• Nenhum resultado encontrado

Significados psicoculturais da incontinência urinária feminina: uma revisão.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Significados psicoculturais da incontinência urinária feminina: uma revisão."

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

SI GNI FI CADOS PSI COCULTURAI S DA I NCONTI NÊNCI A URI NÁRI A FEMI NI NA:

UMA REVI SÃO

Rosân gela Higa1 Mar ia Helena Baena de Mor es Lopes2 Egber t o Ribeir o Tur at o3

O obj et iv o do pr esen t e t r abalh o f oi iden t if icar e an alisar est u dos da lit er at u r a em saú de qu e abor dassem sign if icados psicocu lt u r ais r elat ados por m u lh er es qu e v iv en ciam a in con t in ên cia u r in ár ia ( I U) . Realizou - se busca bibliogr áfica nas bases de dados Lilacs, Medline, Pubm ed e Medscape. A pr esent e r ev isão ident ificou que est udos apont am polissem ia de significados. Os ar t igos for am agr upados em t r ês cat egor ias eleit as com o r elev ant es: v iv ências segundo a faix a et ár ia, v iv ências cult ur al- r eligiosas e v iv ências quant o ao aut ocuidado. A pesquisa r ev elou que o gr au de angúst ia ex per im ent ado e a am plit ude das dificuldades est ão r elacionados t ant o com a idade, et nia ou religião, quant o com a percepção que cada indivíduo t em de sua incont inência, o que lev ar á aos difer ent es nív eis de t r anst or no em ocional e por pr ocur a ( ou não) de t r at am ent o. Além disso, há bar r eir as per cebidas na m anut enção do aut ocuidado. Conclui- se que a I U pode ger ar sofr im ent o e que as m ulher es incont inent es enfr ent am dificuldades par a lidar com esse pr oblem a.

DESCRI TORES: enferm agem ; saúde da m ulher; incont inência urinária; lit erat ura de revisão; im pact o psicossocial

PSYCHOCULTURAL MEANI NGS OF URI NARY I NCONTI NENCE I N W OMEN: A REVI EW

The purpose of t he present st udy was t o ident ify and analyze st udies in healt h lit erat ure about t he psychocult ural m eanings report ed by wom en who experience urinary incont inence ( UI ) . A bibliographical search was execut ed in t he follow ing dat abases: Lilacs, Medline, Pubm ed and Medscape. The pr esent r ev iew show ed t hat st udies not e sever al m eanings. The ar t icles w er e gr ouped in t hr ee cat egor ies defined as significant : accor ding t o age ex per iences, cult ur al- r eligious ex per iences and ex per iences in self- car e. The st udies r ev ealed t hat t he degr ee of anguish and t he range of t he difficult ies experienced are relat ed bot h wit h age, et hnic group or religion and w it h t he per cept ion each indiv idual has of her incont inence, w hich w ill lead t o differ ent lev els of em ot ional disor der s and t o seeking ( or not seeking) t r eat m ent . Besides, bar r ier s r egar ding self- car e ar e per ceived. I t is concluded t hat t he UI m ay cause suffer ing and incont inent w om en have difficult ies t o deal w it h t his pr oblem .

DESCRI PTORS: nur sing; w om en’s healt h; ur inar y incont inence; r ev iew lit er at ur e; psy chosocial im pact

SI GNI FI CADOS PSI CO-CULTURALES PARA LA I NCONTI NENCI A URI NARI A FEMENI NA:

UNA REVI SI ÓN

El obj et ivo del present e t rabaj o fue ident ificar y analizar est udios en salud que t rat aban sobre los significados psico- cult urales de m uj eres que pasaron por incont inencia urinaria ( I U) . Fue realizada una búsqueda bibliográfica en las bases de dat os: Lilacs, Medline, Pubm ed e Medscape. La present e revisión m ost ró est udios que present an plur alidad de significados. Los ar t ículos fuer on agr upados en t r es cat egor ías: vivencias segun el gr upo et ár eo, v iv en cias cu lt u r ales- r eligiosas y v iv en cias sobr e el au t ocu idado. La in v est igación m ost r ó qu e, el gr ado de angust ia v iv ida y las dificult ades se encuent r an r elacionadas con la edad, et nia o r eligión, así com o por la per cepción que cada indiv iduo t iene sobr e la incont inencia, lo cual lo llev ó a difer ent es gr ados de t r ast or no em ocional y a buscar ( o no) t rat am ient o. De la m ism a form a se perciben barreras en cuant o a su aut ocuidado. Se concluy e que la I U puede causar sufr im ient o y que las m uj er es con incont inencia enfr ent an dificult ades par a m an ej ar est e pr oblem a.

DESCRI PTORES: enferm ería; salud de la m uj er; incont inencia urinaria; lit erat ura de revisión; im pact o psicosocial

(2)

I NTRODUÇÃO

A

incontinência urinária ( I U) afeta a população

m undial, com prom etendo m ais a população fem inina:

um a entre cinco m ulheres j á vivenciou algum episódio

dessa doença( 1). Nas m ulheres, a I U pode ocorrer m ais

freqüent em ent e: aos esforços, ist o é, ao fazer força

na região abdom inal, espirrar, t ossir, rir ou prat icar

esport es; nos casos de bexiga hiperat iva, com

urge-i n co n t urge-i n ê n curge-i a , urge-i n curge-i d e co m o v o n t a d e f o r t e e

incont rolável de urinar, com grande possibilidade de

p er d er u r i n a ca so n ã o en co n t r e b a n h ei r o ; e n a

i n co n t i n ê n ci a m i st a q u a n d o h á p e r d a d e u r i n a

associada às duas sit uações, ou sej a, é precedida de

esforços e sint om as de urgência( 2).

A o co r r ê n ci a d a p e r d a u r i n á r i a n e ssa s

situações im plica em conseqüências psicossociais m ais

devastadoras do que as seqüelas sobre a saúde física,

com m últ iplos e abrangent es efeit os que rest ringem

as at iv idades diár ias, a int er ação social, afet am a

aut opercepção do est ado de saúde e a qualidade de

vida da m ulher incont inent e, quando com parada com

a cont inent e. Considerando pessoas com 60 anos ou

m ais, de acordo com avaliação da qualidade de vida

m edida pelo I ncont inence I m pact Quest ionnaire ( I I Q) ,

o f a t o r e m o ci o n a l m o st r o u - se o m a i s a f e t a d o .

Aproxim adam ent e um t erço dos ent revist ados referiu

nervosism o, vergonha ou frustração por causa de sua

I U; en qu an t o o dom ín io social e o m edo do odor

t iv er am escor e de alt o im pact o( 3 ), u m a v ez qu e a

per da ur inár ia r est r inge o cont at o com colegas no

am bient e de t rabalho( 4) e proxim idade física com as

pessoas em geral( 5).

A incont inência at inge pessoas de t odas as

i d a d e s, i n d e p e n d e n t e m e n t e d a co n d i çã o

socioeconôm ica e cult ur al e, fr eqüent em ent e, afet a

com m aior intensidade aqueles grupos m ais lim itados

par a a pr ocur a de aj uda, t ais com o os idosos e os

incapacit ados fisicam ent e. Por ser um dos problem as

dit os silen ciosos em ger iat r ia, v in do associado ao

declínio fisiológico da pessoa idosa, pode influenciar

certa falta de interesse por parte dos profissionais da

saúde( 6), em part icular os enferm eiros, os quais, por

sua vez, apóiam - se inadvertidam ente em velhos m itos

e em est er eót ipos, com o cr enças de que os idosos

aceit am a I U com o conseqüência nat ural do avanço

da idade( 7) e, sendo assim , refletindo tam bém quanto

à v alidade de se inv est ir no t r at am ent o da I U em

pessoas dessa faixa et ária( 6).

Esses fat or es podem conduzir o enfer m eir o

à a v a l i a çã o d e f i ci e n t e d o cu i d a d o d o s i d o so s

in con t in en t es, t an t o n a iden t if icação do pr oblem a

com o no seu m anej o. O conflit o do est abelecim ent o

de prioridades clínicas para a equipe de enferm agem ,

bem com o os déficits da educação sobre I U, é citado

com o bar r eir a par a pr om over a cont inência. Assim ,

a equipe pr ofissional necessit a est ar conscient e do

im pact o do não t rat am ent o da I U para os idosos e,

por t an t o, dev e pr om ov er o est ado de con t in ên cia

t a n t o q u a n t o d e se n v o l v e r e st r a t é g i a s p a r a a

cont enção da perda urinária( 7).

Haj a vista que se está diante de um problem a

delicado, m uit as vezes ocult ado pela desvalorização

dos sint om as, pelo desconhecim ent o ou vergonha, o

fat o sugere ser problem a ‘escondido’ e subest im ado

tanto pelo portador com o pelos enferm eiros e dem ais

p r of i ssi on ai s d a saú d e. O con h eci m en t o sob r e o

im pacto da I U na população, seus tipos e causas são

aspect os fundam ent ais a considerar na avaliação do

pr oblem a e, conseqüent em ent e, par a o diagnóst ico

e condut as adequadas( 6).

D i a n t e d o ex p o st o so b r e essa d i sf u n çã o

u r in ár ia, con sid er ou - se, aq u i, com o p r ior id ad e e

r elev ân cia, a n ecessid ad e d e se an alisar est u d os

en v olv en do n ar r at iv as das m u lh er es com I U par a

com p r een d er su as v iv ên cias, b em com o r eações

e m o ci o n a i s a sso ci a d a s a o s e p i só d i o s d a p e r d a

urinária, os significados referidos a esses fenôm enos

v i v i d o s. Co m p i l o u - se , a ssi m , i m p o r t a n t e s

con t r ib u ições p ar a q u e os p r of ission ais d a saú d e

apr im or em o enfoque psicológico e o int er esse em

aprofundar os conhecim ent os sobre o t em a.

Assim sendo, ent ende- se que as pesquisas

r ealizad as com m u lh er es p or t ad or as d e I U sej am

ferram ent as para evidenciar as visões e sent im ent os

(3)

at it udes frent e à perda urinária. Port ant o, o obj et ivo

do presente trabalho foi identificar e analisar estudos

da lit erat ura em saúde que abordassem significados

psicocult urais relat ados por m ulheres que vivenciam

a I U.

MÉTODO

Tr at a- se d e r ev i são d a l i t er at u r a, co m o

propósito de reunir e sintetizar o conhecim ento então

e x i st e n t e so b r e o t e m a p r o p o st o , q u a i s sã o o s

significados da I U para m ulheres. As revisões foram

desenvolvidas de for m a cr it er iosa, um a vez que há

est u d o s p o u co n u m er o so s so b r e o assu n t o aq u i

con sider ado.

Par a su st en t ar a d iscu ssão, f oi r ealizad a

r e v i sã o b i b l i o g r á f i ca n a s b a se s d e d a d o s Li l a cs

( Literatura Latino- Am ericana e do Caribe em Ciências

d a Saú d e) , Med lin e ( Lit er at u r a I n t er n acion al em

Ciências da Saúde) , Pubm ed e Medscape. Ut ilizando

as palavras ur inar y , incont inence, fem ale, qualit at iv e

st udy e qualit y life e foram selecionados, por opção

m etodológica dos autores, quanto ao recorte do obj eto

de est udos, aqueles redigidos em língua port uguesa,

espanhola e inglesa, bem com o os publicados a partir

de 1990.

Os result ados das buscas elet rônicas foram

av aliad os e selecion ad os com a f in alid ad e d e se

r esg at ar ar t ig os con sid er ad os com o r elev an t es e

excluir aqueles de m enor im port ância acadêm ica na

ót ica d os au t or es. For am en t ão seg u id as q u at r o

et apas: ( a) seleção nas bases de dados eleit as para

obtenção dos estudos e, a partir do título, incluídos e

an alisad os os t ex t os q u e f aziam r ef er ên cia à I U

fem inina, sendo ex cluídos os que focalizav am a I U

infant il e a m asculina; ( b) t riagem dos art igos, por

m e i o d a l e i t u r a a cu r a d a d o s r e su m o s, se n d o

separ ados os est udos r ealizados sob o enfoque da

m e t o d o l o g i a q u a l i t a t i v a , o u se j a , a q u e l e s q u e

a b o r d a v a m a s v i v ê n ci a s e r e st r i çõ e s r e l a t a d a s

d e co r r e n t e s d a p e r d a u r i n á r i a . Fo r a m e n t ã o

elim in ados t r abalh os de cu n h o epidem iológico, de

validação de instrum entos e de avaliação da qualidade

de vida com uso de escalas; ( c) na busca dos artigos

na ínt egra para a localização das publicações, foram

u t ilizad os o ser v iço d e com u t ação b ib liog r áf ica e

acervo da Biblioteca da Faculdade de Ciências Médicas

Un iv er sid ad e Est ad u al d e Cam p in as ( Un icam p ) , a

consult a ao Port al de Periódicos da Capes por m eio

d o si st e m a d e b u sca à Bi b l i o t e ca El e t r ô n i ca d a

Un icam p e n a Sci en t i f i c El ect r o n i c Li b r a r y On l i n e

( SciELO) e ( d ) p r ocesso d e av aliação cr ít ica d os

art igos, após leit ura dos t rabalhos na ínt egra, foram ,

a ssi m , i n cl u íd o s p a r a a n á l i se f i n a l 1 7 e st u d o s

realizados segundo o m ét odo qualit at ivo, bem com o

2 p u b l i ca çõ e s b r a si l e i r a s r e ce n t e s e m q u e a

fundam ent ação e argum ent ação abrangiam o recort e

d o t em a p r o p o st o e co m p l em en t av am o s t em as

r elev an t es da abor dagem qu alit at iv a. Por f im , 1 9

r e f e r ê n ci a s b i b l i o g r á f i ca s f o r a m co n si d e r a d a s

pert inent es para est e art igo.

Ap ó s r e l e i t u r a s d o c o r p u s ( co n j u n t o d o

m at er ial colet ado) , na pr esent e r ev isão, obser v

ou-se estudos apontando upolisou-sem ia de significados, tal

co m o esp er ad o n o s r esu l t ad o s d e p esq u i sas em

Ciências Hum anas. Os dados foram t rat ados at ravés

da análise de conteúdo dos resultados que em ergiram

nos est udos publicados e agrupados em cat egorias/

t óp icos. Visan d o a com p r een são d os sig n if icad os

at r ibuídos pelas m ulher es nas quest ões per t inent es

à vivência com a perda urinária, a análise dos dados

baseou- se nos dit os referenciais psicodinâm icos.

A cat eg or ização d os est u d os con sist iu n a

definição das infor m ações, lev ando- se em cont a as

v i v ê n ci a s r e l a t a d a s n o s e st u d o s q u a l i t a t i v o s,

agr upados por r elev ância do t em a, ev ent ualm ent e

n a r epet ição do assu n t o abor dado, bem com o n a

e x p e r i ê n ci a cl ín i ca e co n h e ci m e n t o t e ó r i co d o s

profissionais pesquisadores. Os t rabalhos levant ados

f or am ag r u p ad os em t r ês cat eg or ias v ist as com o

proem inent es: ( 1) vivências segundo a faixa et ária;

( 2) vivências cultural- religiosas e, ( 3) vivências quanto

(4)

Tabela 1 – Publicações segundo o título do artigo, m étodo utilizado, tem as abordados, revista e ano de publicação, 2007 o g i t r a o d o l u t í

T Método Abordagem Revista Ano

e c n e i r e p x e s ' n e m o w r e d l o g n i r e v o c s i D . 1 e c n e n it n o c n i y r a n i r u f o -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E o d ú e t n o c e d e s il á n a ; a d a r u t u r t s e a i r á t e a x i a F o d a d i u c o t u

A Researchnursing&Heatlh 1991 a : e c n e n it n o c n i f o g n i n a e m e h T . 2 y r a n i r u c i r t a i r e g -n o n f o y d u t s e v it a t il a u q s r e f f u s e c n e n it n o c n i -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E a c i g ó l o c i s p e s il á n a ; a d a r u t u r t s e a i r á t e a x i a F s a s o i g il e r -l a r u tl u

C JournalofadvancedNursing 1993

h t i w n e m o w d n a s r e n o it it c a r p l a r e n e G . 3 e c n e n it n o c n i y r a n i r u -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E a r t s o m a ; a c it á m e t e s il á n a ; a d a r u t u r t s e l a t i s o p o r

p Autocuidado

l a r e n e G f o l a n r u o J h s it i r B e c it c a r

P 1998

y b e c n e n it n o c n i y r a n i r u o t e s n o p s e R . 4 y t i n u m m o c e h t n i g n i v il s n o s r e p r e d l o -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E e r a w t f o s : a c it á m e t e s il á n a ; a d a r u t u r t s e o c if á r g o n t e o d a d i u c o t u

A aJonudrnCaolnoitfnWenocuendNuOrssintogmy 1998

h t i w e l p o e p n i g n i k e e s p l e h o t s r e i r r a B . 5 s m o t p m y s y r a n i r u -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E a r t s o m a ; a c it á m e t e s il á n a ; a d a r u t u r t s e a c i m ô d n a r a i r á t e a x i a F s a s o i g il e r -l a r u tl u C o d a d i u c o t u A e c it c a r P y li m a

F 2001

d n a s n o it p e c r e p s ' n e m o w i n a t s i k a P . 6 e c n e n it n o c n i f o s e c n e i r e p x e -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E o d ú e t n o c e d e s il á n a ; a d a r u t u r t s e s a s o i g il e r -l a r u tl u C o d a d i u c o t u

A NursingStandard 2001 m o r f e l p o e p r e d l o s t n e v e r p t a h W . 7 y r a n i r u r o f t n e m t a e r t g n i k e e s f o n o it a r o l p x e e v it a t il a u q A ? e c n e n it n o c n i y t i n u m m o c f o e s u e h t o t s r e i r r a b . s e c i v r e s e c n e n it n o c -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E ; o d ú e t n o c e d e s il á n a ; a d a r u t u r t s e l a t i s o p o r p a r t s o m a o d a d i u c o t u

A FamliyPracitce 2004

-g n o l r o f l e d o m l a r u tl u c a g n i p o l e v e D . 8 e c n e n it n o c n i y r a n i r u e l a m e f m r e

t Eessttruudtuoraqduaa;ilatanáitvoils;eendteremviosdtaelsoemcui-tlural

a i r á t e a x i a F s a s o i g il e r -l a r u tl u C o d a d i u c o t u A e n i c i d e M & e c n e i c S l a i c o

S 2006

e c n e n it n o c y r a n i r u e t o m o r p s e s r u n o D . 9 n A ? e l p o e p r e d l o d e z il a t i p s o h n i y d u t s y r o t a r o l p x e e s il á n a ;l a c o f o p u r g ; o v it a t il a u q o d u t s E l a t i s o p o r p a r t s o m a ; a c it á m e

t Cutlural-reilgiosas JournalofCilnicalNursing 2006

: a n i h C n i e c n e n it n o c n i y r a n i r u e l a m e F . 0 1 s e v it c e p s r e p d n a s e c n e i r e p x e -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E a c i g ó l o n e m o n e f e s il á n a ; a d a r u t u r t s e a v it a t e r p r e t n i s a s o i g il e r -l a r u tl u C o d a d i u c o t u A n e m o W r o f e r a C h tl a e H l a n o it a n r e t n

I 2006

a l e p s a d a s u a c s e õ ç i r t s e R . 1 1 r e h l u m a d a d i v à a i r á n i r u a i c n ê n it n o c n

i Eessttruudtuoraqduaa;naittnaáitvilsoe;ednetsrcerviiitsvtaa

a i r á t e a x i a F o d a d i u c o t u A e d a l o c s E a d a t s i v e R P S U a d m e g a m r e f n

E 2006

d n a n a c c o r o M n i e c n e n it n o c n i y r a n i r U . 2 1 n o y d u t s e v it a t il a u q a : n e m o w h s i k r u T t n e m t a e r t r o f s e c n e r e f e r p d n a t c a p m i -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E a r t s o m a ; a c it á m e t e s il á n a ; a d a r u t u r t s e o ã ç a r u t a s r o p s a s o i g il e r -l a r u tl u C o d a d i u c o t u A l a r e n e G f o l a n r u o J h s it i r B e c it c a r

P 2006

n i s e c n e i r e p x e s ' n e m o w e s e n i h C . 3 1 e c n e n it n o c n i y r a n i r u h t i w g n i p o c -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E ; o d ú e t n o c e d e s il á n a ; a d a r u t u r t s e l a t i s o p o r p a r t s o m

a Cutlural-reilgiosas JournalofCilnicalNursing 2007

: e c n e n it n o c n i s s e r t s h t i w g n i p o C . 4 1 y a d y r e v e f o s e c n e i r e p x e s ' n e m o w s e c n e n it n o c n i -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E ; o d ú e t n o c e d e s il á n a ; a d a r u t u r t s e l a t i s o p o r p a r t s o m

a Autocuidado

f o l a n r u o J l a n o it a n r e t n I g n i s r u N l a c i g o l o r

U 2007

a : e r a c e c n e n it n o c e v it i s n e s y ll a r u tl u C . 5 1 n a i s A h t u o S g n o m a y d u t s e v it a t il a u q . r e t s e c i e L n i n e m o w n a i d n I e s il á n a ;l a c o f o p u r g ; o v it a t il a u q o d u t s E a r t s o m a ; a v it a r e t i e a c it á m e t s i s l a t i s o p o r p s a s o i g il e r -l a r u tl u C o d a d i u c o t u

A FamliyPracitce 2007

s ' n e m o w s t i b i h n i n o it a il i m u h f o r a e F . 6 1 m r e t -g n o l r o f r o i v a h e b g n i k e e s -e r a c e c n e n it n o c n i y r a n i r u a c it u ê n e m r e h : o v it a t il a u q o d u t s E -i m e s a t s i v e r t n e ; a c i g ó l o n e m o n e f ;l a i c o s s o c i s p e s il á n a ; a d a r u t u r t s e l a t i s o p o r p a r t s o m a a i r á t e a x i a F o d a d i u c o t u A g n i r a C l a n r u o J n a i v a n i d n a c S e c n e i c

S 2007

s ' n e m o w y l r e d l e : e r o m o n t n e li S . 7 1 n i e c n e n it n o c n i y r a n i r u h t i w e v il f o s e i r o t s e r a c m r e t -g n o l -i m e s a t s i v e r t n e ; o v it a t il a u q o d u t s E a c it á m e t e s il á n a ; a d a r u t u r t s

e Autocuidado JournalGerontologyNursing 2007

n o e c n e n it n o c n i y r a n i r u f o t c a p m i e h T . 8 1 l e n n o s r e p g n i s r u n e l a m e f a t s i v e r t n e ; o v it a t it n a u q o d u t s E a r t s o m a ; a v it i r c s e d e s il á n a , ; a d a r u t u r t s e l a t i s o p o r p a i r á t e a x i a F o d a d i u c o t u a e d a r i e li s a r B a t s i v e R m e g a m r e f n

E 2007

e c n e i r e p x e s ' n e m o w f o g n i n a e m e h T . 9 1 y r a n i r u m r e t -g n o l h t i w g n i v il f o . s s e n s s e l r e w o p s i e c n e n it n o c n i a c it u ê n e m r e h : o v it a t il a u q o d u t s E -i m e s a t s i v e r t n e ; a c i g ó l o n e m o n e f ;l a i c o s s o c i s p e s il á n a ; a d a r u t u r t s e .l a t i s o p o r p a r t s o m a s a s o i g il e r -l a r u tl u C o d a d i u c o t u

(5)

VI VÊNCI AS SEGUNDO A FAI XA ETÁRI A

Tem - se invest igado, at ualm ent e, com m aior f r eqü ên cia, a v iv ên cia da I U pelas m u lh er es m ais v elhas, pr ov av elm ent e pela m aior pr ev alência após a m en opau sa, em bor a as alt er ações psicossociais pareçam ser expressivas em t odas as faixas et árias. Os aspect os sim bólicos, no ent ant o, dem onst ram ser d i f e r e n t e s d e a co r d o co m a f a i x a e t á r i a e a s part icularidades da I U.

Pa r a m u l h e r e s a ci m a d e 6 0 a n o s, o s sen t im en t os da per da u r in ár ia v êm con st r u ídos e “ n e g o ci a d o s” co m o r e su l t a d o d e e x p e r i ê n ci a s individual e com partilhada( 8), associam - se a certa idéia

de que se t r at ar iam de fenôm enos inev it áv eis em conseqüência da idade av ançada e de im plicações do núm ero de partos havidos. As m ulheres descrevem a incontinência com o processo do tipo degenerat ivo( 9)

e condição inerent e à sua hist ória de vida( 8).

En t r e m u l h e r e s j o v e n s e d e m e i a - i d a d e ( abaix o dos 5 0 an os) , o pr oblem a v em per cebido com o u m d e sco n t r o l e p e sso a l , com d et er m in ad a perda das propriedades saudáveis do corpo, havendo assim dificuldade significat iva para o enfrent am ent o d a d o e n ça . Po r co n si d e r a r e m a I U co m o t a b u , percebem esse fenôm eno com o não aceit ável para a v ida social e se sent em socialm ent e despr ezadas e cu l p a d a s f r e n t e à e v e n t u a l r e p u l sa d o g r u p o e abandono por part e da sociedade( 10).

As m u l h e r e s i d o sa s e x p l i ca r a m q u e o s acid en t es ou ou t r os p r ob lem as r elacion ad os à UI eram am eaça para a sua auto- estim a, sendo que essa am eaça for necia for t es incent iv os par a desenv olv er sist em as eficazes do cuidado com a cont inência, os q u ai s aj u d av am a p r o t eg er su a au t o - est i m a. Se f o sse m b e m - su ce d i d a s p o ssi v e l m e n t e p o d e r i a m aceit ar a I U e conduzir um a vida “ norm al”( 11).

Alg u m as m u lh er es m ais j ov en s r elat ar am vivenciar os sent im ent os caract eríst icos dos sint om as ur inár ios com indifer ença ou m esm o subest im a. É n ot áv el q u e m an t en h am cer t a n o r m a l i d a d e, p ois par ece ex ist ir r eações defensiv as de negação, um a v ez q u e en v olv e g r an d e aj u st e d e esf or ços com co m p o r t a m e n t o s ca r a ct e r íst i co s d e p e sso a s co n t i n e n t e s e , f r e q ü e n t e m e n t e , n ã o se g u e m o s cam inhos racionais para enfrent ar o problem a( 10).

A falt a de dom ínio da I U durant e at ividades sociais se m ost r a pr esent e, hav endo ev idências de i m p l i ca çõ e s p si co l ó g i ca s n a v i v ê n ci a f a m i l i a r, profissional e no lazer. As m ulheres narram m edo de

p e r d e r o e m p r e g o o u d e m u d a r d e f u n çã o p o r r e st r i çõ e s l a b o r a i s ca u sa d a s p o r l i m i t a çõ e s d a s at iv id ad es q u e d em an d am esf or ços f ísicos e d as const ant es int errupções para ir ao t oalet e, devido à m aior freqüência das m icções( 4- 5). Para as idosas, o

m edo ao odor dem onst r ou ser de alt o im pact o na r est r ição social, sendo as pr át icas m ais afet adas o ato de ir a lugares onde não há toalete e a realização de viagens m ais longas( 5). Entre as m ais j ovens, além

d essa s q u ei x a s, r el a t a m v er g o n h a q u a n d o essa ‘d esg r aça’ su ced e em p ú b lico, p r in cip alm en t e em event os sociais com am igos e fam iliares e durant e a prát ica de esport es( 4- 5).

Um a vez que ao corpo se aplicam cuidados d e b eleza n a f r eq ü en t e id olat r ia d a f or m a f ísica, som ad o ao f at o d e q u e g er alm en t e as m u lh er es t e n d e m a d e se j a r co m o c o r p o i n t e i r o, co m a sex u a l i d a d e d i st r i b u íd a p o r t o d o o co r p o e n ã o cen t r ad a ap en as n os ór g ãos g en it ais( 1 2 ), a p er d a

u r i n á r i a r e st r i n g e a i n t e r a çã o se x u a l p o r se i m a g i n a r e m p o u co a t r a e n t e s. Pa r a a s j o v e n s, apont aria ‘um a velhice prem at ura’ que norm alm ent e t e n d e m a r e p u d i a r, h a v e n d o v e r g o n h a a n t e a evidência clara da perda da aut o- est im a, ressalt ada pelo m edo de sofrer rej eição diant e da incont inência na at iv idade sex ual, culpa por não sent ir desej o e pr azer e por per der ur ina dur ant e o or gasm o( 5). O

im pact o da I U er a sent ido nas r elações ínt im as, a v ida sex ual er a inibida um a v ez que não podia ser espont ânea, necessit av a ser planej ada, int er fer indo sobre a sexualidade tanto das m ulheres com o de seus par ceir os( 13).

As d iv er sid ad es r elat ad as p elas m u lh er es est ariam relacionadas aos significados psicodinâm icos e cult urais at ribuídos ao corpo. Significados referidos a esse se alt eram com o envelhecim ent o, haj a vist a que, par a as m ulher es idosas, a I U foi v ist a com o problem a nat ural para a idade. Entre as m ais j ovens, par ece significar p er d a d o con t r ole sobr e o cor po. Observou- se que ao corpo se associam sent im ent os, discursos e práticas que estão em butidos nas relações int erpessoais, alt erando os aspect os em ocionais das m ulher es incont inent es.

VI VÊNCI AS CULTURAL-RELI GI OSAS

(6)

a q u e l e s q u e e st u d a r a m m u l h e r e s d e Ma r r o co s, Turquia, Paquist ão e Í ndia, a população foi com post a por im igrant es que viviam em países europeus( 14- 16).

Pa r e ce h a v e r se m e l h a n ça n o s si g n i f i ca d o s p sicológ icos d a I U p ar a m u lh er es q u e v iv en ciam difer ent es cult ur as, et nias e condições sociais; no ent ant o, quant o à pr át ica r eligiosa, as exper iências com o por t ador as de incont inência podem int er fer ir no seguim ent o de algum as religiões( 15- 16).

Na b u sca d e e st u d o s so b r e r e l a t o s d e m ulheres orient ais que vivenciam a I U, os aspect os psicossociais indicar am que as difer enças cult ur ais não alt er am os significados da per da ur inár ia, um a v e z q u e d e m o n st r a r a m si m i l a r i d a d e s co m a s narrat ivas de m ulheres ocident ais e orient ais. Assim co m o a s m u l h e r e s d o s p a íse s a m e r i ca n o s e europeus( 7- 11), o corpo foi experim entado com o sendo

d e sco n t r o l a d o e a i n se g u r a n ça , d e se sp e r o e im potência foram experim entados quando não podiam con t r olar os acid en t es e, em alg u m as sit u ações, levava a sent im ent os de desam paro e angúst ia( 17).

As chinesas relat aram sent im ent os de culpa, solidão e isolam ento em ocional( 18), descreveram com o

perda de controle pessoal cada vez que se m olhavam de urina, sentiam estresse quando ocorria em público e per an t e os am igos o sen t im en t o de v er gon h a e h u m ilh ação er a m aior do qu e o m edo( 1 9). Par a as

indianas que vivem em Leiscester, UK, é possível que e st i g m a s so ci a i s d a p o p u l a çã o d o Su l d a Ási a cont r ibuam par a a dificuldade que elas podem t er em discut ir os cuidados da cont inência com out r as pessoas( 14).

No subgrupo em que se analisou a identidade religiosa, com o a I slâm ica e Judaica, a perda urinária co n st i t u i u p r o b l e m a n o se g u i m e n t o d o p r e ce i t o religioso( 15). Para algum as m ulheres m uçulm anas, ser

p or t ad or a d e I U sig n if ica p er m an ecer r eser v ad a, isolada e com sent im ent os de baixa aut o- est im a( 16).

Assim com o para as j udias, a incont inência para as m uçulm anas conduziu à lim it ação da vida religiosa, relacionada à necessidade de lim peza para a prát ica da oração( 15- 16).

As m u çu lm an as, en t r et an t o, r ecor r em às or ações par a m in im izar su as an gú st ias, m as esse co n f o r t o p o d e se r n e g a d o p o r n ã o e st a r l i m p a , au m en t an d o assim seu est r esse( 1 6 ). Per d er u r in a

r ep r esen t ar i a u m f en ô m en o su j o e p ecam i n o so , vivenciando a lim peza pessoal com o um grande fardo, um a v ez que se sent em suj as fisicam ent e quando ocorre perda urinária e o ritual de asseio se faz m ais

freqüent e para se m ant erem lim pas( 15). Experim ent ar

a incont inência dur ant e o cer im onial de pur ificação t or n a- as im u n d as e im p u r as, sen d o q u e, ap ós a lim p eza cor p or al, t or n a- se im p r escin d ív el r ep et ir orações ant es de reiniciar os rit uais de purificação( 15-16).

VI VÊNCI AS QUANTO AO AUTOCUI DADO

As m ulheres, freqüent em ent e, desvalorizam o si n t o m a q u a n d o o i n cô m o d o ca u sa d o p e l a incont inência é pequeno, t êm const r angim ent o em relatar seu problem a a um profissional, om item o fato n o co n v ív i o f a m i l i a r e g e r a l m e n t e so f r e m e m silêncio( 4).

Par a alg u m as m u lh er es, o sig n if icad o d a v alor ização do cor po que t em for ça e saúde, induz cer t a r esist ência à dor e é m uit o com um t or nar - se f at o r d et er m i n an t e p ar a n ão b u scar em co n su l t a m édica. Muitas vezes, esperam que a doença alcance um a intensidade tal a ponto de im pedir o uso norm al do seu corpo, sendo que as dificuldades enfrent adas ao exprim ir e descrever os sint om as ao m édico faz com que o problem a sej a at é m esm o relevado( 20).

O acanham ent o e a t im idez, associados ao d e sco n h e ci m e n t o e à f a l t a d e co m p r e e n sã o d a in con t in ên cia com o u m a d oen ça, e a v iv ên cia d e difer ent es significados da per da ur inár ia par a cada pessoa geram m últ iplas m aneiras de aut ocuidar- se, desprezando o auxílio de um profissional de saúde. As pessoas idosas, m esm o aquelas que t êm cont at o regular com profissionais da saúde, raram ent e falam de sua perda urinária, provavelm ent e por vergonha e cer t a co n cep ção er r ô n ea d e q u e n ão sej a u m problem a de saúde( 8,18). Ent re aquelas que acredit am

que a I U é um problem a irreversível e decorrente do envelhecim ent o, parece haver m elhor aceit ação dos sint om as e, em bora haj a cust os sociais, psicológicos e algum as vezes para com a própria saúde física, o sucesso nas est r at égias ut ilizadas par a m inim izar a incont inência t am bém cont r ibui par a não r ev elar o problem a a out ros( 21).

As i n t er f er ên ci as d a I U n a r est r i ção d as at ividades diárias das m ulheres m ais j ovens parece n ã o t e r si g n i f i ca d o e x p r e ssi v o n a b u sca d o autocuidado para solucionar o problem a( 13), sendo que

(7)

urinária com o tabu, tentam m anipular a incontinência de diferentes form as e reconquistar o poder do corpo descont rolado e cont inuar a viver norm alm ent e( 17).

Para as m uçulm anas im igrant es, que vivem em p aíses eu r op eu s, as in ib ições e lim it ações d a l ín g u a a s i m p e d e m d e r e l a t a r cl a r a m e n t e a o s profissionais de saúde e de com preender inteiram ente as orient ações que recebem , sugerindo que cuidados inadequados podem ser adot ados( 14- 16). As inibições

p o d e m se r r e d u zi d a s q u a n d o t r a t a d a s p o r u m p r o f i ssi o n a l d e sa ú d e d o se x o f e m i n i n o . Essa s m ulheres enfrent am a perda urinária com part ilhando o p r o b l e m a co m o u t r a s m u l h e r e s, e a ssi m d e se n v o l v e m e st r a t é g i a s p a r a co n v i v e r co m a incont inência, t al com o t ent ar r eduzir o núm er o da incidência gerenciando os episódios( 16,18). A deficiência

na procura de aj uda parece estar tam bém relacionada à car ência de conhecim ent os sobr e sua anat om ia, fisiologia e os t rat am ent os disponíveis( 15).

Po r o u t r o l a d o , a p o st u r a d e a l g u n s profissionais da saúde pode causar inibição e im pedir q u e a m u l h er ex p r esse su a s q u ei x a s d u r a n t e a consult a, assim com o é necessár io com pr eender as i d e n t i d a d e s cu l t u r a i s e r e l i g i o sa s d a p o p u l a çã o at endida. As at it udes e prát icas desses profissionais são, n ot adam en t e, bar r eir as par a qu e as pessoas b u sq u em con selh o ou aj u d a. Se os p r of ission ais p er g u n t assem r o t i n ei r am en t e so b r e o s si n t o m as ur inár ios pr ov av elm ent e as m ulher es v er balizar iam e procurariam m ais aj uda( 21- 22).

As m ulheres idosas com I U, que viviam em i n st i t u i çõ es d e l o n g a p er m an ên ci a, ex p r essar am pr eocupações com uns nas ex per iências v iv enciadas co m a p er d a u r i n ár i a e r el at ar am q u e a cu l t u r a institucional pode influenciar em m udanças na prática d e e n f e r m a g e m , r e l a ci o n a d a s a o cu i d a d o i n d i v i d u a l i za d o , su g e r i n d o o p o r t u n i d a d e s p a r a p r o p o r ci o n a r m e d i d a s e d u ca t i v a s d e sa ú d e relacionadas à qualidade de vida( 23) .

Ent re as pessoas que procuram o auxílio do profissional de saúde, essas desej am m ais inform ação sobr e as causas, os t r at am ent os e os m ecanism os para lidarem com o problem a. As m ulheres solicitaram m elhor interação com esses profissionais e identificou-se a necessidade de discussão e m aior conhecim ento a respeito do assunto( 24). A form a de se realizar essa

co m u n i cação é r el at ad a co m o p r i o r i d ad e p ar a o diagnóst ico e est abelecim ent o de vínculo e em pat ia para buscar e det erm inar o m ét odo de ensino m ais adequado par a facilit ar a com pr eensão e, assim , a adesão ao t rat am ent o( 25).

É necessár io env idar m aior es esfor ços, em especial dos profissionais da saúde, para conhecer o que cada pessoa sent e sobre a sua condição, com o lida com o problem a cot idianam ent e e com o se rege e m r e l a çã o a o s si g n i f i ca d o s si m b ó l i co s d e sse f en ôm en o.

As barreiras pessoais e dos profissionais da saúde encont r adas pelas m ulher es no m om ent o da procura por aj uda estim ulam a im provisar m eios para adapt ação da per da u r in ár ia, m u it as v ezes pou co ad eq u ad as e at é in ef icazes. As m u lh er es ad ot am m edidas de aut ocuidado com o form a de m inim izar a perda urinária, em bora elas reconheçam que m uit as são prej udiciais à saúde, t al com o o uso cont ínuo de ab sor v en t es h ig iên icos e a r est r ição h íd r ica, q u e p od em d esen cad ear p r ob lem as d er m at ológ icos e infecções urinárias( 4,5,21).

CONSI DERAÇÕES FI NAI S

Um dado im port ant e na revisão da lit erat ura da saúde e biom édica foi a const at ação de que as pesquisas publicadas sobre a incont inência urinária, em ger al, of er ecem pou cas r ef er ên cias de r elat os colhidos com m ulheres sobre com o seria angust iant e essa doença e os div er sos pr oblem as psicossociais decorrentes, um a vez que se m olhar de urina consiste em exper iência pessoal bast ant e em bar açosa.

Os est udos aqui considerados revelam que o gr au de angúst ia exper im ent ado e a am plit ude das dificuldades não est ão som ent e r elacionados com a idade, et nia, r eligião. Mas t am bém com as r eações de cada pessoa e com o cada indivíduo percebe a sua incont inência, pois os significados r elacionados aos pr oblem as de saú de são est r u t u r an t es em n ossas vidas. Sabe- se que reações com diferent es graus de t ranst orno em ocional frent e a esse problem a urinário podem destruir a confiança e o respeito que o individuo t em por si e im pedir a procura por aj uda.

(8)

REFERÊNCI AS

1 . Agen cy for Healt h Car e Policy an d Resear ch ( AHCPR) . Ov er v iew : u r in ar y in con t in en ce in adu lt s clin ical pr act ice guideline updat e, Rock v ille, MD. Mar ch 1996. [ Acesso em 02 agost o 2003] . Disponível em : ht t p: / / www.ahcpr.gov/ clinic/ uiovervw.ht m .

2. Abram s P, Cardoso L, Fall M, Griffit hs D, Rosier P, Ulm st en U, et al. The st andardizat ion of t erm inology of lower urinary t ract funct ion: repot from t he st andardizat ion sub- com m it t ee of t he int ernat ional cont inence societ y. Urology 2003; 61: 37-4 9 .

3. Teunissen D, Van den Bosh W, Van Weel C, Lagro-Janssen TA. I t can always happen: t he im pact of urinary incont inence on elderly m en and wom en. Scand J Prim Healt h Care 2006; 2 4 ( 3 ) : 1 6 6 - 7 3 .

4. Higa R, Lopes MHBM. The im pact of urinary incont inence o n f e m a l e n u r si n g p e r so n n e l . Re v Br a s En f e r m 2 0 0 7 ; 6 0 ( 2 ) : 2 1 3 - 6 .

5 . Lo p e s MH BM, H i g a R. Re st r i çõ e s ca u sa d a s p e l a incont inência urinária à vida da m ulher. Rev Esc Enferm USP 2 0 0 6 ; 4 0 ( 1 ) : 3 4 - 4 1 .

6. Rodr igues RAP, Mendes MMR. I ncont inência ur inár ia em idosos: propost a para a condut a da enferm eira. Rev. Lat ino-Am . Enferm agem . [ periódico na I nt ernet ] . 1994 Jul [ cit ado 2 0 0 7 Ju l 3 0 ] ; 2 ( 2 ) : 5 - 2 0 . D i sp o n ív e l e m : h t t p : / / w w w.scielo.br / pdf/ r lae/ v 2n2/ v 2n2a02.pdf.

7 . Din g w all L, McLaf f er t y E. Do n u r ses p r om ot e u r in ar y cont inence in hospit alized older people? An explorat ory st udy. J Clin Nu r s 2 0 0 6 Oct ; 1 5 ( 1 0 ) : 1 2 7 6 - 8 6 .

8. Bradway CW, Barg F. Developing a cult ural m odel for long-t er m f em al e u r i n ar y i n co n long-t i n en ce. So c Sci Med . 2 0 0 6 ; 6 3 ( 1 2 ) : 3 1 5 0 - 6 1 .

9. Shaw C, Tansey R, Jackson C, Hyde C, Allan R. Barriers t o help seeking in people w it h ur inar y sym pt om s. Fam Pr act . 2 0 0 1 Febr u ar y ; 1 8 9 ( 1 ) : 4 8 - 5 2 .

10. Ashwort h PD, Hagan MT. The m eaning of incont inence: a qualit at ive st udy of non- geriat ric urinary incont inence suffers. J Adv Nu r s 1 9 9 3 ; 1 8 ( 9 ) : 1 4 1 5 - 2 3 .

11. Dowd TT. Discovering older wom en’s experience of urinary incont inence. Res Nur s Healt h. 1991 June; 14( 3) : 179- 86. 12. Mur ar o RM. Sex ualidade da m ulher br asileir a: cor po e classe social da m u lh er br asileir a. 5 . ed. Rio de Jan eir o:

Edit ora Rosa dos Tem pos; 1996.

13. Hägglund D, Wadenst en B. Fear of hum iliat ion inhibit s w o m e n ’ s ca r e - se e k i n g b e h a v i o r f o r l o n g - t e r m u r i n a r y incont inence. Scand J Car ing Sci 2007; 21: 305–12. 14. Doshani A, Pit chfort h E, Mayne CJ, Tincello D. Cult urally sensit ive cont inence care: a qualit at ive st udy am ong Sout h Asian I ndian wom en in Leicest er. Fam Pract . 2007; 24: 585-9 3 .

1 5 . Van den Mu ij sen ber g ME, Lagr o- Jan ssen TA. Ur in ar y incont inence in Moroccan and Turkish wom en: a qualit at ive study on im pact and preferences for treatm ent. Br J Gen Pract. 2 0 0 6 Decem b er ; 5 6 ( 5 3 3 ) : 9 4 5 - 9 .

1 6 . W i l k i n so n K. Pa k i st a n i w o m e n ’ s p e r ce p t i o n s a n d experiences of incont inence. Nurs St and. 2001 Oct ober 17-2 3 ; 1 6 ( 5 ) : 3 3 - 9 .

1 7 . Häg g lu n d D, Ah lst r öm G. Th e m ean in g of w om en ’s ex per ience of liv ing w it h long- t er m ur inar y incont inence is pow er lessn ess. J Clin Nu r s. 2 0 0 7 Oct ober ; 1 6 ( 1 0 ) : 1 9 4 6 -5 4 .

18. Kom orowski L, Chen B. Fem ale urinary incont inence in China: ex per iences and per spect iv es. Healt h Car e Wom en I nt 2006 Febr uar y ; 27( 2) : 169- 81.

19. Li FLW, Low LPL, Lee DTF. Chinese wom en’s experiences in coping wit h urinary incont inence. J Clin Nurs. 2007 March; 1 6 ( 3 ) : 6 1 0 - 2 .

2 0 . Bolt an sk i L. As classes sociais e o cor po. 3 ed. São Paulo: Edit ora Paz e Terra; 2004.

21. Hor r ochs S, Som er set M, St oddar t H, Pet er s TJ. What pr ev ent s older people fr om seek ing t r eat m ent for ur inar y incont inence? A qualit at ive explorat ion of barriers t o t he use o f co m m u n i t y co n t i n e n ce se r v i ce s. Fa r m Pr a ct 2 0 0 4 Decem ber ; 2 1 ( 6 ) : 6 8 9 - 9 6 .

22. Grealish M. General pract it ioners and wom en wit h urinary incont inence. Br J Gen Pract 1998 February; 48: 975- 8. 23. MacDonald CD, But ler L. Silent no m ore: elderly wom en’s st ories of live wit h urinary incont inence in long- t erm care. J Ger ont ol Nur s 2007 Januar y ; 33( 1) : 14- 20.

2 4 . Li FLW, Lo w LPL, Le e D TF. Co p i n g w i t h st r e ss i n co n t i n e n ce : w o m e n ’ s e x p e r i e n ce s o f e v e r y d a y inconveniences. I nt J Urological Nursing 2007; 1( 3) : 112- 9. 25. Cochr an A. Response t o ur inar y incont inence by older persons living in t he com m unity. J Wound Ost om y Cont inence Nu r s 1 9 9 8 ; 2 5 ( 6 ) : 2 9 6 - 3 0 3 .

Referências

Documentos relacionados

¹ Enferm eira, Especialist a em Terapia I nt ensiva, e- m ail: chaianeusp@gm ail.com ; ² Enferm eira, Dout or em Enferm agem , Professor Tit ular da Escola de Enferm agem

1 Enferm eira, Mestre em Enferm agem , Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil, e-m ail: m fck@yahoo.com.. 2 Enferm

1 Enferm eiro, Doutor em Enferm agem , Professor Adjunto; 2 Enferm eira, Doutor em Filosofia da Enferm agem , Professor Titular; e-m ail: alacoque@newsite.com .br; 3

da Universidade de São Paulo, Brasil, e- m ail: m ariacel@usp.br, e- m ail: leilaneag@yahoo.com .br; 3 Enferm eira Executiva do Hospital 9 de Julho, Brasil,.. e-m ail:

1 Enferm eira, Professor Adj unt o da Universidade Federal de São Paulo, Brasil, e- m ail: solandic@denf.epm .br; 2 Enferm eira do Hospit al Sírio Libanês, aluna de m estrado

1 Mestre em Enferm agem , Enferm eira da Secretaria de Saúde de Maringá, Brasil, e- m ail: analuferrer@hotm ail.com ; 2 Doutor em Filosofia da Enferm agem , Docent e

do Prêm io “ Enferm eira Jane da Fonseca Proença” ; 2 Enferm eira no Hospit al Casa de Saúde Cam pinas, e- m ail: rubi.rc@bol.com .br; 3 Dout or, Professor, Faculdade

Preto, da Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o desenvolvim ento da pesquisa em enferm agem , e-m ail: lbpinho@uol.com .br; 3 Enferm eira, Professor Doutor