] – É, eu concordo com a [PA]. Tivemos a oportunidade de explorar cada coisa, de perceber a

funcionalidade e os momentos de encontro e de discussão serviram também para a gente fazer essas apreciações, dar o nosso parecer, dar a nossa opinião, e pronto, os contactos também ajudaram para a gente perceber a utilidade de cada um.

[PB] – Sim, eu também não achei muito interessante a forma como foi feita. Ele acabou por não dar, não

trabalhar exaustivamente uma explicação ou dizer-nos como é que funcionava e eu acho que isso foi também porque obrigou-nos a fazer um trabalho individualizado e a aprendermos sozinhos. Acho que também isso é bom, é importante.

[PC] – Eu acho que isto é uma coisa tão prática, não é? Acho que só mesmo com a utilização, não creio

que havendo mais uma sessão presencial ou não fizesse grande diferença, sinceramente, porque eu acho sinceramente que isto é daquelas coisas que primeiro se estranhas e depois é que se entranham. Sinceramente eu acho que é assim, já vai um bocadinho da atitude da pessoa de ter curiosidade ou não depois em explorar. É claro que foi muita informação junta, isso é um facto. Mas acho que realmente só vai para ali, para aquele curso, realmente quem tem um espírito mais inovador e que realmente queira aprender coisas novas. E acho que essa motivação, essa parte de curiosidade, que foi mais importante do que haver mais ou não outra sessão presencial. Pelo menos eu acho que havendo não iria fazer grande diferença.

[PB] – Sim, e até porque as ferramentas eram mais ou menos intuitivas, também não era necessário fazer

uma grande explicação, se elas não fossem intuitivas nós também não teríamos conseguido trabalhar com elas e trabalhámos, portanto…

[M] – Quais foram as maiores dificuldades que vocês encontraram na utilização das ferramentas? Alguma que tenha sido mais difícil de trabalhar…

[PA] – Eu honestamente não me recordo…

[PD] – Olha, eu tive dificuldades só com o delicious, o ma.gnolia, e foi só uma dificuldade que foi inicial que

foi encontrar o mestrado lá. E aí a Guida me ajudou, me mandou… aliás, foi ela que fez a minha conta. E então pronto, depois disso já consegui utilizar tranquilo, mas… foi a única dificuldade que eu tive.

[PB] – Também não me lembrava do ma.gnolia. De facto, o ma.gnolia é uma coisa assim confusa… [PA] – É, realmente sim…

[PB] – Eu agora prefiro utilizar o del.icio.us, acho que é uma coisa muito melhor que o ma.gnolia, o

ma.gnolia é uma coisa mais confusa e difícil de trabalhar, não sei, não acho muito intuitiva.

[PA] – Sim, agora que falam nisso também tenho que concordar. Acho que o ma.gnolia foi aquele que foi

um bocadinho mais confuso. Embora lá está, todos acabamos por trabalhar com ele, mas foi aquele que se calhar, a mim, me deu menos prazer, foi o ma.gnolia.

[M] – E a wiki? Fiquei curiosa porque eu não gostei da minha experiência que tive com a wiki. Mas eu

também quando entrei já entrei numa fase em que vocês já dominavam um bocado a ferramenta, foi… que experiência é que vocês tiveram com ela, foi mais ou menos intuitiva, foi difícil…?

[PB] – Confesso que na wiki só escrevia. Não conseguia criar aquelas pecinhas, aquelas hiperligações, eu

nunca fiz. Portanto não faço a mínima ideia de como é que se faz.

[PD] – Nem eu!

[PA] – É assim… eu quanto à wiki, pronto, dominei um bocado aquilo, ou seja, acabei por ser eu muitas

vezes a colocar lá os materiais, a fazer os links e assim. Mas, para o que nós tínhamos que fazer na wiki, honestamente não acho que aquilo fosse assim “essencial”, digamos, porque aquilo era mais para motivar o trabalho de grupo, tanto quanto me parece, para todos irem lá colocar materiais e assim, mas quer dizer, todas as pessoas acabavam por trabalhar da forma que lhes dava mais jeito. O que muitas vezes acontecia no meu grupo é que nós entre nós trocávamos ficheiros Word com o registo das alterações, fazíamos assim e depois íamos chapar tudo na wiki, porque a nós dava-nos mais jeito fazermos assim. Ou seja, acho que a wiki é interessante mas se calhar depende do contexto e da utilização que lhe é dada. Para o que nós fizemos com ela, por exemplo para o meu grupo, não foi assim de um interesse muito especial.

[PD] – Inclusive essa discussão com [PA] na época de MAC deu, gerou uma discussão com a Guida, eu fiz

agora a análise do blog para a minha tese e a discussão rendeu, porque a discussão deu um resultado como se ela não visse a produtividade da wiki a nível educacional, e quando na verdade não era, pelo que eu percebi, não era essa a intenção e sim ver aquilo como ganho de conhecimento. Não é isso, [PA]?

[PA] – Eu por acaso já não me lembro do que disse na altura, mas sim, eu compreendo que se calhar os

motivos também foi dar-nos a conhecer mais uma ferramenta, mais uma coisa. Mas como eu por acaso já conhecia o conceito de wiki porque o Moodle permite essa actividade, ou seja, em termos de enriquecimento pessoal, para mim, não tinha resultado em muito, porque eu já a conhecia. Então em termos de trabalho de grupo – que era a única vantagem que se calhar seria acrescida no momento – como também não resultou, para mim foi um bocado indiferente. Acho que foi mais por aí.

[PC] – Eu deduzo que estão a falar da wiki. Eu lembro-me que na altura também fiquei muito curiosa e

tentei explorar ao máximo as funcionalidades daquilo. Mas de facto não fiquei assim… fiquei um bocadinho desiludida porque aquilo portanto parece um bocadinho pré-histórico. Acho que para as coisas que já existem, a wiki já merecia ali uma inovação, acho que já fazia falta assim algo mais… um aspecto mais fresquinho. Aquilo parou… realmente aquilo é anterior ao conceito que nós temos da Web 2.0, não é, aquilo sempre existiu e acho que parou ali um bocadinho. E isso faz realmente com que não tenhamos uma perspectiva tão positiva da wiki. Eu acho que influencia um bocadinho aí. Mas, de resto, lá está. É só expor conteúdo online, não tem outra funcionalidade. Em termos estéticos, então…

[PA] – Porque por exemplo, se o objectivo também era facilitar o trabalho de grupo, eu acho que, por

exemplo, o que nós fazíamos em termos de trocar ficheiros Word com registo de alterações era muito mais visual, ver que alterações tinham sido feitas num documento Word, do que estar a ver o histórico da wiki.

[PB] – Concordo. Aliás, eu acho que no nosso grupo também acabámos por fazer mais o trabalho, se bem

me lembro, no Google docs, fazíamos o trabalho no Google docs e depois passávamos para lá.

[PA] – Ia-se lá colar, é. [PB] – É, pois.

[PA] – Não se trabalhava na wiki. Até devido aos problemas que aquilo chegou a gerar, eu ainda me lembro

que – acho que foi com o Aveiro connections – que houve um problema qualquer, que eles deram o mesmo nome a uma página que nós, já não sei, e eles alteraram o nosso conteúdo, involuntariamente, óbvio, não é? Só que… ou seja, foi mais um motivo para nós acharmos que aquilo que não…pronto, que só dava problemas.

[M] – É muito bom ter aqui elementos de grupos diferentes. Quais foram as ferramentas que vocês mais usaram no grupo? Usaram mais os blogs, o msn, usaram mais o skype… quais foram as ferramentas que dentro do grupo vocês utilizaram mais?

[PA] – Olha, nós usámos muito os fóruns do blackboard. Porque é assim, em termos de horários no nosso

grupo divergíamos um bocado. Então o que é que acontece: estar no msn à noite acontecia mas não conseguia ser tão constante como às vezes era preciso. Então, o fórum, como é assíncrono, era muito prático, porque cada um ia ver quando podia e deixava as respostas que podia. Claro que depois usávamos sempre o skype e o Messenger, mas eu acho que o fórum foi aquele que acabou por ter mais efeito.

[PB] – Nós, no nosso grupo, usávamos mesmo, sem dúvida, o msn. Aliás porque o Paulo e tudo o mais

faziam questão de marcar horas mesmo para nós estarmos a trabalhar. O skype nunca usámos, curiosamente. E também utilizávamos mas com menos incidência os blogs… eu por acaso não me lembro se utilizávamos muito o fórum mas creio que não, se utilizássemos eu ia lembrar.

[PD] – Pois, no nosso caso nós começamos com cinco pessoas – daí ser o quintrilho – e no início apenas

eu, a [X] e o [X] tínhamos possibilidades de nos comunicarmos sincronamente. Então, estávamos sempre após o almoço no msn. Agora o [X] e o [X] geralmente era através do fórum, isso nas duas

Anexos

primeiras disciplinas que fizemos juntos. Depois só ficámos nós três, eu, a [X] e o [X], e aí pronto, era mais fácil comunicar pelo msn, que foi o que nós mais utilizámos.

[M] – E quais foram as que menos utilizaram?

[PA] – Ora bem, os blogs foi o que usamos menos. Porque lá está, todas as questões que tínhamos para

resolver eram um pouco internas e não tanto de interesse para o público em geral, portanto acaba por não passar muito por ferramentas tão públicas como o blog. O skype ainda usamos algumas vezes, principalmente para reuniões mais acaloradas, para as pessoas poderem falar à vontade. Mas sim, se calhar o blog foi o menos utilizado de todos.

[PB] – Sim, também no nosso caso o blog foi pouco utilizado para discussões, portanto nós utilizávamos o

blog mais para colocar como é que o trabalho se estava a processar, quais eram as novidades e os desenvolvimentos, mas para discussão não, não utilizávamos mesmo. Nada.

[M] – Era mesmo mais os fóruns e…

[PB] – No nosso caso sim. E no nosso caso muito mais o msn.

[PD] – Sim, entre o msn e o blog o blog era, realmente, menos utilizado. Mas a partir de MAC - MAC nós

utilizamos muito, muito mesmo, o blog. E aí já utilizamos menos o msn, já utilizamos mais o blog.

[PA] – Eu acho que também tem um bocadinho a ver com aquilo que nos era pedido. Porque é assim: se

nós soubéssemos que era esperado dar muita actividade ao blog e passar ideias para lá, nós