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O Governo Federal exerceu e continua a exercer influência significativa sobre a economia brasileira. Essa influência, bem como a conjuntura econômica e política brasileira, poderão vir a causar um efeito adverso para nós e para o valor de mercado de nossas Ações.

O Governo Federal freqüentemente intervém na economia do País e ocasionalmente realiza modificações significativas em suas políticas e normas. As medidas tomadas pelo Governo Federal para controlar a inflação, além de outras políticas e normas, freqüentemente implicam em aumento das taxas de juros, mudança das políticas fiscais, controle de preços, desvalorização cambial, controle de capital e limitação às importações, entre outras medidas. Nossas atividades, situação financeira, resultados operacionais e o preço de mercado das Ações poderão vir a ser prejudicados de maneira relevante por modificações nas políticas ou normas que envolvam ou afetem certos fatores, tais como:

• crescimento da economia nacional; • inflação;

• flutuações nas taxas de câmbio; • políticas de controle cambial;

• política fiscal e alteração na legislação tributária; • taxas de juros;

• liquidez dos mercados de capitais e de empréstimos locais; • greves de portos, alfândegas e receita federal;

ENTENDIMENTO DA COMPANHIA

• alteração na regulamentação aplicável ao setor de transporte;

• controle do Governo Federal na atividade de produção e refino de petróleo; e • outros eventos políticos, sociais e econômicos no Brasil ou que afetem o País.

A incerteza quanto à implementação de mudanças por parte do Governo Federal nas políticas ou normas que venham a afetar esses ou outros fatores no futuro pode contribuir para a incerteza econômica no Brasil e para aumentar a volatilidade do mercado de valores mobiliários brasileiro e dos valores mobiliários emitidos no exterior por companhias brasileiras.

A inflação e certas medidas do Governo Federal para combatê-la podem ter efeitos adversos sobre a economia brasileira, o mercado de capitais brasileiro, nós e o valor de mercado de nossas Ações.

Ao longo de sua história, o Brasil registrou taxas de inflação extremamente altas. Determinadas medidas adotadas no passado pelo Governo Federal para combatê-la tiveram um forte impacto negativo sobre a economia brasileira. Desde a introdução do real em julho de 1994, no entanto, a inflação brasileira tem sido substancialmente menor do que em períodos anteriores. Não obstante, pressões inflacionárias persistem. Medidas adotadas para combater a inflação e especulação sobre as medidas futuras que possam vir a ser adotadas pelo Governo Federal, têm gerado ao longo dos últimos anos um clima de incerteza econômica no Brasil e aumentado a volatilidade do mercado de capitais brasileiro. A inflação apurada pelo IGP-M foi 12,4% em 2004, 1,2% em 2005, 3,8% em 2006 e 1,1% no primeiro trimestre de 2007. Os preços, por sua vez, quando apurados pelo IPCA, aumentaram em 7,6% em 2004, 5,7% em 2005, 3,1% em 2006 e 1,2% no primeiro trimestre de 2007.

O Brasil pode passar por aumentos relevantes da taxa de inflação no futuro. Pressões inflacionárias podem levar à intervenção do Governo Federal na economia, incluindo a implementação de políticas governamentais que podem nos afetar adversamente. Ademais, se o Brasil experimentar altas taxas de inflação, podemos não ser capazes de reajustar os preços de nossos serviços de maneira suficiente para compensar os efeitos da inflação em nossa estrutura de custos.

A variação nas taxas de juros pode afetar nossos negócios e condição financeira.

As taxas de juros são utilizadas pelo Banco Central como instrumento de execução de políticas monetárias. A variação nas taxas de juros tem repercussão direta na atividade econômica de todos os setores da economia. Em 2002 e 2003, as taxas básicas de juros oscilaram de 18% a 26,5%. A taxa básica de juros permaneceu em alta até junho de 2003, quando o Banco Central iniciou a trajetória de decréscimo da taxa básica de juros. Posteriormente, ao longo do ano de 2004 e nos primeiros meses de 2005, a taxa de juros básica voltou a sofrer majoração por decisão do Banco Central. Em 2006, a taxa de juros básica voltou a sofrer uma redução. Em 31 de março de 2007, a taxa básica de juros era de 13%.

A tendência nos últimos meses tem sido de queda gradual das taxas de juros no Brasil. Contudo, o surgimento de pressões inflacionárias no cenário interno ou outras pressões macroeconômicas poderão fazer com que o Banco Central interrompa ou mesmo inverta a trajetória de queda da taxa básica de juros da economia brasileira, o que pode nos afetar adversamente.

Um eventual aumento das taxas de juros no Brasil pode resultar no imediato aumento do custo dos passivos financeiros das empresas brasileiras e na redução do nível de atividade econômica. Ambas as conseqüências

ENTENDIMENTO DA COMPANHIA

podem afetar adversamente nosso resultado operacional e condição financeira, já que possuímos parte substancial do nosso passivo financeiro indexado, principalmente, à TJLP e ao CDI.

A flutuação do real em relação a moedas estrangeiras fortes, como o dólar e o euro, pode afetar adversamente a economia brasileira e os nossos negócios.

No passado, o Governo Federal implementou diversos planos econômicos e utilizou uma série de políticas cambiais, inclusive desvalorizações cambiais repentinas, mini-desvalorizações cambiais periódicas (com ajustes mensais e diários), taxa de câmbio flutuante, controle cambial e adoção de dois diferentes mercados de câmbio. Recentemente, os efeitos do regime de taxa de câmbio flutuante acarretaram volatilidade cambial significativa do real frente ao dólar e outras moedas. Por exemplo, o real depreciou-se com relação ao dólar em 18,5% em 2001 e 51,5% em 2002. Embora o real tenha se valorizado com relação ao dólar em 2003, 2004, 2005 e 2006 em 18,2%, 7,8%, 12,76% e 8,2 %, respectivamente, não podemos assegurar que o real não irá se depreciar com relação ao dólar novamente. Em 31 de março de 2007, a taxa de câmbio do real/dólar era de R$2,059 para US$1,00. É impossível assegurar que as taxas de câmbio do real/dólar serão mantidas nos atuais patamares.

A desvalorização do real frente ao dólar e a outras moedas também poderá criar pressão inflacionária adicional no Brasil, o que poderá nos afetar adversamente. Ademais, a desvalorização do real limita de modo geral o acesso ao mercado de capitais internacional, podendo provocar intervenção governamental no mercado. Essa intervenção governamental poderia tomar a forma de políticas recessivas. Por outro lado, uma forte valorização do real frente ao dólar poderá afetar adversamente a balança de pagamentos do Brasil, podendo impedir o aumento das exportações. Qualquer dessas hipóteses poderá nos afetar adversamente. O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras é influenciado pela percepção de risco do Brasil e de outras economias emergentes e a deterioração dessa percepção poderá ter um efeito adverso no valor de mercado de nossas Ações e restringir nosso acesso ao mercado financeiro e de capitais internacional.

Acontecimentos adversos na economia e as condições de mercado em outros países de mercados emergentes, especialmente da América Latina, poderão influenciar o mercado em relação aos títulos e valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras. Temos atuação em países do Mercosul e condições econômicas, de mercado, alterações de acordos e tarifas poderão afetar nossos negócios. As reações dos investidores aos acontecimentos nesses outros países podem ter um efeito adverso no valor de mercado dos títulos e valores mobiliários de emissores brasileiros. Não há garantia de que o mercado de capitais internacional permaneça aberto às companhias brasileiras ou de que os custos de financiamento nesse mercado sejam vantajosos para nós. Crises em outros países emergentes poderiam restringir o interesse dos investidores em relação aos títulos e valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras, inclusive os nossos, o que afetaria adversamente o preço de mercado de nossas Ações.