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5.1 A Oferta de Rotas Gastronómicas no Brasil

As rotas gastronómicas, como já destacado no capítulo 3 desta tese, pemitem aos visitantes aprofundarem o seu conhecimento acerca da cultura dos locais visitados através da participação em atividades/experiências com a gastronomia tradicional, em locais de produção, em restaurantes, mercados etc. Por outro lado, para os destinos, elas podem ser uma ferramenta de planeamento, que permite agrupar e potencializar muitos atrativos (os quais sozinhos não teriam o mesmo potencial), bem como dinamizar os locais especialmente no contexto económico e sociocultural, através da geração de empregos, do aumento de renda dos produtores, da valorização dos produtos locais, da preservação e sustentabilidade das manifestações culturais associadas aos alimentos etc.

Por esses fatores, as rotas gastronómicas têm sido uma das ofertas mais comumente encontradas naqueles destinos que têm como foco a promoção do património gastronómico (Canadá, França, Itália, México, Perú, dentre outros). De acordo com o Ministério do Turismo brasileiro, a utilização da gastronomia como fator de atratividade é ainda incipiente no país, mas já começam a ser encaminhados projetos nesta direção, como as rotas das vinícolas da região Sul do país. No entanto, salienta-se que o turismo internacional já vem incorporando as rotas gastronómicas ou roteiros gastronómicos (associados a outras temáticas) como um forte elemento de sustentabilidade das regiões turísticas(M. do Turismo, 2007a, p. 49).

Na ótica de Braz & da Veiga (2009, p. 7), o Brasil pode se tornar um potencial roteiro gastronómico de grande representatividade, haja vista que a cultura brasileira é imensa e diversificada de uma região para a outra.

As rotas gastronómicas no Brasil passaram a desenvolver-se na última década e estão muito relacionadas com os locais de produção. De acordo com Fagliari(2005, p. 147), há poucos locais de produção passíveis de visitação turística no país, quando comparado à quantidade existente nos principais países que desenvolvem esse tipo de atrativo. Para a autora, há pouca notícia da existência de roteiros e circuitos gastronómicos em âmbito nacional. Daqueles existentes, a maioria consiste em itinerários enogastronómicos, voltados para visitas a vinícolas e degustação de vinho, especialmente na região das Serras Gaúchas (Gabriela Fagliari, 2005, p. 149).

Considerando que as investigações que encontramos acerca do desenvolvimento de rotas gastronómicas no Brasil não estão atualizadas, procuramos fazer uma pesquisa em sites oficiais dos órgãos de turismo no país (Ministério do Turismo, Embratur,

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secretarias de turismo dos Estados) e através dos termos “rota gastronómica na região (nome) ou Estado (nome)”.

De um modo geral, identificamos que o cenário é muito parecido com os estudos já realizados há dez anos, ou seja, continuam a existir poucas rotas turístico-culturais e gastronómicas no Brasil. A partir da análise que realizamos, não foram encontradas estas tipologias de rotas na Região Centro-Oeste, um território que inclusive oferece diversos pratos/produtos singulares à base de pequi, da cozinha pantaneira, bem como dos diversos peixes do rio no Matro Grosso e Mato Grosso do Sul.

Com base nos dados encontrados acerca das rotas gatronómicas que já são desenvolvidas no Brasil, criamos quadros com o nome das rotas e informações adicionais que foram sendo encontradas acerca do seu funcionamento, para, deste modo, caracterizar a oferta desse atrativo no contexto atual.

A tabela nº15 apresenta as rotas gastronómicas já desenvolvidas na região Nordeste.

Tabela 14 - Rotas Gastronómicas da Região Nordeste

Rota do Café Verde no Ceará A proposta da rota é levar visitantes para conhecerem as fazendas e sítios dos produtores do café de sombra, num passeio pela história, arquitetura e pelos atrativos naturais da Serra do Baturité, além de desfrutarem do café e outros quitutes regionais.

Rota do vinho – Vale do São Francisco Propõe aos visitantes conhecerem o processo de produção de vinhos, almoçar na vinícola e passear de barco no rio São Francisco, além de degustar vinho ou espumante.

Rota Ecológica de Alagoas Integra restaurantes, hotéis, natureza, paisagens e pousadas.

Rota do Engenho - Pernambuco Envolve diversas cidades do Estado. Andar pela Rota dos Engenhos é conhecer a arte popular e o artesanato construído em séculos de convivência entre africanos, portugueses e índios. Entre mesas fidalgas e tabuleiros de rua, encontra-se a culinária que evidencia a Civilização do Açúcar.

Roteiro Integrado da Civilização do Açúcar (Alagoas, Paraíba e

Pernambuco)

Resgata a herança histórica da cultura canavieira. Envolve a gastronomia, artesanato, folclore, festas populares e, por conseguinte, os engenhos, com a fabricação e comercialização de produtos derivados do açúcar, como a cachaça, rapadura, álcool e doces. Rota do cacau (Costa do Cacau) A rota reúne paisagens e opulência dos anos áureos do

chamado “ouro negro”. A arquitetura preserva o casario colonial dos séculos XVIII e XIX, em ruas calçadas de pedras, igrejas e casarões antigos, reduto de parte importante da História Nacional e que remonta ao período em que a produção e exportação cacaueira eram a atividade primordial da economia brasileira.

Fonte : Elaboração Própria

De acordo com a tabela 15, as rotas gastronómicas encontradas na região Nordeste têm como base produtos típicos dessa região. A produção de vinho, embora relativamente recente (em comparação com a tradição da região Sul), tem sido cada

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vez mais expressiva. Deve-se destacar que as rotas com base na produção de açúcar são a maioria. De um modo geral, estas rotas propõem a visita a locais históricos de produção, a paisagens, artesanato, agregados à degustação de produtos e pratos típicos, a partir da temática abordada em cada roteiro.

A tabela 16 apresenta as rotas gastronómicas já desenvolvidas na região Norte do Brasil.

Tabela 15 - Rotas Gastronómicas da Região Norte

Rota Observações

Rota Gastronómica Belém - Marajó A rota tem como foco a biodiversidade da região através da gastronomia. Envolve diversos atrativos relacionados com a gastronomia nas duas cidades (visitas ao Mercado tradicional Ver-o-peso, visita a produtores, degustações, passeio de Búfalo etc.). Rota 174 – Amazonas e Roraima Envolve natureza (cachoeiras, paisagens), visita a

comunidades indígenas e desgutação da comida tradicional desses povos.

Fonte: Elaboração Própria

De acordo com a pesquisa que realizamos, embora a gastronomia dessa Região seja uma das mais expressivas cultural e gastronomicamente no Brasil, encontram-se apenas duas rotas gastronómicas. Ambas as rotas estão relacionadas com natureza e gastronomia e envolvem ainda a cultura dos povos, através da degustação dos pratos, da visita a produtores, como, por exemplo, o mercado Ver-o-peso, em Bélem do Pará. Todos os dois percursos abordam produtos e manifestações culturais dos territórios onde se desenvolvem.

A tabela 16 destaca as rotas que já estão desenvolvidas na região Sudeste do Brasil.

Tabela 16 - Rotas Gastronómicas da Região Sudeste

Rota do Café Especial – Minas Gerais A rota envolve uma visita monitorada com breves explicações de toda a cadeia produtiva do café especial, desde o pé até a xícara e, por fim, uma saborosa degustação de cafés especiais acompanhados de quitutes e pães de queijo.

Rota da Cachaça em Brumadinho

(Minas Gerais) A rota possui três circuitos, os quais envolvem contextos históricos e culturais do local, bem como paisagens, visita a alambiques e desgustação gastronómica, inclusive de pratos confecionados com cachaça. Brumadinho possui restaurantes excelentes, com cozinhas de raiz à contemporânea.

Rota cervejeira – Rio de Janeiro O Rio de Janeiro foi o berço da cultura cervejeira no Brasil. A rota une belíssimas paisagens da Serra Verde Imperial à visitação de cervejarias tradicionais do Estado. Rota Estrada Real – Caminho dos

Diamantes (Ouro Preto e Diamantina)

O Caminho dos Diamantes passou a ter grande importância a partir de 1729, quando as pedras preciosas de Diamantina ganharam destaque nas economias brasileira e portuguesa. Além da história de seus municípios, da cultura latente e da gastronomia típica, o

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Caminho dos Diamantes destaca-se pela beleza natural. Rota Gastronómica Cambuci

Muncípios de São Paulo

O objetivo é incentivar o consumo do fruto com base no desenvolvimento socioambiental, econômico, sustentável e na promoção cultural.

Rota do Sol e da Moqueca Essa foi a primeira rota criada no Espírito Santo. Própria para quem curte praia, turismo náutico, turismo religioso, histórico/cultural e gastronomia. A culinária capixaba destaca-se pela moqueca e pela torta capixaba, pratos típicos feitos à base de frutos do mar, servidos em panela de barro, artesanato ligado às tradições indígenas. Esta rota se desenvolve nos municípios de Vitória, Serra, Guarapari, Vila Velha e Anchieta.

Circuito das Frutas - São Paulo Abrange 10 municípios, dentre os quais se produzem figo, goiaba, uva, caqui, acerola e morango. A rota propõe passeios em parques temáticos e cavalgadas. Fonte: Elaboração Própria

Em análise à tabela 17, pode-se identificar que as rotas gastronómicas já desenvolvidas nesta região estão majoritariamente relacionadas com bebidas (café, cerveja e cachaça). A seguir encontram-se duas rotas relacionadas com frutas típicas. Apenas uma rota, destaca um prato típico (a moqueca capixaba).

De modo geral, essas rotas integram natureza, patrimónios histórico-culturais, locais de produção e degustação de bebidas e gastronomia tradicional.

A tabela 17 apresenta as rotas gastronómicas desenvolvidas na região Sul do Brasil.

Tabela 17 - Rotas Gastronómicas da Região Sul

Rota Observações

Rotas do Vinho (Serra Gaúcha – Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves,

Garibaldi)

Desenvolve-se em 24 municípios e 650 vinícolas. Promove as marcas da cultura europeia através dos imigrantes. Existe uma ligação entre produtores, restaurantes e hotéis.

Rota das Águas e Pedras Preciosas Desenvolve-se entre a natureza, paisagens naturais e campestres, aliadas à diversificada gastronomia e à cultura dos imigrantes que colonizaram a Região. Rotas do Pinhão – Curitiba e Região

Metropolitana

Realiza-se em um misto de aventura, história, gastronomia, paisagens bucólicas e rurais.

Visita a cafés coloniais, restaurantes, cavalgadas e muitas outras atrações.

Rota do Chimarrão É um passeio típico da cultura gaúcha, que preserva a colonização alemã, e onde o visitante poderá observar a arquitetura antiga e a gastronomia colonial.

130 Biguaçu - Santa Catarina catarinense. Rota turística e gastronómica Santa

Maria – Silveira Martins

Baseada na gastronomia Italiana, reúne as belezas naturais e os atrativos culturais que contam a história da imigração italiana.

Rota Rio Uruguai Oferece a prática do lazer náutico e da pesca no Rio Uruguai, além de diversos eventos.

Em todas as cidades há características da colonização europeia, predominando as etnias alemã, italiana, polonesa, russa e portuguesa, evidenciadas na gastronomia e nos costumes.

Rota Uva e Vinho Propõe aos turistas vivenciarem a forte cultura italiana em um grande e estruturado Polo Turístico (vales, vinícolas etc.).

Roteiro Ecomel - Litoral Norte Gaúcho O roteiro contempla delícias feitas à base de mel. Pode- se conhecer um ambiente natural através da contemplação das dunas de areias e de diversas praias. Roteiros Integrados da Quarta Colônia Esta região de encontros preserva traços das tradições

indígenas e as culturas vivas de portugueses, afro- descendentes e de imigrantes alemães e italianos. Oferta gastronomia de herança europeia.

Sabores e Saberes do Vale do Caí Esta Rota apresenta opções para se conhecer um expressivo Rio Grande Colonial. São paisagens, cenários e eventos com sotaque característico e sabores inigualáveis.

Rota da cachaça – Santa Catarina Ocorre no Vale do Itajaí, região que é referência na produção de cachaça artesanal. No local, de forte colonização alemã e italiana, outra bebida que pode ser degustada é a cerveja, uma das atrações da Oktoberfest, de Blumenau.

Rota Gastronómica do Sol Poente A rota inclui uma variedade de restaurantes com heranças de imigrantes, e recebe este nome pois esta área é um dos melhores locais para se admirar o pôr dol sol na cidade.

Rota Gastronómica do Ribeirão da Ilha em Florianópolis

A localidade Freguesia do Ribeirão da Ilha é reconhecida pela sua arquitetura açoriana no Centro Histórico, bem como pela maior concentração de produtores de ostras e mariscos do Brasil.

A rota envolve pratos à base de frutos do mar e as melhores pizzas do Brasil; ainda cafés, brigaderias,

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artesanatos.

Rota do Café no Paraná A Rota do Café possui 30 atrações em nove cidades diferentes. Em um raio de cerca de 200 km, os turistas podem visitar fazendas históricas em atividade, pousadas, cafeterias, restaurantes e agroindústrias. Rota da Cerveja em Santa Catarina Nos municípios de colonização predominantemente

germânica há diversas fábricas e cervejarias artesanais. A rota propõe visitar as principais fábricas e cervejarias artesanais de Santa Catarina.

Estrada do Sabor - Garibaldi Na tradicional cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul, famílias de origem italiana apresentam sabores da culinária local, na bucólica Estrada do Sabor.

Fonte: Elaboração Própria

A tabela 18 permite identificar que a Região Sul continua sendo a mais tradicional no país, no desenvolvimento de rotas gastronómicas, especialmente relacionadas com a produção do vinho (enológicas). Contudo, essa região continuou a desenvolver também outros produtos tradicionais como o pinhão, o mel, o café, o chimarrão, a cerveja e a cachaça.

Destaque-se que, de um modo geral, as rotas relacionadas com bebidas tradicionais da região têm maior expressão. No que se refere à estrutura destas e das outras rotas apresentadas, encontram-se visitas a locais de produção, degustação em restaurantes, cafetarias, cachaçarias, cervejarias. Essas rotas se desenvolvem tanto em ambientes relacionados com o mar, como em zonas rurais.

A diferença das rotas gastronómicas promovidas na região Sul é o fato de evocarem muito mais as culturas dos imigrantes, do que de manifestações mais características brasileiras.

Em síntese, as rotas gastronómicas encontradas nas regiões brasileiras apresentam ainda um pequeno número, diante da dimensão territorial brasileira. De modo geral, estes produtos enfatizam muito mais as bebidas do que pratos e produtos tradicionais. Destaque-se o foco na produção de vinho, cachaça, cerveja e chimarrão.

A região Sul continua a apresentar-se como a maior produtora de rotas, contudo, estas estão fundamentadas em aspetos culturais dos imigrantes (cultura italiana, alemã, portuguesa etc.). Nas outras regiões, encontram-se rotas desenvolvidas em torno de diversos produtos tradicionais (cacau, café, açúcar). No que se refere a pratos típicos, encontra-se apenas a rota da moqueca na região Sudeste.

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De modo geral, estas rotas integram natureza, paisagens, património cultural e gastronomia, e permitem o contato com a comunidade local através de visitas a produções e na degustação de comidas e bebidas típicas.

Ressalve-se ainda que, na pesquisa que realizamos, encontramos poucas informações em órgãos oficiais do turismo sobre as rotas gastronómicas. Isso pode se justificar porque grande parte desses projetos é criada e ofertada pelo setor privado. Deve-se destacar ainda que, durante a pesquisa, apareceram muitos festivais denominados por rotas, por isso foi necessário uma pesquisa mais detalhada, para entender se era de uma rota gastronómica ou um evento. Como exemplos, o Festival Rota do Sabor (Roraima), Feira Rota dos Chefes (Manaus), Festival Rota dos Sabores – Nova Lima (Minas Gerais), Festival Rota da Cerveja (Rio de de Janeiro).

Conclusão

A reflexão apresentada neste capítulo revelou o potencial que o Brasil tem para o turismo gastronómico, especialmente porque possui fatores determinantes para o seu desenvolvimento. O Brasil é um grande produtor de alimentos. Nas suas cinco regiões existe uma gama de pratos tradicionais únicos, que possuem uma expressão cultural forte, que revela a cultura e os modos de vida das populações locais. Existem ainda muitas manifestações culturais relacionadas com estes pratos, que podem ser potencializadas para presevar a cultura local e para proporcionar novas experiências aos turistas. No âmbito do conhecimento, há uma grande oferta de cursos de gastronomia, e isso promove profissionais qualificados para o mercado, fator indispensável para ofertar um produto gastronómico.

Destaque-se que já existe um grande apreço à gastronomia brasileira pelos turistas que já visitaram o país nos últimos cinco anos. Os dados apresentados fortalecem a ideia de que este segmento é um caminho em constante crescimento.

Contudo, para que o país caminhe não só para desenvolver o turismo gastronómico, mas principalmente para organizar e criar produtos turístico-culturais com a gastronomia, é preciso que haja diversas ações que estruturem a oferta já existente, para que, a partir daí, o governo possa promovê-la no circuito nacional e internacional. A promoção já desenvolvida pelo Ministério do Turismo é importante, mas não pode anteceder a construção de atrativos/produtos mais estruturados e que proponham aos turistas uma oferta de qualidade. No capítulo 2 dessa investigação, destacou-se o exemplo do Canadá. Este país em dez anos tornou-se um dos principais destinos mundiais do segmento gastronómico no mundo. Ao identificar o potencial do país para desenvolver esse segmento, o governo criou estratégias para colocar em

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comunicação a comunidade local, órgãos ligados direta e indiretamente com turismo e alimentação, profissionais da área (chefes, produtores de alimentos), escolas de gastronomia, dentre outros. Com base nessa dinâmica, desenvolveram-se produtos (rotas, festivais, feiras, visitas agropecuárias) fundamentados em redes de cooperação entre os organizadores das rotas.

No âmbito das rotas gastronómicas, foco desta investigação, pode-se identificar que, pela dimensão do Brasil, esse produto ainda é pouco desenvolvido. A região que possui mais rotas é o Sul, mas, em contrapartida, são rotas que, em termos culturais, destacam mais a cultura dos imigrantes do que a própria cultura brasileira.

Essa tese pode trazer um contributo para estimular ainda mais o desenvolvimento de rotas gastronómicas com foco em produtos típicos brasileiros, bem como na história e cultura das comunidades deste país.

Por fim, deve-se destacar que as rotas gastronómicas brasileiras, para se potencializarem especialmente no circuito mundial, devem ser desenvolvidas de forma cooperada entre setores público e privado. Recorde-se que a promoção realizada por órgãos oficiais do turismo comumente transmitem uma maior confiabilidade para os clientes, porque são certificadas por órgãos que têm experiência no desenvolvimento da atividade turística como um todo.

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O processo de investigação científica pode ser conduzido por diversos caminhos e formas diversificadas. O capítulo 6 apresenta o modo como se desenvolveu o processo metodológico dessa investigação.

A partir dos objetivos e questão de investigação que foram definidos para esta tese, em comunhão com o modelo teórico do desenvolvimento do turismo gastronómico que propomos, foram definidas as abordagens metodológicas mais adequadas para o estudo.

Este capítulo apresenta a delimitação do universo analisado no estudo empírico, bem como as técnicas de recolha de dados e o processo pelo qual os dados serão analisados. Por fim apresentam-se as limitações metodológicas e a originalidade do contributo teórico que traz essa investigação.

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Capítulo 6 - Metodologia