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Mapa 8 – Espacialização da produção de leite em Goiás Fonte – Goiás (2012)

2.2 Do complexo agroindustrial (CAI) ao sistema agroindustrial lácteo brasileiro: o papel do Estado

2.2.2 A reestruturação produtiva do capital e as mudanças no setor lácteo

A partir dos anos 1990 é revelada uma nova dinâmica para a cadeia produtiva do leite, estando relacionada à reestruturação produtiva do capital. Isso comprova a necessidade de compreender os principais aspectos dessa forma de organização produtiva, geradora de uma série de mudanças na sociedade como um todo, e também no setor agroindustrial lácteo.

Isso porque as necessidades de expansão capitalista nas últimas décadas promoveram um constante processo de reestruturação espacial em diferentes intensidades e por meio de distintas estratégias nos diversos territórios mundializados. Nesse sentido, têm-se conflitos nas formas de uso da terra, a aceleração da degradação ambiental e mudanças na relação capital-trabalho que se territorializam de forma específica, a depender da formação socioespacial de cada área.

Santana (2011) afirma que:

A compreensão das transformações espaciais a partir da relação entre capital e trabalho na contemporaneidade requer a análise das mudanças provocadas pela reestruturação produtiva, bem como dos desdobramentos e as perspectivas dessa processualidade para os trabalhadores (SANTANA, 2011, p. 29).

Segundo Harvey (2009), as transformações que atingem a sociedade atualmente advém da transição da rigidez do fordismo para a acumulação flexível, ocorrida a partir dos anos 1970, por meio da rápida implantação de novas formas organizacionais e de tecnologias produtivas pioneiras, às quais significaram uma nova forma de organização espaço-tempo e uma nova perspectiva para o trabalho e, para os trabalhadores. Assim, enfatiza que a acumulação flexível promove mudanças relacionadas ao processo de produção, ao mundo do

trabalho, ao espaço, ao Estado e à própria ideologia. E isso acontece, sobretudo, porque o capital não deve ser concebido como uma coisa, pronta e acabada, mas como um processo em constante reprodução, capaz de dinamizar a própria reprodução da vida social, bem como, os diferentes tempos e espaços.

A acumulação flexível, para Harvey (2009), apoia-se na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo. Significou para os trabalhadores uma maior intensificação nos processos de trabalho, acompanhados de uma aceleração na desqualificação e requalificação necessárias ao atendimento das novas necessidades do trabalho. Proporcionou uma aceleração do tempo de giro na produção, troca e consumo, assim como uma maior volatilidade e efemeridade das mercadorias, dos valores, dos processos de trabalho e das práticas.

Marx e Engels, já no século XIX, desde a publicação do Manifesto do Partido Comunista, revelavam a centralidade do capital ao mesmo tempo em que ressaltavam seu caráter (in)constante e expansionista no sentido de garantir a produção de mercadorias, o lucro e as condições para sua acumulação. Esse movimento estaria pautado na transformação espacial da sociedade capitalista e, principalmente, na luta de classes. Isso é evidenciado na seguinte observação:

A burguesia não pode existir sem revolucionar incessantemente os instrumentos de produção e, com isso, todas as relações sociais. [...] Essa subversão contínua da produção, esse abalo constante de todo o sistema social, essa agitação permanente e essa falta de segurança distinguem a época burguesa de todas as precedentes. Dissolvem-se todas as relações sociais antigas e cristalizadas, com seu cortejo de concepções e de ideias secularmente veneradas; as relações que as substituem tornam-se antiquadas antes de se consolidarem. Tudo o que era sólido e estável se desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado e os homens são obrigados finalmente a encarar sem ilusões a sua posição social e as suas relações com outros homens (MARX; ENGELS, 2007, p. 43).

Diante disso, Harvey (2009), assegura que as mudanças que vem ocorrendo na sociedade estão relacionadas à própria natureza do capital e por isso “[...] mostram-se mais como transformações da aparência superficial do que como sinais de surgimento de alguma sociedade pós-capitalista, ou mesmo pós-industrial inteiramente nova.” (HARVEY, 2009, p. 09). As ponderações do autor a esse respeito estão subsidiadas pelo pensamento de Marx ao descrever o capitalismo a partir de três elementos fundantes:

1.O capitalismo é orientado para o crescimento. [...] é essencial para a saúde de um sistema econômico capitalista, visto que só através do crescimento os lucros podem ser garantidos e a acumulação do capital, sustentada. [...] a crise é definida, em consequência, como falta de crescimento; 2. O crescimento em valores reais se apoia na exploração do trabalho vivo na produção. Por isso, o controle do trabalho, na produção e no mercado, é vital para a perpetuação do capitalismo. O capitalismo está fundado, em suma, numa relação de classe entre capital e trabalho; 3. O

capitalismo é, por necessidade, tecnológica e organizacionalmente dinâmico. [...] Mas a mudança organizacional e tecnológica também tem papel-chave na modificação da dinâmica da luta de classes, movida por ambos os dados, no domínio dos mercados de trabalho e do controle do trabalho (HARVEY, 2009, p. 166-169).

Nota-se que a sociedade capitalista contemporânea vem passando por uma série de mudanças nas últimas décadas. As transformações estão presentes na esfera econômica, mas têm implicações nas demais esferas sociais. Essas mudanças, segundo Chesnais (1996), resultam da globalização e da mundialização do capital impondo à sociedade a “necessidade” de “adaptar-se” aos seus imperativos. Para o autor, essa adaptação “[...] pressupõe que a liberalização e a desregulamentação sejam levadas a cabo, que as empresas tenham absoluta liberdade de movimentos e que todos os campos da vida social, sem exceção, sejam submetidos à valorização do capital privado [...]”. (CHESNAIS, 1996, p. 25). Mais à frente, o autor argumenta que “[...] a mundialização deve ser pensada como uma fase específica do processo de internacionalização do capital e de sua valorização, à escala do conjunto das regiões do mundo onde há recursos ou mercados, e só a elas” (CHESNAIS, 1996, p. 32, grifo do autor). Tais adaptações são imprescindíveis uma vez que:

[...] sem a implementação de políticas de desregulamentação, de privatização e de liberalização do comércio, o capital financeiro internacional e os grandes grupos multinacionais não teriam podido destruir tão depressa e tão radicalmente os entraves e freios à liberdade deles se expandirem à vontade e de explorarem os recursos econômicos, humanos e naturais, onde lhes for conveniente (CHESNAIS, 1996, p. 34).

Para Chesnais (1996):

A mundialização é o resultado de dois movimentos conjuntos, estreitamente interligados, mas distintos. O primeiro pode ser caracterizado como a mais longa fase de acumulação ininterrupta do capital que o capitalismo conheceu desde 1914. O segundo diz respeito às políticas de liberalização, de privatização, de desregulamentação e de desmantelamento de conquistas sociais e democráticas, que foram aplicadas desde o início da década de 1980 [...] (CHESNAIS, 1996, p. 34).

As mudanças na esfera produtiva são oriundas da reestruturação produtiva, da acumulação flexível e da mundialização do capital. Promoveram uma série de mudanças nos diferentes âmbitos sociais, podendo ser percebidas no complexo agroindustrial lácteo brasileiro, que também sofreu os efeitos da desestatização, das privatizações e das políticas de liberação. Segundo Figueiredo; Paulillo (2005), essas mudanças fazem parte da chamada “fase da autorregulação do setor”, e se manifestam nos seguintes aspectos: a reestruturação produtiva no mercado interno do leite; o comércio internacional e as mudanças nas normas formais do complexo agroindustrial lácteo.

A reestruturação produtiva no mercado interno do leite significou a redução do poder de negociação da pecuária leiteira nacional nos anos 1990. Isso porque advém da liberalização econômica e da estratégia de quase integração, colocada em prática pelo segmento industrial, cujos interesses:

São os responsáveis pela criação destes novos modelos de transação. Os atores industriais ocupariam este espaço de financiamento agropecuário, anteriormente ocupado pelo Estado e imporiam seus interesses em troca de facilidades para os produtores adquirirem os equipamentos necessários à atividade produtiva. Este mecanismo, no qual os preços atuais e futuros do leite são definidos, resulta em efetiva agilidade na comercialização e financiamento do investimento, o que inegavelmente traz consequências positivas para a pecuária leiteira. Ademais, não restaram alternativas para o produtor, haja vista que, para a agricultura brasileira, tornou-se extremamente complicado manter altos níveis de competitividade, pela incapacidade de efetuar investimentos devido à política de juros elevados e ao barateamento do produto importado, provocando a artificialidade cambial (FIGUEIREDO; PAULILLO, 2005, p. 179).

Nos anos 1990 houve um crescente aumento das taxas de importação do leite e derivados lácteos, ganhando expressão os instrumentos de política agrícola relacionados ao comércio internacional, aos impostos de importação e às tarifas compensatórias. Nesse contexto:

[...] emergiram novos atores, como os empresários “sem-fábricas”, que lançam mão das importações para obter lucro, proveniente das rendas geradas com diferenciais de preço, movimento das taxas de juros e câmbio e, ainda, distintos prazos de pagamento. Assim, a reestruturação agroindustrial láctea avança de acordo com interesses de setores não agrários (FIGUEIREDO; PAULILLO, 2005, p. 180).

Além disso, com a autorregulação ocorreu uma tendência de maior seletividade dos empresários rurais envolvidos com a atividade produtiva, pois as exigências referentes à quantidade e à qualidade do leite destinado ao mercado são cada vez maiores. Esta seletividade é assegurada pelas normativas que regem o setor, já que seguem padrões de qualidade internacionais. Nesse sentido, exigem dos produtores o profissionalismo e a especialização da atividade leiteira. Isso, no Brasil, revela-se um problema, pois a maioria dos produtores de leite tem produção menor que 50 litros/dia, com renda insuficiente para a aquisição do aparato tecnológico necessário ao atendimento da demanda do mercado por qualidade e atendimento de padrões internacionais de produção. Assim, a maioria dos pecuaristas não terá capital que permita o acesso à tecnologia necessária ao atendimento das normas exigidas pelo mercado, que diante da política neoliberal, terá que buscar soluções cooperadas e reconversão produtiva (FIGUEIREDO; PAULILLO, p. 181).

Para Paulino (2012), as consequências para os produtores camponeses no processo de liberação dos preços por parte do Estado foram avassaladoras, pois durante os 45 anos de

controle sobre os preços, garantia, de certo modo, uma margem de ganho para os produtores, mesmo o leite sendo um produto da cesta básica. Para a autora:

[...] As próprias demandas dos grupos tornados hegemônicos pelas políticas anteriores que culminaram em sua consolidação, pressionaram no sentido da liberalização, ocorrida em 1991. Na prática, isso representou a plena transferência do poder de deliberação dos preços para o setor privado, afetando tanto o começo quanto o fim da cadeia produtiva, medida essa comparável ao galinheiro entregue aos cuidados da raposa (PAULINO, 2012, p. 210).

De acordo com Figueiredo; Belik (1999) pode-se considerar três mudanças principais que culminaram em mudanças na cadeia produtiva do leite, sendo: a liberalização dos preços do leite; a abertura comercial dos produtos lácteos; a criação do MERCOSUL, responsável pela grande maioria das importações do leite no País.

Para Binsztok (2000), as importações ainda estão nas mãos do Estado, ou só acontecem porque as políticas estatais oferecem meios para isso. Portanto, caberia a esses órgãos apontar os motivos pelos quais estariam insistindo em manter os níveis de importações de produtos lácteos, vindos principalmente da Argentina. O autor busca compreender essa realidade como uma estratégia mais ampla para manter o leite nas esferas de influência econômico-regional, marcada pelas trocas comerciais, em especial, entre os países do MERCOSUL. Mas, argumenta que a ideia de que o MERCOSUL seja o pior inimigo da agropecuária brasileira, parece não se confirmar, pois as importações argentinas atuam como um complemento no mercado brasileiro não inibindo o desenvolvimento da produção leiteira do País.

A relação entre as importações de leite in natura e do leite em pó, sobretudo, pelos países do MERCOSUL, e o preço pago pelo produto no mercado nacional é objeto de um intenso debate, pois seria um dos motivos pelos quais o preço pago aos produtores nacionais não seria mais alto. Isso porque não haveria motivos para incentivar o aumento da produção nacional. Sabe-se que a balança comercial deste produto encontra-se deficitária. Segundo o IBGE as importações de leite in natura cresceram 165%, e o leite em pó 56,0%, em 2011, se comparado ao ano de 2010. Já as exportações, no ano de 2011 foram de 5,510 mil toneladas de leite in natura, demonstrando uma queda de 36,3% no volume comercializado, e 24,6% no faturamento. O preço médio da tonelada passou de US$ 2.113, em 2010, para US$ 2.500 em 2011. As importações de leite têm superado as exportações do produto.

Dessa forma, observa-se a presença do capital financeiro no setor agroindustrial lácteo brasileiro, operando com a concentração econômica e tecnológica. Essa atuação pode ser evidenciada, dentre outros aspectos, pela predominância do consumo do leite longa vida e pelo constante investimento em tecnologias para a modernização do setor, o que reduz a

participação das cooperativas e causa prejuízos aos produtores de leite. Assim, o setor agroindustrial lácteo brasileiro é marcado pelas contradições capitalistas, representadas pela “convivência” entre o grande número de produtores informais, pelos interesses dos produtores modernizados, pelas necessidades das cooperativas e das grandes empresas, e acima de tudo, pelo domínio do capital financeiro.

O capital financeiro, para Harvey (2005), consiste no principal ator das mudanças no contexto da reestruturação produtiva. O autor esclarece que:

[...] a financialização e a orquestração, em larga medida sob a direção dos Estados Unidos, de um sistema financeiro internacional capaz de desencadear de vez em quando, surtos brandos e violentos de desvalorização e acumulação por espoliação em certos setores ou mesmo em territórios inteiros. Mas a abertura de novos territórios ao desenvolvimento capitalista e a formas capitalistas de comportamento de mercado também teve sua função, o mesmo ocorrendo com as acumulações primitivas de países [...] que procuram inserir-se no capitalismo global como participantes ativos. Para que tudo isso ocorresse, era necessário, além da financialização e do comércio mais livre, uma abordagem radicalmente distinta da maneira como o poder do Estado, sempre um grande agente da acumulação por espoliação, devia se desenvolver. O surgimento da teoria neoliberal e a política de privatização a ela associada simbolizaram grande parcela do tom geral dessa transição (HARVEY, 2005, p. 129).

Sobre a acumulação por espoliação Harvey (2005) afirma que:

[...] pode ser aqui interpretada como o custo necessário de uma ruptura bem- sucedida rumo ao desenvolvimento capitalista com forte apoio dos poderes do Estado. As motivações podem ser internas [...] ou impostas a partir de fora [...] na maioria dos casos, está na base dessas transformações alguma combinação de motivação interna e pressão externa (HARVEY, 2005, p. 127).

Alfredo (2008) analisa a incorporação da renda da terra ao capital urbano e industrial por meio da agroindústria leiteira como uma determinação do capital financeiro e capital fictício, diante da necessidade constante de expansão do capital, já que “[...] a expansão intensiva e extensiva é uma necessidade precária de resolver contradições da acumulação posta no e pelo desenvolvimento das forças produtivas no campo [...]” (ALFREDO, 2008, p. 63). Para o autor a modernização, como universalização da sociabilidade da forma de valor, embora se constitua como um processo mundial e universal, não ocorre linearmente, uma vez que as contradições estão presentes e fazem parte do processo, muitas vezes sendo incorporadas pela lógica de produção de mercadorias, mesmo que não estejam diretamente incorporadas pelo mercado. Assim, a modernização pode ser entendida como imposição do capital para sua reprodução, mas:

[...] entre a forma valor, cuja determinação é da expansão ampliada da riqueza, e o seu processo de formação, há descontinuidades temporais e espaciais que constituem uma sociabilidade contraditória, expressa na reprodução de relações não especificamente capitalistas, como necessidade de contornar as contradições próprias da forma valor. [...] trata-se das descontinuidades na continuidade que irão

constituir elementos lógicos no processo de modernização [...] (ALFREDO, 2008, p. 69).

O autor salienta ainda que:

As diversificações na forma de produzir e de adequar a produção, segundo as necessidades datadas de acumulação do capital, refletem implicações da Renda Capitalista da Terra [...] na redefinição das formas de sociabilidade. Implica dizer que, sob as mais distintas formas, que a mesma se estabelece como mediação da incorporação da divisão social do trabalho como generalização possível – ao menos enquanto sentido, porque não estamos desconsiderando aqui a produção de relações não capitalistas de produção – das relações de produção no campo, introjetadas, sob a moldura da agroindústria, como necessidade do capital urbano-industrial. [...] Trata-se de formas de incorporação de desigualdades à racionalidade capitalista, ainda que sob relações de produção distintas [...] (ALFREDO, 2008, p. 103).

As constantes necessidades de modernização, mediante a realização de empréstimos para atender às imposições do mercado, dentre outros aspectos, ilustram alguns dos efeitos da reestruturação produtiva e da mundialização do capital na dinâmica do setor lácteo brasileiro como um todo, e por consequência, nas diferentes bacias leiteiras, dentre elas, a de Corumbaíba (GO). Nota-se que a reestruturação produtiva do capital e do trabalho traz mudanças na dinâmica dos laticínios e na organização da produção nas propriedades rurais, bem como, na relação entre esses dois agentes do setor lácteo.

2.2.3 A pecuária leiteira em Goiás

Para Clemente (2006), os fatores que têm direcionado espacialmente a produção de leite para o Cerrado estão relacionados à:

[...] fluidez espacial que permitiu a integração entre os diferentes mercados e espaços de produção, no qual a concorrência entre eles passou a se dar de forma acirrada. A menor perecibilidade do leite e derivados, fez com que produtos de procedências e níveis de qualidade diversos passassem a disputar o mesmo setor geográfico de consumo. Neste cenário, o leite do cerrado vem se destacando por ser mais competitivo que o leite produzido nas chamadas bacias tradicionais de Minas Gerais e de São Paulo (CLEMENTE, 2006, p. 94-95).

Na emergente bacia leiteira goiana predominou o sistema de alto nível tecnológico, com modernização crescente, incentivos fiscais e aquisição de equipamentos e animais especializados, muitos oriundos das bacias leiteiras paulistas, principalmente a forte introdução da granelização do leite desde 1997 e a produção de forragens durante todo o ano. Isso porque o processo de modernização parcial da agropecuária nacional expandiu a fronteira produtiva para o Centro-Oeste. Esse movimento foi motivado pelos seguintes fatores: aumento no consumo do leite longa vida, podendo ser transportando por longas distâncias; crise da pecuária de corte tradicional, fazendo com que os produtores se dedicassem ao leite; crise na agricultura nos primeiros anos do Plano Real; reduzido custo da terra; linhas de