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Cenário MacroEconômico Brasileiro

Desde 2003, a economia brasileira tem apresentado maior grau de estabilidade e, de maneira geral, o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem dando continuidade à política macro-econômica estabelecida pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, priorizando a responsabilidade fiscal.

Em 2004, a economia brasileira mostrou importantes melhorias em seus principais indicadores. O PIB cresceu 5,7% e a taxa média de desemprego caiu de 12,3% em 2003 para 11,5% em 2004 nas principais regiões metropolitanas do País, de acordo com as estimativas de desemprego publicadas pelo IBGE. O Brasil registrou um superávit primário nas contas públicas (antes do pagamento de suas dívidas – principal e juros) de 4,25%, ficando em linha com a meta de 4,18% do PIB estabelecida pelo Fundo Monetário Internacional como parte de seu acordo de empréstimo em vigor com o Brasil. Durante 2004, o Brasil teve um superávit comercial de US$34 bilhões, seu mais alto superávit comercial até então. A inflação, medida pelo IPCA e pelo IGP-M foi de 7,6% e 12,4%, respectivamente, em 2004.

Ainda em 2004, o real valorizou-se em 7,8% em comparação ao dólar. Entretanto, o aumento das atividades econômicas causou alguma preocupação com relação à inflação, o que resultou na manutenção da taxa de juros pelo Banco Central em níveis elevados. A taxa básica de juros média em 2004 foi de 16,2% ao ano. Adicionalmente, a carga tributária aumentou de 34,9% para 35,9% do PIB brasileiro, de acordo com a Receita Federal.

O ano de 2005 foi marcado pelo esforço do Banco Central em atingir a meta de inflação anual de 4,5%, o que resultou na manutenção da taxa de juros em níveis elevados. Porém, com o desaquecimento da economia, a partir de novembro, o Governo Federal começou a reduzir a taxa básica de juros de modo a incentivar a retomada do crescimento econômico. Em 31 de dezembro de 2005, a taxa básica de juros definida pelo Banco Central chegou a 18,0% ao ano, sendo que a taxa básica média de juros no ano de 2005 foi de 19,0%. Em 2005, o real valorizou-se em 12,8% em comparação ao dólar. Apesar dessa valorização, o Brasil teve um superávit comercial de US$44,8 bilhões, seu mais alto superávit comercial de todos os tempos. O PIB cresceu 2,9%, a taxa média de desemprego caiu de 11,5% em 2004 para 9,8% no mesmo período de 2005, nas principais regiões metropolitanas do Brasil, de acordo com as estimativas de desemprego publicadas pelo IBGE. A inflação, conforme medida pelo IPCA e pelo IGP-M, foi de 5,7% e 1,2%, respectivamente, em 2005. Em 2006, o PIB apresentou um crescimento de 3,7% e o Banco Central manteve a política de redução da taxa básica de juros, que chegou a 13,3% em 31 de dezembro de 2006, apresentando uma média de 15,1% em 2006. A inflação, medida pelo IPCA e pelo IGP-M, foi de 3,1% e 3,8%, respectivamente, e o real valorizou 8,2% frente ao dólar, chegando a R$2,14 por US$1,00 em 31 de dezembro de 2006.

A variação da política macro econômica pode afetar nossas receitas provenientes da prestação de Serviços de Transporte de veículos 0Km para a indústria automotiva, na medida em que as vendas da indústria automotiva são afetadas, dentre outros fatores, pelo nível de consumo da economia e pela capacidade de endividamento

ENTENDIMENTO DA COMPANHIA

do consumidor final. Em 31 de março de 2007, 85,4% de nossa receita bruta operacional foi proveniente da prestação de Serviços de Transporte de veículos 0Km para a indústria automotiva.

A tabela a seguir fornece os dados do crescimento real do PIB, inflação, taxas de juros e taxa de câmbio do real/dólar nos períodos indicados.

Fontes: FGV, Banco Central e Bloomberg.

(1) Série revisada. Fonte IBGE. (2)

A Inflação (IGP-M) é o índice geral de preços do mercado medido pela FGV.

(3) A Inflação (IPCA) é o índice de preços ao consumidor medido pelo IBGE. (4)

A taxa CDI é a média das taxas dos depósitos interfinanceiros praticadas durante o dia no Brasil (acumulada para o mês do fim do período, anualizada).

(5)

É a média das taxas diárias praticadas durante o ano.

Efeitos da Inflação, Taxas de Juros e Variação Cambial em nossos Resultados

Mudanças econômicas nacionais, principalmente no que tange a índices de inflação, taxas de juros de curto e longo prazo e política cambial, podem afetar nossos resultados operacionais.

A variação das taxas de inflação e juros no Brasil pode influenciar os nossos resultados na medida em que uma eventual oscilação nessas taxas pode gerar maior ou menor disponibilidade de renda, reduzir ou expandir o ritmo da atividade econômica ou afetar, positiva ou negativamente, o volume de investimentos na

economia.

A variação dos índices de inflação afeta nossos custos e despesas dado que diversos serviços utilizados por nós são reajustados de acordo com índices atrelados à inflação, tais como o IGP-M e o IPCA, dentre eles a despesa com pessoal (salários, encargos e benefícios) e aluguéis, que representaram, respectivamente, 11,3% e 1,6% de nossos custos e despesas operacionais (gerais e administrativas) no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006 e 11,1% e 1,6%, respectivamente no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007.

A variação da taxa básica de juros pode afetar nossas receitas provenientes da prestação de Serviços de Transporte de veículos 0Km para a indústria automotiva, na medida em que as vendas da indústria automotiva são afetadas, dentre outros fatores, pela disponibilidade de crédito para o financiamento de veículos 0Km e pela capacidade de endividamento do consumidor final. Em 31 de março de 2007, 85,4% de nossa receita

Exercício social encerrado em 31 de dezembro de Período de três meses encerrado em 31 de março de 2004 2005 2006 2006 2007 Crescimento do PIB(1)... 5,7% 2,9% 3,7% 3,3% NR Inflação (IGP-M)(2)... 12,4% 1,2% 3,8% 0,7% 1,1% Inflação (IPCA)(3)... 7,6% 5,7% 3,1% 1,4% 1,3% CDI(4)... 16,2% 19,0% 15,1% 17,1% 12,9% Valorização do real face ao dólar ... 7,8% 12,8% 8,2% 6,0% 3,6% Taxa de câmbio do fim do período —

US$ 1,00 ... R$2,6660 R$2,3258 R$2,1355 R$2,1870 R$2,059 Taxa de câmbio média — US$1,00(5)... R$2,9272 R$2,434 R$2,1749 R$2,1918 R$2,1079

ENTENDIMENTO DA COMPANHIA

bruta operacional foi proveniente da prestação de Serviços de Transporte de veículos 0Km para a indústria automotiva.

Variações nas taxas de câmbio podem afetar nossas receitas de serviços prestados, visto que, em 2006, aproximadamente 6,1% de nossa receita de Serviços de Transporte advém do transporte de veículos destinados à exportação. Além disso, as operações logísticas da CLI no Porto Seco de Cariacica, Espírito Santo, são baseadas nas atividades de comércio exterior, por meio da movimentação e armazenagem de mercadorias importadas ou despachadas para exportação e a prestação de serviços conexos, estando, portanto, sujeitas às variações das taxas de câmbio. Assim, uma eventual desvalorização do real poderia impactar diretamente nossas receitas de serviços prestados atrelados à importação, na medida em que tal desvalorização poderia ensejar a redução no volume de produtos importados. Por outro lado, uma eventual desvalorização do real poderia favorecer as exportações e, assim, nossas receitas de serviços prestados destinados à exportação.