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Estruturação da rede de Atenção à Saúde Bucal

prestaçãode serviços no SUS

3.7 Política Nacional de Saúde Bucal

3.7.2 Estruturação da rede de Atenção à Saúde Bucal

3.7.2.1 C

araCterístiCasdosserviços

CEO: estabelecimentos de saúde registrados no CNES, de natureza jurídi- ca pública, universidades de qualquer natureza, consórcios públicos de saúde de qualquer natureza jurídica e serviços sociais autônomos, classificados como Clínica Especializada/Ambulatório de Especialidades, com serviços especializados de odon- tologia, para realizar no mínimo as seguintes atividades:

• Diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do câncer bucal. • Periodontia especializada.

• Cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros. • Endodontia.

• Atendimento a portador de necessidades especiais.

Modalidades de CEO: CEO Tipo 1, CEO Tipo 2 e CEO Tipo 3, diferenciados de acordo com a capacidade de atendimento, com definições de equipamentos, recur- sos humanos e outros recursos, para cada modalidade/tipo, conforme descrito no anexo I da Portaria GM/MS n. 599/2006

LRPD: estabelecimentos cadastrados no CNES, como unidade de saúde de serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT), sem restrição quanto à natureza jurídica, para realizar, no mínimo, os serviços de prótese dentária total e/ou prótese parcial removível.

3.7.2.2 C

ondições paraCredenCiamentodasunidades

Ceo

e

lrpd

• Ser referência do próprio município, região ou microrregião, de acordo com o Plano Diretor de Regionalização (PDR).

• Os CEO e LRPD poderão estar cadastrados no CNES como serviços especializados isolados ou de outros tipos de estabelecimentos de saúde (centro de saúde/unidade básica de saúde, policlínica, hospital geral, unidade mista), registrando em seus cadastros o serviço/classificação de código 034 – odontologia e suas respectivas classificações, conforme a Portaria SAS/MS n. 562/2004.

• Dispor de equipamentos e dos recursos mínimos exigidos na portaria, exclusivamente a serviço do SUS.

• Poderão ser credenciadas quantas unidades forem necessárias para o atendimento à demanda da população da região/microrregião de saúde, limitada a disponibilidade financeira do Ministério da Saúde.

• Os LRPD poderão credenciar-se com qualquer base populacional.

• O gestor municipal e estadual, interessados em implantar CEO ou LRPD ou em credenciar alguma unidade de saúde com o serviço e a classificação relacionados, deverão apresentar sua proposta à Comissão Intergestores Bipartite (CIB), do respectivo estado, indicando a modalidade (CEO 1,2,3 ou LRPD).

• Os gestores deverão providenciar a adequação visual da unidade de saúde à qual está sendo pleiteado o credenciamento, para os itens considerados obrigatórios, do Manual de Inserção de Logotipo disponibilizado pelo Ministério da Saúde em seu site.

• O percentual de cobertura das equipes de Saúde bucal do Programa de Saúde da Família deverá ser adotado como critério de seleção.

• A partir daí, segue o fluxo dos demais credenciamentos, relacionado no Capítulo 2.

3.7.3 Financiamento

O pagamento dos procedimentos de Saúde bucal são regulados por um con- junto de portarias.

A Portaria GM/MS n. 1.571/2004 estabeleceu condições iniciais de financia- mento dos CEO, sendo revogada pela Portaria GM/MS n. 600/2006, vigente a partir da competência fevereiro de 2006, a saber.

a) Incentivo financeiro, destinado ao custeio dos serviços de saúde ofertados nos CEO, credenciados pelo Ministério da Saúde, conforme segue:

• CEO Tipo 1 = R$ 79.200,00; • CEO Tipo 2 = R$ 105.600,00; • CEO Tipo 3 = R$ 184.800,00;

Transferido automaticamente pelo Fundo Nacional de Saúde aos fundos mu- nicipal ou estadual de saúde, em parcelas mensais, correspondentes a 1/12 (um doze avos) dos respectivos valores, após o efetivo funcionamento do serviço, atesta- do pelo gestor junto ao Departamento de Atenção Básica, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde.

b) Incentivo financeiro de implantação, para os CEO credenciados pelo Ministério da Saúde, que deverão ser utilizados pelos municípios e estados na implantação das unidades de saúde habilitadas, da ordem de:

• CEO Tipo 1 = R$ 40.000,00; • CEO Tipo 2 = R$ 50.000,00; • CEO Tipo 3 = R$ 80.000,00;

Caberá um único incentivo de implantação por unidade e os valores serão repassados em parcela única pelo FNS aos FMS ou FES.

Nos casos em que houver mudança do tipo de CEO, devidamente aprovada em CIB, será alterado somente o valor do incentivo financeiro destinado ao custeio dos serviços de saúde.

c) Produção mínima mensal, por procedimento, para cada modalidade de CEO, incluindo procedimentos de atenção básica e média complexidade (conforme definido no anexo da portaria).

d) Avaliação trimestral da produção dos CEO, por meio de relatório enviado ao DAB/SAS/MS.

A Portaria GM/MS n. 283/2005 define a antecipação do incentivo financeiro de implantação de CEO para estados e municípios que estiver dando curso ao pro- cesso de implantação e redimensionamento destes, cabendo o encaminhamento ao Departamento de Atenção Básica – Coordenação Nacional de Saúde Bucal/SAS/MS do pleito, aprovado nas CIB estaduais, contendo:

• Oficio do gestor solicitando adiantamento. • Resolução CIB aprovando (cópia).

• Projeto (cópia).

• Termo de compromisso do gestor responsável, assegurando o início de funcionamento do CEO, no máximo, três meses após o recebimento do recurso. • Encaminhar Planilha (anexo da portaria), devidamente preenchida, encaminhada

dentro do prazo de três meses.

• O não-cumprimento do termo de compromisso acarretará em recolhimento pelo MS do recurso repassado.

A Portaria GM/MS n. 1.572/2004 estabelece o pagamento de próteses den- tárias totais em Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD) que teve seu anexo revogado pela Portaria GM/MS n. 930/2006). Inclui procedimentos de pró- teses dentárias na tabela SIA/SUS, financiados pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec) e estabelece:

• limite máximo e mínimo produção de próteses;

• cobrança pelo Sistema de Informações Ambulatoriais, Subsistema Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo (SIA/Apac);

• unidades credenciadas de acordo com as normas vigentes para LRPD poderão ser financiadas pelo Faec;

• monitoramento, trimestral, da produção através de relatórios enviados ao DAB/ SAS/MS.

A Portaria SAS/MS n. 562/2004, relativa às próteses dentárias, altera a reda- ção de códigos da tabela de motivos de cobrança do subsistema Apac/SIA e inclui, na atividade profissional, o Protético; inclui também o preenchimento do Código Internacional de Doenças (CID) e do motivo de cobrança; define compatibilidade

de serviço/classificação com categorias profissionais; obriga o preenchimento do campo do Cartão Nacional de Saúde; e define formulário de controle de recebimen- to de prótese com assinatura do paciente.

A Portaria SAS/MS n. 411/2005 altera a tabela de procedimentos do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS).

A Portaria GM/MS n. 2304/2005 autoriza excepcionalmente os estabeleci- mentos de saúde cadastrados no SCNES, relacionados no respectivo anexo, que tiveram produção dos procedimentos de próteses dentárias dos códigos alterados pela Portaria SAS/MS n. 411/2005, no SIA/SUS, no período de janeiro a julho de 2005, a apresentarem produção nos novos códigos, a partir da competência outu- bro de 2005. Para tanto, caberá:

• adequar-se as normas de credenciamento de LRPD;

• serem cadastrados pelos gestores no CNES como serviço de odontologia com a classificação específica, código 034-003-LRPD;

• ter Ficha de Programação Orçamentária (FPO) elaborada pelo gestor;

• adequar-se no prazo de 4 meses, às normas de credenciamento/habilitação de LRPD, sob pena de suspensão da programação.

A Portaria GM/MS n. 930/2006 prorroga o prazo estabelecido na Portaria GM/MS n. 2304/2005 para os serviços, relacionados em seu anexo, adequarem-se às normas vigentes para LRPD, para setembro de 2006. Finalmente, quanto à fonte do financiamento, no elenco de procedimentos realizados pelos CEO, parte são fi- nanciados pelo PAB ampliado, outros pelo limite financeiro de MAC, além do incen- tivo de custeio e de implantação, definido pela Portaria GM/MS n. 600/2006.

Já para o elenco de procedimentos realizados pelo LRPD, o financiamento é Faec.