• Nenhum resultado encontrado

Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos no Sistema Único de Saúde

3.8.2 Estruturação da rede estadual ou regional de atenção em alta complexidade em tráumato-ortopedia

4.9 Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos no Sistema Único de Saúde

O Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos foi criado, pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria MS/GM n. 1.721/2005, tendo como objetivo apoiar gerencialmente as instituições hospitalares, privadas, sem fins lucrativos, certificadas como entidade de fins filantrópicos, no saneamento financeiro dessas instituições.

Contratualização é o processo pelo qual o representante legal do hospital e o gestor municipal ou estadual do SUS estabelecem metas quantitativas e qualitativas que visem ao aprimoramento das ações de saúde e de gestão hospitalar, formaliza- do por meio de um convênio.

4.9.1 Ações estratégicas

Este programa definiu algumas ações estratégicas, descritas abaixo, que deve- rão ser explicitadas em cada convênio, mediante definição de metas e indicadores. • Definição do perfil assistencial, do papel da instituição e de sua inserção articulada

e integrada com a rede de serviços de saúde do SUS.

• Definição das responsabilidades dos hospitais e gestores na educação permanente e na formação de profissionais de saúde.

• Qualificação do processo de gestão hospitalar em razão das necessidades e da inserção do hospital na rede hierarquizada e regionalizada do SUS.

4.9.2 Financiamento

Recursos financeiros destinados à implantação desse programa.

• Recursos recebidos pelo hospital pela assistência prestada em média complexidade (tendo como referência os últimos doze meses).

• Impactos dos reajustes dos valores da remuneração de procedimentos ambulatoriais e hospitalares (concedidos a partir da data da publicação do programa).

• Incentivo de Integração ao Sistema Único de Saúde (Intregrasus).

• Incentivo para a Assistência Ambulatorial, Hospitalar e de Apoio Diagnóstico à População Indígena (Iapi).

• Incentivos repassados de forma destacada.

• Recursos repassados pelo gestor estadual e/ou municipal e os novos recursos referentes a este programa, denominado de Incentivo de Adesão à Contratualização (IAC).

O IAC foi previsto para ser concedido em dois momentos, na adesão (40%) ao programa e na contratualização (60%) propriamente dita. Do total do valor do IAC 40% foram pagos aos hospitais filantrópicos, que aderiram ao programa em dezembro de 2005, em parcela única, e os 60% restantes deverão ser repassados às Secretarias Estaduais e Municipais mediante a formalização do contrato/convênio, conforme estabelece a Portaria GM/MS 3.123/2006.

O Ministério da Saúde vem adiando por meio de portarias, o prazo para esta etapa, estando agora previsto para fevereiro de 2007 (Portaria MS/SAS n. 166/2006).

O Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópi- cos foi regulamentado, pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria MS/SAS n. 635/2005.

Tem como premissa a orçamentação da assistência de média complexidade, dividida em dois componentes: um fixo, relacionado às metas físicas; outro, variá- vel, relacionado ao cumprimento das metas qualitativas. Os demais procedimentos como a alta complexidade e os procedimentos custeados com recursos do Faec não foram alvo de mudança por este programa.

O prazo para a fase de adesão foi finalizado em 08 de dezembro de 2005, para que os hospitais apresentassem documentação comprobatória do Cadastro do Estabelecimento de Saúde, ofício do gestor estadual ou municipal e cópia do certi- ficado de entidade beneficente de assistência social, expedido pelo Conselho Nacio- nal de Assistência Social.

Os recursos referentes ao processo de adesão ao programa, atribuídos para cada um dos hospitais filantrópicos, foram repassados em conformidade com a Por- taria MS/GM n. 172/2006, que homologou a adesão dos hospitais.

Para a definição do incentivo para cada hospital, o Ministério da Saúde tomou como base a produção paga das internações hospitalares de média complexidade, excluídos os valores de órteses e próteses, no ano de 2004, e utilizou os seguintes critérios para a alocação desses recursos:

• 50% – destinados a todos os hospitais que foram homologados, proporcionais à produção de internação hospitalar de média complexidade, paga no ano de 2004, excluídos os valores de órteses e próteses;

• 25% – para os hospitais que foram homologados e que, no ano de 2004, apresentaram 30% ou mais de taxa de atendimento a outros municípios;

• 25% – para os hospitais com produção de internações nas especialidades de clínica médica, pediatria, cirurgia, gineco-obstetrícia e tráumato-ortopedia.

Para a implantação da segunda etapa do programa, o Ministério da Saúde publicou os valores que serão concedidos anualmente para cada hospital (anexo I da Portaria GM/MS 3.123/2006), permitindo que o gestor estabeleça, em conjunto com o hospital, e as metas físicas e qualitativas, por meio do plano operativo, cujas diretrizes para sua elaboração estão propostas na Portaria MS/SAS n. 635/2005,

que será parte integrante do convênio de prestação de serviços para o SUS, instru- mento legal, no qual as ações e os serviços de saúde deverão estar quantificados, definidas as responsabilidades e as obrigações de cada uma das partes.

4.9.3 Operacionalização do programa

O Ministério da Saúde definiu o fluxo de encaminhamento da documentação comprobatória de finalização do processo de contratualização, sendo proposto um modelo de convênio e de plano operativo, na Portaria GM/MS 3.123/2006. Além da minuta do convênio deverão ser encaminhados ao Ministério da Saúde/Coorde- nação Geral de Atenção Hospitalar o extrato da publicação do convênio no Diário Oficial do estado ou do município e cópia da deliberação/resolução CIB que o apro- vou.

Após apreciação e aprovação pelo Ministério da Saúde, haverá incorporação aos limites financeiros das Secretarias Estaduais ou Municipais dos recursos ao per- centual de 60% restamte devido a cada um dos hospitais que aderiram ao programa e que formalizaram a contratualização.

Compete ao gestor estadual ou municipal a identificação no Sistema de Ca- dastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (SCNES), dos estabelecimentos que dispõem do contrato de gestão/metas e da informação de geração ou não de cré- ditos dos procedimentos realizados, já que é determinado o pagamento da média complexidade por valores fixos.