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Satisfação materna com o cuidado da enfermeira materno-infantil em Campeche, México.

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Academic year: 2017

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SATI SFAÇÃO MATERNA COM O CUI DADO DA ENFERMEI RA MATERNO-I NFANTI L

EM CAMPECHE, MÉXI CO

Yolan da Flor es- Peñ a¹ Silvia E. Vázquez R. de la Gala² Ricar do M. Cer da- Flor es³

Obj et iv o: Av aliar e com par ar a sat isfação m at er na ( global e ár eas) com o cuidado da enfer m eir a m at er no-in f an t il ( SMAEMI ) e ex p lor ar a r elação d a SMAEMI com o t em p o d e esp er a e d u r ação d a v isit a, id ad e e educação da m ãe. Mét odos: Est udo descr it iv o- t r ansv er sal com a par t icipação de 213 m ães. Gr upo 1, n = 84 m ães de crianças < 1 ano e Grupo 2, n = 129 m ães de crianças de 1 a 4 anos. Aplicou- se a Escala de Sat isfação do Pacient e. Result ados: O r esult ado global SMAEMI foi 76. 26 e 79. 21 par a Gr upos 1 e 2, r espect iv am ent e. Fat ores associados não foram encont rados no Grupo 1. No Grupo 2, t em po de espera foi associado à SMAEMI na área t écnico- profissional ( F = 3.13; gl = 128; B = –0.21; p = 0.01) . Conclusões: O fat o de que os part icipant es n est e est u do iden t if icar am som en t e f at or es associados à SMAEMI n a ár ea t écn ico- pr of ission al pode in dicar que o cuidado est á focado em pr ocedim ent os t écnicos. Fat or es associados à SMAEMI não for am ident ificados no Grupo 1, pelo que recom enda- se explorar as expect at ivas e percepções das m ães com relação ao cuidado.

DESCRI TORES: cuidado da cr iança; enfer m agem m at er no- infant il

MATERNAL SATI SFACTI ON W I TH MATERNAL-I NFANT NURSI NG CARE I N

CAMPECHE, MEXI CO

Obj ect iv e: Ev alu at e an d com par e m at er n al- sat isfact ion ( global an d ar eas) w it h m at er n al- ch ild n u r sin g car e ( MSMI NC) and t o ex plor e t he r elat ionship of MSMI NC w it h w ait t im e, lengt h of v isit , and m at er nal age and educat ion. Met hods: Cr oss- sect ional descr ipt ive st udy com pr ising 213 m ot her s. Gr oup 1 ( n = 84) , m ot her s of children aged < 1 year, and Group 2 ( n = 129) , m ot hers of children bet ween 1 and 4 years of age. The pat ient sat isfact ion scale was applied. Result s: Global MSMI NC was 76.26 and 79.21 for Groups 1 and 2, respect ively. No associat ed f act or s w er e f ou n d in Gr ou p 1 . I n Gr ou p 2 , w ait t im e w as associat ed w it h MSMI NC in t h e t echnical- professional area ( F = 3.13; df = 128; B = –0.21; p = 0.01) . Conclusions: The fact t hat t hese st udy par t icipan t s iden t if ied on ly MSMI NC- associat ed f act or s in t h e t ech n ical- pr of ession al ar ea m ay in dicat e t h at care is cent ered on t echnical procedures. Given t hat MSMI NC- associat ed fact ors were not ident ified in Group 1, w e r ecom m end ex plor at ion of m at er nal ex pect at ions and per cept ions of car e.

DESCRI PTORS: child car e; m at er nal- child nur sing

SATI SFACCI ÓN MATERNA CON EL CUI DADO DE LA ENFERMERA MATERNO I NFANTI L

EN CAMPECHE, MÉJI CO

El obj et ivo de est e est udio fue evaluar y com parar la sat isfacción m at erna ( global/ áreas) con el cuidado de la enferm era m at erno infant il ( MSMI NC) y explorar la relación de MSMI NC con el t iem po de espera, duración de la v isit a, edad y educación m at er na. Se t r at a de un est udio descr ipt iv o t r ansv er sal. Par t icipar on 213 m adr es. Grupo 1, n = 84 m adres de niños < 1 año y Grupo 2, n = 129, m adres de niños 1 a 4 años. Se aplicó la Escala de Sat isfacción del Pacient e. Se obt uvieron los siguient es result ados: MSMI NC global fue 76.26 y 79.21 en los Grupos 1 y 2, respect ivam ent e. No se encont raron fact ores asociados en el grupo 1. En el Grupo 2, el t iem po de espera se asoció con MSMI NC en el área t écnico profesional ( F = 3.13; df = 128; B = –0.21; p = 0.01) . Se con clu y e qu e las par t icipan t es iden t if icar on solam en t e f act or es asociados a la MSMI NC en el ár ea t écn ico p r of esion al lo q u e p r ob ab lem en t e in d ica q u e el cu id ad o est á cen t r ad o en p r oced im ien t os t écn icos. No se ident ificaron fact ores asociados en el Grupo 1. Se recom ienda explorar las expect at ivas y percepciones m at ernas sobr e el cuidado.

DESCRI PTORES: cuidado del niño; enfer m er ía m at er noinfant il

(2)

I NTRODUÇÃO

U

m indicador da qualidade da assist ência à saúde é a satisfação do paciente, tam bém denom inada sat isfação do consum idor ou sat isfação do client e. Vár i o s est u d o s t êm co n si d er ad o a sat i sf ação d o paciente com o um preditor de adesão ao tratam ento, uso cont ínuo dos ser viços de saúde, r ecom endação d o s se r v i ço s d e a ssi st ê n ci a à sa ú d e à o u t r a s p esso as( 1 ), e t am b ém u m

f e e d b a ck v al i o so p ar a

avaliação dos program as de assist ência à saúde ( 2).

Não exist e no m om ent o um consenso sobre o que o conceit o sat isfação do pacient e abrange. No en t an t o, u m a p r im eir a def in ição d e sat isf ação d o pacient e em regim e am bulat orial com assist ência de enferm agem define sat isfação do pacient e com o um a atitude que reflete o grau de congruência entre o que o pacien t e esper a e su a per cepção da assist ên cia r ecebida( 3).

Em r e l a çã o à a ssi st ê n ci a p e d i á t r i ca prevent iva nos Est ados Unidos e Canadá, o principal o b j e t i v o d a a ssi st ê n ci a p r e v e n t i v a p e d i á t r i ca , ident ificada com o puericult ura, supervisão da saúde e assist ência periódica à saúde, é m ant er a saúde e prevenir doenças. A unidade básica da puericult ura é a con su lt a d e su p er v isão à saú d e, q u e p od e ser r ealizada por m édicos ou enfer m eir os. O cont eúdo de cada consult a é específico á idade da criança, e cada consulta pode ser dividida em três com ponentes: a) det ecção) , b) prom oção da saúde e prevenção de doenças e, c) m anej o do pacient e e seguim ent o(4).

No Méx ico, a en f er m eir a m at er n o- in f an t il ( EMI ) n o I n st it u t o Mex ican o de Segu r idade Social ( I MSS) prest a assist ência de prom oção à saúde e de supervisão para a população pediát rica com < 5 anos con sider an do os segu in t es aspect os: v igilân cia de v acin ação, v igilân cia n u t r icion al, iden t if icação dos fat or es env olv idos num m au pr ognóst ico, av aliação cl ín i ca e cl a ssi f i ca çã o ; t r a t a m e n t o a d e q u a d o ; edu cação m at er n a par a iden t if icação de sin ais de a l er t a , cu i d a d o s g er a i s d o p a ci en t e em ca sa , e e st ím u l o a o cu i d a d o à sa ú d e e t r a t a m e n t o d e p u e r i cu l t u r a p a r a ch e ca r o cr e sci m e n t o e desenv olv im ent o da cr iança. Os seguint es aspect os devem ser regist rados em cada visit a: idade, peso, a l t u r a e d e se m p e n h o d e a v a l i a çã o d o desenv olv im ent o psicom ot or.

D a d o o r á p i d o cr e sci m e n t o e desenvolvim ent o do bebê durant e o prim eiro ano de v ida, as v isit as à EMI são pr ogr am adas a cada 2

m eses. Além disso, a EMI é responsável por fornecer e d u ca çã o n u t r i ci o n a l e t a m b é m e m r e l a çã o a o d e sm a m e r e l a ci o n a d o a o a l e i t a m e n t o m a t e r n o exclusivo durant e os prim eiros 4 m eses de vida. Se alim ent ação com plem ent ar é necessár ia após est a idade, a EMI providencia doações de fórm ula infant il com ercial ( 30 lat as) durant e as consult as agendadas at é os 12 m eses de idade. Após o prim eiro ano de vida até os quatro anos de idade, as visitas à EMI são agendadas para cada 6 m eses.

Um a r ev isão de lit er at ur a m ost r ou que há diversos fat ores ( variáveis independent es) associados com a sat isfação do pacient e ( variável dependent e) , i n cl u i n d o o s seg u i n t es: a) t em p o d e esp er a; b ) duração da visit a( 5); c) idade do pacient e e, d) nível educacional do pacient e( 6). O t em po de espera inclui

o fat or de acesso ao serviço( 2). Um est udo realizado

em h osp it ais p ú b licos e p r iv ad os id en t if icou q u e m etade ( 42,54% ) ou 870 entrevistados achavam que não dev er iam esper ar par a os ser v iços. A m aior ia dos indivíduos que procurou atendim ento em hospitais pr iv ados ex per im ent ou m enos t em po de esper a do que aqueles em hospit ais públicos( 7).

Um outro estudo que avaliou a satisfação dos pais com assist ência pr est ada à cr ianças pequenas n u m a am ost r a d e 2 . 0 6 8 en t r ev ist as p or t elef on e identificou que a percepção de que a visita foi curta é um fat or associado com baixo nível de sat isfação( 8).

A duração da visita pediátrica no I MSS é de 10 m in. e é a m ãe quem ger alm ent e at ende à v isit a da EMI com seus filhos.

Outros fatores que tem sido estudados com o sendo associados com a sat isfação dos pais com a assist ência à saúde de seus filhos incluem a idade e a educação dos pais. Um est udo ident ificou que a sat isfação é m ais baixa com relação ao at endim ent o d e cr i an ças cu j as m ães t em < 2 0 an o s d e i d ad e ( r azões de ch an ces [ RC] , 0 , 3 0 ; 9 5 % in t er v alo de confiança [ 95% I C] , 0,15- 0,62) do que para aquelas cu j a s m ã e s t e m m a i s i d a d e , e n q u a n t o q u e a escolaridade m at erna não est á associada a qualquer m edida de sat isfação( 8).

(3)

pais com relação à assistência neonatal intensiva, dos p ai s d e cr i an ças co m n ecessi d ad es esp eci ai s d e a ssi st ên ci a , p er cep çõ es d o s p a i s co m r el a çã o à q u a l i d a d e d o a t e n d i m e n t o p e d i á t r i co d u r a n t e h o sp i t a l i za çã o , e sa t i sf a çã o p e d i á t r i ca d a fam ília( 1,9- 11).

D a d o q u e o s i n st r u m e n t o s m e n ci o n a d o s acim a não são aplicados em am bientes am bulatoriais, consideram os que a Escala de Satisfação do Paciente ( PSS) p o d e ser u sa d a p a r a a v a l i a r a sa t i sf a çã o m at erna com a assist ência de enferm agem m at erno-infant il ( SMAEMI ) ( variável dependent e) . Est a escala global é const it uída por t rês sub- escalas incluindo o relacionam ent o t écnico- profissional, educacional e de confiança( 3).

A prest ação de assist ência à saúde do I MSS t em em v ist a u m elev ad o n ív el d e sat isf ação d o pacient e. At é o m om ent o, poucos est udos avaliaram a SMAEMI . Port ant o, realizam os est e est udo com os seguintes obj etivos: 1) avaliar e com parar o SMAEMI ( global e áreas) em dois grupos de m ães m exicanas ( m ães de crianças com < 1 ano de idade, e m ães de cr ian ças en t r e 1 - 4 an os de idade) n a Un idade de Medicina da Fam ília no I MSS no estado de Cam peche, México e 2) explorar a relação de certos fatores com a SMAEMI ( global e áreas) .

MÉTODOS

Desenho do Est udo e Am ost ra

Est udo descrit ivo t ransversal. A am ost ra de co n v e n i ê n ci a i n cl u i u 2 1 3 m ã e s v o l u n t á r i a s se m r e l a çã o e n t r e e l a s, j u n t o s co m se u s f i l h o s q u e com pareceram às consult as pediát ricas com EMI na Unidade de Medicina da Fam ília no est ado Mexicano de Cam peche de agost o à out ubro de 2006.

D a d o o r á p i d o cr e sci m e n t o e desenvolvim ent o do bebê durant e o prim eiro ano de v ida, as v isit as à EMI são agendadas par a cada 2 m eses. Além disso, a EMI é a responsável por fornecer e d u ca çã o n u t r i ci o n a l e t a m b é m r e l a ci o n a d a a o desm am e do aleit am ent o m at erno exclusivo durant e o s p r i m ei r o s 4 m eses d e i d ad e. Se al i m en t ação com plem ent ar é necessár ia após est a idade, a EMI for n ece doações de fór m u la com er cial in fan t il ( 3 0 lat as) dur ant e as consult as pr ogr am adas at é os 12 m eses de idade. Após o prim eiro ano de vida e at é

os 4 anos de idade, as visitas à EMI são agendadas a cad a 6 m eses. De acor d o com esses cr it ér ios, a am ost r a foi classificada em dois gr upos: Gr upo 1 , m ães de crianças com < 1 ano (n = 84) e Grupo 2 com post o por m ães de cr ianças ent r e 1- 4 anos de idade (n = 129) .

Os cr it ér ios de inclusão incluem m ães que com pareceram à consult a com a EMI e aquelas com pelo m enos a 6a série. Nenhum a m ãe recusou- se a

par t icipar e t odos os quest ionár ios for am aplicados pelo m esm o pesquisador. As m ães foram abordadas quando saiam do consult ór io da EMI . Quando elas co n f i r m a v a m q u e e r a m a s m ã e s d a s cr i a n ça s, recebiam inform ações sobre os obj et ivos da pesquisa e e r a m co n v i d a d a s a p a r t i ci p a r d o e st u d o volunt ariam ent e at ravés de t erm o de consent im ent o l i v r e e e scl a r e ci d o . Em se g u i d a , a s m ã e s e r a m conduzidas a outra sala, longe da área da EMI , onde eram solicitadas a responder o instrum ento de estudo. Nenhum a com pensação econôm ica foi for necida às m ães pela par t icipação no est udo. Est e est udo foi realizado em conform idade com as orient ações ét icas propost as na Lei Geral de Saúde para Pesquisa em Saúde do México.

Medições

O PSS ( v ar iáv el dependent e) é const it uído por 25 it ens que av aliam a sat isfação do pacient e com a assist ência de enferm agem no am bulat ório. É um inst rum ent o aut o- aplicado com t rês sub- escalas: a) ár ea t écnico- pr ofissional ( set e it ens) r elacionada co m a s f u n çõ e s d e a ssi st ê n ci a d e e n f e r m a g e m inst r um ent al) , b) ár ea de r elação educacional ( seis itens) à respeito da troca de inform ações entre m ães e e n f e r m e i r a s, e c) á r e a d e r e l a ci o n a m e n t o d e co n f i an ça ( co m 1 2 i t en s) , i n cl u i n d o m ed i d as d e com unicação v er bal e não- v er bal. O coeficient e de confiabilidade relatado foi de 0,912 e o autor do PPS não fornece valores de referência para classificar os índices de sat isfação em diferent es níveis( 3).

(4)

An álise

Os dados foram analisados usando o soft ware

SPSS V1 2 . 0 . Pr im eir o, a est at íst ica descr it iv a das variáveis independent es foi realizada para os grupos 1 e 2. Em segundo lugar, det er m inam os a SMAEMI [ valores foram t ransform ados num a escala de razão ( 0- 100) ] , par a o global e as sub- escalas. Ter ceir o, com par am os as m édias e as var iâncias da SMAEMI ( global e áreas) para os Grupos 1 e 2, usando o teste

t de St udent e o de Levene. Por fim , com o obj etivo

de explorar a relação de sat isfação m at erna ( global e áreas) com quat ro variáveis independent es ( t em po de espera e duração da consulta segundo a percepção da m ãe, idade e escolar idade m at er na) , r ealizam os u m a an álise de r egr essão lin ear m ú lt ipla par a os

Grupos 1 e 2. Um valor de p < 0,05 foi considerado significant e.

RESULTADOS

A m aioria das m ães do grupo 1 era casada ( 85,70% ) e donas de casa ( 61,90% ) . A idade m édia das crianças era 8,94 ± 22,35 m eses. A m aioria das m ães do gr upo 2 t am bém er a casada ( 9 1 , 5 0 % ) e donas de casa ( 65,90% ) , enquant o que a m édia de idade de seus filhos era 24,04± 9,63 m eses.

A Tabela 1 apresent a a est at íst ica descrit iva das variáveis independent es. Para as m ães do Grupo 1, o tem po de espera m áxim o foi de 90 m in. e 5 m in. foi a duração m ínim a da consulta. O tem po de espera m áxim o para as m ães do Grupo 2 foi de 35 m in. e a duração m ínim a da consult a foi de 5 m in.

Tabela 1 – Est at íst ica descrit iva das variáveis independent es em am bos os grupos

DP, Desvio Padrão

A Tabela 2 m ost r a a est at íst ica descr it iv a d a S M A EM I g l o b a l e d a s á r e a s . A s a t i s f a ç ã o m at er na m édia global par a o Gr upo 1 foi de 76,26 e p a r a o Gr u p o 2 f o i d e 7 9 , 2 1 . Um a d i f e r e n ça si g n i f i can t e f o i en co n t r ad a en t r e as m éd i as d as á r e a s d e r e l a c i o n a m e n t o t é c n i c o - p r o f i s s i o n a l ,

con f ian ça e sat isf ação global qu an do os gr u pos 1 e 2 f o r a m c o m p a r a d o s a t r a v é s d o t e s t e t d e

S t u d e n t. N o e n t a n t o , n ã o f o r a m e n c o n t r a d a s

difer enças significant es ent r e as v ar iâncias quando os dois gr upos for am com par ados at r av és do t est e d e Lev en e.

Tabela 2 – Com paração da sat isfação das m ães com r elação à assist ência de enfer m agem m at er no- infant il ( SMAEMI ) ent re os dois grupos de m ães

a n r e t a m o ã ç a f s i t a

S Grupo1Média±DP Grupo2Média±DP TSestutedetndte ValorP TesteLevene ValorP

l a n o i s s if o r p -o c i n c é

T 80,74±9,34 83,80±8,67 -2,445 0,015 0,257 0,613

l a n o i c a c u d e o ã ç a l e

R 75,99±10,93 80,07±10,53 -2,721 0,007 0,335 0,564

a ç n a if n o c e d o ã ç a l e

R 73,57±9,41 75,83±9,30 -1,727 0,086 0,123 0,726

l a b o l g o ã ç a f s it a

S 76,26±7,86 79,21±7,75 -2,700 0,008 0,021 0,885

Grupo 1: Mães de crianças com < 1 ano de idade; Grupo 2: m ães de crianças entre 1–4 anos de idade. DP, Desvio Padrão

A Tabela 3 ilust ra a relação da SMAEMI com quat ro variáveis independent es. Nenhum a das quat ro v ar iáv eis foi associada com sat isfação m at er na no

Grupo 1. No Grupo 2, apenas o m odelo ( área técnico-profissional) apresent ou um a relação significant e ( r2

= 0 , 0 6 3 , p = 0 , 0 1 7 ) co m a s q u a t r o v a r i á v e i s

s e ã

M VariáveisIndependentes Média DP Valor

o m i n í

M Máximo

1 o p u r

G Tempodeespera(min.) 20,51 18,05 3 90

) . n i m ( a tl u s n o c a d o ã ç a r u

D 14,43 6,55 5 45

) s o n a ( e ã m a d e d a d

I 27,11 4,81 19 44

) s o n a ( e ã m a d o ã ç a c u d

E 10,26 3,21 3 17

2 o p u r

G Tempodeespera(min.) 12,52 5,43 5 35

) . n i m ( a tl u s n o c a d o ã ç a r u

D 13,81 5,43 5 35

) s o n a ( e ã m a d e d a d

I 28,52 4,02 17 39

) s o n a ( e ã m a d o ã ç a c u d

(5)

independent es. A v ar iáv el que cont r ibuiu par a est e m od elo f oi o t em p o d e esp er a p ar a ser at en d id o (β = - 0,164, p = 0,021) .

Tabela 3 - Relação de sat isf ação m at er n a com os quat ro co- variáveis por grupo

É d i f íci l f azer co m p ar açõ es en t r e n o sso s resultados e os de outros estudos devido as diferenças de escalas em pregadas em outros estudos, diferentes d o m ín i o s av al i ad o s p o r d i f er en t es i n st r u m en t o s, difer enças cult ur ais( 9- 11) e v ar iação nos m ét odos de co l et a d e d ad o s( 1 2 ). No en t a n t o , o u t r o s est u d o s r e a l i za d o s n o s Est a d o s Un i d o s q u e a v a l i a r a m a sa t i sf a çã o m a t er n a co m a ssi st ên ci a à sa ú d e d e cr i an ças e sat i sf ação d o s p ai s co m at en d i m en t o pediátrico e im unização de crianças pequenas, podem ser m encionados. A aplicação de out r as pesquisas encont raram sat isfação m at erna dent ro do int ervalo de 83,4- 87,7, ou assist ência à saúde foi classificada com o excelent e pela m aioria das m ães( 13).

Quando os grupos 1 e 2 foram com parados a t r a v é s d o t e st e t d e S t u d e n t, u m a d i f e r e n ça significant e ent re as m édias foi encont rada na área t écnico- pr ofissional, r elacionam ent o de confiança e sat isfação global; a m édia de sat isfação foi m aior na área t écnico- profissional, e est e achado pode indicar que a assistência prestada pela EI M é orientada para a realização de procedim ent os t écnicos.

Est es r esu lt ad os est ão d e acor d o com os ach ados de ou t r os au t or es, qu e r elat ar am qu e as pr át icas de saú de est ão f ocadas n a r ealização de procedim entos( 14- 15) e não em questões educativas e/

ou no est abelecim ent o de um a relação de confiança, o q u e p r o v av el m en t e l ev a as m ães a av al i ar em apenas os aspectos técnicos da assistência pediátrica. Além disso, de acor do com as obser v ações de 8 7 v i si t a s à EMI , o s a u t o r e s i d e n t i f i ca r a m q u e a assistência prestada pela EMI é reduzida a realização de pr ocedim ent os t écnicos, t ais com o a v er ificação de peso, m edição de alt ur a, t ór ax e cir cunfer ência abdom inal, com paração de peso e m edidas de alt ura co m o s p a r â m et r o s r ef er en ci a i s, a t u a l i za çã o d a car t eir a d e v acin ação, e p r escr ição d e r eceit a d e fórm ula infant il ( para crianças < 1 ano de idade)( 14).

Par a ex p l o r ar a r el ação d e SMAEMI co m t em po de esper a, du r ação da con su lt a, e idade e e d u ca çã o m a t e r n a , a p e n a s t e m p o d e e sp e r a cont ribuiu com SMAEMI no Grupo 2 na área t écnico-profissional. Esse result ado foi consist ent e com o de ou t r os est u d os q u e id en t if icar am q u e os p ais d e crianças com at raso no at endim ent o t êm sat isfação global m ais baixa( 8).

No ent ant o, não foi possív el det er m inar os fat ores associados com SMAEMI no Grupo 1, apesar

s e ã

M Satisfaçãomaterna gl ValorP

1 o p u r

G Técnico-proifssional 83 0,023 0,756

l a n o i c a c u d E o ã ç a l e

R 83 0,025 0,731

a ç n a if n o c e d o ã ç a l e

R 83 0,045 0,454

l a b o l g o ã ç a f s it a

S 83 0,035 0,576

2 o p u r

G Técnico-proifssional* 128 0,092 0,017

l a n o i c a c u d E o ã ç a l e

R 128 0,033 0,373

a ç n a if n o c e d o ã ç a l e

R 128 0,039 0,285

l a b o l g o ã ç a f s it a

S 128 0,054 0,140

* Técnico- profissional = 79,247 –0,164X1 –0,029X2 + 0,050X3 + 0,566X4. Co-variáveis: X1 = tem po de espera em m in., X2 = duração da consult a em m in., X3 = idade da m ãe, X4 = nível educacional da m ãe.

DI SCUSSÃO

Os o b j e t i v o s d e st e e st u d o f o r a m o s seguintes: 1) avaliar e com parar a SMAEMI ( global e áreas) em dois grupos de m ães m exicanas ( m ães de cr ianças com < 1 ano de idade e m ães de cr ianças ent r e 1 - 4 anos de idade) na Unidade de Medicina Fam iliar no I MSS, no estado m exicano de Cam peche, e 2) ex plor ar a r elação de SMAEMI com t em po de esper a, du r ação da con su lt a, e idade e edu cação m at er n a.

Co m r e l a çã o a o p r i m e i r o o b j e t i v o d e st e est u do, a sat isf ação m at er n a f oi m en or do qu e a r elat ada em out r os est udos r ealizados nos Est ados Unidos que avaliaram a satisfação m aterna em term os d e assist ên cia p r est ad a à cr ian ças p eq u en as( 8 ) e

sat isf ação dos pais com at en dim en t o pediát r ico e im u n ização de cr ian ças pequ en as. A aplicação de outras pesquisas reportaram que a satisfação m aterna ficou dent ro do int ervalo de 83,4- 87,7 ou assist ência à saúde foi classificada com o excelent e pela m aioria das m ães( 12) e a sat isfação m at erna foi m ais elevada

(6)

da identificação de um m áxim o de 90 m in. de tem po d e esp er a. Nest e sen t id o, p od e- se m en cion ar os r esult ados de um est udo int it ulado O Pr ocesso de Trabalho da Enferm eira no Cuidado à Criança Sadia em um a I nst it uição da Seguridade Social do México. Nest e est u d o, r ealizad o p or m eio d e en t r ev ist as qualit at iv as com m ães m ex icanas em um a Unidade de Medicina Fam iliar no I MSS, os aut ores relat aram que as m ães de crianças entre 1- 4 anos identificaram a assist ência pediát r ica com o sendo um a for m a de assegur ar que seus filhos est av am cr escendo e se desenv olv endo de for m a adequada. Est e r esult ado foi diferente do das m ães de crianças < 1 ano de idade, que reportaram que seu interesse especial nas visitas à EMI er a o d e r eceb er a s d o a çõ es d a f ó r m u l a com ercial infant il( 14). Durant e o prim eiro ano de vida

da cr iança, a EMI for nece à m ãe a fór m ula infant il num a t axa de seis lat as por visit a program ada. Est a sit uação provavelm ent e m ot iva o com parecim ent o à consult a pediát r ica m ais do que o fat o da cr iança r eceber cuidados pr ev ent iv os.

Assi m , co n si d er o u - se q u e o u t r o s f at o r es poder iam est ar cau san do essa sit u ação: pr im eir o, consideram os que a principal m ot ivação nest e grupo para com parecer às consult as agendadas com a EMI foi a doação da fórm ula infant il. Consequent em ent e, as m ães não perceberam a assist ência prest ada pela EMI . Em segundo lugar, fatores institucionais, com o a duração da consult a ( 10 m in. nessa inst it uição) foi a situação indicada pelo pessoal da EI M com o um fator que im pedia o est abelecim ent o de um a r elação de ensino e de confiança( 14).

CONCLUSÕES

As i n f o r m açõ es p u b l i cad as em r el ação à sa t i sf a çã o d o s p a i s co m a a ssi st ên ci a d e sa ú d e pr ev ent iv a pr est ada à seus filhos são escassas. Os r e su l t a d o s d e st e e st u d o co n t r i b u e m p a r a o co n h e ci m e n t o d a SMAEMI e m u m a Un i d a d e d e Medicina Fam iliar no est ado m exicano de Cam peche, Mé x i co e e x p l o r a m a r e l a çã o d e a l g u n s f a t o r e s ident ificados na lit erat ura com a SMAEMI .

No Grupo 2, o tem po de espera foi associado com SMAEMI na área t écnico- profissional. Esse fat or é um indicador de acesso do pacient e à assist ência de saúde em inst it uições públicas ou privadas. Dado q u e n ã o f o m o s ca p a ze s d e i d e n t i f i ca r f a t o r e s asso ci ad o s à SMAEMI n o Gr u p o 1 , é n ecessár i o ident ificar as ex pect at iv as m at er nas ou per cepções da assist ência pediát rica que perm it em que as m ães do Grupo 1 possam dist inguir im port ant es dom ínios de sat isfação m at erna.

Com r elação às lim it ações dest e est u do e i m p l i ca çõ e s p a r a p e sq u i sa s f u t u r a s, h á v á r i a s lim itações neste estudo considerando que as m edições de t em po de espera e duração das consult as foram realizadas segundo a percepção das m ães.

A SMAEMI foi av aliada at r av és do PSS( 3) e

est e inst rum ent o pode ser considerado ult rapassado. Além disso, o PSS original foi elaborado para avaliar a sa t i sf a çã o d o p a ci e n t e co m a a ssi st ê n ci a d e enfer m agem em r egim e am bulat or ial.

REFERÊNCI AS

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Referências

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¹ Enferm eira, Especialist a em Terapia I nt ensiva, e- m ail: chaianeusp@gm ail.com ; ² Enferm eira, Dout or em Enferm agem , Professor Tit ular da Escola de Enferm agem

1 Enferm eira, Mestre em Enferm agem , Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil, e-m ail: m fck@yahoo.com.. 2 Enferm

1 Enferm eiro, Doutor em Enferm agem , Professor Adjunto; 2 Enferm eira, Doutor em Filosofia da Enferm agem , Professor Titular; e-m ail: alacoque@newsite.com .br; 3

1 Enferm eira, Universidade Est adual de Cam pinas, aluna de dout orado, e- m ail: rosangelahiga@bol.com .br; 2 Enferm eira, Livre- docent e, Professor Associado, e- m ail:

1 Mestre em Enferm agem , Enferm eira da Secretaria de Saúde de Maringá, Brasil, e- m ail: analuferrer@hotm ail.com ; 2 Doutor em Filosofia da Enferm agem , Docent e

em Enferm agem , Professor Adj unt o da Escola de Enferm agem da Universidade Federal da Bahia, e- m ail: lilian.enferm agem @bol.com .br; 3 Mestre em Enferm agem , Professor

Preto, da Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o desenvolvim ento da pesquisa em enferm agem , e-m ail: lbpinho@uol.com .br; 3 Enferm eira, Professor Doutor

1 Enferm eira, Professor Adjunto da Faculdade de Enferm agem Nossa Senhora das Graças, da Universidade de Pernam buco, e-m ail: reginaoliveira@fensg.upe.br,