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Componentes de média e alta complexidade da Política Nacional de Saúde da Mulher

3.8.2 Estruturação da rede estadual ou regional de atenção em alta complexidade em tráumato-ortopedia

3.13 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher

3.13.2 Componentes de média e alta complexidade da Política Nacional de Saúde da Mulher

No presente texto, será dado destaque apenas aos componentes de média e alta complexidade da atenção à Saúde da Mulher. Para visão geral e, principalmen- te, para as questões assistenciais referentes à atenção primária ou básica em Saúde da Mulher, sugere-se a leitura dos documentos sobre a política nacional (disponí- veis no site acima referido), bem como os textos e livros editados pelo Ministério da Saúde, referentes ao Programa de Saúde da Família (PSF), que podem ser obtidos no site (http://dtr2004.saude.gov.br/dab), do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde.

3.13.2.1 s

istemas estaduais de referênCia hospitalar no atendimento da gestantedealto risCo

As Portarias GM/MS n. 3.016 e n. 3.018/1998 instituíram o Programa de Apoio à Implantação dos sistemas estaduais de referência hospitalar para atendi- mento à gestante de alto risco, destinando recursos financeiros para o programa, repassados às Secretarias Estaduais, e criaram mecanismos para sua implantação.

A Portaria GM/MS n. 3.477/1998 (que revoga a Portaria GM/MS n. 3.018/1998), cria novos mecanismos para a implantação dos sistemas estaduais de referência hospitalar no atendimento da gestante de alto risco. Compõem os sistemas:

• Unidades de referência secundária.

• Unidades de referência terciária (as unidades de referência terciárias poderão implantar casas da gestante de alto risco, como unidades de apoio e que farão parte do sistema).

As portarias em questão definem também:

• Critérios para inclusão dos hospitais nos sistemas estaduais de referência hospitalar para cada nível de referência, cabendo o encaminhamento pelo gestor estadual, à Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, de propostas de seu sistema estadual de referência hospitalar no atendimento à gestante de alto risco, aprovada em CIB.

• Caberá a SAS/MS a definição do quantitativo de hospitais por UF.

• Novos procedimentos para gestante de alto risco a serem cobrados somente por hospitais credenciados de acordo com os critérios estabelecidos.

• As SES/SMS realizarão avaliações semestrais das unidades, quanto ao cumprimento das exigências da portaria.

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A Portaria SAS/MS n. 48/1999 inclui na tabela de procedimentos do SIH/SUS códigos para procedimentos de esterilização cirúrgica voluntária, dentro do progra- ma de Planejamento Familiar, bem como define os critérios para credenciamento das unidades de saúde para a realização dos mesmos, cabendo aos gestores estadu- ais e municipais em gestão plena do sistema a autorização, mediante publicação em Diário Oficial e encaminhamento a SAS/MS.

Por meio da Portaria SAS/MS n. 629/2006 foi descentralizado para os gesto- res estaduais e municipais o registro destas habilitações no CNES.

3.13.2.3 h

umanização no

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asCimento

Antecedendo a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, a Portaria GM/MS n. 2.815/1998, considerando a Lei n. 7.498/1986, que regulamen- ta o exercício da Enfermagem e o Decreto n. 94.406/1987, que define as atribuições do enfermeiro obstetra, dentre outras alterações da tabela de procedimentos do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), inclui analgesia na cirurgia obs- tétrica e o parto normal sem distócia, realizado por enfermeiro obstetra, que fará o acompanhamento ao trabalho de parto visando a redução da morbimortalidade materna e perinatal. As unidades deverão ser previamente autorizadas pelos gesto- res, mediante encaminhamento ao Datasus e a regulamentação para a realização do procedimento ocorreu por meio da Portaria SAS/MS n. 163/1998.

A Portaria GM/MS n. 985/1999 cria o Centro de Parto Normal (CPN), de- finindo as normas, critérios, atribuições e características destes, cabendo as SES e SMS encaminharem ao Ministério da Saúde a proposta de implantação, inserindo- os nos sistemas locais de saúde. Determina, ainda, que caberá as SES e SMS as providências necessárias ao credenciamento dos CPN e estabelece forma de remu- neração das atividades desenvolvidas no mesmo, por meio de inclusão de códigos de procedimentos na tabela do SIH/SUS.

A Portaria GM/MS n. 569/2000 institui o Programa de Humanização no Pré- Natal e Nascimento, no âmbito do SUS. Estabelece os princípios e as diretrizes para a estruturação do programa constituído pelos seguintes componentes:

a) Componente I – Incentivo à assistência ao pré-natal:

• Por adesão pelos municípios, mediante cumprimento de requisitos, sendo oPor adesão pelos municípios, mediante cumprimento de requisitos, sendo o detalhamento divulgado por meio da Portaria GM/MS n. 570/2000.

b) Componente II – Organização, Regulação e Investimentos na Área Obstétrica e Neonatal, com disponibilização de recursos financeiros para implantar:

• Centrais estaduais e municipais de regulação obstétrica e neonatal, sistemas Centrais estaduais e municipais de regulação obstétrica e neonatal, sistemas móveis de atendimento às gestantes nas modalidades do pré e inter hospitalar, aquisição de equipamentos para as UTI e UCI integrantes do sistema de referência hospitalar para a gestação de alto risco e incremento técnico e operacional aos hospitais que integram o SUS e realizem assistência obstétrica, detalhamento através da Portaria GM/MS n. 571/2000.

c) Componente III – Nova Sistemática de pagamento da assistência ao parto, subdividindo os procedimentos para remuneração, em:

• Serviço Hospitalar (SH).

• Serviço Profissional (SP), subdivididos em: SP Padrão, Atendimento ao RN na sala de parto por pediatra ou neonatologista, anestesia obstétrica por anestesista e primeira consulta do pediatra;

• Incentivo ao parto, (do componente I), destinado às maternidades, quando em AIH de parturiente cadastrada, como gestante do componente I (incentivo à assistência pré-natal).

• Detalhamento consta da Portaria GM/MS n. 572/2000.

3.13.2.4 f

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redenCiamento

• Os hospitais que compõem o Sistema de Referência Hospitalar no Atendimento da Gestante de alto Risco e o P�PN, seguem os fluxos estabelecidos no capítulo 2. • O credenciamento para realização de cirurgias de esterilização, conforme a

Portaria SAS/MS n. 629/2006, poderá ser realizado pelo próprio gestor estadual ou municipal por meio de habilitação no CNES.

• A autorização para realização de parto normal sem distócia pelo enfermeiro obstétrico, cabe ao gestor que comunicará ao Datasus/MS.

A Portaria GM/MS n. 2.418/2005 regulamenta o Artigo 1º da Lei n. 11.108/2005, que trata da presença de acompanhante para gestante, durante o período de internação para o parto e puerpério imediato nos hospitais do SUS;

A Portaria SAS n. 238/2006 inclui na tabela do SIH/SUS, a diária de acom- panhante para gestante.

3.13.3 Avaliação, controle e monitoramento da assistência

Para as unidades que compõem o Sistema de Referência Hospitalar de Aten- dimento da Gestante de Alto Risco (secundária ou terciária), devidamente creden- ciadas, existe um rol de procedimentos específicos, no SI�, de cobrança exclusiva, relacionados a partos e intercorrências clínicas para gestantes de alto risco. Caberá avaliação semestral destas unidades pelas SES e SMS. Ainda com relação aos pro- cedimentos de partos, quando realizados em hospitais habilitados como Amigo da Criança, os valores são diferenciados.

Também para os centros de partos normais, devidamente credenciados, exis- tem códigos específicos no SI�/SUS.

No que se refere ao Programa de Humanização ao Pré-Natal e Nascimento: • Componente I – O incentivo é pago aos municípios que aderirem ao programa, mediante habilitação, quando receberão do Ministério da Saúde, por meio de publicação no DOU, uma série numérica específica para identificação das gestantes no programa, por meio do Sisprenatal, que é um software disponibilizado pelo Datasus. Caberá a SMS lançar no BPA magnético, gerado pelo Sisprenatal, o código de procedimento específico de adesão ao componente I, que consta da tabela de procedimentos do SIA/SUS, além de programar da FPO para o mês de competência.

Ao término do pré-natal, após a realização do parto e da consulta do puerpé- rio, a ficha de cadastro da gestante será encerrada e a SMS lançará em BPA magné- tico, gerado pelo Sisprenatal, o código de procedimento de conclusão da assistência ao pré-natal, que integra a tabela do SIA/SUS.

Ainda, no componente I, está previsto o incentivo para a maternidade que realizar o parto de gestante cadastrada no Sisprenatal, cabendo a unidade lançar no campo de serviços profissionais da AI� de parto, o código relativo ao incentivo ao parto componente I, constante da tabela do SIH/SUS, idem para as unidades do SIA/SUS que poderão lançar o procedimento correspondente ao incentivo do com- ponente I, na Apac-parto, do SIA/SUS.

Salienta-se que, a partir da subdivisão dos procedimentos para remuneração do parto, conforme citado no componente III, deverão ser cobrados o efetivamente realizado (por exemplo, não havendo analgesia, a mesma não poderá ser lançada na AIH).

A regulação, a fiscalização, o controle e a avaliação compete ao gestor estadu- al e municipal, dependendo das responsabilidades de cada um deles.

Mudança de procedimento e procedimentos especiais requerem autorização do diretor clínico do hospital.

3.13.4 Financiamento

Com exceção dos procedimentos relacionados ao Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, componente I, que são financiados pelo Faec, sendo para o município: no início do pré-natal, para gestante cadastrada, R$ 10,00; na conclusão do ciclo, R$ 40,00; e para a Maternidade, R$ 40,00. Os demais procedi- mentos oneram o limite de MAC.

Com relação a prevenção de câncer, os exames de papanicolaou e cirurgia de alta freqüência (CAF), são financiados pelo Faec, já a mamografia onera o limite de MAC.

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4.1. Assistência em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) 4.2 Redes estaduais de assistência a queimados 4.3 Assistência de alta complexidade ao portador

de obesidade grave 4.4 Assistência de alta complexidade em terapia nutricional 4.5 Programa Nacional de Triagem Neonatal 4.6 Sistema Nacional de Transplante 4.7 Programa Nacional de Assistência à Dor e

Cuidados Paliativos 4.8 Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais de Ensino Públicos e Privados no Sistema Único de Saúde 4.9 Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos no Sistema Único de Saúde 4.10 Área de Saúde da Criança

4.11 Saúde do Trabalhador 4.12 Programa de Assistência Ventilatória não Invasiva 4.13 Rede de assistência em oftalmologia 4.14 Plano Nacional de Saúde do Sistema

Penitenciário 4.15 Assistência ao portador de lesão

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oMplexidade

Neste capítulo, apresentamos as áreas assistenciais de média e alta complexi- dade do SUS, que não estão incluídas em políticas nacionais, publicadas pelo Minis- tério da Saúde, sendo, neste sentido, ainda mais fragmentadas, por não possuírem nenhuma norma unificadora.

Algumas dizem respeito a problemas de saúde (queimados, obesidade grave, dor e cuidados paliativos); outras, a questões assistenciais (triagem neonatal, tera- pia intensiva, terapia nutricional, transplantes) de aperfeiçoamento e otimização da rede SUS (contratualização de hospitais).

Relação de áreas incluídas:

• Assistência em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). • Redes estaduais de assistência a queimados.

• Assistência de alta complexidade ao portador de obesidade grave. • Assistência de alta complexidade em terapia nutricional.

• Programa Nacional de Triagem Neonatal. • Sistema Nacional de Transplante.

• Programa Nacional de Assistência à Dor e Cuidados Paliativos.

• Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais de Ensino Públicos e Privados no Sistema Único de Saúde.

• Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos no Sistema Único de Saúde (SUS).

• Área de Saúde da Criança. • Saúde do Trabalhador.

• Programa de Assistência Ventilatória Não Invasiva. • Rede de assistência em oftalmologia.

• Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário.