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4 UMA LEITURA DA PEÇA LAMPIÃO

No documento SUMÁRIO ISBN 978-65-5608-074-1 (páginas 97-103)

Paloma Araújo de Sousa

4 UMA LEITURA DA PEÇA LAMPIÃO

A peça teatral Lampião, de Rachel de Queiroz, foi publicada em 1953. Dividida em cinco quadros, essa obra mostra, ficcionalmente, como era a vida de Lampião, Maria Bonita e seu grupo de cangaceiros.

No enredo da peça a autora apresenta as seguintes personagens: Lampião, Maria Déa (Maria Bonita), Lauro (esposo de Maria Bonita / sapateiro), e os cangaceiros Sabino, Antônio Ferreira (irmão de Lampião), Ponto-fino (Ezequiel / irmão de Lampião), Moderno, Corisco (Diabo Loiro / Cristino), Volta-Seca (o mais novo do bando tinha entre 15 a 16 anos), Pai Velho (70 anos de idade), Zé Baiano, Azulão, Pernambuco e Arvoredo, um Agente de seguros (viajante), um Capangueiro (viajante), o Tenente, os dois soldados, os 4 cangaceiros que faziam parte do grupo de Corisco. A história tem como cenário o sertão nordestino.

No primeiro quadro, é realizada uma introdução da vida de Maria Déa e Lauro (seu esposo), mostrando-nos com detalhamentos a vida humilde do casal no interior do sertão nordestino.

De início, é estabelecido um diálogo entre Maria Déa e seu esposo Lauro. Eles não mantêm uma boa relação conjugal, porque Maria Déa se sente infeliz na vida pacata e previsível que o casamento lhe proporciona. Além disso, ela faz menção ao desejo de ter ao lado um homem que seja valente, corajoso e destemido, características que Lauro não possui. Mulher forte e corajosa, o que contrasta com a covardia de Lauro, no primeiro quadro nos deparamos com a cena em que ela mata uma cobra e assusta o marido, ocasião em que questiona a masculinidade dele.

Nesse primeiro quadro, ainda, Maria Déa fala para Lauro sobre Lampião e sua vontade de viver ao lado do cangaceiro. Lauro mostra-se inconformado com o desgosto que Maria Déa sente por estar casada com ele e acusa Lampião de ser um monstro que mata por prazer. Diferentemente do que o cangaceiro figura para Maria, uma vez que Lampião, para ela, é o ideal de homem, que entra para a vida do crime por uma terrível fatalidade que ocorre em sua vida, conforme constatamos no trecho abaixo:

Não rogue praga a quem você não conhece, Lauro. Demais, tudo que você está dizendo é mentira. Lampião viveu em paz até à idade de 16 anos, e só entrou no cangaço porque a polícia matou o pai dele. Que é que um homem pode fazer, se não se vingar? (Escuta). Os tiros pararam... (QUEIROZ, 2005, p. 19).

Lauro faz parte de uma parcela da população que vê o cangaceiro como um facínora, um assassino, um homem à margem da lei e que, portanto, merece ser punido. Ele não concorda com o que a esposa afirma sobre Lampião e diz:

Aquele bandido medonho, que pior não pode haver até o dia do Anticristo?

[...] Toda a vida se soube: Antônio Silvino foi ser cangaceiro por desgraças da vida. Lampião entrou no cangaço porque só dava pra isso, que era ladrão e assassino de nascença. Mas há de ter seu fim, tão certo como tem Deus no Céu (QUEIROZ, 2005, p. 18-19).

Além disso, Lauro reforça a visão negativa que tem sobre Lampião, provavelmente, como uma tentativa discursiva de persuadir Maria Déa a não seguir

os passos do cangaceiro. Ele demoniza sua imagem com a intenção nítida de fazer com que a esposa admita seu discurso e volte atrás na decisão de seguir a vida de crimes que Lampião poderia lhe oferecer. Percebemos essa tentativa quando Lauro diz que:

Muita vez já largaram os rifles e estão sangrando o povo a ferro frio...

(Voltando ao assunto interrompido, exaltadíssimo, com pavor crescente.) Não, o caso de Lampião não foi como você está dizendo. Ele começou matando um vizinho, por causa de uma cabra que lhe comeu o roçado. Pelo malfeito dum bruto, tirar a vida dum cristão.... Assim foi que começaram, os três irmãos, o pai, e ele (QUEIROZ, 2005, p. 20).

Maria Déa escreve uma carta para Lampião, pois sabe que ele se encontra na localidade em que ela mora. Na carta, Maria lhe pede que a leve para viver do seu lado. Ela estava disposta a largar tudo e entrar para seu bando. O cangaceiro, para sua surpresa, atende a seu pedido e aparece na casa dela. Essa cena é bastante dramática, pois mostra como se dá a separação entre Maria Déa e seus filhos, a sua entrada para o bando de Lampião e sua troca de nome.

A visão de Maria Déa acerca de Lampião nos remete à teoria do banditismo social que Hobsbawm (2010) apresenta à medida que percebemos que, para ela, Lampião foi vítima da sociedade, não entrou para o cangaço por vontade própria, mas para vingar a morte de seu pai. Essa fala encaixa-se no conceito de bandido vingativo, que tem a ver com o que Hobsbawm (2010) expõe quando explica que, para encaixar-se nesse grupo de bandidos, o indivíduo precisaria ter sua honra ferida, deixando de lado seus bons valores para se vingar da sociedade.

Maria Déa, além disso, mostra-se uma mulher atípica em relação às mulheres de seu contexto social. Insatisfeita com a vida tranquila e previsível que vive com o marido, ela mostra-se corajosa ao enviar a carta pedindo para Lampião buscá-la e levá-la com seu bando. Apesar de ter que separar-se dos filhos, os quais ela lamenta deixar para trás, Maria Déa está decidida a reconstruir sua vida – o mundo de aventuras que o cangaço pode proporcionar a estimula a deixar tudo para trás.

Na peça, fica nítido o quanto as pessoas que vivem na região Nordeste, onde o bando de Lampião atua, mostram-se assustadas com a chegada dele e de seu bando. Tal medo, supomos, se propagava principalmente na oralidade, assim os feitos criminosos cometidos por ele e seu bando o tornavam um homem temido por uns e admirado por outros.

No segundo quadro, surgem no enredo dois viajantes: um é Agente de seguros e outro é um Capangueiro. Lampião mostra-se um homem desconfiado com tudo e todos, e manifesta que sua vontade é de matar os dois viajantes, pois teme que eles sejam espiões e levem informações do bando para seus inimigos. Para manter a vida dos dois viajantes, Lampião ordena que eles levem uma carta para o interventor do Recife, propondo um acordo de paz e a divisão de terras.

Os cangaceiros do bando ficam encarregados de levarem os dois viajantes até o trem e conferirem se eles realmente irão levar o recado, transmitido por meio de carta, para o interventor do Recife. Nessa ida até o trem, os cangaceiros param na casa de um dos coiteiros de Lampião, todos acabam por deitarem na rede e uma tragédia acontece: a arma dispara e acaba por matar Antônio Ferreira (irmão de Lampião).

Ao voltarem com o corpo, o líder do bando se mostra indignado com o acontecido, e quer a todo custo saber quem tirou a vida do irmão. Pernambuco é culpado pela morte de Antônio Ferreira e acaba sendo fuzilado pelos próprios companheiros.

Nesse quadro, surge um questionamento quanto à personalidade de Lampião, tendo em vista que ele, em alguns momentos, mostra-se piedoso e amoroso, um homem que, como qualquer outro, se comporta diante de determinadas situações de maneira pacífica. Podemos notar, por exemplo, que ao enviar a carta ao interventor do Recife ele gostaria de resolver as desavenças com conversa e paz, mostrando ser um homem racional e capaz de controlar as emoções.

Apesar disso, ele teme por sua vida, embora não demonstre explicitamente, o que o torna desconfiado de tudo e de todos, até mesmo de Maria Bonita. Desse modo, seu comportamento, anteriormente pacífico, dá espaço para um homem astuto, tirano e, por vezes, implacável em sua crueldade.

Seguindo com nossa leitura, encontramos, no terceiro quadro, Volta-Seca a entregar o jornal com um anúncio escrito pelas autoridades do Recife, em resposta a Lampião. Essa resposta não era a desejada por ele, o que mostra uma relação ruim entre o sistema político e o cangaceiro. Sobre a carta, vemos Lampião realizar sua leitura:

Deixa que eu leio. (Lê melhor do que ela, mas não correntemente.) ‘A audácia do bandido não conhece limites... O bandoleiro sanguinário se atreve a fazer propostas de paz ao interventor, tratando-o de potência a potência... O governo prepara enérgica represália à insolência de Lampião.

Diz o interventor federal em entrevista ao nosso repórter que, para Lampião, a polícia pernambucana só tem duas respostas: bala ou cadeia...’

(QUEIROZ, 2005, p. 71).

Podemos concluir que as autoridades representam uma grande parcela de culpa pelos desastres cometidos por ele e seu bando no enredo, tendo em vista que não aceitam o acordo de paz proposto. Lampião se revolta com a resposta dada pelas autoridades e acaba por querer resolver a afronta do seu jeito, e sua maneira de agir é por meio do confronto direto. Ele expressa seu descontentamento no seguinte trecho:

Lampião – Já chega. (Amarrota o jornal devagar. Pausa.) Ah bem, então é assim. É assim que eles recebem a minha aberta. Com bandido não tem acordo.... Pois eles vão conhecer o bandido... Assassino, não é? Eles nunca viram antes o que seja um assassino. Mas vão conhecer agora... O estado de Pernambuco para mim só tem cadeia e bala... Pois vai ver o que Lampião tem pra Pernambuco... [...]

Ponto-Fino – Lá isso é. Polícia não quer acabar com cangaceiros. Eles vêm a uma légua de distância e a gente já está escutando o estalo da corneta.

Querem que a gente se aquiete, ou vá para longe pra eles não serem obrigados a brigar (QUEIROZ, 2005, p. 71-72).

É nesse quadro que surge uma desavença entre Sabino e Lampião. Segundo Cardoso (2013, p. 45), a resposta do interventor pernambucano “não agrada a Lampião e, em decorrência dessa resposta, Sabino – um dos seus cangaceiros – faz comentários que desencadeiam um conflito e ambos se veem à beira da luta

armada”. Em seguida, Cardoso menciona que: “O saldo dessa contenda é a morte de Sabino com três tiros”.

No quarto quadro, abre-se a hipótese de um último esconderijo, a Grota do Angico. Maria Bonita se sente mal, como se pressentisse o desastre que estava por acontecer. A situação financeira do grupo já não é mais a mesma de anos atrás, o bando diminuiu e só restaram Ponto-fino, Pai-Velho e Maria Bonita. Corisco saíra do grupo de Lampião para se tornar o capitão do seu próprio grupo, no entanto ele ainda se mostra fiel a ele e garantia-lhe lealdade e ajuda.

Enquanto o conflito do bando com as autoridades cresce, temos acontecimentos marcantes na peça que delineiam o comportamento do rei do cangaço. Ponto-Fino (irmão de Lampião), por exemplo, tem sentimento por Maria Bonita que vai além da amizade e, sempre que tem chance, a assedia. Ela, porém, nunca retribui às investidas. Em determinado momento, Lampião flagra Ponto-Fino assediando Maria Bonita, o que gera entre os irmãos um conflito que leva Ponto-Fino à morte.

No quinto quadro, vemos a aproximação do fim do famoso casal de cangaceiros. O bando se encontra na Grota do Angico e Maria bonita, mais uma vez, tem um pressentimento ruim sobre o local no qual eles estão escondidos. Maria bonita implora para Lampião largar a vida de cangaceiro e reconstruir uma nova vida ao lado dela, mais pacífica e centrada – a vida tranquila que Maria Bonita deseja a torna contraditória, de certo modo, pois era uma vida de aventuras e acontecimentos imprevisíveis que a estimulava a estar com Lampião.

A peça tem seu desfecho com a morte de Lampião e de seu bando. Todos foram mortos em uma emboscada preparada pelo governo. A emboscada dos policiais foi bem montada, não levantando qualquer tipo de indício de que iria acontecer. No trecho seguinte temos a descrição da morte deles:

Lampião atira fora a tigela, salta para apanhar o fuzil, na tenda. Uma bala o atinge no rosto e ele cai, de bruços. Uma rajada de metralhadora varre o acampamento dos fundos; veem-se vultos dos cangaceiros que se levantam e tentam correr, às tontas, mas caem, fuzilados. Gritos, pragas, gemidos. Maria Bonita corre para Lampião, caído. [...]

O tenente – Trouxe o facão? E o sal? (O soldado baixou a cabeça, afirmativamente.) Pois então corte as cabeças (QUEIROZ, 2005, p. 120-121).

A morte de Lampião, conhecido como o rei do cangaço, tornou-se um fato histórico dos mais repercutidos para muitos que viveram o cangaço no período e, ainda hoje, levanta as mais diversas questões, como: será que Lampião não deveria ser preso com seu bando ao invés de ter sido morto de forma violenta? Ele teve sua cabeça cortada e exibida pelo governo como exemplo a não ser seguido, este foi o mais correto a fazer?

A obra de Rachel de Queiroz apresenta Lampião como um homem que não era tão mal quanto pregavam, porque, em certos momentos, ela evidencia a humanidade e compaixão dele. Ao mesmo tempo, ela o apresenta como um homem que, quando lhe convém, pode ser inflexível, tirânico e cruel.

O contexto político em que Lampião está inserido não é dos mais tranquilos.

Coronéis e oligarcas imperam subjugando sertanejos em muito desassistidos.

Lampião, ousado, cria uma condição para estabelecer a paz, mas as autoridades não

lhe atendem. A violência com que seus integrantes são mortos dá a tônica do que as autoridades do período seriam capazes de fazer para atenderem a seus interesses.

Podemos ressaltar, ainda, a relação que Lampião tem com Maria bonita. Ele se mostra um homem altamente ciumento e controlador. Não aceita, sequer, o fato de que Maria Bonita um dia foi Maria Déa. Ele não tolera lembrar que Lauro esteve com a mulher que ele ama e que ela lhe deu filhos. Nas vezes que recorda do passado de Maria, Lampião se enche de ciúmes e inseguranças. Os seus ciúmes são tantos, que ele mata o próprio irmão (Ponto-Fino / Ezequiel) por ele ter assediado Maria Bonita.

Além de se mostrar controlador em sua relação com a companheira, Lampião também é temido por seus cangaceiros. Ele é totalmente autoritário, deixa claro que manda e desmanda no bando. Sua fúria pode ser comprovada quando ele mata Sabino, que fala algo que o contraria. Para manter-se na posição de líder, Lampião não pensa duas vezes em matar algum homem do seu bando se isto servir para mostrar, aos demais, quem era que exercia maior poder no grupo.

Para justificar a morte de quem lhe contraria por algum motivo, ele afirma (2005, p. 75): “Era ele ou eu...” Suas ações são sempre mediadas por essa máxima, de modo que ele se coloca mais como uma pessoa que se defende do que uma que ataca. Trata-se, supomos, de uma estratégia discursiva utilizada para amenizar a tirania com que ele lidera seu bando e com que ele ataca a população de acordo com suas conveniências.

Por fim, ao ler o texto dramático Lampião (2005), o leitor se prende à narrativa, pois fica envolvido na história, sobretudo para procurar entender como era a vida dos cangaceiros em seus pormenores. Rachel de Queiroz consegue, por meio de uma visão ficcional, apresentar uma versão bem delineada e muito realista da vida no cangaço.

Nessa perspectiva, conforme Cardoso (2013, p. 42) aponta:

A obra “Lampião”, publicada em 1953, apresenta uma das versões sobre a história do mítico cangaceiro que percorreu o sertão nordestino instigando ora ódio, ora encômios. Rachel de Queiroz, cujas obras sempre enveredam para um marcante telurismo, nos aproxima de Lampião, e sua companheira Maria Bonita, com um olhar realista e incisivo sobre o universo do cangaço.

Podemos concluir que a autora, nessa obra, recorre a uma grande pesquisa para conhecer e transformar o movimento do cangaço em uma marcante peça teatral. A forma como ela elaborou os diálogos e seu enredo, também os aspectos psicológicos das personagens, só comprova o quanto ela investiu na sua preocupação de transformar personalidades históricas reais em personagens ficcionais com apuro técnico e muita criatividade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma reflexão acerca do texto dramático Lampião, de Rachel de Queiroz. Com a leitura da obra que realizamos, podemos apreender muito do modo como o cangaço funcionava, além de nos possibilitar pensar sobre a maneira como o rei do cangaço se torna a figura

que entra para o imaginário da população e causa tanto admiração quanto desprezo.

Sendo considerado o maior cangaceiro dentre os muitos que existiram no Nordeste do Brasil, tentamos entender o que o torna tão interessante a ponto de se tornar, pelo olhar de uma autora de renome nacional, uma das suas personagens mais intrigantes.

Foi possível estabelecer, também, uma relação entre o banditismo social, proposto por Hobsbawm (2010), e o cangaço. Assim, a partir da linha de pensamento desse teórico, consideramos que Lampião faz parte do grupo dos bandidos vingativos. Pensando por esse ângulo de visão, portanto, refletimos a respeito dessa prática criminosa que se desenvolveu e permaneceu no Nordeste por tantos anos.

Sendo assim, o objetivo de nosso trabalho foi alcançado, uma vez que fizemos uma leitura crítica com a intenção de saber como Rachel de Queiroz, em seu texto dramático Lampião (2005), retrata o cangaço. Podemos dizer que a autora trouxe para o texto a realidade do cangaço a partir de ampla pesquisa, de modo que ela contribui para entendermos as especificidades da vida dos cangaceiros e seus valores morais. Por fim, procuramos trazer para a realização desse trabalho, que se pretende uma leitura breve, alguns estudos que, de certa forma, contribuíram para a discussão do tema.

REFERÊNCIAS

BANDEIRA, Renato Luís. Dicionário Biográfico – Cangaceiros e Jagunços. 4. ed. Salvador: Sollar, 2018.

CARDOSO, Cicero Émerson do Nascimento. Arquétipos do herói no imaginário popular: uma leitura de "Lampião", de Rachel de Queiroz. In: MARTINS, Edson Soares. Estéticas da oralidade: cantos, danças, fé e tesouros do povo. Crato: Edson Soares Martins, 2013.

GOMES, Karolina; HACKMAYER, Monika; PRIMO, Virginia. Lampião, Virgulino e o mito: 70 anos do fim do cangaço. Revista Eclética, Rio de Janeiro, n. 25, jul. 2007, p. 15 -19. Disponível em:

http://www.puc-riodigital.com.br. Acesso em: 03 de jul. 2019.

HOBSBAWM, Eric. Bandidos. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

QUEIROZ, Rachel. Lampião. 5. ed. Rio de Janeiro: Jose Olympio, 2005.

No documento SUMÁRIO ISBN 978-65-5608-074-1 (páginas 97-103)