• Nenhum resultado encontrado

Mana vol.3 número1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Mana vol.3 número1"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Ra n g in u i Wa lk e r é a n trop ólog o e ch e fe d o De p a rta m e n to d e Estu d os M a ori d a Un ive rsid a d e d e Au ck la n d d e sd e 1992, a lé m d e d irig e n te d o C on se lh o d o Distrito M a ori d e Au ck la n d e m e m b ro fu n d a d or d o C on se lh o M a ori d a N ova Ze -lâ n d ia . Su a tra je tória vin cu la -se e stre ta m e n te à s lu ta s p e la ob te n çã o d e d ire i-tos p olíticos e m e lh oria s n a con d içã o so-cia l d os M a ori, n a s q u a is d e se m p e n h ou p a p e l d e d e sta q u e n os ú ltim os a n os. N a tu ra l d e Wh a k a toh e a , n a Ilh a d o N orte , é d e sce n d e n te d os O p otik i. Pu -b licou d ois livros, N g a Tau Toh e toe . Th e Ye ars of A n g e r (1987) e Ka W h aw h ai Ton u M atou : S tru g g le W ith ou t En d (1990) – a m b os sob re a s form a s d e or-g a n iza çã o e a tu a çã o p olítica d o m ovim e n to ovim a ori –, a lé ovim d e ovim a is d e q u a -re n ta a rtig os sob -re e d u ca çã o, a tivism o e p olítica m a ori. Esta e n tre vista foi re a -liza d a p or Ya ra Sch re ib e r, m e stra n d a e m a n trop olog ia d a Un ive rsid a d e d e Sã o Pa u lo, e m fe ve re iro d e 1996, e m Au ck la n d , con ta n d o com a su p e rvisã o e re visã o d a p rofe ssora -d ou tora M a ria Lú cia M on te s. A tra d u çã o é d e Son ia V. B. Fa ria e a e d içã o d e M a ria M a ce d o Ba rroso.

Schreiber

C om o o se n h or se torn ou a n trop ólog o?

Walker

C om e ce i a e stu d a r a n trop olog ia n a Un ive rsid a d e d e Au ck la n d e m 1955, q u a n d o e u tin h a 24 a n os. Du ra n te a g ra d u a

-çã o, e n sin e i e m u m a e scola p rim á ria e , p oste riorm e n te , q u a n d o m e form e i, e m u m a e scola d e se g u n d o g ra u . Pou co d e -p ois ob tive u m ca rg o d e -p rofe ssor e m u m a e scola d e Au ck la n d , e volte i a e s-tu d a r n a u n ive rsid a d e . Re solvi e ss-tu d a r a n trop olog ia p orq u e e ra u m a ssu n to q u e m e in te re ssa va , visto e u se r u m n a tivo e m e u p ovo te r sid o colon iza d o p e -los e u rop e u s. G ra d u e i-m e n o re g im e a q u i ch a m a d o d e m e io p e ríod o: e n sin a -va m e ta d e d o d ia e e stu d a -va n a ou tra m e ta d e . Eu cu rsa va a p e n a s a lg u m a s m a té ria s p or a n o e , d e ste m od o, le ve i m u ito te m p o p a ra m e form a r – se te a n os p a ra ob te r o b a ch a re la d o. Fiz o cu rso d e form a çã o d e p rofe ssore s e d e cid i fa ze r o m e stra d o n ova m e n te e m a n trop olo-g ia , d ize n d o a m im m e sm o: n ã o foi tã o d ifícil a ssim . Em 1967, fu i con tra ta d o p a ra e n sin a r n a Un ive rsid a d e d e Au c-k la n d . Foi q u a n d o com e ce i a cu rsa r o d ou tora d o. M in h a p rin cip a l á re a d e in -te re sse e ra a a n trop olog ia socia l e tive com o p rofe ssor Ra lp h Pid d in g ton , q u e , p or volta d e 1950, criou o De p a rta m e n -to d e An trop olog ia . Ele h a via e stu d a d o com M a lin ow sk i e , a ssim , m u ito d o se u in te re sse e sta va volta d o p a ra os d e se n -volvim e n tos m a lin ow sk ia n os, com o a te oria d a s n e ce ssid a d e s, a s n oçõe s d e e stru tu ra e fu n çã o socia l e tc. Este s fra m m e u s e stu d os in icia is e m a n trop o-log ia , com u m a ê n fa se m u ito g ra n d e n o tra b a lh o d e ca m p o. N o m e stra d o, d e ci-d i q u e fa ria m in h a ci-d isse rta çã o sob re a s re la çõe s socia is d os e stu d a n te s M a ori

EN TREVISTA

IDEN TIDADE E AN TROPOLOGIA MAORI

N A N OVA ZELÂN DIA

(2)

n o Te a ch e r’s C olle g e e os a ju ste s q u e lh e s e ra n e ce ssá rio fa ze r p a ra con vive -re m com o g ru p o e u rop e u d om in a n te . C u rse i a s d iscip lin a s d o d ou tora d o e n -tre 1966 e 1967, e e scolh i com o te m a d e te se a m ig ra çã o d os M a ori d o in te rior p a ra a cid a d e . As p e ssoa s vin h a m à p rocu ra d e e m p re g o e e u q u e ria sa b e r q u e tip o d e a ju ste s e sse s M a ori tin h a m d e fa ze r a o vir p a ra a cid a d e . C on ce n -tre i-m e e m u m b a irro e fu i a tod a s a s re u n iõe s d e com itê s, g ru p os e org a n iza -çõe s. En con tre i u m p roce sso m u ito d in â m ico, com os M a ori te in d o d e a p re in d e r a vive r e m u m a e con om ia m on e tá -ria : a e con om ia d e su b sistê n cia tin h a d e se r p osta d e la d o, p ois vive n d o n a cid a -d e n ã o h a via m e ios -d e b u sca r a lim e n tos com o fa zia m n o ca m p o, ou à b e ira -m a r; e ra p re ciso e n con tra r u m e m p re g o, con -trola r a s d e sp e sa s, e n fre n ta r a vid a u r-b a n a . In te re ssa va -m e a m a n e ira com o e ssa s p e ssoa s form a va m n ova s org a n i-za çõe s p a ra a ju d a r u m a s à s ou tra s a se a ju sta re m .

Schreiber

Q u a n d o com e çou a ocorre r e sse p roce s-so d e m ig ra çã o n a N ova Ze lâ n d ia ?

Walker

De fa to com e çou a p ós a Se g u n d a G u e r-ra , m a s o m ovim e n to d o ca m p o p a r-ra a cid a d e cre sce u re a lm e n te n os a n os 60. Foi se m e lh a n te a o q u e ocorre u , p or e xe m p lo, e m m u ita s p a rte s d a Am é rica La tin a : u m m ovim e n to q u e , tira n d o a s p e ssoa s d a p ob re za ru ra l, d e u m a e xis-tê n cia b a se a d a e m u m a e con om ia d e su b sistê n cia – on d e p la n ta va m se u s p róp rios a lim e n tos, p e sca va m se u p róp rio róp e ixe , ca ça va m e , n o m á xim o, fa -zia m a lg u m tra b a lh o te m p orá rio p a ra con se g u ir d in h e iro –, a s fe z p a ssa r p a ra u m tra b a lh o e m te m p o in te g ra l, q u e e xig ia d e d ica çã o com p le ta . Este e ra o tip o d e com p rom isso a o q u a l tin h a m d e

(3)

e m g e ra l tin h a m lu g a r a os sá b a d os, e n -q u a n to os d om in g os e ra m d e d ica d os a os g ra n d e s jog os. Ap ós os jog os, re u n ia m se , com ia m e b e b ia m . Esse s clu b e s fora m , p orta n to, im p orta n te s n a in -te g ra çã o d os M a ori à vid a u rb a n a . Fi-n a lm e Fi-n te , re solve ra m coFi-n stru ir os M a-rae s – ca sa s a n ce stra is – n a cid a d e . Form a ra Form g ru p os e se a ju d a ra Form Form u tu a -m e n te a con stru ir e sse s lu g a re s. Atu a l-m e n te , q u a se tod os os b a irros d e Au ck la n d tê m u m , e é a í q u e sã o ce le b ra -d os os fu n e ra is, a s fe sta s, os ve lórios. Aí ta m b é m se re a liza m su a s re u n iõe s. Foi isso o q u e e stu d e i p a ra ob te r m e u d ou -tora d o e m 1967.

Schreiber

C om o se d e u o p roce sso d e d e se n volvi-m e n to d o De p a rta volvi-m e n to d e Estu d os M a ori? Q u a n d o foi cria d o e q u a l é a su a h istória ?

Walker

Q u a n d o a ca d e ira d e a n trop olog ia foi cria d a , p or volta d e 1950, Pid d in g ton , q u e e ra a u stra lia n o e fora form a d o p or M a lin ow sk i, ve io p a ra cá p a ra cria r o De p a rta m e n to d e An trop olog ia . Ele d is-se à s a u torid a d e s u n ive rsitá ria s q u e , p a ra d e se m p e n h a r u m p a p e l im p orta n -te , u m d e p a rta m e n to d e a n trop olog ia te ria d e e n sin a r a lín g u a n a tiva . Assim , solicitou q u e a lín g u a m a ori p a ssa sse a fa ze r p a rte d o cu rrícu lo d e a n trop olo-g ia . Foi e n tã o q u e re cru ta ra m Bru ce Big g s, u m p rofe ssor q u e e n sin a va m a ori e m e scola s p orim á oria s. A p a rtir d a q u e le m om e n to, os a lu n os p a ssa ra m a e stu -d a r a lín g u a m a ori. Big g s foi con vi-d a -d o a d a r cu rsos, e m b ora n ã o h ou ve sse a in -d a com p le ta -d o su a g ra -d u a çã o. Q u a n -d o te rm in ou a u n ive rsid a d e , e n trou p a ra o m e stra d o e , p oste riorm e n te , foi p a ra In -d ia n a a fim -d e ob te r se u -d ou tora -d o. Ele se torn ou re sp on sá ve l p e la á re a m a ori, q u e e ra u m se tor d o De p a rta m e n to d e

An trop olog ia . De 1951 a 1986, p or 35 a n os p orta n to, Big g s foi o titu la r d a ca -d e ira . Exp a n -d iu a s a tivi-d a -d e s -d o se tor, con tra tou p e ssoa l e a á re a cre sce u ta n to q u e se torn ou u m d e p a rta m e n to a u tô-n om o. Su a form a çã o e ra e m litô-n g ü ística e e le a ca b ou se torn a n d o u m g ra n d e e sp e cia lista e m lin g ü ística n a á r e a d o Pa -cífico. Sob su a orie n ta çã o, a s p e ssoa s p od ia m g ra d u a r-se e m Estu d os M a ori. N a é p oca só p od ia m fa ze r a g ra d u a çã o; h oje ch e g a m a té o d ou tora d o. Big g s a p ose n tou se e m 1986. Em 1987, q u a n -d o ch e g ou u m n ovo p rofe ssor, o -d e p a r-ta m e n to se se p a rou d o d e a n trop olog ia . N e ssa oca siã o, e le con ve n ce u a d ire çã o d a u n ive rsid a d e a cria r u m M arae n o ca m p u s p a ra q u e os e stu d a n te s m a ori p u d e sse m se se n tir m a is à von ta d e a li. Ta m b é m con se g u iu q u e fosse con stru í-d o u m sa lã o í-d e ja n ta r, p orq u e q u a n í-d o se d á b oa s-vin d a s à s p e ssoa s, e la s p rim e iro a ssiste rim à s con fe rê n cia s e p oste -riorm e n te re ce b e m a lim e n tos – com o u m g e sto d e h osp ita lid a d e . De p ois q u e o sa lã o ficou p ron to, su rg iu a id é ia d e se te r n a u n ive rsid a d e u m com p le xo p a -ra a b rig a r a á re a d e Estu d os M a ori, q u e se a cre sce n ta ria a o q u e já h a via sid o con stru íd o. A id é ia foi a ce ita e e ste b e lo com p le xo in te g ra d o foi e rg u id o. En tra -m os n e ste p ré d io e -m ju n h o d e 1986. E-m 1991, o p rofe ssor q u e m e a n te ce d e u a ju d ou a con solid a r a á re a com o u m d e -p a rta m e n to in d e -p e n d e n te . Em b ora fisi-ca m e n te se p a ra d a d a a n trop olog ia , a á re a d e Estu d os M a ori e sta va a d m in is-tra tiva m e n te a e la su b ord in a d a e só se torn ou u m d e p a rta m e n to in d e p e n d e n te e m 1991, p a ssa n d o a fa ze r p a rte d a Fa -cu ld a d e d e Arte s.

Schreiber

(4)

Walker

Q u e ría m os u m d e p a rta m e n to tota lm e n -te in d e p e n d e n -te . N o De p a rta m e n to d e An trop olog ia , tín h a m os a s á re a s d e a n -trop olog ia socia l, a rq u e olog ia , lin g ü ísti-ca e Estu d os M a ori. N o e n ta n to, com o os M a ori sã o o p ovo n a tivo d o p a ís, e s-tá va m os fa la n d o d e in d e p e n d ê n cia e a u tod e te rm in a çã o. N ós n ã o q u e ría m os fica r sob a tu te la d o De p a rta m e n to d e An trop olog ia , e m b ora a in d a m a n te n h a -m os co-m e le u -m in te rcâ -m b io a ca d ê -m i-co b a sta n te in te n so: h á vá rios cu rsos q u e fa ze m p a rte ta n to d o De p a rta m e n -to d e Estu d os M a ori q u a n -to d o De p a r-ta m e n to d e An trop olog ia . A a n trop olo-g ia te m u m cu rso d e “ In tr od u çã o à So-cie d a d e M a ori“ q u e ta m b é m fa z p a rte d o De p a rta m e n to d e Estu d os M a ori, o q u e p e rm ite q u e e le p ossa se r fre q ü e n -ta d o p or e stu d a n te s d e a n tr op olog ia e d e Estu d os M a ori. É a ssim q u e m a n te -m os o con ta to e a coop e ra çã o. Alé -m d is-so, a lg u n s p rofe ssore s d e a n trop olog ia ofe re ce m d iscip lin a s a b e rta s a os n ossos e stu d a n te s, q u e p od e m cu rsá -la s com o p a rte d e se u cu rrícu lo.

Schreiber

Tu d o o q u e d iz re sp e ito a os M a ori e stá n e ste De p a rta m e n to?

Walker

Sim , m a s com o e u d isse a m a té ria d e a lg u m a s ca d e ira s é e n sin a d a n os d ois d e -p a rta m e n tos, o q u e ocorre -p rin ci-p a l-m e n te n o e n sin o d a lín g u a . A l-m a ioria d e n ossos cu rsos é d e lín g u a . H á ig u a l-m e n te u l-m a sp e cto socia l q u e e sta l-m os com e ça n d o a d e se n volve r ta m b é m n a á re a d a cu ltu ra m a te ria l. Um a d a s coi-sa s q u e a con te ce m n a colon iza çã o é u m a d e sorg a n iza çã o d a cu ltu ra : p e rd a d a lín g u a , p e rd a d e id e n tid a d e , p e rd a cu ltu ra l. Ach o q u e é u m a d a s ta re fa s d e ste d e p a rta m e n to a re cu p e ra çã o d os con h e cim e n tos p e rd id os. Tom e m os

co-m o e xe co-m p lo a te cn olog ia d a p e d ra e a a rte d e te ce r a s fib ra s. M u itos n ã o con sid e ra m q u e e ste s se ja m te m a s a ca d ê m icos, m a s n ós a ch a m os q u e sã o. Te -m os p e ssoa s a q u i d e d ica d a s a -m a n te r a a rte d a te ce la g e m , a tra b a lh a r a fib ra e a fa ze r os a n tig os m a ch a d os d e p e d ra – ta m b é m te m os cu rsos sob re isso. O con h e cim e con to d os M a ori sob re com o fa -ze r e ssa s coisa s se p e rd e u h á 150 a n os. Q u a n d o ch e g a ra m os m a ch a d os d e a ço, e le s d e ixa ra m d e fa ze r os m a ch a d os d e p e d ra . Ag ora , n a u n ive rsid a d e , te m os u m e sp e cia lista q u e sa b e com o fa zê -los e e n sin a os e stu d a n te s. Tra ta se d e tra -d içã o cu ltu ra l, -d e re cu p e ra çã o -d a te c-n olog ia , e a ic-n se rçã o d e ssa a tivid a d e c-n o cu rrícu lo visa e vita r su a p e rd a .

Schreiber

Q u a is sã o os p rin cip a is p roje tos d e p e s-q u isa d o De p a rta m e n to?

Walker

(5)

a p oio fin a n ce iro p a ra su a s in ve stig a -çõe s. Atu a lm e n te e la e stá fa ze n d o u m a p e sq u isa sob re su a p róp ria trib o e a l-g u n s d os se u s líd e re s. M u tu ta m b é m d e se n volve m u ita s p e sq u isa s p a ra os g ru p os n a tivos q u a n d o su rg e m q u e s-tõe s d e d e m a n d a d e te rra s. Q u a n to à s m in h a s p róp ria s p e sq u isa s, e stou e scre -ve n d o a b iog ra fia d e u m d os líd e re s m a is im p orta n te s d os ú ltim os ce m a n os, Ap ira n a N g a ta . É u m p roje to d e g ra n d e e n ve rg a d u ra . Um d os m a is n ovos m e m -b ros d o n osso corp o d oce n te , Ro-b e rt We re , e stá e scre ve n d o su a te se d e d ou -tora d o a re sp e ito d a a lie n a çã o d e te rra s d a s trib os, m ostra n d o com o o g ove rn o con se g u iu tirá -la s d os M a ori. H á ou tros p roje tos d os m e u s e stu d a n te s. Um d e le s, q u e já te m u m m e stra d o sob re n a -ve g a çã o n a Polin é sia , d e se n vol-ve u m n ovo p roje to p a ra o d ou tora d o sob re so-b e ra n ia e a u tod e te rm in a çã o m a ori – q u e é u m te m a m u ito e m vog a a tu a l-m e n te . C ol-m o se vê , ca d a l-m e l-m b ro d o corp o d oce n te b u sca su a p róp ria á re a d e p e sq u isa e in te re sse . M a u re e n La n -d e r, q u e e stu -d a a te ce la g e m -d e fib ra s, fa z d ive rsa s e xp osiçõe s e visita in ú m e-ros p a íse s e e n tid a d e s d e tu rism o. H á ta m b é m d ive rsos p roje tos d os e stu d a n -te s d o d ou tora d o, com o Wa e re -te N or-m a n , q u e fa z p a rte d o corp o d oce n te h á d e z a n os e cu ja te se d e d ou tora d o é sob re a s m u lh e re s M a ori, su a e sp e cia lid a -d e . H á ta m b é m u m ou tro p e sq u isa n -d o sob re a a lie n a çã o d e u m a trib o p e los con q u ista d ore s.

Schreiber

Q u a l é a con trib u içã o d e ste d e p a rta -m e n to p a ra os e stu d os d e a n trop olog ia n a N ova Ze lâ n d ia e n o e xte rior?

Walker

C om o e u d isse , e ste d e p a rta m e n to foi cria d o e m 1991, m a s se u corp o d oce n te ve m con trib u in d o p a ra o d e se n

(6)

te-se d e Rob e rt We re a ju d ou a s trib os e m su a s re ivin d ica çõe s p e ra n te os trib u -n a is. Eu p e ssoa lm e -n te e stou e -n volvid o n e ste a ssu n to, p rocu ra n d o re a liza r a p e sq u isa e m m in h a trib o d e m od o q u e se u ca so p ossa ir p a ra o trib u n a l, q u e p ossa m os d e fe n d ê -lo e xig in d o d o g o-ve rn o u m a in d e n iza çã o a d e q u a d a .

Schreiber

O d e p a rta m e n to filia se a a lg u m a te n -d ê n cia p a rticu la r -d o p e n sa m e n to a n trop ológ ico m od e rn o? Por e xe m trop lo, a s m u -d a n ça s te órica s in d u zi-d a s p e la a n tro-p olog ia tro-p ós-m od e rn a in flu e n cia ra m a s p e sq u isa s n a N ova Ze lâ n d ia ?

Walker

O s M a ori e stã o con trib u in d o p a ra o d e -se n volvim e n to p ós-m od e rn o a q u i n o se n tid o d e q u e , n os a n os 70, tive m os a d e scon stru çã o d o m é rito d o g ra n d e co-lon iza d or p e los jove n s a tivista s ra d ica is q u e d izia m : “ aq u e la é a su a h istória, e s-ta é a n ossa h istória” . Foi isto o q u e a con te ce u . Esse s jove n s a tivista s, os jo-v e n s g u e rre iros sob re os q u a is e scre jo-vi e m S tru g g le w ith ou t En d , e ra m jove n s p olitica m e n te b e m -e d u ca d os q u e lia m os livros n a s e n tre lin h a s e d e scon s-tru ía m a h istória d o colon iza d or. Tu d o isso fa z p a rte d o d e se n volvim e n to cos-m op olita d o p a ís, p rod u zin d o e sse tip o d e d iscu rso con tra -h e g e m ôn ico. E a a re n a m a is im p orta n te p a ra e sse s d is-cu rsos con tra -h e g e m ôn icos é con stitu í-d a p e los trib u n a is í-d os b ra n cos. Du ra n te os a n os 70, os a tivista s e stive ra m e n vol-vid os e m m a rch a s e ocu p a çõe s d e te rra , p rote stos q u e a cu sa va m o g ove rn o d e te r u su rp a d o su a s te rra s. Até q u e e m 1976 o p róp rio g ove rn o criou u m trib u -n a l p a ra i-n ve stig a r e ssa s a cu sa çõe s. Um a ve z cria d o o trib u n a l, a s p e ssoa s fora m lá con ta r su a s h istória s, q u e n ã o fa ze m p a rte d a h istoriog ra fia , m a s com p õe m os m ú ltip los d iscu rsos d e con tra

-a rg u m e n t-a çã o d -a e r-a p ós-m od e rn -a ou p ós-colon ia l. O s M a ori n ã o p re cisa ra m le r G ra m sci ou Fre ire , ou a s te oria s p ós-m od e rn a s: e le s a p e n a s e n xe rg a ra ós-m a re a lid a d e – o colon ia lism o – e ch e g a ra m à com p re e n sã o d e q u e e ra m p e ssoa s d om in a d a s e op rim id a s e com e ça ra m a fa ze r p re ssã o. N ã o p re cisa ra m d e n e n h u m a d e ssa s coisa s. Ele s a s sa b ia m in -tu itiva m e n te e coloca ra m su a s id é ia s e m p rá tica .

Schreiber

N ã o se tra ta , p ois, som e n te , d e te oria a n trop ológ ica , m a s d e u m m ovim e n to p olítico.

Walker

A a n trop olog ia foi se m p re u m in stru -m e n to d o i-m p e ria lis-m o. Ela se con soli-d ou p a ra q u e a q u e le s q u e e sta va m n o g ove rn o p u d e sse m con trola r e m a n ip u -la r os p ovos q u e e sta va m in va d in d o. E foi a p e n a s re ce n te m e n te , n e sta e ra p ósm od e rn a , q u e os a n trop ólog os coósm e ça ra m a q u e stion a r se u p a p e l e a se e n g a -ja r e m m ovim e n tos d e e m a n cip a çã o – som e n te n os ú ltim os vin te a n os. Aq u i te m os a n trop ólog os q u e d ã o cu rsos so-b re com o o triso-b u n a l d os colon iza d or e s tom ou a s te rra s d os M a ori a tra vé s d e tí-tu los in d ivid u a is, d e e xp rop ria çã o e d e ou tros m e ca n ism os u tiliza d os p e lo Esta -d o. Este s sã o, p orta n to, n ovos -d e s-d o-b ra m e n tos n a á re a d a a n trop olog ia .

Schreiber

C om o a u n ive rsid a d e se re la cion a com a cu ltu ra m a ori e com a s ou tra s cu ltu ra s n a tiva s?

Walker

(7)

cria d os cu rsos d e lín g u a m a ori. An te riorm e n te , h a via op osiçã o, p ois os lin -g ü ista s n ã o con sid e ra va m o m a ori u m a lín g u a q u e m e re ce sse con stitu ir u m a d iscip lin a a ca d ê m ica : “ on d e e stá su a li-te ra tu ra ?“ , se p e rg u n ta va m . H ou ve , p or-ta n to, op osiçã o q u a n d o su rg iu a id é ia in icia l d e e n sin a r a lín g u a m a ori. M a s, u m a ve z e sta b e le cid a a d iscip lin a , sob a tu te la d a a n trop olog ia , e la com e çou a se torn a r re sp e ita d a a ca d e m ica m e n te , p orq u e o p rim e iro a ca d ê m ico a tra ta r d o a ssu n to, Bru ce Big g s, se torn ou u m re con h e cid o e sp e cia lista e m lin g ü ística d o Pa cífico. Ele criou cu rsos sob re a cu ltu ra , sob re ca n çõe s tra d icion a is, e xp a n -d iu o cu rrícu lo, e a ssim , g ra -d u a lm e n te , n os ú ltim os 35 a n os, con q u istou o re s-p e ito d o m u n d o a ca d ê m ico. Um a d a s con se q ü ê n cia s d o e n sin o d o m a ori n a u n ive rsid a d e é q u e ou tros d e p a rta m e n -tos tom a ra m con sciê n cia d e q u e h á u m a visã o m a ori d a re a lid a d e e p a ssa ra m a solicita r con fe rê n cia s sob re o a ssu n to. Assim , e stive n o De p a rta m e n to d e Ed u -ca çã o e d e i u m a ou d u a s a u la s sob re e d u ca çã o m a ori; fu i a o De p a rta m e n to d e H istória d a r a u la s sob re a p e rsp e cti-va h istórica d os M a ori; fu i à Escola d e M e d icin a d a r a u la s sob re a s p rá tica s d e sa ú d e m a ori… De ssa m a n e ira , criou -se u m n íve l d e con scie n tiza çã o e m ou tros d e p a rta m e n tos d e q u e h á u m a fa lh a e m se u s cu rrícu los, e m se u s con h e cim e n -tos.

Schreiber

Q u a l é , a tu a lm e n te , a im p ortâ n cia d a cu ltu ra m a ori p a ra a N ova Ze lâ n d ia co-m o u co-m tod o?

Walker

Pa ra com e ça r, a h e ra n ça in d íg e n a re -m e te a u -m a visã o e p iste -m ológ ica , a u m a visã o d a re a lid a d e q u e é d ife re n te d a q u e la d os e u rop e u s. Essa visã o d a re a lid a d e se b a se ia e m w h ak ap ap a –

(8)

Schreiber

É p ossíve l fa la r h oje d a e xistê n cia d e tra d içõe s cu ltu ra is m a ori – re lig iã o, lín -g u a , n a rra tiva s ora is, a rte s… – n a N ova Ze lâ n d ia ?

Walker

A lín g u a foi su p rim id a n a s e scola s, e xa -ta m e n te com o n a Am é rica d o Su l. O s n om e s fora m su b stitu íd os p or n om e s cristã os, n om e s d e sa n tos – a m e sm a d i-n â m ica . A líi-n g u a foi e xclu íd a . M a s isso n ã o sig n ifica q u e a cu ltu ra te n h a m orri-d o com p le ta m e n te . M u ita s p rá tica s se m a n tê m , a in d a q u e d e form a m od ifica -d a . O s M arae s, on -d e se con ta a h istória d os M a ori, con tin u a m os m e sm os e se torn a m ca d a ve z m a is e la b ora d os. O s va lore s d a fa m ília e xte n sa e xp re ssa m o q u a n to fora m m od ifica d os p e la socie d a -d e , m a s a lg u n s va lore s fu n -d a m e n ta is d a cu ltu ra ch e g a ra m a té os te m p os m o-d e rn os e , ce rta m e n te , o se n tio-d o o-d e id e n tid a d e d e u m p ovo op rim id o, q u e ficou crista liza d o n a visã o m a ori. Ba si-ca m e n te , a s p e ssoa s a in d a se id e n tifi-ca m com u m a trib o e m p a rticu la r, m a s, e m re la çã o à cla sse d om in a n te , h á ta m -b é m u m a id e n tid a d e m a ori, u m a id e n ti-d a ti-d e p a n -m a ori. Aq u e le s q u e re siti-d e m n a s á re a s trib a is a in d a tê m con sciê n cia d o trib a lism o, m a s p a ra os q u e vive m n a á re a u rb a n a , e m b ora sa ib a m on d e e stã o su a s trib os, isso é m e n os im p or-ta n te . Assim , n ova s form a çõe s ocorre m n a s cid a d e s, n ovos g ru p os p a n -trib a is a g lu tin a m -se e a s org a n iza çõe s q u e e le s d e se n volve m sã o m u ito d in â m ica s. Em Au ck la n d , p e ssoa s d e trib os d ife re n te s m istu ra m se , p ois n ã o h á u m n ú -m e ro su ficie n te d e -m e -m b ros d e u -m a só trib o. Isto fa z com q u e se a g ru p e m e form e m a ssocia çõe s – q u e se p re ocu -p a m com a se g u rid a d e socia l, com os e m p re g os, a form a çã o p rofission a l –, torn a n d o-se u m a força m u ito d in â m ica . Ao su l d e Au ck la n d , h á u m a ou tra

or-g a n iza çã o ch a m a d a M an u k o – q u e q u e r d ize r Urb an M aori A u th ority, u m a e sp é cie d e Pre fe itu ra Urb a n a M a ori – q u e se d e d ica a e ssa s m e sm a s a tivid a -d e s. H á m ovim e n tos p a n -trib a is e m Au ck la n d q u e a u xilia m a s p e ssoa s a fa sta d a s d e su a s ra íze s trib a is, e q u e fu n -cion a m d e a cord o com o De cre to d e Fu n d os d e Assistê n cia . Sã o org a n iza -çõe s n ova s q u e g ra vita m e m torn o d e ou tra s e n tid a d e s m a ori d e a u to-a ju d a .

Schreiber

E o q u e a con te ce u e sp e cifica m e n te e m re la çã o à re lig iã o m a ori?

Walker

(9)

d os d e sfa vore cid os e ste ja m se ju n ta n d o à s n ova s ig re ja s ca rism á tica s. N ã o h á re lig iã o m a ori a u tê n tica .

Schreiber

Em q u e se n tid o se p od e fa la r h oje d e u m a id e n tid a d e m a ori?

Walker

A id e n tid a d e m a ori g ra vita e m torn o d a cu ltu ra . Ve rifica -se u m ín d ice e le va d o d e ca sa m e n tos e n tre e le s, a in d a q u e u m e stu d o d e 1960 te n h a d e m on stra d o q u e , e m Au ck la n d , 50% d os ca sa m e n tos se d a va m e n tre cu ltu ra s d ife re n te s. Ap e -sa r d isso, a s cria n ça s d e ca -sa m e n tos m istos te n d e m a se id e n tifica r com a cu ltu ra d a s m in oria s, a se id e n tifica r co-m o M a ori. Uco-m a d a s con se q ü ê n cia s d o re n a scim e n to cu ltu ra l q u e ocorre a tu a lm e n te é o forta le cilm e n to d a cu ltu ra p e la lín g u a , ch a m a d o d e k u ram are o, g ra ça s a o q u a l a s cria n ça s a p re n d e m a lín -g u a n a tiva n os k u rap ap a – e scola s p ri-m á ria s e ri-m lín g u a ri-m a ori e q u e a g ora e stã o se n d o d e se n volvid a s n o n íve l se cu n d á rio. Tu d o isso fa z p a rte d a p re se rva -çã o d a id e n tid a d e m a ori, re cu p e ra n d o a im p ortâ n cia d a a çã o cu ltu ra l e d a s a rte s p e rform á tica s. Isso é im p orta n te p a ra m a n te r a id e n tid a d e e o org u lh o d e se r M a ori. O s M arae s, os ritu a is, tu d o isso a in d a a con te ce , e é o q u e d ife re n cia os M a ori d os p ak e h as – a p op u la çã o b ra n -ca d e orig e m e u rop é ia . Em g e ra l, a p o-p u la çã o M a ori e stá a cu ltu ra d a . M a s, a tu a lm e n te , d e vid o a o forta le cim e n to d a cu ltu ra m a ori, a q u e le s q u e se p a ssa -va m p or b ra n cos e stã o com e ça n d o a se id e n tifica r n ova m e n te com su a s ori-g e n s, torn a n d o-se a ssim M a ori re n a sci-d os, se p osci-d e m os fa la r sci-d e sse m osci-d o.

Schreiber

N e sse se n tid o, p od e -se d ize r q u e u m a m u d a n ça n os va lore s cu ltu ra is e stá ocorre n d o…

Walker

Se m d ú vid a . N o p a ssa d o, o colon iza d or via os M a ori d e form a p e jora tiva : se lva -g e n s, i-g n ora n te s, ca n ib a is – tu d o o q u e fa z p a rte d o d iscu rso d a colon iza çã o. O s M a ori fica va m e n ve rg on h a d os e os q u e p u d e ra m p a ssa r p or b ra n cos fora m a ssi-m ila d os. A re a çã o cu ltu ra l é tã o forte a tu a lm e n te q u e a s p e ssoa s e stã o se id e n tifica n d o n ova m e n te com o M a ori. N o re ce n se a m e n to d e cin co a n os a trá s, a p op u la çã o m a ori e ra d e 300 m il p e s-soa s e n o re ce n se a m e n to m a is re ce n te , a p op u la çã o q u e a firm a te r a sce n d ê n cia m a ori é d e m e io m ilh ã o, a in d a q u e o ce n so oficia l d ig a q u e os M a ori con sti-tu e m a p e n a s 10% d a p op u la çã o d a N o-va Ze lâ n d ia , ou se ja , 330 m il p e ssoa s. N ú m e ros m a is re ce n te s, e n tre ta n to, in -d ica m q u e sã o 500 m il p e ssoa s q u e su s-te n ta m s-te r a sce n d ê n cia m a ori. Está fica n d o n a m od a d ize r q u e se te m a sce n -d ê n cia m a ori. H á a lg u m te m p o, e le s e s-con d e ria m isto, fin g iria m n ã o te r e ssa s orig e n s.

Schreiber

Atu a lm e n te os M a ori e os d e sce n d e n te s d e e u rop e u s vive m ju n tos com o p a rte d a m e sm a socie d a d e n a cion a l. C om o e ssa s d u a s cu ltu ra s e sp e cífica s in te ra -g e m ?

Walker

(10)

p a ra isso fora m a s d e m a n d a s n os trib u -n a is, q u e a ca b a ra m se -n d o u m a fo-n te d e p re ssã o, le va n d o a té a a b e rtu ra d e p roce ssos con tra o Esta d o, q u e p e rd e u vá ria s ca u sa s n o Su p re m o Trib u n a l. Ve n -d o q u e te ria -d e a ce ita r a s -d e m a n -d a s m a ori, e visa n d o m a n te r u m a re ta g u a r-d a p a ra se p rote g e r n e sse s ca sos, o Esta d o con tra tou M a oris p a ra a con se lh á -lo. Atu a lm e n te , tod os os d e p a rta m e n tos d e Esta d o tê m con su ltore s m a ori. Alg u m a s ve ze s ou ve m o q u e e le s d ize m , ou -tra s os ig n ora m , m a s d e q u a lq u e r form a isso é a lg o e xtre m a m e n te n ovo.

Schreiber

Se ria p ossíve l d ize r q u e a N ova Ze lâ n -d ia é u m a socie -d a -d e m u lticu ltu ra l? C o-m o é vive r e o-m u o-m a socie d a d e cu ltu ra l-m e n te d ive rsifica d a , col-m M a oris, d e sce n d e n te s d e e u rop e u s, im ig ra n te s iu -g osla vos, in d ia n os e ch in e se s?

Walker

O corre ra m m u itos ca sa m e n tos e n tre M a oris e e u rop e u s. O s M a ori ca sa ra m se com iu g osla vos, e scoce se s, irla n d e se s e , a p e sa r d e sse s ca sa m e n tos, p od e -se a in d a fa la r d e id e n tid a d e m a ori. O s M a ori a rg u m e n ta m q u e a N ova Ze lâ n -d ia é u m a n a çã o b icu ltu ra l, p orq u e fora m os M a ori e os e u rop e u s q u e a ssin a -ra m o T-ra ta d o d e Wa ita n g i p a -ra fu n d a r o Esta d o e le g itim a r o g ove rn o. O b icu l-tu ra lism o ve m e m p rim e iro lu g a r. O g ru p o d om in a n te te m d e a p re n d e r so-b re a s cu ltu ra s d om in a d a s e e sta s tê m d e te r su a s op in iõe s ou vid a s p e la a d m i-n istra çã o d o p a ís – é isso o q u e e stá a con te ce n d o a tu a lm e n te , e isso é o b i-cu ltu ra lism o, com p a rticip a çã o n a i-cu l-tu ra e n o p od e r. N os ú ltim os a n os, sob a in flu ê n cia d e in te re sse s e m p re sa ria is, d o q u e ch a m a m os “ M e sa -Re d on d a d os N e g ócios” , os ca p itã e s d e in d ú stria e a s g ra n d e s e m p re sa s tra n sn a cion a is tê m a rg u m e n ta d o a fa vor d a a b e rtu ra d a

Referências

Documentos relacionados

[r]

Colon ialism ’s Cu

Palav ras

Voice s of.

Pow er Struggle and the Development of Habitus in the Nineteenth and Tw entieth Centuries.. New York: Columbia Uni-

[r]

Et hnonat ionalist Conf lict s and Collective Violence in South Asia.. Berkeley: University of

Greenpeace ) vinculados à proteção do meio ambiente. Esse fenômeno ocorreu igualmente nos movimentos de protesto relacio- nados à mineração a céu aberto. As estratégias das