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Além do setor automotivo, com as aquisições da Boni e da CLI, passaremos a atuar em outros setores da economia, dentre os quais se destacam os mencionados abaixo.

Setor de Home and Personal Care - HPC e Químico e Petroquímico

A indústria química é um dos setores industriais mais importantes e dinâmicos do Brasil, representando aproximadamente 3,5% do PIB nacional. A indústria química brasileira é bastante focada em produtos químicos para uso industrial, segmento que inclui o mercado de higiene pessoal, petroquímicos, produtos farmacêuticos, adubos, fertilizantes e produtos agrícolas.

Segundo a ABIQUIM, o setor planeja investir US$15,5 bilhões até o ano de 2011, sendo US$14,1 bilhões para ampliar a capacidade de produção industrial e US$1,4 bilhões em manutenção e melhorias no processo de produção. Apenas no ano de 2006, foram investidos cerca de US$3,02 bilhões na indústria química nacional.

Logística no Setor de Home and Personal Care – HPC, Químico e Petroquímico

Segundo dados do COPPEAD, 7,3% da receita líquida do setor de produtos químicos e petroquímicos corresponde a custos logísticos, alocados em sua maior parte nas atividades de transportes, com 5% da receita líquida das empresas, ou R$8,5 bilhões. Estes custos ocorrem, principalmente, com a distribuição final dos produtos (2,5% da receita líquida), enquanto atividades de suprimento e transferência representam apenas 1,6% e 1,2% da receita líquida, respectivamente. Os custos de estocagem e armazenagem representam cerca de 2,4% da receita líquida das empresas.

A tabela abaixo sumariza os custos logísticos na indústria química e petroquímica.

% da Receita líquida

Valor bruto (em bilhões de Reais)

Receita Líquida do Setor 169,30

Custos Totais Logísticos 7,3% 12,37

Transportes 5,0% 8,47 Estocagem 1,2% 1,95

Armazenagem 1,2% 1,95

Fonte: BRACELPA

Setor de Combustíveis

O crescimento da produção nacional de petróleo em 2005 deixou o País próximo da auto-suficiência. Em 2005, a produção nacional de derivados de petróleo alcançou 100,4 milhões de m3, volume 0,5% acima do registrado em 2004. Os derivados combustíveis tiveram um aumento de 1,1% e os produtos não-energéticos de 4,0% em relação a 2004. As reservas totais de petróleo brasileiras também aumentaram 9,2% no ano de 2005, atingindo 16,1 bilhões de barris.

A distribuição de derivados de petróleo, álcool combustível e GNV no Brasil está concentrada em cinco grandes distribuidoras: BR, Ipiranga, Texaco, Shell e Esso.

O combustível mais consumido no País é o diesel, devido à infra-estrutura de transporte nacional basear-se em grande escala no transporte rodoviário. O consumo de gasolina, álcool e diesel no Brasil vem crescendo nos últimos anos. Segundo dados da ANP e da Datagro, no ano de 2005 foram consumidos no País 69.865 mil m3 de combustíveis contra 68.660 mil m3 em 2004 e 65.100 mil m3 em 2003.

Setor de Agronegócio

O agronegócio é responsável por 33% do PIB, 42% das exportações totais e 37% dos empregos brasileiros. Estima-se que o PIB do setor tenha chegado a US$200 bilhões em 2006. O Brasil tem 388 milhões de hectares de terras cultiváveis férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda não foram

explorados. Considerando as terras ainda não exploradas, o Brasil pode aumentar em, no mínimo, três vezes sua atual produção de grãos, saltando dos atuais 123,2 milhões para 367,2 milhões de toneladas.

Além disso, o Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários. É o maior produtor e exportador de café, açúcar, álcool e sucos de frutas. Além disso, lidera o ranking das vendas externas de soja, carne bovina, carne de frango, tabaco, couro e calçados de couro. As projeções indicam que o País também será, em pouco tempo, o principal pólo mundial de produção de bio-combustíveis, feitos a partir de cana-de-açúcar e óleos vegetais.

Logística no Setor do Agronegócio

De acordo com estudos do COPPEAD, os custos logísticos das empresas no setor de agronegócio também representam, em média, 7,3% da receita líquida. Os custos de transporte correspondem a 65% do total,

enquanto os custos com armazenagem representam 19% (ou 1,4% da receita líquida). Os custos com armazenagem são superiores à media encontrada em outros setores, devido à maior complexidade para armazenagem no agronegócio, bem como ao grande número de armazéns utilizados (média de 61 por empresa), e de uma área de armazenagem média de cerca de 47 mil metros quadrados por empresa, a maior entre as indústrias nacionais. Por outro lado, os custos de estocagem são relativamente baixos quando comparados a outras indústrias, representando apenas 1,2% da receita líquida (ou 16% dos custos logísticos totais).

Setor de Papel e Celulose

Desde 2003, o setor de papel e celulose brasileiro vem passando por um grande programa de investimentos, que promete colocar US$14,4 bilhões no segmento até 2012. O objetivo desse programa é ampliar a

capacidade produtiva e a competitividade internacional do País, bem como impulsionar exportações e ampliar o mercado de trabalho.

Logística no Setor de Papel e Celulose

Segundo estudo do COPPEAD, em média, 7,3% da receita líquida das empresas do setor é direcionada para transportes, estocagem e armazenagem de materiais, sendo a atividade de transporte a mais representativa, que corresponde a quase 70% dos custos totais. Se considerarmos a receita das 10 maiores empresas do setor, que é de cerca de R$7,53 bilhões, os custos logísticos e de transporte de papel e celulose ficam próximos de R$550 milhões.

As atividades relacionadas a transportes se tornam bastante representativas devido aos expressivos gastos com distribuição dos produtos, que correspondem por 2,5% da receita líquida das empresas do setor. Como existe um elevado grau de integração vertical nas companhias nacionais, com plantios bastante próximos às fábricas, custos de suprimento de matérias-primas e transportes de materiais em estoque são menos importantes, representando 1,6% e 1,2% da receita líquida do segmento, respectivamente.

A maior parte dos gastos com transportes se realiza no âmbito nacional (cerca de 78% dos custos com transporte), sendo os restantes 22% com importações e exportações. O principal modal utilizado pela indústria de papel e celulose para realização dos transportes é o rodoviário, devido à estrutura e malha mais abrangente. Em relação à estocagem, os custos representam 1,2% da receita líquida do segmento. A armazenagem representa 1,2% da receita líquida.

Grandes produtoras de papel e celulose buscam empresas capazes de oferecer serviços logísticos completos e altamente eficientes, a fim de reduzir custos e aumentar a produtividade. Os serviços de controle de estoques, armazenagem e transportes devem ser realizados de maneira complementar, e se apoiar na utilização de ferramentas de tecnologia de informação que auxiliem em fatores como rastreabilidade e controle. Desta maneira, a gestão logística no setor de papel e celulose deve se tornar cada vez mais complexa, o que demandará de fornecedores grande capacitação técnica e tecnológica e restringirá o mercado aos grandes participantes.

O setor de telecomunicações no Brasil registrou uma receita bruta de R$143,8 bilhões em 2006. Isso representa um crescimento de 7% frente aos R$134,3 bilhões verificados em 2005. A receita no ano passado respondeu por 6,2% do PIB. Os números fazem parte de um balanço setorial realizado pela associação Telebrasil.

Com relação a eletroeletrônicos e equipamentos de informática, parte de sua produção está sendo transferida para países asiáticos, o que aumenta a demanda por armazenagem, logística de distribuição no mercado nacional, controle de qualidade e nacionalização do produto, entre outros.

Os setores de eletroeletrônicos e de informática faturaram R$47,0 bilhões em 2006 e, segundo dados do COPPEAD, estima-se um faturamento de R$55 bilhões em 2007, o que representa um crescimento de 18%. O custo de armazenagem representou, em 2006, 2,2% do faturamento desses setores, e aliado aos fatores acima mencionados, denotam o potencial de aumento da prestação de serviços logísticos para esses setores.