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– PósGraduação em Letras Neolatinas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ABORDAGENS DE ENSINO - APRENDIZAGEM EM MANUAIS DE ITALIANO LE

MARIA LUCILENE MOREIRA ALVES

(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ABORDAGENS DE ENSINO - APRENDIZAGEM EM MANUAIS DE ITALIANO LE

MARIA LUCILENE MOREIRA ALVES

Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do Título de Mestre em Letras Neolatinas (Estudos Linguísticos Neolatinos, opção: Língua Italiana). Orientadora: Profª. Drª. Annita Gullo

(3)

ABORDAGENS DE ENSINO - APRENDIZAGEM EM MANUAIS DE ITALIANO LE

Maria Lucilene Moreira Alves Orientadora: Profª. Drª. Annita Gullo.

Dissertação de mestrado submetida ao Programa de Pós - Graduação em Letras Neolatinas da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Letras Neolatinas (Estudos Linguisticos Neolatinos, opção: Língua Italiana).

Examinada por:

_________________________________________________ Profª. Drª. Annita Gullo (orientadora) - UFRJ

_________________________________________________ Prof. Dr. Carlos Sobral - Faculdade de Letras / UFRJ

_________________________________________________

(4)

Alves, Maria Lucilene Moreira

A474a Abordagens de ensino – aprendizagem em manuais de italiano LE / Maria Lucilene Moreira Alves. – Rio de Janeiro: UFRJ, 2014.

157 f.: il.(algumas color.) ; 30 cm. Orientadora: Annita Gullo.

Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas, 2014.

Bibliografia: f. 114-117.

1. Língua italiana – Estudo e ensino. 2. Língua italiana – Estudo e ensino – Estudantes estrangeiros. 3. Língua italiana – Estudo e ensino – Manuais, guias, etc. 4. Língua italiana - Aquisição. 5. Livros didáticos – Itália 6. Didática. I Gullo, Annita II Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras. III . Título

(5)

RESUMO

ABORDAGENS DE ENSINO - APRENDIZAGEM EM MANUAIS DE

ITALIANO LE

Maria Lucilene Moreira Alves

Orientadora: Professora Doutora Annita Gullo

Resumo da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós - Graduação em Letras Neolatinas da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Letras Neolatinas (Estudos Linguísticos Neolatinos. Opção: Língua Italiana).

O principal objetivo deste estudo é fazer uma análise das atividades apresentadas em manuais didáticos de italiano língua estrangeira (ILE) nas quais diferentes abordagens de ensino são utilizadas e confrontadas com os direcionamentos dados pelo Guida degli

Insegnanti. Nesta pesquisa são abordados aspectos relacionados às metodologias e

abordagens de ensino - aprendizagem em manuais de italiano LE. São evidenciadas definições referentes à língua, língua materna, língua estrangeira e segunda língua, além das funções que a língua desenvolve durante um discurso interpessoal. São destacadas de maneira cronológica as principais teorias sobre os métodos e abordagens de ensino - aprendizagem, para, dessa forma, analisar os manuais didáticos de italiano LE. São analisados para a pesquisa os manuais Arrivederci! 1, Domani 1 e Nuovo Progetto

Italiano 1, e a partir dessa análise são verificadas as nossas hipóteses.

(6)

RIASSUNTO

ABORDAGENS DE ENSINO - APRENDIZAGEM EM MANUAIS DE

ITALIANO LE

Maria Lucilene Moreira Alves

Orientadora: Professora Doutora Annita Gullo

Riassunto da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós -

Graduação em Letras Neolatinas da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Letras Neolatinas (Estudos Linguísticos Neolatinos. Opção: Língua Italiana).

Il principale interesse di questo studio è fare un'analise di alcune attività presentate in manuali didattici di italiano lingua straniera (ILS) nelle quali diversi approcci di insegnamento sono usati e affrontati con gli orientamenti del Guida degli Insegnanti. In questa ricerca sono esaminati aspetti della metodologia e degli approcci di insegnamento - apprendimento in manuali di italiano LS. Sono evidenziate le definizioni di lingua, lingua materna, lingua straniera e lingua seconda oltre le funzioni svolte dalla lingua nel corso del discorso interpersonale. Sono messi in evidenza cronologicamente le principali teorie sui metodi e approcci di insegnamento - apprendimento per analisare i manuali didattici di italiano LE. Sono analizzati per questa ricerca i manuali Arrivederci! 1, Domani 1 e Nuovo Progetto Italiano 1, e a partire di questa analise sono verificate le nostre ipotesi.

(7)

ABSTRACT

ABORDAGENS DE ENSINO - APRENDIZAGEM EM MANUAIS DE

ITALIANO LE

Maria Lucilene Moreira Alves

Orientadora: Professora Doutora Annita Gullo

Abstract da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós - Graduação

em Letras Neolatinas da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Letras Neolatinas (Estudos Linguísticos Neolatinos. Opção: Língua Italiana).

This study aims at analyzing the activities presented at the didactic textbooks of Italian as foreign language (IFL) in which different teaching approaches are used and compared with the directions given by Guida degli insegnanti. At this research, the aspects related to the teaching methodologies and approaches are discussed – learning at the textbooks of Italian as FL. Settings about the language, mother tongue, foreign language and second language are evidenced, beyond the functions that the language develops during an interpersonal speech. The main theories about the teaching methods and approaches are posted chronologically – learning, to thereby analyze the didactic textbooks of Italian as FL. At this research, following textbooks are analyzed:

Arrivederci! 1, Domani 1 and Nuovo Progetto Italiano 1, and with this analyze the

hypothesis are checked.

(8)

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Francisco e Luzia, exemplos de perseverança e força, que sempre me apoiaram nas minhas escolhas e decisões, e acreditaram na minha capacidade quando eu mais fraquejei.

À minha avó e madrinha, Margarida (in

memoriam), que me animava a sempre

(9)

AGRADECIMENTOS

À Capes, pela bolsa de estudos, permitindo assim uma maior dedicação e oportunidades para a realização dessa dissertação;

À Annita Gullo, por me orientar desde os tempos do CLAC a como desenvolver um bom trabalho como professora, por me aceitar como orientanda e ajudar nos momentos de dúvida. O conhecimento compartilhado durante nossos encontros foram fundamentais para essa pesquisa;

À Carlos Sobral, por me falar as palavras certas nos meus momentos de maior insegurança;

Aos professores da graduação em Letras da UFRJ, pelos ensinamentos e direcionamentos oferecidos;

À Deus, por todas as oportunidades e trabalhos que me concedeu até hoje;

Aos meus pais, Luzia e Francisco, pela compreensão e pelo amor que me presenteiam todos os dias;

Aos meus irmãos, Laís, Larissa e Junior, que me fazem rir desde o dia que nasceram e me mostraram que é a vida é mais divertida quando a dividimos;

À Gabriel, meu marido e companheiro, por entender minhas ausências e nervosismos rotineiros;

À Gisele Batista, amiga, colega de trabalho, conselheira e que acreditou em mim desde a graduação;

À Fernanda Gerbis, companhia de angustias e risos;

(10)

Aos meus queridos alunos que me fazem esquecer todos os problemas durante as aulas e que responderam prontamente quando precisei;

Aos meus amigos, de perto e de longe, pelos pensamentos positivos, apoio e palavras de carinho;

Aos meus primos e tios, por torcerem e me proporcionarem lembranças que levarei para toda a vida;

Aos meus cachorros que me faziam companhia nas horas intermináveis diante do computador;

(11)

SINOPSE

Língua e manuais didáticos de italiano LE. A língua e suas funções. Língua materna, língua estrangeira e segunda língua. Os métodos e abordagens de ensino - aprendizagem nos manuais didáticos. Panorama histórico dos métodos de ensino. Os manuais de italiano LE Arrivederci! 1, Domani 1 e

Nuovo Progetto Italiano 1 e suas

(12)
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Capa do manual didático In Italiano ... Figura 2 Capa do manual didático Uno ... Figura 3 Capa do manual didático Bravissimo ... Figura 4 Capa do manual didático Rete ...

Figura 5 Capa do manual didático Nuovo Progetto Italiano 1 ... Figura 6 Capa do manual didático Domani 1 ... Figura 7 Capa do manual didático Arrivederci! 1... Figura 8 Capa do manual didático Nuovo Progetto Italiano 1

Figura 9 Capa do manual didático Domani 1 Figura 10 Capa do manual didático Arrivederci! 1 Figura 11 Arrivederci!1 , p. 09

(14)

Figura 26 Arrivederci!1, p. 13 Figura 27 Arrivederci!1, p. 14 Figura 28 Domani 1, p. 11 Figura 29 Domani 1, p. 11 Figura 30 Domani 1, p. 12 Figura 31 Domani 1, p. 12 Figura 32 Domani 1, p. 13 Figura 33 Domani 1, p. 13 Figura 34 Domani 1, p. 13 Figura 35 Domani 1, p. 14 Figura 36 Domani 1, p. 15 Figura 37 Domani 1, p. 15 Figura 38 Domani 1, p. 16

(15)
(16)

LISTA DE ABREVIATURAS

UD - Unidade Didática LE - Língua Estrangeira LM - Língua Materna L2 - Segunda Língua

(17)

SUMÁRIO

1. Introdução ...18

2. Definições de língua, língua materna, língua estrangeira e segunda língua e funções da língua ... 20

2.1 Definição de língua ... 20

2.2 Definições de língua materna, língua estrangeira e segunda língua... 23

2.2.1 Definição de língua materna ... 23

2.2.2 Definição de segunda língua... 24

2.2.3 Definição de língua estrangeira... 25

2.3. Funções da língua ... 28

2.3.1 Função referêncial ... 29

2.3.2 Função comunicativa... 29

2.3.3 Função expressiva ... 30

2.3.4 Função fática ... 31

2.3.5 Função performativa ... 31

3. Metodologia didática: um percurso histórico... 33

3.1 - Método Formalista ... 33

3.2 - Método Direto ... 35

3.3 - Método intensivo "ASTP" (Army Specialized Trainning Program) ... 38

3.4 - Método Áudio - Oral ... 40

3.5 - Método Situacional ... 42

3.6 - Abordagens comunicativas ... 43

3.7 - Abordagens humanista - afetivas ... 45

3.7.1 - Total Physical Response (TPR) ... 47

3.7.2 - The Natural Approach ... 47

(18)

4. Manuais didáticos de italiano LE ... 50

4.1 - Uma breve apresentação... 50

4.1.1 - In Italiano ... 52

4.1.2 - Uno ... 53

4.1.3 - Bravissimo ... 54

4.1.4 - Rete ... 56

4.1.5 - Nuovo Progetto Italiano ... 57

4.1.6 - Domani ... 62

4.1.6 - Arrivederci!... 63

4.2 - Análise dos manuais didáticos: unidades introdutórias... 65

4.2.1 - Arrivederci!1... 65

4.2.2 - Domani 1 ...76

4.2.3 - Nuovo Progetto Italiano 1 ... 87

5. Conclusão ... 110

6. Bibliografia ... 113

6.1 Sitografia... 116

7. Anexos ... 117

Anexo 1 - Questionário sobre Domani 1 e Nuovo Progetto Italiano 1 ... 118

Anexo 2 - Respostas de ex-alunos sobre os manuais didáticos Domani 1 e Nuovo Progetto Italiano 1... 119

Anexo 3 – Capítulo 1 do Manual Arrivederci!1 ... 131

Anexo 4 – Capítulo 0 do Manual Domani 1 ... 140

Anexo 5 – Capítulo 0 do Manual Nuovo Progetto Italiano 1... 147

(19)

1. INTRODUÇÃO

A presente dissertação de mestrado consiste na análise das atividades

apresentadas em manuais didáticos de italiano língua estrangeira (ILE) nas quais

diferentes abordagens de ensino são utilizadas e confrontadas com os direcionamentos

dados pelo Guida degli Insegnanti. O corpus dessa pesquisa é constituído pelos

seguintes manuais didáticos: Arrivederci 1 de Cinzia Faraci, Federica Colombo e

Pierpaolo De Luca, Domani 1 de Carlo Guastalla e Ciro Massimo Naddeo e Nuovo

Progetto Italiano 1 de Telis Marin e Sandro Magnelli, e seus respectivos Guida degli

Insegnanti//manual do professor.

A ideia de analisar os manuais didáticos de italiano LE surgiu da minha

experiência como professora de língua italiana para brasileiros. Na minha prática

docente observava que o manual usado em sala de aula não correspondia às

necessidades e às expectativas dos alunos, e na maioria das vezes, o manual utilizado

precisava ser complementado com materiais extras.

A justificativa para a escolha dos manuais mencionados acima deve-se ao fato

de serem os mais utilizados nos cursos de italiano no Rio de Janeiro nos últimos anos e,

como já mencionado, por ter vivenciado a experiência de utilizá-los na minha prática

docente. Para tanto se fará uso das propostas de Giovanni Freddi (2006) e Carlo Serra

Borneto (1998) no que se refere às metodologias didáticas além dos pressupostos

teóricos de Paolo Balboni (2000) para a questão da didática da Língua Italiana LE e

abordagens de ensino- aprendizagem.

É indiscutível que a língua é um patrimônio do ser humano e que o representa e

o define como indivíduo único na sua sociedade. Esse nasce com o seu idioma, e pode,

(20)

se comunicar. Quando o indivíduo aprende um novo idioma, com o novo aprendizado

acrescenta-se também uma nova carga de gestos, performances, que o ajudarão a

interagir na nova sociedade que pretende ingressar.

De acordo com Freddi (2006: 26), a língua reflete a cultura em que o indivíduo

está inserido e é nela que ele se reconhece como falante e a usa como meio para

transmitir seu conhecimento adiante. É através da língua que as interações sociais

acontecem, e servem para ilustrar as características de um povo.

Ao tentar estabelecer uma definição de língua, percebe-se que há inúmeras

definições que servem para nos fazer questionar e repensar o próprio conceito exposto.

Para nosso aporte teórico sobre o conceito geral de língua nos basearemos em Giovanni

Freddi (2006), e para complementar usaremos as definições de Ferdinand de Saussure

(1975) e Camilla Bettoni (2006).

Portanto, por se tratar de uma pesquisa que envolve o ensino de língua

estrangeira, achamos pertinente tecer algumas considerações acerca dos conceitos de

Língua, Língua Materna, Segunda Língua e Língua Estrangeira, bem como as funções

da língua. A conceitualização pertinente a esse tema, estará presente no capítulo 2 da

nossa dissertação.

Sabemos que no início do século passado, priorizava-se um ensino de língua que

tivesse o foco na gramática e sem nenhuma relação situacional. Esse método e tantos

outros serão tratados no capítulo 3 e servirão de base para a análise dos manuais

didáticos escolhidos. Nesse capítulo, observaremos diversos métodos de

ensino-aprendizagem e as principais abordagens encontradas atualmente nos manuais didáticos

de italiano LE.

Após a exposição dos pressupostos teóricos, passaremos a apresentação e análise

(21)

arcabouço teórico de Balboni (1998) para auxiliar na descrição e definição das

atividades concebidas para cada um dos manuais didáticos.

Tomaremos como objeto de estudo a primeira unidade dos manuais:

Arrivederci! 1, Domani 1 e Nuovo Progetto Italiano 1. Observaremos as metodologias

mais recorrentes em cada uma delas e ainda analisaremos a proposta delimitada pelo

autor, confrontando-a com aquela que é apresentada no manual didático.

Todos os manuais didáticos supracitados correspondem ao nível A1 (com

exceção do manual didático Nuovo Progetto Italiano 1 que concentra em um único

volume o nível A1 e A2) conforme o Quadro Comune Europeo di Riferimento per le

Lingue (QCER)// Quadro Comum Europeu de Referência para as línguas: que é um

sistema usado para medir o nível de competência daqueles que estudam uma língua

europeia. No capítulo 4, apresentaremos uma descrição completa do QCER.

O modo e o local em que essa língua será aprendida definirá apenas o tempo de

internalização do novo idioma e o quanto o aluno levará para se adaptar ao novo sistema

linguístico, não limitando-se nas suas interações com os outros falantes.

A partir do corpus escolhido, nossa pesquisa se concentrará nas propostas

didáticas que os autores oferecem e quais realmente se verificam nos manuais didáticos,

sendo de grande importância a identificação do tipo de abordagem de ensino -

(22)

2 - DEFINIÇÕES DE LÍNGUA, LÍNGUA MATERNA, LÍNGUA ESTRANGEIRA, SEGUNDA LÍNGUA E LÍNGUA ESTRANGEIRA E FUNÇÕES DA LÍNGUA

Iniciaremos este capítulo abordando e delimitando definições que serão

norteadoras para um bom desenvolvimento da nossa pesquisa, em que conceitos

fundamentais servirão de base para a futura análise do corpus constituído pelos manuais

didáticos de ensino de língua italiana Arrivederci 1, Domani 1 e Nuovo Progetto

Italiano 1. Portanto, nesse capítulo trataremos os conceitos de língua, língua materna,

língua estrangeira e segunda língua, além de incluir uma sessão que aborda as funções

da língua.

2.1 - DEFINIÇÃO DE LÍNGUA

A complexidade de uma definição de língua é tamanha, que podem ser

encontradas várias definições, que leva a questionar e repensar o próprio conceito

exposto, além de nos ajudar a construir um conceito que possa ser único a uma área.

Assim, ao buscarmos essa definição em dicionários, encontramos ocorrências,

como por exemplo:

O conjunto das palavras e expressões usadas por um povo, por uma nação, e o conjunto de regras da sua gramática; idioma. Modo de expressão escrita ou verbal de um autor, de uma escola, de uma época; estilo; língua gem. A língua gem própria de uma pessoa ou de um grupo. Sistema de signos que permite a comunicação entre os indivíduos de uma comunidade linguística.  Sistema linguístico que resulta da aquisição. 1(Dicionário Aurélio CD ROM).

De acordo com Camaschella no Dizionario della Língua Italiana De Agostini

(2008), língua pode ser entendida como "Sistema de sons, palavras, regras gramaticais

(23)

Particular modo de expressar-se de um ambiente, de uma profissão, de uma época, de

um escritor [...] "2. O que mostra semelhança com a definição encontrada no Dicionário

Aurélio.

Para Dardano & Trifone, a língua3 é a maneira pela qual as competências

linguísticas são desenvolvidas efetivamente. Tal afirmação vem apresentada pelos

autores citados em La nuova grammatica della língua italiana (2007) e consideram que

a língua envolve elementos representativos da linguagem dos seres humanos como,

também elementos extralinguísticos.

Porém essas resoluções não são suficientes para esclarecer e colaborar

profundamente com o interesse do nosso estudo, fazendo-se necessária a contribuição

de outros teóricos.

Giovanni Freddi, estudioso de questões relacionadas à didática, afirma em

Glottodidattica (2006) que o conceito de língua e cultura4 estão interligados, pois "A

língua é o produto da cultura, o mais extraordinário produto cultural do grupo que a

fala.5" Ainda segundo Freddi, a língua reflete a cultura em que o indivíduo está inserido

e é nela que ele se reconhece como falante e a usa como meio para transmitir sua cultura

      

2 "Sistema di suoni, parole, regole grammaticali e sintattiche nel mezzo del quale i membri di una 

comunità parlano e scrivono. Particolare modo di esprimersi proprio di un ambiente, di un mestiere, di 

un'epoca, di uno scrittore [...]" Dizionario della Língua  Italiana. De Agostini: Milano, 2008.       

3 "La língua   è il modo concreto e storicamente determinato in cui si manifesta la facoltà del 

linguaggio(...)  Il  linguaggio  è  l'insieme  dei  fenomeni  di  comunicazione  e  di  espressione  che  si 

manifestano sia nel mondo umano sia al di fuori di esso." DARDANO, Maurizio & TRIFONE, Pietro.  Grammatica italiana con nozioni di linguistica. Zanichelli, Milano: 2007:10 

 

4 Nessa dissertação usaremos um conceito de Clyde Kluckhohn no qual ele define cultura como 

"[...]aquele conjunto complexo que inclui os artefatos, as crenças, arte e todos os outros hábitos 

conquistados pelo homem como membro de uma sociedade, assim como todos os produtos da 

atividade humana conforme determinado por esses hábitos." Original: "[...]quell'insieme complesso che 

include gli artefatti, le credenze, l'arte e tutti gli altri abiti acquisiti dall'uomo come membro di una 

società, nonché tutti i prodotti dell'attività umana in quanto determinati da questi abiti" FREDDI,  Giovanni. Glottodidattica:Fondamenti, metodi e tecniche. Torino: UTET libreria, 2006:27. 

 

5 "La língua  è un prodotto della cultura, il più straordinario prodotto culturale del gruppo che la parla". 

(24)

adiante. A língua proporciona as interações sociais, é nela que podemos observar as

características de um povo. Para Freddi, 'língua é significado', mostrando que cada

palavra possui um conceito chave ligado mentalmente a uma expressão sonora.

Como se observa, muitos conceitos de língua estão interligados ao de cultura,

porém na nossa pesquisa não abordaremos em uma sessão específica os conceitos

discutidos sobre cultura.

O conceito de língua nos remete aos conceitos de langue e parole expostos por

Ferdinand de Saussure em Curso de Linguística Geral. Para Saussure, “A língua é

um sistema cujas partes podem e devem ser consideradas em sua solidariedade

sincrônica” (Saussure, 2002), na qual cada elemento depende do outro para que sua

compreensão chegue a um nível adequado. O estudioso francês, mostra em seu livro

supracitado que langue e parole não podem ser dissociadas, pois através da parole são

manifestadas as ocorrências da langue. Conforme Saussure, langue é o meio pelo o qual

o indivíduo mostra a sua capacidade de socialização e parole é um “ato individual de

vontade e inteligência”.6

Ainda em Curso de Linguística Geral, Saussure nos mostra que o signo

linguístico possui duas características: ele pode ser arbitrário e convencional. Mostra-se

arbitrário quando não há relação entre significado e significante, e resulta convencional

quando indivíduos pertencentes a uma mesma comunidade determinam alguma relação

entre significado e significante. Do mesmo modo a língua estrangeira para um estudante

que está iniciando sua aprendizagem mostra-se confusa e incompreensível. Num

primeiro momento as palavras não fazem sentido na sua mente e estruturas frasais se

mostram incoerentes. Porém a cada novo dia de estudo, palavras são incorporadas no

      

(25)

dicionário interno de cada estudante, permitindo um êxito maior na compreensão e na

expressão em língua estrangeira.

Encontramos ainda em Camilla Bettoni (2006), pesquisadora italiana de

linguística aplicada, a seguinte definição de língua:

"A língua serve principalmente para representar a realidade, comunicar, expressar emoções, sentimentos, comportamentos, paixões, estabelecer e manter o contato interpessoal, executar ações, manifestar a própria identidade (...) a língua serve para revelar aos outros quem somos individualmente e a que grupo pertencemos socialmente.7" (BETTONI, 2006: 17, tradução nossa)

A definição acima citada completa a definição de Freddi, pois Bettoni aponta

aspectos que se aproximam da primeira definição que apresentamos neste capítulo. Para

a estudiosa, a função principal da língua é comunicar, expressar emoções e

comportamentos, pois de acordo com a estudiosa "a língua é o símbolo mais potente das

manifestações visíveis da cultura"8. Para Camilla Bettoni (2006), a língua possui

estruturas próprias, que correspondem aos sons, às palavras e às estruturas gramaticais,

adequando-se a cada situação.

Para nortear nossos estudos e sustentar um bom desenvolvimento de raciocínio,

usaremos a definição de língua estabelecida por Giovanni Freddi, que define a língua

como “o mais extraordinário produto cultural”.

      

7 "La língua  serve principalmente per rappresentare la realtà, comunicare, esprimere emozioni, 

sentimenti, atteggiamenti, passioni, stabilire e mantenere il contatto interpersonale, compiere delle 

azioni, manifestare la propria identità (...) la língua  serve per rivelare agli altri chi siamo individualmente 

e a che gruppo apparteniamo socialmente". (BETTONI, 2006: 17)   

(26)

2.2 DEFINIÇÕES DE LÍNGUA MATERNA (LM), LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE) E SEGUNDA LÍNGUA (L2).

2.2.1 LÍNGUA MATERNA (LM)

Teóricos, como por exemplo Giovanni Freddi e Gabriele Palotti, evidenciam em

suas definições pensamentos semelhantes sobre o mesmo tema. Freddi afirma que

língua materna é "a língua que a criança aprende a partir da mãe, do pai e do contexto

familiar etc, de modo natural e espontâneo"9. As crianças são expostas a essa

modalidade de língua diariamente, e a repetem conforme a internalizam.

Igualmente conciso em sua definição, Gabriele Palotti sustenta que LM é "a

língua que um indivíduo aprendeu primeiro, quando era criança."10 Para ele, LM

também pode ser considerada como a primeira língua aprendida (L1).

No entanto, Paolo Balboni, linguista italiano, chama atenção para o termo língua

italiana aprendida por aqueles nascidos em território italiano. Essa língua aprendida

pelas crianças da Península Itálica, segundo Balboni, não deveria ser denominada como

LM11 pois, em alguns casos, o que é aprendido inicialmente é um dialeto, e não a língua

de Dante Alighieri. De acordo com o linguista, a língua materna deveria denominar - se

'língua nazionale' (LN), uma vez que a língua estudada na escola e a língua falada em

casa não são as mesmas, porém apresentam traços que as aproximam.

      

9 "la língua  che il bambino impara dalla madre, dal padre, dal contesto famigliare ecc. in modo naturale 

e spontaneo" (FREDDI,2006:03)   

10 " la língua  che un individuo ha appreso per prima, da bambino " (PALLOTTI, 1998:13) 

 

11 "L'italiano viene definito "língua   materna" forse impropriamente, visto che in molti casi la língua  

materna (quella appresa per prima, strumento primario per la strutturazione del pensiero e per 

l'espressione profonda del proprio io) non è l'italiano ma il dialetto. Si dovrebbe parlare di 'língua  

nazionale', anche se la storia linguistica italiana sta portando ad una progressiva coincidenza della língua  

(27)

Diante dessa polêmica entre LM e LN, Giovanni Freddi declara que língua

nazionale (língua nacional) pode ser entendida como:

"a língua que pode ser diferente da língua materna e que constitui o instrumento de comunicação de todo o país. É o caso do italiano para os falantes de dialeto da península, para as minorias linguísticas compreendidas até as fronteiras do estado italiano (sultiroleses, valdostanos, eslovenos, ladinos, albaneses, etc.)" (FREDDI, 2006:03, tradução nossa)12

Conforme as definições acima mencionadas, podemos concluir que LM é a

primeira língua aprendida pelas crianças durante a fase de desenvolvimento da

linguagem, ocorrendo, na maioria das vezes, em um ambiente familiar, num contexto

espontâneo e natural.

O processo de aquisição da língua materna é objeto de estudo de muitas

pesquisas, o que formula teorias e debates sobre a sua produção e desenvolvimento. No

nosso estudo não iremos nos aprofundar nas teorias de aquisição de LM, pois o nosso

foco é a Língua Estrangeira, que será tratada mais adiante.

2.2.2 Segunda Língua (L2)

Conforme encontrado nos estudos de Gabriele Pallotti (1998), segunda língua

(L2), pode ser entendida como qualquer língua aprendida "no país onde essa é falada

habitualmente"13. Essa definição se refere a qualquer língua que seja aprendida depois

da língua materna. No contexto italiano, pode-se classificar como L2 a língua aprendida

pelos imigrantes que estão na Itália trabalhando ou estudando.

Entretanto, para Paolo Balboni (1994) a definição supracitada não é suficiente

para definir o assunto abordado nesse ponto. De acordo com ele, existem duas       

12 "la língua  che può essere diversa dalla materna e che costituisce lo strumento di comunicazione di 

tutto il paese. È il caso dell'italiano per i dialettofoni della penisola, per le minoranze linguistiche 

comprese entro i confini dello stato italiano (sudtirolezi, valdostani, sloveni, ladini, albanesi, ecc.)" 

BALBONI, 1994, 13)   

(28)

concepções de L2. Uma delas é referente à pluralidade de segundas línguas que

podemos aprender depois da língua materna, sem fazer distinção entre língua

estrangeira e L2. Porém, o estudioso afirma que, observando sob a luz da didática, essa

é uma definição frívola.

Para Balboni (1994), a língua italiana pode ser considerada como L2 quando "é

ensinado a falantes não italófonos"14 e quando "tal ensinamento acontece em um

contexto situacional onde o italiano é utilizado como língua de comunicação cotidiana

(Itália, Cantão Ticino, algumas áreas da Istria).15"

Ainda sob a ótica de Balboni16, L2 é caracterizada por uma condição de ensino

em que o professor desenvolve diretamente em sala de aula atividades ligadas à vida

cotidiana do aluno, dessa forma ele poderá encontrar nas suas relações sociais estruturas

linguísticas aprendidas durante a aula. Assim, o aluno observa a língua viva e a sua

própria evolução durante a aprendizagem.

2.2.3 Língua Estrangeira (LE)

Outro conceito que colabora no campo da glottodidattica// glotodidática

(estudos elaborados sobre as línguas associando-os à fatores psicológicos que

circundam o ensino e aprendizagem) é o conceito de Língua Estrangeira (LE). Com

ele, Gabriele Pallotti salienta que "[...] a língua estrangeira seria, no entanto uma

      

14 "[...]viene insegnato a parlanti non italofoni" (BALBONI, 1994:13) 

 

15 "[...]tale insegnamento avviene in un contesto situazionale dove l'italiano è utilizzato come língua  di 

comunicazione quotidiana (Italia, Canton Ticino, alcune aree dell'Istria)."(BALBONI, 1994:13)   

16 "Ciò che caratterizza la situazione di insegnamento della língua   seconda è il fatto che le ore di 

didattica diretta svolta in classe dall'insegnante sono in interrelazione con la vita extrascolastica dello 

studente in cui egli è esposto alla língua  viva, non strutturata e graduata, non spiegata e commentata." 

(29)

língua aprendida, tipicamente em contextos escolásticos, em um país onde não é falada

habitualmente."17. É nesse contexto que se enquadram os alunos brasileiros de cursos

livres e de escolas onde se ensinam francês, inglês, espanhol ou italiano, entre outros

idiomas. Ao estudar algum desses idiomas, os alunos se deparam com cenários, às

vezes, fantasiosos, irreais e exagerados, mas que tentam se aproximar o máximo da

realidade para provocar no aluno a sensação de estar presente no país do idioma

estudado.

Outro estudioso que se dedica aos estudos das línguas estrangeiras é Giovanni

Freddi (2006). Encontramos na sua definição explicitada a seguir, traços que se

aproximam da definição destacada anteriormente. Para ele, a LE é a língua "[...]que é

estudada e aprendida mediante aplicação consciente na escola ou em cursos

específicos de língua."18. Ou seja, para que a possamos definir como LE, esse idioma

deve ser ensinado em instituições de ensino, como já havíamos mencionado acima.

Paolo Balboni (1994) acrescenta ainda que no ensino de LE obstáculos são

facilmente encontrados. Entre eles, podemos citar o sentimento de "estraneità",

provocado no estudante pela distância psicológica e cultural da língua a ser estudada.

Esse sentimento pode ser explicado pelo fato de se estudar uma língua fora do país de

onde ela é falada habitualmente e ainda ser intensificado pelo fato de não poder

vivenciar diretamente o que é apresentado em sala de aula, seja no aspecto linguístico

ou aspecto cultural.

Outra adversidade apontada por Balboni é a barreira geográfica que separa a LE

a ser estudada. Por estar distante fisicamente, é necessário estimular e manter o interesse

      

17 "[...]la língua  straniera sarebbe invece una língua  appresa, tipicamente in contesti scolastici, in un 

paese dove non viene parlata abitualmente."17 (PALOTTI, 1998:13). 

18 "[...]che viene studiata e appresa mediante applicazione consapevole nella scuola o in speciali corsi di 

lingue."18. (FREDDI, 2006:03) 

(30)

naquela LE. Para ele, essa tarefa se mostra árdua em línguas como o italiano, pois

"[...]não apresentam uma relevante dimensão utilitarista"19.

Em nosso estudo usaremos a definição de Giovanni Freddi com as observações

pertinentes de Paolo Balboni, pois concluímos que essas são definições mais

abrangentes, adequadas e representativas, que contribuirão para uma análise coerente

dos manuais didáticos de ensino de italiano LE selecionados.

Conforme pôde ser observado neste capítulo foram elencadas uma serie de

definições de língua a partir de diferentes perspectivas. Pudemos constatar que a língua

serve para estabelecer a comunicação entre os indivíduos, é a representação sonora de

um país e ainda é através dela que a cultura de um povo se manifesta.

A seguir, nos atemos as principais funções da língua segundo a estudiosa italiana

Camilla Bettoni. É interessante recordar essas funções da língua de modo a assimilar

como a comunicação se estabelece, atingindo seu objetivo linguístico sobre o que o

outro fala. Os estudos de Bettoni são baseados em teóricos, como por exemplo, Roman

Jacobson e não seguem uma corrente de pensamento específica.

2.3 - FUNÇÕES DA LÍNGUA

Camilla Bettoni (2006) apresenta nos seus estudos as possíveis funções que uma

língua podem assumir conforme a situação. Segundo a estudiosa, as funções da língua

podem ser representadas pelo 'o que ela faz', qual a sua finalidade na comunicação,

servindo para: "Representar a realidade; comunicar; expressar emoções, sentimentos,

      

(31)

comportamentos, paixões, etc; estabelecer e manter o contato interpessoal; executar

ações; manifestar a própria identidade20."

Apresentaremos, a seguir, as principais funções da linguagem citadas por

Bettoni em seus estudos.

2.3.1 - FUNÇÃO REFERENCIAL

A função referencial (denotativa ou cognitiva) ilustra o que visualizamos

mentalmente durante a conversação, as palavras "[...]constituem o conteúdo da nossa

mensagem, que chamamos de referente porque faz referência a entidades

extralinguisticas."21, elas são representações mentais dos objetos aos quais nos

referimos. Bettoni exemplifica essa função com as palavras 'sole', 'spiaggia' e 'mare' no

qual o referente vem percebido como elaboração conceitual e não como um dado

imediato do real.

2.3.2 - FUNÇÃO COMUNICATIVA

É através da função comunicativa que são transmitidos os conteúdos das nossas

mensagens através dos referentes. É importante ressaltar que a função referencial e a

função comunicativa são diferentes entre si, mas são inseparáveis na comunicação.

      

20 "Rappresentare la realtà; comunicare; esprimere emozioni, sentimenti, atteggiamenti, passioni, ecc; 

stabilire  e  mantenere  il  contatto  interpersonale;  compiere  delle  azioni;  manifestare  la  propria 

identità20."(BETTONI, 2006:17) 

 

21 "[...]costituiscono il contenuto del nostro messaggio, che chiamiamo referente perché fa riferimento a 

(32)

Bettoni (2006) cita o filosofo Ludwig Wittgenstein, o qual afirma " [...]a língua não é

nada de mais nem nada de menos do uso ao qual é destinada" 22.

De acordo com Bettoni, durante um período23, houve uma tendência a privilegiar

a função referencial como a mais importante para a comunicação, porém com os estudos

de Vygotsky e de Dell Hymes houve uma mudança nas concepções de pensamento e

desde então as duas funções são consideradas importantes para a linguística

contemporânea.

2.3.3 - FUNÇÃO EXPRESSIVA

A função expressiva é também conhecida como função emotiva. Nela, a língua

se manifesta para expressar as suas emoções, os sentimentos e paixões. Podemos ter

como exemplos da função expressiva as interjeições, os modos de dizer, expressões

referentes às nossas emoções mais imediatas, que simplesmente são produzidas sem que

haja tempo para pensar. Por um tempo, essa função foi renegada pelos linguistas porque

era considerada "ligada mais à biologia do corpo que a cultura da mente."24 No

entanto, segundo a autora muitos linguistas hoje consideram que, ao usar esse tipo de

função, o falante expõe uma parte íntima de si, deixando transparecer a sua

personalidade mais profunda.

      

22 "[...] la língua  non è niente di più  niente di meno dell'uso cui è destinata."(BETTONI, 2006:18) 

 

23 "In epoche passate, da Platone (428/27348/47 a.C) al filosofo italiano Benedetto Croce (18661952), 

fino al linguista americano Noam Chomsky (nato nel 1928), la tradizione occidentale filosofica e linguista  ha analiticamente privilegiato la funzione referenziale, dando spesso per scontata quella comunicativa." 

(BETTONI, 2006:17)   

(33)

2.3.4 - FUNÇÃO FÁTICA

Com essa função, são representadas todas as interações sociais do indivíduo,

para dar continuidade às relações interpessoais criadas, além de deixar claro, em

determinadas situações, as boas intenções. Bettoni (2006) sinaliza como exemplos dessa

função

"[...] as saudações, os agradecimentos, os comentários sobre o tempo ou alguns elogios estereotipados. Quando são convencionais, também as fofocas entre os amigos ou as conversas mais variadas com os desconhecidos no trem ou com os vizinhos no elevador têm frequentemente o seu significado principal não tanto na troca de informação, no conteúdo proposicional das palavras, que é irrelevante, quanto no próprio fato de ser trocada." (BETTONI, 2006:19-20, tradução nossa)25

As funções expressiva e fática em parte se assemelham, pois consideram na

língua uma capacidade maior de leitura e interpretação do que o estudado pela tradição

linguística. Porém Bettoni assinala que no mesmo ponto em que essas funções se

aproximam elas também se distanciam, pois a função expressiva concentra-se no falante

enquanto na função fática a comunicação se estabelece com dois falantes.

2.3.5 - FUNÇÃO PERFORMATIVA

Camilla Bettoni (2006) afirma que os estudos de Austin chamaram atenção para

a importância do aspecto performático da linguagem. Com a função performativa, são

entendidas as expressões carregadas de retórica e de tentativa de conquista do ouvinte.

São exemplos bastante representativos dessa função os rituais mágicos ou religiosos

(momento da eucaristia na missa), as formas de tratamento usadas em cerimônias de       

25 "[...] i saluti, i ringraziamenti, i commenti sul tempo o alcuni complimenti stereotipati. Quando sono 

convenzionalizzati, anche i pettegolezzi tra amici o le chiacchiere più varie con gli sconosciuti in treno o 

con i vicini  in  ascensore hanno spesso  il  loro  significato principale non tanto  nello scambio di 

informazione, nel contenuto proposizionale delle parole, che è irrilevante, quanto nel fatto stesso di 

(34)

formatura e de casamento, além de alguns verbos performativos como "promettere//

prometer", "giurare// jurar", "scommettere// apostar"' e "dichiarare// declarar".

A estudiosa italiana afirma que na nossa comunicação a fala não será carregada

apenas por uma função da língua. Todas essas funções se unem como um meio para

deixar transparecer o que pensamos ou sentimos. Em alguns casos, uma função torna-se

mais evidente do que a outra, mas sempre estão presentes mais de uma função para

estabelecer uma comunicação eficiente entre os falantes.

Diante do que foi exposto, o próximo capítulo trará uma descrição dos principais

métodos e abordagens de ensino aprendizagem, além ainda de ser traçado um perfil

(35)

3 - METODOLOGIA DIDÁTICA: UM PERCURSO HISTÓRICO

Neste capítulo, apresentaremos as principais características das metodologias

didáticas, buscando traçar um perfil histórico das práticas de ensino de LE ao longo dos

anos. Será observada ainda a relação professor/aluno em cada uma das metodologias

didáticas no âmbito do processo ensino - aprendizagem que, como será observado,

influencia na aquisição da LE.

Para tanto, usaremos como referência os pressupostos teóricos de Giovanni

Freddi, e ainda, o aporte teórico de outros estudiosos.

3.1 - MÉTODO FORMALISTA

Conforme define Giovanni Freddi (2006), o Método Formalista, conhecido

também como método de gramática e tradução, consistia em aprender a língua

estrangeira através da tradução. O método para ensinar as línguas clássicas (Grego e

Latim) serviu de parâmetro para ensinar as línguas modernas. Memorizar regras da

gramática, resolver exercícios e traduzir textos fazia parte da rotina dos estudantes desse

método.

O fim do século XVIII é um período marcado por grandes transformações

mundiais, e nesse contexto mostrava-se necessária a aprendizagem de línguas em

ascensão, importantes para negócios, ciências ou estudos variados. O método conhecido

e aplicado até o momento era o mesmo utilizado para assimilar as línguas clássicas:

"gramática - tradução". Essa orientação foi difundida e consagrada pelos manuais de

(36)

Essa metodologia era caracterizada por "[...]um estudo que previa paradigmas,

conjugações, declinações, esquemas morfológicos e sintáticos, regras e exceções

decoradas e traduções da língua materna em língua latina para a fixação[...]26", pois

naquele período compreendia-se que seguindo as regras da gramática era possível

aprender a língua desejada.

O aluno não era um ser pensante dentro da sala de aula, ele deveria seguir as

regras apresentadas e não era estimulado a produzir fora do esperado pelo professor.

Durante as aulas, o professor era a figura central do ensino. A língua usada em sala de

aula era a língua materna e partia-se sempre da regra gramatical para o exemplo de

língua.

De acordo com Bornetto (1998:23) essas regras eram transmitidas de modo

constante nas aulas. Esperava-se do professor o domínio da LE e, mais ainda, o domínio

da gramática. As aulas aconteciam de "modo frontal", e a competência e a autoridade do

professor eram reconhecidas pelos alunos, e ainda eram aceitas “as penas/punições, por

exemplo, aquelas ligadas às avaliações dos erros nas atividades escritas.27"

A relação professor-aluno era mínima e a afetividade desconsiderada naquele

ambiente. O aluno era programado para repetir estruturas corretas, na qual o erro não

estava presente.

O aprendizado do aluno era verificado através da sua produção escrita. Baseado

nos modelos clássicos da literatura latina ou grega, a língua escrita era sugerida

conforme a norma estabelecida no período, como ilustra Freddi (2006). O estudioso nos

      

26 "[...]uno studio che prevede paradigmi, coniugazioni, declinazioni, schemi morfologici e sintattici, 

regole ed eccezioni da mandare a memoria e traduzioni dalla língua  materna in língua  latina per  fissarli[...]" (FREDDI, Giovanni. Glottodidattica. Torino: UTET Libreria, 2006,p166)  

 

27 "Gli allievi riconoscono all'insegnante competenza e autorità e accettano sanzioni, per esempio quelle 

(37)

aponta ainda que a tradução se apresentava como um recurso bastante utilizado para

exercitar o conhecimento adquirido e para avaliar a aprendizagem.

Jaci Correia Fernandes (2006), destaca em sua tese de doutorado, alguns tipos de

atividades que usavam as regras gramaticais como objetivo central, seguidas pelo uso

constante do dicionário. Notava-se a presença de atividades que solicitavam o

preenchimento de lacunas com palavras que faltavam no texto, atividades com formação

de frases usando palavras recém-aprendidas, e ainda a constante presença de exercícios

com tradução de trechos literários da LE para a LM. Todas as atividades privilegiavam

o uso da habilidade escrita, enquanto a habilidade oral não era explorada.

Bornetto (1998) nos mostra que o método formalista, método tradicional por

excelência, ainda pode ser encontrado em uso atualmente.

No fim do século XVIII, notam-se os primeiros estudos sobre o ensino de LE e

com eles surgem reformulações nas práticas de ensino daquela época.

3.2 - MÉTODO DIRETO

Com a publicação de Der Sprachunterricht muss unkehren de W.Viëtor,

começou a pensar-se sobre a renovação na metodologia didática que se observava

durante o final do século XVIII. Viëtor, como ilustra Giovanni Freddi (2006),

contestava a prática da tradução como método de ensino e incitava a mudança no ensino

de línguas. Essa mudança foi observada em diferentes países e tal comportamento

permaneceu inovativo e moderno até o período da Segunda Guerra Mundial.

Na Metodologia Direta se passa da língua falada à regra gramatical, sem

influência da tradução ou vocabulários, deve-se falar a língua diretamente, sem a escora

(38)

É parte da metodologia, pressupor que a LE pode ser aprendida através da

imitação e da prática oral da LE, partindo da imersão total do aprendiz no ambiente em

que a LE é o idioma oficial, como será elucidado a seguir. A capacidade oral é o

objetivo nesse método.

Um dos conceitos presentes na Metodologia Direta era a suposta capacidade de

imitação de LE que o estudante desenvolvia, como já afirmado anteriormente. A

imitação consistia em ter como modelo o "[...] método seguido pela criança para

aprender a língua mãe"28 (FREDDI, 2006, p.169) nos seus primeiros anos de vida.

Como foi explicitado no item anterior, o método formalista (gramática -

tradução) salientava durante todo o percurso da aprendizagem a análise da língua a ser

estudada. Sem exemplos reais da língua falada, os aprendizes do método formalista se

mantinham num patamar de analista de uma língua encontrada apenas na sua versão

literária. A língua ainda em construção era uma versão artificiosa da língua falada.

Bornetto (1998) afirma que

A exigência de obter as noções linguísticas por meio indutivo, 'partindo da própria língua', e de refazer-se/restabelecer-se em situações nas quais se possa exercitar a língua oral leva o professor a assumir uma posição mais próxima à do estudante, a colaborar com ele, a ser-lhe quase um companheiro

no processo de aprendizagem.29 (BORNETTO, 1998, p:23, tradução nossa)

Nesse método o estudante está mais ativo quanto à sua aprendizagem que no

método anterior. Com a apresentação dos conteúdos de maneira progressiva, ele pode

construir o seu conhecimento, usando as ferramentas que internalizou durante as aulas.

      

28 [...]metodo seguito dal bambino nell'apprendere la madrelíngua " (Freddi, Giovanni. Glottodidattica. 

Torino: UTET Libreria, 2006, p.169.)    

29 "L'esigenza di ricavare le nozioni linguistiche per via induttiva, "dalla língua   stessa", e di rifarsi a 

situazioni nelle quali si possa esercitare la língua  orale porta l'insegnante ad assumere una posizione più 

vicina  a  quella  dello  studente,  a  collabora  con  lui,  ad  essergli  quasi  partner  nel  processo  di 

(39)

Para os estudiosos do método direto, a língua para que fosse internalizada na sua

versão natural, seria necessário aprende-la seguindo padrões de imitação, como já

evidenciado. Freddi (2006) atenta para a produtividade do uso do método quando afirma

que

Talvez seria questionável se é realmente possível "analisar" uma língua que não se conhece ainda em vez de mais lógico e produtivo propor ao aprendiz

exemplos da nova língua para aprender por imitação e assim fixa-la.30

(FREDDI, 2006, p.169. tradução nossa)

Outra característica do método direto é a premissa de que ao entrar em contato

com a língua estrangeira no local onde essa é falada, a aprendizagem se torna mais

autêntica e espontânea. Ao usar objetos reais (como gestos, imagens, dramatizações), o

aluno poderia pensar no significado daquelas situações sem a necessidade de tradução.

Conforme afirma Harold E.Palmer (apud FREDDI, 2006), o estudante precisa

estar em contato direto com a língua no país onde essa é falada. Agindo dessa maneira,

a probabilidade de um maior sucesso no aprendizado é superior se comparada à aquele

estudante habituado somente a analisar a LE, sem usa-la.

Estejam entre os nativos, misturem-se a eles, escute-os, habituem-se a entender a língua como ela é falada na conversação cotidiana. [...] não façam estudos sistemáticos de gramática, não façam anotações escritas, renunciem a análise s conscientes. Em pouco tempo, aprenderão a língua estrangeira do

mesmo modo com o qual aprenderam a língua materna.31 (PALMER, 1921,

p.1 apud FREDDI, 2006, p.169, tradução nossa)

Como sugere Freddi (2006), o sucesso do método consiste em associar as frases

e palavras da LE ao seu significado linguístico e uso prático da língua. Ao estar num

ambiente no qual a LE é naturalmente falada, o estudante se torna autônomo da sua

      

30 “Forse occorrerebbe chiedersi se sia davvero possibile "analizzare" una língua  che non si conosce 

ancora o se non sia invece più logico e produttivo proporre all'apprendete dei campioni della nuova 

língua  da imparare per imitazione e tesaurizzare.” (FREDDI, 2006:169.)  

   

31 "Andate fra i nativi, mescolatevi ad essi, ascoltateli, abituatevi a comprendere la língua  così come 

(40)

aprendizagem. Capaz de intuir termos que estejam fora da sua LE, ele aprende uma

língua autêntica e funcional.

No método direto, o professor é apenas um observador no desempenho do aluno.

É aquele que estimula a produção oral dentro da sala de aula, oferecendo os estímulos

necessários e adequados a cada momento. Freddi (2006, p.170) orienta a usar somente a

LE para a comunicação dentro da sala de aula para que o aluno consiga se imaginar

inserido no contexto linguístico da LE.

Apesar de ser um método que enfoca a produção oral e a imersão do aprendiz

em modelos de LE, a capacidade escrita será desenvolvida num momento futuro da

aprendizagem.

Dado que a produção oral é o objetivo central do método direto, conforme

afirma Freddi (2006, p.170), essa característica será observada nos métodos lançados

posteriormente.

3.3 - MÉTODO INTENSIVO "ASTP" (Army Specialized Trainning Program)

Esse método surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando o exército

americano observou a urgente necessidade em aprender novos idiomas para enfrentar os

obstáculos e inimigos revelados naquele momento.

Nesse período, Giovanni Freddi (2006, p.173) aponta que imperava no

ambiente educacional americano o Reading Method, no qual a LE era aprendida através

da leitura de textos sem que houvesse a tradução do mesmo.

Após o ataque a Pearl Harbor no ano de 1941, Freddi (2006, p.173) destaca

que os oficiais americanos se encontraram em uma situação em que não conheciam o

(41)

conhecer novos idiomas para assim conseguir administrar satisfatoriamente possíveis

confrontos diretos ou indiretos com o inimigo estrangeiro.

Os cursos gerenciados após o ataque japonês ofereciam aos oficiais do

exército americano vinte e quatro línguas, na sua maioria asiática e europeia. Durante as

aulas, estudava-se a variante "falada" da língua estrangeira, atentando para a

compreensão e a produção oral.

Assim como no Método Direto, o estudante devia aprender a LE através da

imitação de exemplos práticos de língua, porém devia memorizar cada um dos

exemplos, pois não havia tempo hábil para que ele internalizasse a estrutura linguística

apresentada. Freddi (2006: 173) aponta que era preferível um discurso oral em vez de o

aluno expor textos formais escritos.

Mesmo mantendo os oficiais fora do território nativo da LE, esses se

mantinham imersos dentro da cultura estrangeira com uma carga horária intensa durante

as semanas com a finalidade de dominar o idioma o quanto antes.

Em salas de aulas com no máximo 12 alunos, encontravam-se dois professores

responsáveis por diferentes aspectos da LE a ser ensinada: um professor nativo para

explorar a prática oral em aula e outro professor que aperfeiçoava as regras gramaticais

da LE. De acordo com Freddi (2006: 175), a gramática tradicional servia apenas como

um compêndio normativo das estruturas linguísticas aprendidas oralmente.

Ao analisar o comportamento dos cursos direcionados para o exército

americano no período pós-guerra, percebe-se que estava previsto no programa do curso

o ensino de "área" contemporaneamente ao ensino da língua. Conforme afirma Freddi

(2006), Leonard Bloomfield e Franz Boas, teóricos da época, defendiam que a língua

(42)

Giovanni Freddi (2006: 176) expõe os pensamentos dos teóricos ao afirmar

que a relação língua-cultura será a base para o método "ASTP". O estudioso italiano

esclarece que "[...] a língua é a chave para penetrar na cultura da população que a fala

e representa ao mesmo tempo um instrumento de interpretação e de classificação do

real."

Por ser um dos primeiros métodos a ter base behaviorista, o método ASTP

também servirá como inspiração para outros métodos futuros.

3.4 - MÉTODO ÁUDIO - ORAL

O método áudio - oral foi uma das propostas que mais trouxe novidades para a

didática em meados do século XX. Por se apresentar mais estrutural e coerente, pode ser

considerado uma evolução do método direto, como defende Freddi (2006: 177) . O

método se caracteriza por seguir os preceitos teóricos do estruturalismo para analisar os

materiais linguísticos voltados para o ensino da LE.

É um método que também privilegia a habilidade oral, porém sem ignorar as

outras habilidades. Através de exercícios que provoquem respostas aos estímulos

recebidos, como defendiam os ideais estruturalistas, todas as habilidades são

exploradas.

Nesse método, o professor assume a função de guia para o aprendiz, orientando

o ensino da língua e avaliando a aprendizagem no momento oportuno. O estudante

recebe de maneira mecânica e condicionada os ensinamentos que lhe são impostos.

Como consequência de um ensino condicionado, o aprendiz não consegue se

(43)

um contexto comunicativo real as dificuldades em manter um diálogo espontâneo se

revelavam rapidamente.

As fitas K-7 são as principais características desse método, meio pelo o qual o

estudante recebe a LE falada por nativos. As atividades de repetição de diálogo,

interpretação e escrita em LE eram exploradas em sala de aula com o uso das fitas K-7,

atualmente atualizadas em CDs de áudio.

De acordo com Bornetto (1998: 23), algumas características são recorrentes

nesse método como "A introdução de uma progressão rigorosa nas estruturas, a

escassa elasticidade típica dos exercícios estruturais, a interpretação vinculada ao uso

do laboratório linguístico [...]"32

O laboratório de língua era bastante utilizado, pois dessa maneira o aluno

poderia ouvir a sua fala e corrigir onde fosse necessário. Freddi (2006: 177) expõe que,

como a repetição era um elemento constante nas aulas, os alunos aprendiam a língua

repetindo estruturas linguísticas e também transformando a estrutura sintática da frase.

Conforme o estudioso declara, as atividades de repetição e automáticas provocam nos

alunos a internalização das estruturas linguísticas, de acordo a psicologia behaviorista

de Burrhus Frederic Skinner.

Assim como no método de ASTP, a cultura é muito valorizada no método

áudio-oral, pois deixa de ser vista apenas como uma representante da arte e da literatura e

passa a representar os hábitos e os comportamentos dos habitantes onde a língua é

falada.

O método áudio-oral pode ser encontrado até hoje na didática, e de acordo com

Freddi (2006: 180), esse método foi reformulado durante as décadas, e rotulado

diferentemente, servindo de influência para outros métodos.

      

32 "L'introduzione di una progressione rigorosa nelle strutture, la scarsa elasticità tipica degli esercizi 

Imagem

Figura 8    Figura 9       Figura 10

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