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RYAN

— P

ai, você está me estragando.

— Não é todo dia que vejo minha filhinha, então sim, vou estragar você quando voltar para casa.

— Você sabe que Stryder vai pirar, certo?

— Bem, é o mínimo que posso fazer, já que você vai ficar com eles. Tem certeza que não pode mudar de ideia?

Eu balancei minha cabeça. — Sinto muito, pai.

Sentados no estacionamento do Donuts, da Amy o lugar favorito de Stryder em Colorado Springs e a loja de donuts do meu pai, ele se vira para mim com uma dúzia de donuts entre nós e diz: — Sua mãe não é uma pessoa má.

Eu balancei minha cabeça. — Pai, não quero entrar nisso agora.

— Ryan, preciso que você entenda. — Ele usa sua voz severa - então ele vai falar sobre isso e não há nada que eu possa fazer a respeito. — Ela é uma boa pessoa. Ela tem seus momentos? Sim, mas genuinamente ela só quer o melhor para você.

— Ok, — eu respondo, olhando pela janela. Ele pode falar o quanto quiser, mas isso nunca vai mudar nada. Não importa o que aconteça, minha mãe sempre terá algo negativo a dizer sobre mim, e eu sempre levarei isso a sério em vez de ignorar. Alguns comentários posso lavar depois de um ou dois dias, mas outros comentários ficam comigo, enterrando-se profundamente em minha alma e deixando uma impressão eterna.

— Isso é tudo que você vai dizer?

Exausta, digo: — Pai, realmente não quero entrar nisso agora. Tive uma boa noite com você, colocando o papo em dia, ganhamos donuts, e acho que devemos ir para a casa de Rory e Stryder e encerrar a noite com uma nota positiva.

Com a agitação invadindo seu rosto, ele liga o carro e olha para frente. — Posso te perguntar uma coisa, e você precisa ser honesta comigo?

— Ok, — eu arrasto, me sentindo nervosa.

— Sua mãe já abusou de você?

— Porque esta perguntando isso? Você acabou de me dizer que ela é uma boa pessoa.

— Porque ela é uma boa pessoa para mim, sempre foi, mas sempre há uma tensão entre vocês duas que eu nunca entendi. Eu nunca consegui. Estou tentando descobrir, e pela reação que você tem sempre que ela está por perto - o estremecimento e a maneira covarde com que você se esquiva dela - ao contrário da Ryan que eu conheço, estou me perguntando o que é que faz você não gostar tanto de sua mãe.

Eu me viro para ele, a cabeça inclinada para o lado, confusa. — Pai, você era realmente tão cego quando eu estava crescendo? Você estava tão consumido pelo trabalho que nunca viu a maneira como ela me tratou ou ouviu as coisas que ela disse?

— Ajude-me a entender. — Ele parece perplexo. Não tenho ideia de como ele perdeu isso.

Eu cruzo meus braços sobre meu peito. — Ela pode não ter abusado de mim fisicamente, mas com certeza abusou de mim mental e emocionalmente. Nunca fui boa o suficiente para ela e sei que nunca serei. Muito gorda, muito feia, sem roupas adequadas, meu cabelo está uma bagunça, meus dentes são tortos. Sempre foi algo. Nunca fui a filha boneca Barbie perfeita que ela queria.

— Você era perfeita. Você é perfeita.

— Para você, pai. Eu era perfeita para você, mas nem perto de perfeita para ela.

Ele fica em silêncio, olhando pela janela, as mãos segurando o volante com força. Paro por um momento para observá-lo: o tom grisalho de seu cabelo, o conjunto de rugas ao redor dos olhos cansados, os pelinhos no lóbulo da orelha. Ele envelheceu, e não apenas nos últimos meses desde que parti, mas ao longo dos anos. Parece que hoje é o dia em que estou reconhecendo isso, porque em vez do homem divertido e despreocupado que pensa que sou um anjo na terra, ele parece manchado e desgastado, como se estivesse abrigando culpa.

— Eu deveria ter estado mais lá por você, — ele sussurra. — Eu estava tentando dar a você uma vida onde você não precisasse se preocupar com coisas como comprar seu próprio carro e pagar a faculdade. Eu estava tentando dar a você o tipo de vida que você merecia, mas no processo, deixei as coisas escaparem. Eu não peguei as coisas dolorosas que sua mãe disse. — Ele balança a cabeça. — Então, no final, em vez de dar a você a infância que você merecia, você viveu um pesadelo.

Uma dor terrível toma conta de mim enquanto vejo meu pai desmoronar na minha frente, cabeça inclinada, ombros sacudindo, lágrimas caindo de seus olhos comoventes, os mesmos olhos que compartilhamos.

— Pai, não foi um pesadelo, — minto, querendo fazê-lo se sentir melhor, querendo mostrar que não é tudo culpa dele.

— Não minta para mim. Vejo a mulher que você é hoje, insegura de suas decisões. Não é porque eu te dei um ambiente estável para crescer. Eu te deixei para sofrer a ira de sua mãe. — Ele balança a cabeça. — Faz muito tempo que isso acontece e, embora eu ache que ela pode ser uma boa pessoa, sei no fundo de meus ossos que ela não é a pessoa com quem me casei. Ela mudou ao longo do caminho e descontou sua raiva em você.

— O que você está dizendo?

Ele liga o carro e dá ré. — O que estou dizendo é que terei uma longa conversa com sua mãe quando chegar em casa.

— Ela sabe que estou na cidade?

Ele balança a cabeça e sai para a estrada. — Ela sabe. —Não quero fazer essa pergunta, pois não acho que sou forte o suficiente para responder. Mas, igualmente, preciso da verdade.

— Ela quer me ver?

— Ela não disse.

Ela não disse.

Eu olho pela janela e vejo os carros passarem por nós. Uma sensação de afundamento me atinge em cheio no peito. Eu não deveria me importar - eu sei que não deveria - e ainda, saber que minha mãe nem mesmo disse que ela queria me ver me esmaga. Que mãe não pula de alegria quando a filha chega em casa? Eu não a entendo, e acho que nunca vou entender. Acho que realmente sei onde estou agora com ela.

Limpo a lágrima perdida em cascata pela minha bochecha. Minha mãe não dá a mínima para mim. Nunca deu. Nunca vai. Minha melhor amiga está casada e grávida, portanto, está se afastando cada vez mais de mim na vida. Meu outro melhor amigo me ama como uma amiga e está seguindo em frente com sua futura esposa e carreira. Meu pai está desapontado consigo mesmo, porque sente que falhou comigo. O que ele não fez. Porra, ele não fez.

Estou tentando desesperadamente me apegar às coisas boas da minha vida agora, e sei que quando não estou sufocando sob uma névoa de desespero e derrota, há muitas coisas boas. Então, tentando engolir minha melancolia, respiro fundo e agradeço ao homem que deu mais do que eu merecia na vida. Amor incondicional.

— Obrigado pelo jantar e donuts, pai. Eu realmente me diverti.

— Eu também, ursinha. Eu também.

P

arece estranho que Rory e Stryder não morem mais em seu pequeno apartamento em Manitou Springs, mas tenham uma casa na vida real. E também é estranho que eu

esteja olhando para minha amiga que tem uma barriga protuberante de grávida, e um

marido enrolado com força em torno dela, uma mão em sua barriga, a outra segurando

um donut.

Ela é tão adulta e eu... Estou namorando Don-o-idiota, que teve um acesso de raiva quando eu disse a ele que ficaria fora por alguns dias. E, claro, ele não me mandou nenhuma mensagem desde então.

Não estou no mesmo lugar que Rory e, inferno, me faz sentir como se não estivesse fazendo nada com minha vida.

— São incríveis. Baby, dê uma mordida. — Stryder segura o donut na frente de Rory, que alegremente dá uma mordida e se inclina para ele.

— Ugh, tão bom. Isso pode ter que ir na rotação do que obtemos. Quem diria que o limão cereja era tão bom?

— Isso é o céu. — Stryder dá outra grande mordida. O homem é obcecado por Donuts de Amy, que sei por Rory tem a ver com algo sobre sua infância. Quando ele viu a caixa, todo o seu rosto se iluminou e foi fofo.

— É o mínimo que posso fazer, já que vocês estão me deixando ficar aqui.

— Não foi problema nenhum. Ficamos tão animados que você nos perguntou. Você é nossa primeira convidada durante a noite. Arrumei o quarto de hóspedes e vou fazer waffles de manhã.

Meu lábio se curva, uma ruga na minha testa. — Waffles? Quando você começou a trair nosso vício em panquecas com waffles?

— Desde que tive um desejo e comprei uma máquina de waffles. Nos últimos meses, os fins de semana têm sido um waffle.

— Graças a Deus recebemos os waffles cheios de proteínas. — Stryder dá um tapinha em sua barriga lisa. Tenho certeza de que o cara não absorve uma caloria de nada que come. — O que me lembra, Colby está vindo para o café da manhã amanhã de manhã.

— Ah, como-

— O que? — Eu pergunto, interrompendo meu amigo em puro pânico. Ambos voltam sua atenção para mim, confusão estampada em seus rostos.

— Uh... Colby está vindo para o café da manhã, — Stryder diz. — Isso é um problema?

— Sim, quero dizer não, — eu balanço minha cabeça. — Quero dizer...

Merda.

Rory e Stryder trocam olhares antes de se voltarem para mim. — Importa-se de explicar o que está acontecendo?

Eu enterro minha cabeça em minhas mãos. — Não, realmente não.

— Ryan. — Rory usa aquele tom que me diz para não brincar com ela. E a grávida Rory é assustadora - mais dura nas bordas e não tão paciente. Acho que é a pressão constante na bexiga que está começando a afetá-la.

— Eu realmente não quero falar sobre isso. — Bato palmas e digo: — Que tal escovarmos os dentes e irmos para a cama? Não seria divertido?

Ambos balançam a cabeça. Stryder diz: — Não, eu realmente quero saber por que você está sendo estranha sobre Colby. Ele disse algo estúpido? Você sabe que ele não é bom com as palavras.

Meu coração martela no meu peito. — Não, ele está bem. Ele não disse nada. Ele é... meu amigo. Eu só estou cansada. Dia difícil.

Outra troca de olhares. Sua capacidade de se comunicar apenas com o olhar de um casal é poderosa e irritante.

— Se ele é seu amigo, por que você parece tão chocada, Ryan? Isso não é típico de você. O que está acontecendo?

— Nada. — Rory me conhece há muito tempo, e eu sei - eu sei - ela vai insistir isso, e eu mal estou respirando esperando por ela.

— Você gosta de Colby.

Eu balancei minha cabeça, sentindo a derrota em meus ombros enquanto eu afundava em meu assento, a mão segurando minha testa. — Não, eu não gosto de Colby... Eu o amo.

Silêncio. E o suspiro.

E então o grito seguido de palmas. — Meu Deus. Você ama Colby? Isso é ótimo. Não posso acreditar, mas posso. Gah, eu meio que quero pensar que tudo isso é por minha causa, mas não vou levar todo o crédito, vou dar alguns—

— Rory. — Stryder coloca a mão em seu ombro e se inclina para frente. — Você está se esquecendo do fato de que Colby está noivo?

Sua boca se abre, palavras longe de serem encontradas enquanto ela se lembra da única coisa que tem me destruído todos os malditos dias desde que ele pediu em casamento. Ele vai se casar. E não há nada que eu possa ou farei a respeito.

— Oh merda, esqueci completamente. — Outro suspiro quando Rory vira a cabeça em minha direção. — E você é a dama de honra. — Eu aceno lentamente. — Puta merda, você a ajudou a planejar todo o casamento enquanto está apaixonada pelo noivo. É como um filme para toda a vida. —Não. Nem perto. É um pesadelo.

— Um bagunçado.

— Ele sabe?

— Claro que não, — eu praticamente grito. — E se qualquer um de vocês dois contar a ele, vocês estão mortos para mim. Não quero nada mexendo com seus sentimentos por Sage. Ela é uma mulher tão doce e carinhosa, perfeita para ele. Eu não quero nada estragando isso.

— Ryan, você não acha que ele merece saber?

— Não. Absolutamente não. Ele não sente o mesmo por mim. Ele está feliz com Sage e não faz sentido ele saber dos meus sentimentos. Não seria justo com ele ou Sage.

— E o que é justo com você? — Rory pergunta, sua mão vindo para a minha. Minha mãe me disse há muitos anos o que era justo para mim. Você não pode ficar assim por toda a vida... ninguém vaiquerer namorar você.

— Nada. Nada é justo na vida, e estou bem com isso. Rory, eu não serei a garota que desfaz um casamento.

— E a garota que fica com o cara? Você nunca vai ser ela? — Nesse mundo? Não.

Por que ela está pressionando tanto? Como ela pode não saber o quanto sua sugestão de se intrometer na alegria de Colby está me machucando? Tentando não levantar a voz - ela está grávida e delirando - digo: — Rory. Pare. Você não está realmente sugerindo que eu diga a Colby que o amo na esperança de que ele jogue fora seu noivado com alguém tão doce quanto Sage por alguém como eu, está?

Alguém como você ? O que isto quer dizer? — Oh céus. Rory furiosa chegou. Stryder está sabiamente em silêncio. Ele conhece Rory bem agora e sabe que não deve intervir. Ainda.

Eu dou a ela um olhar real.— Vamos lá, eu não sou estúpida. Compare-me com Sage. Eu sou o diabo para seu anjo. Nós duas temos cabelos loiros, mas onde o dela é pura inocência, o meu é puro pecado. Somos polos opostos, e Colby flutua em direção a

mulheres como Sage. — Eu paro e olho para longe. — Seu bom coração me lembra o dela. Eu posso ver por que ele está se casando com ela.

Lutando um pouco, Rory se levanta e caminha para o meu lado do sofá, onde ela se senta e levanta meu queixo, então sou forçada a olhar nos olhos dela.

Eu me conecto com minha melhor amiga, a garota que passou por tudo comigo. Nós ficamos de mãos dadas em alguns dos momentos mais difíceis, e quando não estávamos protegendo uma a outra, estávamos rindo e compartilhando nossos segredos mais profundos, torcendo pelo sucesso uma da outra e comendo panquecas juntas durante nossas falhas. Eu amo-a. Eu tenho sentido tanta falta disso Senti falta dela.

A familiaridade de tê-la na minha frente, ao meu lado - me consolando - cria uma onda de emoção. Meus olhos começam a lacrimejar. Não quero chorar, mas não consigo mais manter meu coração partido inteiro. Eu me sinto tão sozinha.

Segurando-me com firmeza, ela diz: — Você tem um coração bom, Ryan. Não se rebaixe assim. A mulher sentada diante de mim é muito mais do que você acredita. Você tem um coração de ouro e uma alma vivaz que é viciante estar por perto.

— Então por que... — Um soluço rasga minha garganta. Deus, isso é tão constrangedor. Stryder - homem incrível que ele é - não sai, mas em vez disso, senta-se do outro lado de mim, colocando a mão nas minhas costas, onde ele a esfrega suavemente para frente e para trás.

— Porque o que? — Rory pergunta gentilmente com seu tom suave.

— P-por que ninguém me ama? — Outro soluço rasga meu corpo quando levo minhas mãos ao rosto e deixo as lágrimas caírem. A tristeza que venho acumulando - pelo que parecem décadas - jorra de mim. — Não consigo encontrar ninguém que queira ficar por aqui por tempo suficiente. Minha própria mãe não me ama; ela nem se importa o suficiente para me ver enquanto estou aqui. — Deixando tudo sair, eu continuo, — Eu encontrei este homem incrível, alguém que realmente se preocupa comigo. Mas não apenas ele foi levado, prestes a se casar, quando teve a chance, ele me disse que me ama como uma amiga. Você sabe que tipo de golpe foi esse? Eu sei que ele está noivo — - eu soluço -— e ele não é meu, mas ouvi-lo finalizar o fato de que somos amigos e apenas amigos, foi um soco no estômago para o qual eu não estava pronta.

— Mas ele não sabe como você se sente.

— Exatamente. Porque ele pensa em nós como amigos. — Eu mordo o lado da minha bochecha. Devo dizer a eles? Eles não sabem sobre a noite após o casamento, pelo menos eu não acho que eles sabem. Não parece algo que Colby diria a eles. — Tem mais. — Eu engulo em seco.

— O que você quer dizer?

Eu torço minhas mãos no meu colo, sentindo os olhos de ambos fixos em mim, esperando pelas minhas próximas palavras. Se eu fosse contar para alguém, além da Leah que realmente não faz parte da equação, seriam esses dois. Eles nos conhecem melhor.

— Na noite após seu casamento, Colby e eu saímos. Uma coisa levou à outra-

— Eu te disse. — Rory aponta para Stryder, que geme. — Eu disse a você que eles fizeram isso totalmente.

— O que? — Eu pergunto.

Irritado, Stryder diz: — Ela pensou ter visto vocês irem para o quarto de hotel de Colby juntos depois do casamento. — Graças a Deus ela nunca me perguntou antes. Seria mortificante se ela soubesse que ele dormiu comigo e depois ficou noivo de outra mulher. Deus, só de pensar isso me dá vontade de vomitar...

— Sim, mas não fizemos nada naquela noite. Estávamos bêbados demais para sequer pensar nisso. Mas no dia seguinte passamos juntos, saindo e brincando, o que nos levou a uma noite juntos.

— E como você deixou as coisas?

— Como amigos. Ele estava voltando para Vegas, na época eu ainda estava em Colorado Springs, mas não consigo tirar esse tempo juntos da minha cabeça. Estava nublando meu cérebro e a pior parte é que fizemos sexo, mas nunca nos beijamos.

— Vocês não beijaram?

Eu balancei minha cabeça. — Não. E agora eu o observo com Sage, a maneira como ele tão delicadamente levanta o queixo dela até a boca, a maneira suave como sua boca desliza pela dela. Porra, estou tão apaixonada por este homem, que tudo que quero é sentir seus lábios nos meus, apenas uma vez. — Voltando-me para Stryder, decido perguntar a ele algo que está queimando em minha mente desde a minha epifania. Na verdade, isso me fez respeitá-lo ainda mais. — É assim que você se sentiu quando não podia ter Rory?

Lentamente, ele acena com a cabeça, os olhos em sua esposa. — Foi uma merda de tortura. Saber que a pessoa com quem você se sente mais conectado, a pessoa que você conhece no fundo da sua alma com quem deveria estar, está com outra pessoa e não há nada que você possa fazer a respeito. É como viver no inferno todos os malditos dias de sua vida com um homem de cento e trinta quilos sentado em seu peito, tornando impossível respirar quando eles estão por perto. —Sim. Ele me entende.

Ele não poderia ter pintado um quadro mais verdadeiro. A incapacidade de respirar quando ele está por perto, quando o vejo com ela, quando ele sorri na minha direção por causa de algo que eu disse. É devastador não ser capaz de pular em seus braços, segurar sua cabeça em minhas mãos e finalmente sentir o que é me conectar totalmente com este homem.

— E o que você fez?

— Nada. — Ele balança a cabeça. — Eu não fiz porra nenhuma, e ainda agradeço às minhas estrelas da sorte que a mulher sentada à minha frente agora é minha esposa. Eu me inclino para trás no sofá e fecho meus olhos. O que Stryder está dizendo infelizmente é verdade. Não há nada que eu possa fazer. Absolutamente nada.

— Amor é dor, — murmuro, deixando uma nova onda de lágrimas escorrer pelo meu rosto.

— Não acabou, — diz Rory, sempre otimista.